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Relacionamento e comunicação em enfermagem

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Gabriella dos Santos Silva
Imunologia básica
Alergia Alimentar
Aracaju, SE
2017
Alergia Alimentar
A alergia alimentar é uma reação indesejável que ocorre após a ingestão de determinados alimentos ou aditivos alimentares. O termo hipersensibilidade alimentar (geralmente usado como sinônimo de alergia alimentar) pode ser definido como uma reação clínica adversa, reproduzível após a ingestão de alergenos (substâncias que desencadeiam a alergia) presentes nos alimentos, causados pela exposição a um estímulo em uma dose tolerada por pessoas normais.
A alergia alimentar sempre envolve um mecanismo imunológico, expressando-se através de sintomas muito diversos. A alergia alimentar é, simplificando ao máximo, uma resposta exagerada do organismo à determinada substância presente nos alimentos. Em contato com o agente agressor, o organismo cria um processo inflamatório que produz quantidades excessivas de anticorpos do tipo IgE. As reações mais comuns desencadeadas pelos anticorpos acontecem na pele e se manifestam como coceiras, urticária (manchas vermelhas na pele) e angioedema (inchaço das partes moles). Também podem aparecer sintomas gastrointestinais, como vômito, dor abdominal e diarreia ou sintomas respiratórios, caracterizados por coceira no nariz, espirro, tosse, falta de ar e chiado no peito.
Ariana Yang, diretora da Regional São Paulo da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai) explica que quando há manifestação clínica de reação alérgica em dois sistemas simultaneamente, por exemplo, urticária e vômito, isso é considerada uma reação grave ou anafilática e exige uma ida ao hospital ou a aplicação de adrenalina. “Os sintomas respiratórios também são um alerta para uma reação alérgica grave, pois não são comuns em alergias alimentares, e demandam uma ação imediata”.
Testes para confirmação da alergia alimentar
1)Testes cutâneos- Os testes cutâneos imediatos devem ser realizados por alergista. Isoladamente não confirmam o diagnóstico. Apenas detectam a presença de anticorpos IgE específicos para os alimentos testados, demonstrando sensibilização. Devem ser testados apenas os alimentos suspeitos. Painéis de testes com inúmeros alimentos não devem ser realizados. A positividade do teste cutâneo pode persistir por muito tempo após o desaparecimento do quadro clínico. Os testes cutâneos de contato com alimentos têm a finalidade de investigar as reações tardias, mediadas por células T. Serão necessários mais estudos controlados, utilizando esse método, para se estabelecer sua aplicabilidade.
2)Dosagem de ige específica- Servem para dosar a IgE específica para os alimentos suspeitos. Também não têm valor diagnóstico, apenas demonstram se o paciente tem IgE específica para determinado alimento. Painéis de testes para inúmeros alimentos não devem ser realizados, pois pode haver resultados positivos que não se relacionam às manifestações clínicas.
3)Dieta de exclusão- Diante de uma história e exame físico sugestivos de alergia alimentar, deve ser realizada dieta de exclusão do alimento suspeito, quando identificado. A dieta de exclusão deve ser realizada com número limitado de alimentos (1 a 3) e de acordo com a história clínica.Após duas a seis semanas de exclusão, os sintomas devem desaparecer. Se os sintomas desaparecerem, um teste de provocação oral deve ser feito para se confirmar o diagnóstico.Crianças não devem fazer dietas de exclusão prolongadas, sem provocação oral que confirme definitivamente, que as manifestações clínicas foram provocadas pelo alimento excluído. Nas crianças exclusivamente alimentadas com leite materno, deve-se suspeitar desensibilização através do leite materno. Nestes casos a mãe deve submeter-se à dieta de exclusão do alimento suspeito.
4)Testes de provocação oral- Quando sintomas e sinais desaparecem após a exclusão do alimento suspeito, é necessária a comprovação pela provocação oral, administrando o mesmo alimento ao paciente. O teste é considerado positivo se os sintomas ressurgem, tal como eram antes da eliminação do alimento da dieta. Os testes de provocação oral servem tanto para comprovação diagnóstica. Como para constatar se o paciente já se tornou tolerante ao alimento. São contraindicados quando há história recente de reação anafilática grave e devem ser realizados em ambiente hospitalar.
5)Endoscopia e biópsia- São úteis para avaliar pacientes com manifestações não mediadas por IgE.
Tratamento
Não existe ainda um remédio para tratar especificamente a alergia alimentar. Os medicamentos são utilizados para o tratamento dos sintomas (crise). A única forma de controle é a exclusão do alimento identificado da dieta. Crianças com história de reação anafilática devem ter epinefrina auto injetável sempre à disposição. Como a alergia alimentar tende a desaparecer com a idade, a intervalos de 6 a 12 meses deve ser tentada a reintrodução do alimento, para verificar o surgimento de tolerância a ele.
Bibliografia
https://www.abcdasaude.com.br/pediatria/o-que-devemos-saber-sobre-alergia-alimentar
http://veja.abril.com.br/saude/os-alimentos-que-mais-causam-alergia/
https://www.tuasaude.com/sintomas-de-alergia-alimentar/
Gabriella dos Santos Silva
Microbiologia
Rotavírus, Raiva e Varíola
Aracaju, SE
2017
Rotavírus
Os rotavírus pertencem à família Reoviridae, gênero rotavírus. São classificados em grupos, subgrupos e sorotipos de acordo com sua composição antigênica. As partículas completas possuem três camadas protéicas concêntricas e cada segmento genômico (ou gene) regula a síntese de uma proteína viral especifica. Os primeiros achados de rotavírus no homem remontam a duas décadas a partir de estudos realizados por Bishop e col. em Melborne, Austrália. No Brasil, o achado pioneiro associado à detecção de gastroenterite aguda por esse vírus foi em Belém no ano de 1976. Esses achados advieram de estudo - piloto, envolvendo 25 crianças hospitalizadas ou com atendimento ambulatorial, com quadro diarreico agudo.
O recurso da microscopia eletrônica e subsequentemente, do procedimento imunoenzimático (ELISA), propiciou a detecção dos rotavírus em espécimes fecais de quatro (16%) pacientes.Tais observações representaram o marco inicial de vários outros estudos no país, a maioria dirigida ao impacto determinado pela doença moderada ou grave, que se traduz em consultas médicas e internação hospitalar.
O tratamento da doença diarreica aguda consiste em quatro medidas: Correção da desidratação e do desequilíbrio eletrolítico (Planos A, B ou C), combate à desnutrição, uso adequado de medicamentos e prevenção das complicações. A avaliação do estado de hidratação do paciente com diarreia aguda independente da idade deverá seguir o cartaz “Manejo do Paciente com Diarreia” (disponível no item apresentação de DDA), do Ministério da Saúde, que orienta a escolha do tratamento de acordo com o grau de desidratação apresentado.
Raiva
A raiva é uma zoonose viral, que se caracteriza como uma encefalite progressiva aguda e letal. Todos os mamíferos são suscetíveis ao vírus da raiva e, portanto, podem transmiti-la. A doença apresenta dois principais ciclos de transmissão: urbano e silvestre, sendo o urbano passível de eliminação, por se dispor de medidas eficientes de prevenção, tanto em relação ao ser humano, quanto à fonte de infecção.
Sintomas
Os sintomas da raiva são característicos e variam no animal e no ser humano. O animal geralmente apresenta dificuldade para engolir, salivação abundante, mudança de comportamento, mudança de hábitos alimentares e paralisia das patas traseiras. Nos cães, especificamente, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um "uivo rouco", e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.
Modo de transmissão
A transmissão da raiva se dá pela penetração do vírus contido na saliva do animal infectado, principalmente pela mordedura, arranhadura, lambedura de mucosas.O vírus penetra no organismo, multiplica-se no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso centra (sentido centrifugo). A partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica (sentido centrípeto) e é eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos. Existe, na literatura, o relato de oito casos de transmissão inter-humana por meio de transplante de córnea. Nos Estados Unidos, em 2004, foram registrados quatro casos de raiva humana referentes a indivíduos que receberam órgãos doados (fígado, dois rins e artéria ilíaca) de um indivíduo que morreu por infecção pelo vírus da raiva. O mesmo ocorreu na Alemanha, em 2005, com três indivíduos após transplante de órgãos (pulmão, rim e pâncreas) de um indivíduo que faleceu devido àquela infecção. Em ambos os países, os doadores dos órgãos não tiveram suspeita diagnóstica de raiva. Possibilidade remota de transmissão sexual, respiratória, digestiva (em animais) e vertical também são relatadas.
Período de transmissibilidade
Nos cães e gatos, a eliminação de vírus pela saliva ocorre de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença. A morte do animal acontece, em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sintomas. Em relação aos animais silvestres, há poucos estudos sobre o período de transmissibilidade, que pode variar de acordo com a espécie. Por exemplo, especificamente os quirópteros podem albergar o vírus por longo período, sem sintomatologia aparente. 
Tratamento
 A profilaxia pré ou pós-exposição ao vírus rábico deve ser adequadamente executada, sendo ainda a melhor maneira de prevenir a doença. O paciente deve ser atendido na unidade hospitalar de saúde mais próxima, sendo evitada sua remoção. Quando imprescindível, ela tem que ser cuidadosamente planejada. Manter o enfermo em isolamento, em quarto com pouca luminosidade, evitar ruídos e formação de correntes de ar, proibir visitas e somente permitir a entrada de pessoal da equipe de atendimento. As equipes de enfermagem, higiene e limpeza devem estar devidamente capacitadas para lidar com o paciente e com o seu ambiente e usar equipamentos de proteção individual, bem como estarem pré-imunizados com titulação de anticorpos satisfatória. Recomenda-se como tratamento de suporte: dieta por sonda nasogástrica e hidratação para manutenção do balanço hídrico e eletrolítico; na medida do possível, usar sonda vesical para reduzir a manipulação do paciente; controle da febre e vômito; betabloqueadores na vigência de hiperatividade simpática; uso de antiácidos, para prevenção de úlcera de estresse; realizar os procedimentos para aferição da pressão venosa central (PVC) e correção da volêmia na vigência de choque; tratamento das arritmias cardíacas. Sedação de acordo com o quadro clínico, não devendo ser contínua.
Varíola
A varíola é uma doença infectocontagiosa provocada por vírus. Esse vírus foi descoberto quando cientistas notaram que uma múmia, que viveu de meados de 1550 a 1307 a.C., apresentava vestígios do vírus. Essa descoberta dá a entender que a varíola, que é uma doença muitas vezes mortal, atinge os seres humanos há milhares de anos. Ela foi erradicada mundialmente por volta dos anos 1970 após uma campanha de imunização global sem precedentes organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Hoje, as amostras de vírus da varíola foram mantidos para fins de pesquisa.
Não há cura ou formas de tratamento para a varíola, mas a doença pode ser evitada por meio de vacinação.
Sintomas
Os primeiros sintomas da varíola costumavam aparecer de 12 a 14 dias após a infecção pelo vírus. Durante o período de incubação, que dura de sete a 17 dias, a pessoa não manifesta nenhum sintoma e também não é capaz de passar a doença para ninguém. Após o período de incubação, no entanto, alguns sinais e sintomas característicos da gripe começam a surgir, como: Febre, desconforto geral, dor de cabeça, fadiga severa, dores nas costas e vômitos. Poucos dias depois, manchas vermelhas começam a aparecer no rosto, nas mãos, nos antebraços e, posteriormente, no tronco também. Dentro de um ou dois dias, muitas dessas lesões passam a ser pequenas bolhas cheias de líquido claro, que depois se transforma em pus. Crostas começam a se formar oito a nove dias depois disso e, eventualmente, podem cair, deixando profundas cicatrizes sem caroço. As lesões também se desenvolvem nas membranas mucosas do nariz e boca e rapidamente se transformar em feridas que quebram aberto.
Prevenção
Muitas pessoas foram vacinadas contra varíola no passado. Esta foi a principal arma contra a doença e, graças a ela, a doença foi definitivamente erradicada do planeta. Hoje, no entanto, a vacina não é mais administrada à população, pois a doença já está controlada. As possíveis complicações, efeitos colaterais e custos da vacina superam seus benefícios.
Tratamento 
Ainda trabalhando com uma situação hipotética de reincidência de um surto de varíola, se a vacina contra a doença for administrada na pessoa infectada de um até quatro dias no máximo após a exposição, pode-se evitá-la ou torná-la até mesmo menos severa. Uma vez iniciados os sintomas, o tratamento é limitado. Isso porque não há um medicamento específico para tratamento da varíola. Às vezes, antibióticos são administrados para quadros infecciosos. No entanto, os resultados esperados deste tipo de tratamento paliativo não são muito positivos. Por essa razão, os indivíduos diagnosticados com varíola e todos que estiverem em contato próximo a ele precisam ser isolados imediatamente. Eles também receberão a vacina e serão constantemente monitorados. Medidas de emergência precisariam ser tomadas imediatamente para proteger a população em geral. Os profissionais de saúde seguiriam as diretrizes recomendadas pelo Ministério da Saúde e por outros órgãos locais de saúde.
Bibliografia
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/rotavirus
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/raiva
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/variola

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