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DIREITO DO TRABALHO II - CCJ0132 Título SEMANA 6 Descrição CASO CONCRETO Após ter completado 25 (vinte e cinco) anos de trabalho na empresa Gama Ltda, Pedro Paulo conseguiu junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) o deferimento de sua aposentadoria por tempo de contribuição, que somando ao período prestado para outras empresas, completou o tempo de contribuição exigido pela Autarquia Federal para a concessão da aposentadoria voluntária. No entanto, embora Pedro Paulo tenha levantado os valores depositados no FGTS, em razão da aposentadoria, não requereu seu desligamento da empresa, por não conseguir sobreviver com os proventos da aposentadoria concedida pelo INSS, porque seus valores são ínfimos e irrisórios. Assim, permaneceu no emprego trabalhando por mais 5 (cinco) anos, quando foi dispensado imotivadamente. Diante do caso apresentado, responda justificadamente: A) A aposentadoria espontânea extingue o contrato de trabalho quando o empregado continua trabalhando após a aposentadoria? Justifique indicando a jurisprudência do TST e do STF sobre a matéria. NÂO, OJ 361 do TST. Ementa: APOSENTADORIA ESPONTÂNEA NÃO EXTINGUE O CONTRATO DE TRABALHO - INTELIGÊNCIA DA OJ 361 DO TST. Se a aposentadoria espontânea por si só não extingue o contrato de trabalho, não há falar na existência de novo contrato se o empregado continuou trabalhando. Devida a multa de 40% do FGTS de todo o período laborado. B) A indenização compensatória de 40% do FGTS incide sobre todo o contrato de trabalho, ou somente no período posterior à aposentadoria? A multa vai incidir em Todo contrato de trabalho QUESTÃO OBJETIVA 1 -Um empregado ajuizou reclamatória trabalhista contra sua ex-empregadora, alegando, em suma, que fora demitido por justa causa, deixando de receber as verbas rescisórias devidas. Na ação pleiteia a conversão da justa causa para dispensa injusta com o pagamento das verbas rescisórias referentes a tal modalidade de rescisão contratual. A empresa apresentou defesa alegando que a demissão ocorreu por justa causa em razão de o reclamante ter agredido seu superior hierárquico. Quando do julgamento do feito, o juiz reconheceu que o reclamante tomou esta iniciativa por ter sido ofendido por seu chefe, tendo ambas as partes culpa na ocorrência dos fatos que culminaram com a rescisão do contrato, ou seja, restando configurada a culpa recíproca. Nesse caso, com relação à rescisão contratual por culpa recíproca: a) o empregado terá direito a receber a integralidade das verbas rescisórias, sem qualquer dedução. b) o empregado terá direito a 100% do saldo de salário e das férias vencidas + 1/3 e 50% do aviso prévio, do décimo terceiro salário e das férias proporcionais + 1/3, além de poder sacar seu FGTS com multa de 20%. c) o empregado terá direito a 50% do saldo de salário e das férias vencidas + 1/3, e a totalidade das demais verbas rescisórias, além de sacar os depósitos do FGTS. d) o empregado terá direito a 50% do valor do décimo terceiro salário e das férias proporcionais + 1/3 e a 100% do saldo de salário e do aviso prévio, além de poder sacar seu FGTS com multa de 20%. e) todas as verbas deverão ser pagas pelo empregador em sua totalidade, com exceção do aviso prévio, que sequer é devido nesta hipótese de rescisão contratual, bem como não poderá sacar seus depósitos do FGTS. Desenvolvimento Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. APOSENTADORIA ESPONTÂNEA. CONTINUIDADE DO CONTRATO DE TRABALHO APÓS APOSENTADORIA. UNICIDADE CONTRATUAL. INDENIZAÇÃO DE 40% SOBRE A INTEGRALIDADE DOS DEPÓSITOS DO FGTS. DECISÃO AGRAVADA EM CONSONÂNCIA COM A OJ 361 DO TST. Após o julgamento das ADIN's 1.721-3/DF e 1.770-4/DF pelo Supremo Tribunal Federal, sedimentou-se o entendimento de que a aposentadoria espontânea não é causa direta e imediata de extinção do contrato de trabalho. Assim, em atenção ao princípio da continuidade da relação de emprego, impõe-se o pagamento da indenização de 40% sobre a integralidade dos depósitos do FGTS. Entendimento que se encontra consagrado na Orientação Jurisprudencial 361 do TST. Agravo de instrumento a que se nega provimento . Encontrado em: 2144401120065020039 214440-11.2006.5.02.0039 (TST) Flavio Portinho Sirangelo
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