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Simulado TRF1 revisado com gabarito

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Prévia do material em texto

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO CONCURSO PÚBLICO 2017
LEIA COM ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO.
CADERNO DE PROVA OBJETIVA
1 Ao receber este caderno de provas, confira inicialmente se os seus dados pessoais e os dados referentes 
ao cargo ao qual você concorre, transcritos acima, estão corretos e coincidem com o que está registrado na 
sua folha de respostas. Confira, também, o seu nome em cada página numerada do seu caderno de provas. 
Em seguida, verifique se ele contém a quantidade de itens indicada em sua folha de respostas, correspondentes à 
prova objetiva. Caso o caderno esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente divergência quanto aos seus 
dados pessoais ou aos dados do cargo ao qual você concorre, solicite ao fiscal de sala mais próximo que tome as 
providências cabíveis, pois não serão aceitas reclamações posteriores nesse sentido.
2 Quando autorizado pelo chefe de sala, no momento da identificação, escreva, no espaço apropriado da folha de 
respostas, com a sua caligrafia usual, a seguinte frase:
"É o seu esforço contínuo e determinado que quebra a resistência e vence os obstáculos." 
(Gabriel Granjeiro)
Conforme previs to em edital, o descumprimento dessa instrução implicará a anulação da sua prova e a sua elimi-
nação do concurso.
3 Durante a realização das provas, não se comunique com outros candidatos nem se levante sem autorização de 
fiscal de sala.
4 Não serão distribuídas folhas suplementares para rascunho.
5 Na duração das provas, está incluído o tempo destinado à identificação – que será feita no decorrer da prova – e 
ao preenchimento da folha de respostas.
6 Ao terminar as provas, chame o fiscal de sala mais próximo, devolva-lhe a sua folha de respostas e deixe o local 
de prova.
7 A desobediência a qualquer uma das determinações constantes em edital, no presente caderno ou na folha de 
respostas, poderá implicar a anulação da sua prova.
OBSERVAÇÕES:
Não serão conhecidos recursos em desacordo com o estabelecido em edital.
É permitida a reprodução deste material apenas para fins didáticos, desde que citada a fonte.
INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
0(XX) 64 3448-0100
www.cespe.unb.br | sac@cebraspe.org.br
CARGO 6:
ÁREA DE ATIVIDADE: ADMINISTRATIVA
NÍVEL MÉDIO
TÉCNICO JUDICIÁRIO
2
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1
Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
Texto 1
O SOLDADO AMARELO
1 Era um facão verdadeiro, sim senhor, movera-se como um raio cortando palmas de quipá. E estivera 
a pique de rachar o quengo de um sem-vergonha. Agora dormia na bainha rota, era um troço inútil, mas 
tinha sido uma arma. Se aquela coisa tivesse durado mais um segundo, o polícia estaria morto. Imaginou-o 
assim, caído, as pernas abertas, os bugalhos apavorados, um fio de sangue empastando-lhe os cabelos, 
5 formando um riacho entre os seixos da vereda. Muito bem! Ia arrastá-lo para dentro da caatinga, 
entregá-lo aos urubus. E não sentiria remorso. Dormiria com a mulher, sossegado, na cama de 
varas. Depois gritaria aos meninos, que precisavam de criação. Era um homem, evidentemente. 
� Aprumou-se, fixou os olhos nos olhos do polícia, que se desviaram. Um homem. Besteira pensar 
que ia ficar murcho o resto da vida. Estava acabado? Não estava. Mas para que suprimir aquele doente 
10 que bambeava e só queria ir para baixo? Inutilizar-se por causa de uma fraqueza fardada que vadiava 
na feira e insultava os pobres! Não se inutilizava, não valia a pena inutilizar-se. Guardava a sua força. 
� Vacilou e coçou a testa. Havia muitos bichinhos assim ruins, havia um horror de bichinhos assim fracos e ruins. 
� Afastou-se inquieto. Vendo-o acanalhado e ordeiro, o soldado ganhou coragem, avançou, pisou firme, 
perguntou o caminho. E Fabiano tirou o chapéu de couro.
15 – Governo é governo. 
� Tirou o chapéu de couro, curvou-se e ensinou o caminho ao soldado amarelo. 
RAMOS, Graciliano. Vidas Secas.
1 O texto apresenta uma narrativa em terceira pessoa, com relato de ações e alguns comentários do nar-
rador, sem perscrutar o pensamento do personagem principal.
2 Infere-se do texto que o soldado amarelo ganhou coragem por ter percebido a hesitação de Fabiano em 
atacá-lo com o facão. 
3 A forma verbal “movera-se” (l.1) poderia ser substituída por tinha movido-se, sem prejuízo para a correção 
gramatical. 
4 O vocábulo “bainha” (l.2) segue a mesma regra de acentuação da palavra “caído” (l.4). 
5 Na linha 13, o vocábulo “inquieto” classifica-se como adjunto adverbial. Caso ele fosse deslocado no perío-
do em que se insere, o trecho poderia ser assim reescrito: Inquieto, afastou-se. 
CONHECIMENTOS BÁSICOS
• De acordo com o comando a que cada um dos itens a seguir se refira, marque, na folha de respostas, 
para cada item: o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado 
com o código E, caso julgue o item ERRADO. A ausência de marcação ou a marcação de ambos os 
campos não serão apenadas, ou seja, não receberão pontuação negativa. Para as devidas marcações, 
use a folha de respostas, único documento válido para a correção das suas provas.
• Nos itens que avaliam noções de informática, a menos que seja explicitamente informado o contrário, 
considere que todos os programas mencionados estão em configuração-padrão, em português, e que 
não há restrições de proteção, de funcionamento e de uso em relação aos programas, arquivos, diretó-
rios, recursos e equipamentos mencionados.
• Sempre que utilizadas, as siglas subsequentes devem ser interpretadas conforme a significação asso-
ciada a cada uma delas, da seguinte forma: ADC = ação declaratória de constitucionalidade; ADPF = 
arguição de descumprimento de preceito fundamental; CF = Constituição Federal de 1988; CLT = Con-
solidação das Leis do Trabalho; CNMP = Conselho Nacional do Ministério Público; CPC = Código de 
Processo Civil; MP = Ministério Público; MPDFT = Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios; 
MPT = Ministério Público do Trabalho; MPU = Ministério Público da União; OAB = Ordem dos Advogados 
do Brasil; STF = Supremo Tribunal Federal; STJ = Superior Tribunal de Justiça; TST = Tribunal Superior 
do Trabalho.
3Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1 CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
6 Na linha 4, “assim” poderia ser substituído por 
portanto, por conseguinte ou logo. 
Texto 2
1 Gostaria apenas que me fizessem compreen-
der como é possível que tantos homens, tantas 
cidades, tantas nações às vezes suportem tudo 
de um Tirano só, que tem apenas o poderio que 
5 lhe dão, que não tem o poder de prejudicá-los 
senão enquanto aceitam suportá-lo, e que não 
poderia fazer-lhes mal algum se não preferissem, 
a contradizê-lo, suportar tudo dele. Coisa real-
mente surpreendente (e, no entanto, tão comum 
10 que se deve mais gemer por ela do que surpre-
ender-se) é ver milhões e milhões de homens 
miseravelmente subjugados e, de cabeça baixa, 
submissos a um jugo deplorável: não que a ele 
sejam obrigados por força maior, mas porque são 
15 fascinados e, por assim dizer, enfeitiçados apenas 
pelo nome de um que não deveriam temer, pois 
ele é só, nem amar, pois é desumano e cruel para 
com todos eles. Tal entretanto é a fraqueza dos 
homens! Forçados à obediência, forçados a con
20 temporizar, divididos entre si, nem sempre podem 
ser os mais fortes. Portanto, se uma nação, escra-
vizada pela força das armas, é submetida ao 
poder de um só, não é de se espantar que ela 
sirva, mas de se deplorar sua servidão, ou melhor, 
25 nem espantar-se nem lamentar-se: suportar o 
infortúnio com resignação e reservar-se para uma 
ocasião melhor no futuro.
� Somos feitos de tal modo que os deveres co-
muns da amizade absorvem boa parte de nossa 
30 vida. Amar a virtude, estimarbelas ações, ser 
gratos pelos benefícios recebidos, e, frequente-
mente até, reduzir nosso próprio bem estar para 
aumentar a honra e a vantagem daqueles que 
amamos e que merecem ser amados – tudo isso 
35 é muito natural. Se, portanto, os habitantes de 
um país encontram entre eles um desses homens 
raros, que lhes tenha dado provas reiteradas de 
grande providência para garanti-los, de grande 
audácia para defendê-los, de grande prudência 
40 para governá-los; se insensivelmente, habituam-
-se a obedecê-lo, se até confiam nele a ponto 
de atribuir-lhe uma certa supremacia, não sei se 
tirá-lo de onde fazia o bem para colocá-lo onde 
poderá malfazer é agir com sabedoria; no entanto, 
45 parece muito natural e razoável ser bom para com 
aquele que nos trouxe tantos bens e não temer 
que o mal nos venha dele.
O discurso da servidão voluntária, Etienne de La Boétie, 1546.
7 Infere-se do texto que a tirania que um só homem 
exerce sobre vários provoca no autor mais per-
plexidade do que indignação.
8 A correção gramatical do texto seria mantida, em-
bora seu sentido fosse prejudicado, se o trecho 
“Somos feitos de tal modo que os deveres co-
muns da amizade absorvem boa parte de nossa 
vida” (l. 28-30) fosse assim reescrito: Os deveres 
comuns da amizade nos absorvem boa parte da 
vida porquanto somos feitos de modo tal. 
9 Segundo o texto, os governantes despóticos 
exercem poder sobre o povo porque são cruéis e 
impõem à força o seu domínio, subjugando com 
violência os que contra eles se insurgem. 
10 Na linha 1, a inserção da preposição "de" após 
“apenas” é gramaticalmente correta, uma vez 
que os princípios de regência verbal admitem a 
presença do conector anteposta a um pronome 
relativo. 
11 O trecho “que tantos homens, tantas cidades, 
tantas nações às vezes suportem tudo de um Ti-
rano só” (l. 2-4) classifica-se como complemento 
da palavra “possível” (l. 2). 
12 O trecho “e que não poderia fazer-lhes mal al-
gum se não preferissem, a contradizê-lo, supor-
tar tudo dele” (l. 6-8) poderia ser assim reescrito: 
e que não lhes poderia fazer mal algum, se 
não preferissem suportar tudo dele do que 
contradizê-lo. 
13 As expressões “tal entretanto” (l. 18), “os habi-
tantes de um país” (l. 35-36) e “ser bom para com 
aquele que nos trouxe tantos bens” (l. 45-46) são 
equivalentes sintaticamente.
14 O trecho “não sei se tirá-lo de onde fazia o bem 
para colocá-lo onde poderá malfazer é agir com 
sabedoria; no entanto, parece muito natural e ra-
zoável ser bom para com aquele que nos trouxe 
tantos bens e não temer que o mal nos venha 
dele” (l. 42-47) poderia ser assim reescrito: não 
sei se tirá-lo donde fazia o bem para colocá-lo 
onde poderá malfazer significa agir com sa-
bedoria. Parece muito natural e razoável, con-
tudo, não temer que o mal nos venha daquele 
que nos trouxe tantos bens e ser bom para 
com ele.
15 O predicativo “feitos de tal modo”, na linha 28, é 
responsável por atribuir uma característica a um 
sujeito que está elíptico. 
4
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1
Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
A respeito dos conceitos de Ética e Moral, julgue o 
item.
16 Ética e Moral, embora relacionadas, têm signi-
ficados diferentes: enquanto esta refere-se aos 
costumes, regras, tabus e convenções estabele-
cidas por cada sociedade, aquela diz respeito ao 
estudo fundamentado dos valores e convenções 
sociais.
A respeito da Resolução n. 147, que institui o Código 
de Conduta da Justiça Federal, julgue os itens.
17 É permitida a utilização de sistemas e ferramen-
tas de comunicação para participação em discus-
sões virtuais não relacionados aos interesses do 
Conselho e da Justiça Federal, mas com a socie-
dade em geral.
18 Cada Tribunal terá um comitê gestor de ética for-
mado por servidores nomeados pelo Conselho 
da Justiça Federal.
Analise a seguinte situação hipotética.
Pedro Juan, Procurador da República, membro do Mi-
nistério Público da União, exerce as funções institucio-
nais do Ministério Público Federal junto à Seção Judi-
ciária Federal sediada no Distrito Federal. Com base 
nessas informações, julgue os itens 1 e 2.
19 Caso Pedro Juan venha a praticar crime comum, 
em regra, deverá ser processado e julgado pela 
2ª Seção do Tribunal Regional Federal da 1ª Re-
gião.
20 Pedro Juan, ao praticar crime eleitoral, deverá 
ser processado e julgado perante a 2ª Seção do 
Tribunal Regional Federal da 1º Região.
21 Antonieta Marreta Silverado foi condenada pelo 
Juiz Federal com jurisdição na cidade de Belo 
Horizonte. Antonieta pretende ingressar com 
uma ação de Revisão Criminal com o argumento 
de que houve erro judiciário na sua condenação.
Nesses termos, compete à 3º Seção do Tribunal Re-
gional Federal processar e julgar a Revisão Criminal 
proposta por Antonieta Marreta.
22 É competência da Corte Especial do Tribunal Re-
gional da 1ª Região processar e julgar os manda-
dos de segurança e os habeas datas contra ato 
dos Juízes Federais de primeiro grau.
23 Dentre outras atribuições regimentais, a Corte 
Especial tem a competência para julgar o conflito 
de competência entre turmas e seções do Tribu-
nal.
24 A Reclamação é um instrumento previsto no 
Regimento Interno do TRF da 1ª Região com o 
objetivo de preservar a competência e garantir 
a autoridade dos julgados do Plenário, da Corte 
Especial, das Seções e das Turmas do Tribunal 
Regional Federal.
25 Julgue a seguinte situação hipotética: Antônio 
Cervantes, Desembargador Federal do Tribunal 
Regional Federal, recebeu, por meio de distri-
buição, determinado recurso para ser relator. E 
percebeu que o recurso não contemplava alguns 
requisitos legais de admissibilidade. Antônio Cer-
vantes concedeu o prazo de 5 (cinco) dias para 
sanear o vício pela parte, todavia o recorrente 
permaneceu inerte. Nesse caso, o relator pode-
rá não conhecer do recurso inadmissível, pois 
transcorreu o prazo de 5 (dias) para saneamento.
26 Ainda sobre Antônio Cervantes, não é permitido 
negar, monocraticamente, provimento a recurso.
27 Não haverá sustentação oral no julgamento de 
remessa necessária, de embargos declaratórios 
e de arguição de suspeição.
28 Funciona, no Tribunal, a Coordenação do Siste-
ma de Conciliação da Justiça Federal da 1ª Re-
gião, que tem por objetivo processar e julgar os 
recursos interpostos contra as decisões dos nú-
cleos de conciliação.
O Conselho Nacional de Justiça lançou a Resolução 
230/2016, que orienta a adequação das atividades 
dos órgãos do Poder Judiciário e de seus serviços au-
xiliares às determinações exaradas pela Convenção 
Internacional sobre os Direitos das Pessoas com De-
ficiência e seu Protocolo Facultativo e pela Lei Brasi-
leira de Inclusão da Pessoa com Deficiência por meio 
– entre outras medidas – da convolação em resolução 
da Recomendação CNJ n. 27, de 16/12/2009, bem 
como da instituição de Comissões Permanentes de 
Acessibilidade e Inclusão. De acordo com a Resolu-
ção 230/16 CNJ, julgue os itens abaixo.
29 A efetiva prestação de serviços públicos e de in-
teresse público depende, no caso das pessoas 
com deficiência, da implementação de medidas 
que assegurem a ampla e irrestrita acessibilidade 
física, arquitetônica, comunicacional e atitudinal.
5Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1 CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
30 Existe a possibilidade de a Administração obri-
gar o servidor com mobilidade comprometida a 
utilizar o sistema home office, se comprovada a 
existência de muitos custos para a promoção da 
acessibilidade do servidor em seu local de tra-
balho.
A Constituição Brasileira, a mais importante definidora 
dos princípios e regras básicas da sociedade, prevê – 
entre diversasoutras garantias – que todos são iguais 
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, e 
ainda trata do direito à dignidade de todo cidadão bra-
sileiro. Para igualar as condições de conforto obten-
ção destas garantias, foi necessário implementar uma 
série de direitos das pessoas com deficiência. Com 
relação às normas constitucionais e às inovações in-
cluídas no ordenamento jurídico pela Lei Brasileira da 
Inclusão, julgue os itens abaixo.
31 Entre as competências concorrentes propostas 
pela Constituição Federal/88, estão a proteção 
e integração social das pessoas portadoras de 
deficiência.
32 (ANULADA) É garantido o direito ao transporte 
e à mobilidade da pessoa com deficiência, que 
deve se traduzir na garantia de acessibilidade 
nos meios e sistemas de transporte, em especial 
no caso dos táxis. Estes devem possuir pelo me-
nos 20% de sua frota adaptada para atender às 
pessoas com deficiência.
33 As edificações públicas e privadas de uso cole-
tivo já existentes devem garantir acessibilidade 
à pessoa com deficiência em todas as suas de-
pendências e serviços, tendo como referência as 
normas de acessibilidade vigentes.
34 Assegurar que as pessoas com deficiência pos-
sam concorrer em igualdade de condições em 
concursos públicos pode ser considerado como 
uma modalidade de inserção laboral da pessoa 
portadora de deficiência.
35 Com relação ao processo eleitoral, a pessoa com 
deficiência tem direito de votar e ser votada, no 
dia da eleição deve ser garantida acessibilidade 
para o eleitor com deficiência ou com mobilidade 
reduzida, inclusive no entorno das seções e nos 
sistemas de transporte que lhe dão acesso.
36 A Convenção Internacional dos Direitos da Pes-
soa com Deficiência tem como princípio o res-
peito pela dignidade inerente, a autonomia indi-
vidual, inclusive a liberdade de fazer as próprias 
escolhas, esta convenção se aplica, a todas as 
unidades constitutivas dos Estados federativos.
Julgue os itens seguintes, relativos à lógica proposi-
cional e à lógica de argumentação.
37 A sentença ((~A) → (~B)) ↔ (B → A) será sempre 
verdadeira, independentemente das valorações 
de A e B como verdadeiras ou falsas.
38 A sentença “Hilton Queiroz é Desembargador Fe-
deral, pois ele é Presidente do TRF da 1ª Região” 
é logicamente equivalente à sentença “Hilton 
Queiroz não é presidente do TRF da 1ª Região 
ou ele é Desembargador Federal”.
39 Supondo-se que p seja a proposição simples “Pau-
lo não é analista judiciário”, que q seja a proposição 
simples “Paulo é advogado” e que p → q, então 
o valor lógico da proposição “Paulo é analista 
judiciário, logo ele não é advogado” será falso.
40 A negativa da seguinte proposição: “Se Paulo 
não é analista judiciário e é advogado, então ele 
não será nomeado” é equivalente a “Paulo não é 
analista judiciário, é advogado e ele será nome-
ado”.
41 É correto o raciocínio lógico dado pela sequência 
de proposições seguintes: Não existem advoga-
dos loucos e Viviane não é louca. Logo, Viviane 
é advogada.
Julgue os seguintes itens, relativos à probabilidade.
Situação hipotética: 60% dos pênaltis marcados a 
favor do Paris Saint-Germain são cobrados por joga-
dores brasileiros. A probabilidade de um pênalti ser 
convertido é de 70%, se o cobrador for brasileiro, e de 
40%, em caso contrário. Um pênalti a favor do Paris 
Saint-Germain acabou de ser marcado.
42 A probabilidade do pênalti ser cobrado por um jo-
gador brasileiro e ser convertido é de 0,42.
43 A probabilidade do pênalti ser convertido é infe-
rior a 0,55.
44 Julgue o item a seguir, a respeito das maneiras 
de pensar com argumentos racionais. 
Situação hipotética: Ao entrar em uma reparti-
ção de um Tribunal Regional Federal da 1ª Re-
gião, um auxiliar judiciário encontrou, no chão, 
dois processos da área criminal. Como havia 
várias estantes na sala, o auxiliar judiciário ob-
servou e desenvolveu o seguinte raciocínio: “De 
todos os processos que estou vendo aqui, os que 
são da área criminal ficam na estante central. Es-
ses dois processos são da área criminal. Logo, 
eles devem ficar na estante central. Vou colocá-
-los lá”. 
Assertiva: Nessa situação, o auxiliar judiciário 
desenvolveu um raciocínio dedutivo válido.
6
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1
Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
45 De acordo com as falácias de relevâncias, temos que a seguinte situação é um exemplo de apelo à mise-
ricórdia: “Dentro de um restaurante, uma moça começa a pedir ajuda aos clientes que ali almoçavam para 
pagar seu almoço, pois não tinha emprego e seus pais a haviam abandonado. Sua justificativa para essa 
atitude é o fato de estar no momento desempregada e não ter um centavo”.
46 Considerando as características do raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue o item a se-
guir. 
A afirmação “Por ser novo, esse computador não apresenta falhas nem dá problema” fundamenta-se em um 
argumento no qual há uma premissa não declarada e representa um silogismo lógico.
47 O referido texto “O homem honesto nunca sofre injustiça, pois somente o homem que é injusto sabe fazer 
o mal e o homem honesto jamais comete maldades” apresenta um argumento válido. 
Representando o argumento abaixo, é importante observar que o termo “pois” anuncia premissas. 
48 Acerca dos argumentos racionais, julgue o item a seguir.
O seguinte texto: “O cinema nacional conquistou nos últimos anos qualidade e faturamento nunca vistos an-
tes. ‘Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça’ – a famosa frase-conceito do diretor Glauber Rocha – vi-
rou uma fórmula eficiente para explicar os R$ 130 milhões que o cinema brasileiro faturou no ano passado”.
Assertiva: O argumento acima constitui um argumento de autoridade. 
49 Considerando as características do raciocínio analítico e a estrutura da argumentação, julgue o item que 
se segue. 
A frase “Aquele candidato não foi aprovado no vestibular porque é filho do reitor da Universidade” possui 
sentido ambíguo, permitindo os seguintes entendimentos: 
1) De que “Aquele candidato” não foi aprovado devido ao fato de ser filho do reitor da Universidade; e 
2) De que “Aquele candidato” foi aprovado, mas o fato de ele ser filho do reitor não teria contribuído para 
a sua aprovação.
50 Adotar o processo de inferências do tipo indutiva significa determinar a premissa. Usa-se a conclusão e a 
regra para defender que a premissa poderia explicar a conclusão. Exemplo: "Quando chove, a grama fica 
molhada. A grama está molhada, então pode ter chovido." Associa-se este tipo de raciocínio aos diagnosti-
cistas e detetives etc.
Espaço Livre
7Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1 CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
Considerando os conceitos e as classificações das 
Constituições, bem como os princípios fundamentais, 
julgue os itens a seguir.
51 Uma constituição promulgada, rígida, escrita e 
material, como a brasileira de 1988, está entre 
aquelas que permitem o controle de constitucio-
nalidade, por colocar os dispositivos constitucio-
nais em posição de hierarquia superior às demais 
normas do ordenamento.
52 Dentro da teoria dos freios e contrapesos, utiliza-
da pelo Constituinte, todos os Poderes do Esta-
do atuariam em funções típicas e atípicas. Com 
isso, haveria controles recíprocos, de modo que 
um Poder não pode se sobrepor ao outro.
53 Segundo o pensamento de Carl Schimtt, a Cons-
tituição é a decisão política fundamental de um 
país, diferenciando-se a Constituição propriamen-
te dita das leis constitucionais.
54 Existem direitos fundamentais extensíveis exclu-
sivamente a estrangeiros.
55 No processo administrativo disciplinar, a falta de 
defesa técnica por advogado não ofende a Cons-
tituição. Tal raciocínio não semodifica, mesmo se 
tratando de PAD instaurado no âmbito da execu-
ção penal.
56 São privativos de brasileiros natos os cargos de 
Presidente do Senado Federal, Ministro das Re-
lações Exteriores e de Oficiais das Forças Arma-
das.
57 Viola o princípio da inafastabilidade de jurisdição 
decisão judicial que condiciona o ajuizamento de 
ação buscando a concessão de benefício previ-
denciário ao requerimento prévio na via adminis-
trativa.
Acerca da organização político-administrativa e da 
repartição de competências no modelo constitucional 
brasileiro, julgue os itens a seguir.
58 As competências privativas da União podem ser 
delegadas aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios por meio de lei complementar federal.
59 É constitucional lei distrital que disponha sobre o 
tempo de espera em filas, inclusive de bancos e 
de cartórios.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
60 Não viola a Constituição lei estadual que proíba 
a instalação de bloqueadores de sinais de celular 
junto a estabelecimentos prisionais.
Sobre o Poder Judiciário, analise os itens a seguir.
61 A garantia da inamovibilidade impede que o juiz 
seja removido, salvo se houver comprovado inte-
resse público, em decisão de maioria absoluta do 
Tribunal ou do CNJ. Ela abrange os juízes titula-
res e também os substitutos.
62 O incidente de deslocamento de competências, 
criado pela EC n. 45/2004, permite a chamada 
federalização de crimes. Ele pode ser proposto 
exclusivamente pelo PGR perante o STJ e, se 
acolhido, levaria o processo a ser julgado pela 
Justiça Federal.
63 Compete ao STJ julgar originariamente os De-
sembargadores dos Tribunais de Justiça, bem 
como os Juízes dos Tribunais Regionais Federais 
nos crimes comuns e nos de responsabilidade.
64 Não há aplicação da regra do quinto constitucio-
nal para a composição dos Tribunais Regionais 
Federais.
Considerando as disposições constitucionais ineren-
tes às Funções Essenciais à Justiça, julgue os itens 
que se seguem.
65 O Ministério Público, a Defensoria Pública e a 
Advocacia Pública são instituições dotadas de 
autonomia administrativa, funcional e orçamen-
tária.
66 Com base na chamada teoria dos poderes im-
plícitos, o STF reconheceu a possibilidade de o 
Ministério Público proceder a investigações. Nes-
sa situação, caberá ao Promotor de Justiça ou 
Procurador da República a tarefa de presidir o 
inquérito policial.
67 Autotutela é o poder de controle da Administra-
ção Direta sobre a Administração Indireta, evi-
denciando a subordinação entre elas.
68 As autarquias são criadas e organizadas por de-
creto e podem ser extintas por essa mesma via 
administrativa.
8
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Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
69 O ato administrativo não vinculado, de competên-
cia exclusiva do governador de estado, que ve-
nha a ser publicado pelo secretário desse estado, 
será considerado insanável, independentemente 
do objeto.
70 Segundo o STJ, legislação e sanção constituem 
atividades típicas da Administração Pública, po-
dendo ser delegáveis. Consentimento e fiscali-
zação, por não realizarem poder coercitivo, não 
poderão ser delegados.
71 As empresas públicas e a Sociedade de Econo-
mia Mista, quando prestam serviço público, terão 
responsabilidade objetiva; se exploram atividade 
econômica, terá responsabilidade subjetiva.
72 A nomeação, a promoção e a remoção são for-
mas de provimento de cargo público, podendo a 
nomeação ser realizada em caráter efetivo ou em 
comissão.
73 Ao servidor é proibido coagir ou aliciar subordina-
dos no sentido de filiarem-se a associação profis-
sional ou sindical, ou a partido político, podendo 
ser punido com pena de demissão.
74 Constitui ato de improbidade administrativa im-
portando enriquecimento ilícito permitir que se 
utilizem, em obra ou serviço particular, veículos, 
máquinas, equipamentos ou material de qual-
quer natureza, de propriedade ou à disposição 
de qualquer das entidades mencionadas no art. 
1° da Lei n. 8429/1992, bem como o trabalho de 
servidor público, empregados ou terceiros con-
tratados por essas entidades.
75 De acordo com a Lei n. 8.429/1992, são conside-
rados atos de improbidade administrativa apenas 
os que importam enriquecimento ilícito, os que 
causam prejuízo ao erário e os que atentam con-
tra os princípios da Administração Pública.
76 Um órgão administrativo e seu titular poderão, 
se não houver impedimento legal, delegar parte 
da sua competência a outros órgãos ou titulares, 
ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente 
subordinados.
77 Concluída a instrução de processo administrati-
vo, a Administração tem o prazo de até trinta dias 
para decidir, salvo prorrogação por igual perío-
do expressamente motivada. O excesso de pra-
zo para a conclusão do processo administrativo 
disciplinar, porém, só causa nulidade se houver 
demonstração de prejuízo à defesa.
78 A lei processual penal não retroagirá, salvo para 
beneficiar o réu. 
79 A analogia, no âmbito de aplicação da lei proces-
sual penal, somente poderá ser in bonam partem. 
80 A autoridade policial, em caso de ação penal pú-
blica condicionada à representação, poderá man-
dar arquivar autos de inquérito policial.
81 Paulo, investigado em inquérito policial, entrou 
em contato com seu advogado para saber mais 
sobre os fatos e as consequências jurídicas. O 
advogado, diante disso, requereu, sem apresen-
tação de procuração e ciente de que não teria 
acesso às diligências em andamento, acesso aos 
autos do inquérito policial. O requerimento foi ne-
gado pela autoridade policial.
Nessa situação hipotética, a autoridade policial 
agiu corretamente, tendo em vista que, em re-
gra, a autoridade policial não poderá franquear 
o acesso aos autos de inquérito policial sem a 
apresentação de procuração.
82 A jurisprudência dos tribunais superiores não ad-
mite o arquivamento implícito, hipótese em que o 
membro do Ministério Público suscita a incompe-
tência do juízo para onde a denúncia seria enca-
minhada e requer o encaminhamento dos autos 
ao juízo competente.
83 Conforme entendimento dos tribunais superiores, 
o arquivamento do inquérito policial por falta de 
base para a denúncia faz coisa julgada material. 
Com isso, é possível a reabertura do inquérito 
policial caso surjam indícios de novas provas.
84 Caso um juiz federal edite portaria que determi-
ne a tramitação direta do inquérito policial entre 
o Delegado de Polícia Federal e o membro do 
Ministério Publico Federal, tal portaria estará ei-
vada de ilegalidade, na medida em que o Código 
de Processo Penal determina o encaminhamento 
dos autos de inquérito policial ao juiz.
85 Pelo princípio da indivisibilidade, na ação penal 
privada, se um dos querelados não aceitar o per-
dão do ofendido, o processo continuará contra 
todos conjuntamente.
86 A perempção incide em todas as espécies de 
ação penal privada.
87 O prazo de 06 meses para oferecimento da quei-
xa-crime, em todas as suas espécies, será conta-
do do conhecimento da autoria do delito.
9Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1 CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
88 O corréu de um mesmo processo poderá atuar 
como assistente de acusação somente após o 
trânsito em julgado de primeira instância e desde 
que autorizado pelo juiz.
89 O juiz não poderá exercer jurisdição no processo 
em que tiver funcionado seu cônjuge ou parente, 
consanguíneo ou afim, em linha reta ou colate-
ral até o terceiro grau, inclusive, como defensor 
ou advogado, órgão do Ministério Público, teste-
munha, autoridade policial, auxiliar da justiça ou 
perito.
90 Acerca do crime e da aplicação da lei penal no 
tempo e no espaço, julgue o item quese segue.
A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o 
agente, aplica-se aos fatos anteriores, salvo se já 
decididos por sentença condenatória transitada 
em julgado.
91 Em relação à aplicação da lei penal, assinale a 
opção correta.
A sentença estrangeira, quando a aplicação da 
lei brasileira produz na espécie as mesmas con-
sequências, poderá ser homologada no Brasil 
para todos os efeitos, exceto para sujeitar o con-
denado a medida de segurança.
92 Acerca da aplicação da lei penal, do conceito 
analítico de crime, da exclusão de ilicitude e da 
imputabilidade penal, julgue o item que se segue.
A legítima defesa é causa de exclusão da ilicitude 
da conduta, mas não é aplicável no caso de um 
desafio, duelo ou convite para luta. Nesse caso, 
os contendores respondem pelos crimes pratica-
dos.
93 Com relação aos elementos do crime, julgue o 
item a seguir.
Crime impossível é a situação em que o autor, 
com a intenção de cometer o delito, não conse-
gue fazê-lo por ter se utilizado de meio de execu-
ção absolutamente ineficaz, ou então em decor-
rência de ter direcionado sua conduta a objeto 
material absolutamente impróprio.
94 Acerca do crime e da aplicação da lei penal no 
tempo e no espaço, julgue o item que se segue.
Sob o critério material, crime corresponde a toda 
ação ou omissão humana que lesa ou expõe a 
perigo de lesão bens jurídicos penalmente tute-
lados; sob o critério legal, o conceito de crime é 
o fornecido pelo legislador; já pelo critério formal 
ou dogmático, se funda nos elementos que com-
põem a estrutura do crime.
95 Considera-se inimputável aquele que comete cri-
me por doença mental ou desenvolvimento men-
tal incompleto ou retardado, sendo, ao tempo da 
ação ou da omissão, inteiramente incapaz de en-
tender o caráter ilícito do fato ou de determinar-
-se de acordo com esse entendimento.
96 Em relação ao concurso de pessoas, julgue o 
item subsecutivo.
Tício, munido de uma faca, e Mévio, com um 
revólver, aguardam em tocaia a passagem de 
Caio. Quando este passa pela emboscada, Tício 
parte em sua direção para matá-lo, enquanto 
Mévio, de arma em punho, aguarda eventual e 
necessária ação. Nessa situação, caso Mévio 
aja, será considerado partícipe do crime.
97 No que se refere à ação penal, julgue o item a 
seguir. 
Salvo disposição expressa em contrário, o ofen-
dido decai do direito de queixa ou de representa-
ção se não o exerce dentro do prazo de 6 (seis) 
meses, contado do dia em que tiver ocorrido o 
crime, ou, no caso da ação privada subsidiária 
da pública, do dia em que se esgota o prazo para 
oferecimento da denúncia.
98 Acerca de extinção da punibilidade, julgue o item 
a seguir.
A sentença que conceder perdão judicial não 
será considerada para efeitos de reincidência.
99 Em relação à improbidade administrativa, julgue 
o item subsecutivo.
A perda da função pública e a suspensão dos di-
reitos políticos só se efetivam com o trânsito em 
julgado da sentença condenatória. E a autorida-
de judicial ou administrativa competente poderá 
determinar o afastamento do agente público do 
exercício do cargo, emprego ou função, sem pre-
juízo da remuneração, quando a medida se fizer 
necessária à instrução processual.
100 A relação de causalidade, estudada no conceito 
estratificado de crime, consiste no vínculo forma-
do entre a conduta praticada por seu autor e o re-
sultado por ele produzido. Acerca dessa relação, 
assinale a opção correta.
O CP adota, como regra, a teoria da causalidade 
adequada, também chamada de teoria da con-
ditio sine qua non, segundo a qual conduta ade-
quada é aquela idônea a gerar o efeito, ou seja, 
aquela aferida de acordo com o juízo do homem 
médio e com a experiência comum. 
Acerca da pessoa natural, dos direitos de personali-
dade e pessoas jurídicas, julgue os itens:
10
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Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
101 A certidão de nascimento da pessoa natural tem 
a mesma natureza jurídica do registro das pesso-
as jurídicas. 
102 O pseudônimo goza da mesma proteção dada 
ao nome somente se for usado para atividades 
lícitas. 
103 A vida privada da pessoa natural é inviolável. 
Dessa forma, exige-se prévia autorização do bio-
grafado para publicação de biografias. 
A respeito da Lei de Introdução às Normas do Direito 
Brasileiro, julgue o item abaixo.
104 Em regra, a lei nova passa a ter vigência no país 
três meses após ser oficialmente publicada.
Acerca de ato e negócio jurídicos, julgue os itens 
abaixo.
105 Haverá suspensão da aquisição e do exercício 
do direito quando o negócio jurídico for celebra-
do mediante condição ou termo. 
106 É considerado nulo o negócio jurídico celebra-
do mediante estado de perigo.
107 O negócio jurídico nulo são se convalida com 
tempo, mas pode ser suprido pela vontade das 
partes.
Sobre pessoa jurídica, bens e domicílio, julgue os 
itens:
108 Acerca da desconsideração da personalidade 
jurídica da pessoa jurídica, o Código Civil adota 
a teoria maior, exigindo-se a prova do desvio 
de finalidade ou confusão patrimonial e o dano. 
109 O atual diploma civil admite pluralidade de do-
micílio da pessoa natural. 
110 Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-
-se indivisíveis tão somente por determinação 
da lei.
Acerca do Novo Código de Processo Civil (CPC), jul-
gue os itens subsequentes:
111 A jurisdição é uma técnica de solução de confli-
tos mediante autocomposição. Acerca de suas 
diferentes classificações, há a jurisdição especial 
e comum, sendo exemplo da primeira a justiça 
eleitoral, trabalhista e federal. 
112 O Ministério Público pode atuar no processo na 
condição de parte ou fiscal da ordem jurídica. 
Quando for parte, só poderá atuar na condição 
de legitimado extraordinário. 
113 O oficial de justiça está autorizado a cumprir 
mandados de citação, intimação, notificação e 
até mesmo de penhora e arresto, em comarca 
contígua àquela onde exerce suas funções, inde-
pendentemente de carta precatória.
114 No estudo da jurisdição, caso a ação envolva 
bem imóvel situado no Brasil, a jurisdição bra-
sileira é exclusiva, não podendo a ação tramitar 
fora do país, uma vez que não haverá a homolo-
gação de sentença estrangeira neste caso. 
115 Caso o advogado exceda o prazo de devolução 
do processo, o juiz, de ofício ou mediante reque-
rimento de qualquer interessado, intimará o ad-
vogado a devolvê-lo em cinco dias, sob pena de 
busca e apreensão dos autos, multa de metade 
do salário mínimo e perda do direito de carga dos 
autos. 
116 Em nenhuma hipótese a citação será feita caso 
o citando esteja no período de bodas ou de luto. 
117 O juiz estará impedido de atuar no processo no 
qual seja advogado do autor seu cunhado. 
118 Além do Oficial de Justiça, o escrivão ou chefe de 
secretaria também poderá realizar citações. 
119 Durante o período de 20 de dezembro a 20 de ja-
neiro, o processo ficará suspenso em virtude das 
férias do advogado. 
120 Os prazos processuais são contados em dias 
úteis, excluindo-se os sábados, domingos, feria-
dos declarados por lei e dias nos quais não hou-
ver expediente forense. Além disso, na contagem 
do prazo, deve ser excluído o dia de início e com-
putado o dia final. 
11
CONCURSO PÚBLICO PARA CARGO DE 
TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA
GABARITO OFICIAL PRELIMINAR
Questão
Questão
Questão
Questão
Questão
Questão
Gabarito
Gabarito
Gabarito
Gabarito
Gabarito
Gabarito
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E C E E E E E C E E E E C C E C E E C E
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E E C C C E C E C E C X C E C C C C E C
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
E C E E C C C C C EE C C C E E E E C E
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
C C C E E E E E C E C E E E E C C E E E
81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100
E E E E E E E E E E E C C C C E E C C E
101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 113 114 115 116 117 118 119 120
E C E E E E E C C E E E C C E E C C E C
12
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Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
GABARITO COMENTADO
1 O texto apresenta uma narrativa em terceira 
pessoa, com relato de ações e alguns comentá-
rios do narrador, sem perscrutar o pensamento 
do personagem principal.
Errado. O texto apresenta um narrador que, embora 
narre a história em terceira pessoa, é onisciente, 
isto é, sabe de tudo o que se passa no mundo 
exterior e no interior, revelando, desse modo, a 
reflexão interior (pensamento) da personagem 
central. De fato, a essência do trecho está na 
apresentação do dilema vivido por Fabiana entre 
matar ou não o soldado. A propósito, “perscrutar” 
significa investigar, examinar, procurar desvelar o 
segredo das coisas.
2 Infere-se do texto que o soldado amarelo ganhou 
coragem por ter percebido a hesitação de Fabia-
no em atacá-lo com o facão. 
Certo. O trecho que valida a afirmação está em: 
“Vendo-o acanalhado e ordeiro, o soldado ganhou 
coragem, avançou, pisou firme, perguntou o 
caminho.”
3 A forma verbal “movera-se” (l.1) poderia ser subs-
tituída por tinha movido-se, sem prejuízo para a 
correção gramatical. 
Errado. Os verbos no particípio, assim como os 
flexionados no futuro, não aceitam a colocação 
enclítica do pronome.
4 O vocábulo “bainha” (l.2) segue a mesma regra 
de acentuação da palavra “caído” (l.4). 
Errado. Tanto em “bainha” quanto em “caído” ocorre 
um hiato, mas a primeira palavra não é acentuada, 
porque o “I” – que é tônico e forma hiato com a vogal 
anterior – está seguido de “NH”.
5 Na linha 13, o vocábulo “inquieto” classifica-se 
como adjunto adverbial. Caso ele fosse desloca-
do no período em que se insere, o trecho poderia 
ser assim reescrito: Inquieto, afastou-se. 
Errado. O vocábulo "inquieto" é, no texto, um 
adjetivo, não podendo, portanto, exercer a função 
de adjunto adverbial. Um adjetivo, sob o ponto 
de vista sintático, só pode exercer função de 
adjunto adnominal ou de predicativo. Nesse caso, 
é predicativo do sujeito elíptico, cujo referente é 
Fabiano.
6 Na linha 4, “assim” poderia ser substituído por 
portanto, por conseguinte ou logo. 
Errado. No contexto em que ocorre, a palavra 
“assim” é advérbio e associa-se ao verbo imaginar 
(imaginou assim = imaginou-o desta maneira/deste 
modo). O termo "assim" pode também ser usado 
como conector conclusivo e, nesse caso, pode ser 
substituído por "portanto" ou "por conseguinte", mas 
a situação não se aplica ao texto.
7 Infere-se do texto que a tirania que um só homem 
exerce sobre vários provoca no autor mais per-
plexidade do que indignação.
Errado. O que provoca o sentimento de indignação 
no autor não é a tirania que um só homem exerce 
sobre vários, mas sim o fato de tantos a permitirem. 
Observe o trecho que valida esse entendimento e 
justifica o erro do item: Portanto, se uma nação, 
escravizada pela força das armas, é submetida ao 
poder de um só, não é de se espantar que ela sirva, 
mas de se deplorar sua servidão.
8 A correção gramatical do texto seria mantida, em-
bora seu sentido fosse prejudicado, se o trecho 
“Somos feitos de tal modo que os deveres co-
muns da amizade absorvem boa parte de nossa 
vida” (l. 28-30) fosse assim reescrito: Os deveres 
comuns da amizade nos absorvem boa parte da 
vida porquanto somos feitos de modo tal. 
Certo. Nada há na reescritura que comprometa as 
questões gramaticais, mas a inversão da ordem 
prejudica a semântica, sobretudo (mas não apenas) 
na mudança de tal modo por de modo tal, visto que 
a primeira expressão é locução fixa.
9 Segundo o texto, os governantes despóticos 
exercem poder sobre o povo porque são cruéis e 
impõem à força o seu domínio, subjugando com 
violência os que contra eles se insurgem. 
Errado. O item contradiz o que afirma o texto. 
O autor do texto apresenta a tirania de um sobre 
muitos não em função do uso da crueldade ou 
da força. Segundo ele, os tiranos exercem poder 
criando um senso de amizade, dando ao povo 
“provas reiteradas de grande providência para 
garanti-los, de grande audácia para defendê-los, de 
grande prudência para governá-los”. O motivo está, 
portanto, ligado à ideia de sedução, não de força.
13Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
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10 Na linha 1, a inserção da preposição de após 
“apenas” é gramaticalmente correta, uma vez 
que os princípios de regência verbal admitem a 
presença do conector anteposta a um pronome 
relativo. 
Errado. O "que" empregado na frase "Gostaria 
apenas que me fizessem compreender" é uma 
conjunção integrante, e não um pronome relativo, 
visto que introduz oração que completa o sentido 
do verbo gostar.
11 O trecho “que tantos homens, tantas cidades, 
tantas nações às vezes suportem tudo de um Ti-
rano só” (l. 2-3) classifica-se como complemento 
da palavra “possível” (l. 2). 
Errado. O trecho destacado é sujeito oracional 
da forma verbal “é”, sendo o adjetivo “possível” o 
predicativo desse sujeito oracional. 
12 O trecho “e que não poderia fazer-lhes mal al-
gum se não preferissem, a contradizê-lo, supor-
tar tudo dele” (l. 6-8) poderia ser assim reescrito: 
e que não lhes poderia fazer mal algum, se 
não preferissem suportar tudo dele do que 
contradizê-lo. 
Errado. O verbo preferir é transitivo direto e indireto 
e seu complemento indireto deve ser regido pela 
preposição “a” (no caso do trecho original: “a 
contradizê-lo”); na reescritura proposta no item, 
empregou-se erradamente a preposição “de” (“do 
que contradizê-lo”).
13 As expressões “tal entretanto” (l. 18), “os habi-
tantes de um país” (l. 35-36) e “ser bom para com 
aquele que nos trouxe tantos bens” (l. 45-46) são 
equivalentes sintaticamente.
Certo. Todas as expressões exercem a função de 
sujeito (os dois primeiros são nominais; o terceiro, 
oracional).
14 O trecho “não sei se tirá-lo de onde fazia o bem 
para colocá-lo onde poderá malfazer é agir com 
sabedoria; no entanto, parece muito natural e ra-
zoável ser bom para com aquele que nos trouxe 
tantos bens e não temer que o mal nos venha 
dele” (l. 42-47) poderia ser assim reescrito: não 
sei se tirá-lo donde fazia o bem para colocá-lo 
onde poderá malfazer significa agir com sa-
bedoria. Parece muito natural e razoável, con-
tudo, não temer que o mal nos venha daquele 
que nos trouxe tantos bens e ser bom para 
com ele.
Certo. A reescrita proposta preserva a correção e o 
sentido da frase original do texto. Achou estranho 
o uso do “donde”? Não há problema algum: é uma 
contração da preposição DE com o ONDE. No mais, 
houve inversão da ordem sintática e transformação 
de um período simples em um composto (observe 
que a relação de oposição foi mantida, com a troca 
de “no entanto” por “contudo”).
15 O predicativo “feitos de tal modo”, na linha 28, é 
responsável por atribuir uma característica a um 
sujeito que está elíptico. 
Errado. O sujeito está elíptico (nós), porém o termo 
destacado não exerce a função de predicativo. O 
verbo ‘ser’ é no contexto verbo auxiliar de uma 
locução verbal na voz passiva (somos feitos), e não 
verbo de ligação. Logo, “somos feitos” é locução 
verbal e “de tal modo” é adjunto adverbial de modo. 
16 Ética e Moral, embora relacionadas, têm signi-
ficados diferentes: enquanto esta refere-se aos 
costumes, regras, tabus e convenções estabele-
cidas por cada sociedade, aqueladiz respeito ao 
estudo fundamentado dos valores e convenções 
sociais.
Certo. A Ética é reflexiva e se refere ao estudo da 
Moral e dos valores estabelecidos, como a Moral 
também diz respeito às regras de uma determinada 
sociedade, a Ética estuda também as convenções 
sociais.
17 É permitida a utilização de sistemas e ferramen-
tas de comunicação para participação em discus-
sões virtuais não relacionados aos interesses do 
Conselho e da Justiça Federal, mas com a socie-
dade em geral.
Errado. É vedada a utilização dos sistemas e 
ferramentas de comunicação para discussões 
virtuais que não estejam relacionadas aos 
interesses da Justiça Federal ou do Conselho. Art. 
11, parágrafo único.
18 Cada Tribunal terá um comitê gestor de ética for-
mado por servidores nomeados pelo Conselho 
da Justiça Federal.
14
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1
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Errado. Cada Tribunal terá sim um comitê gestor 
de ética, porém a nomeação dos participantes será 
feita pelo Presidente do Tribunal, conforme está 
escrito no artigo 19.
19 Caso Pedro Juan venha a praticar crime comum, 
em regra, deverá ser processado e julgado pela 
2ª Seção do Tribunal Regional Federal da 1ª Re-
gião.
Certo. Os membros do MPU que atuam na primeira 
instância da justiça deverão ser processados e 
julgados perante o Tribunal Regional Federal.
É o que prevê a Constituição Federal: Art. 108. 
Compete aos Tribunais Regionais Federais: I – 
processar e julgar, originariamente: a) os juízes 
federais da área de sua jurisdição, incluídos os da 
Justiça Militar e da Justiça do Trabalho, nos crimes 
comuns e de responsabilidade, e os membros 
do Ministério Público da União, ressalvada a 
competência da Justiça Eleitoral.
O Regimento Interno do TRF da 1ª Região assevera 
que a competência para processar e julgar as 
autoridades supracitadas deverá ser da 2º Seção. 
Vejamos:
Art. 8º, § 2º. À 2ª Seção cabe o processo e 
julgamento dos feitos relativos a:
a) autoridades submetidas, pela natureza da infração, 
ao foro do Tribunal por prerrogativa de função, 
nos crimes comuns e nos de responsabilidade, 
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
20 Pedro Juan, ao praticar crime eleitoral, deverá 
ser processado e julgado perante a 2ª Seção do 
Tribunal Regional Federal da 1º Região.
Errado. Conforme vimos na alternativa anterior, 
compete ao TRF processar e julgar os membros 
do MPU, nos casos de crimes comum ou de 
responsabilidade.
Se o crime for eleitoral, a competência deverá ser 
da Justiça Eleitoral. Ou seja, do Tribunal Regional 
Eleitoral.
Art. 8°, § 2º. À 2ª Seção cabe o processo e 
julgamento dos feitos relativos a:
a) autoridades submetidas, pela natureza da infração, 
ao foro do Tribunal por prerrogativa de função, 
nos crimes comuns e nos de responsabilidade, 
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.
21 Antonieta Marreta Silverado foi condenada pelo 
Juiz Federal com jurisdição na cidade de Belo 
Horizonte. Antonieta pretende ingressar com 
uma ação de Revisão Criminal com o argumento 
de que houve erro judiciário na sua condenação.
Errado. Como Antonieta pretende ingressar com 
uma ação de revisão criminal contra uma decisão 
de um juízo de primeiro grau, é competência da 2ª 
Seção processar e julgar as revisões criminais dos 
julgados de primeiro grau, bem como dos julgados 
da própria Seção ou das suas turmas, conforme art. 
8º, § 2º, ‘b’, do Regimento Interno.
22 É competência da Corte Especial do Tribunal Re-
gional da 1ª Região processar e julgar os manda-
dos de segurança e os habeas datas contra ato 
dos Juízes Federais de primeiro grau.
Errado. A Corte Especial do TRF 1ª Região tem a 
competência para processar e julgar os mandados 
de segurança e os habeas data contra ato do 
TRIBUNAL, e não dos juízes de primeiro grau, 
conforme o art. 10, inciso III, do Regimento Interno.
A competência para processar e julgar mandados 
de segurança contra ato de Juiz Federal é das 
respectivas Seções do TRF.
23 Dentre outras atribuições regimentais, a Corte 
Especial tem a competência para julgar o conflito 
de competência entre turmas e seções do Tribu-
nal.
Certo. A Corte Especial terá a competência 
jurisdicional de resolver e dirimir eventuais conflitos 
de competências, seja negativo ou positivo, entre 
turmas ou seções do TRF da 1ª Região, conforme 
previsão do art. 10, inciso IV, do Regimento Interno.
24 A Reclamação é um instrumento previsto no 
Regimento Interno do TRF da 1ª Região com o 
objetivo de preservar a competência e garantir 
a autoridade dos julgados do Plenário, da Corte 
Especial, das Seções e das Turmas do Tribunal 
Regional Federal.
Certo. A Reclamação está prevista no art. 16 do 
Regimento Interno. Vejamos: Art. 16. Ao Plenário, 
à Corte Especial, às seções e às turmas, nos 
processos da respectiva competência, incumbe: 
I – julgar: f) a reclamação para preservar a sua 
competência e garantir a autoridade dos seus 
julgados.
25 Julgue a seguinte situação hipotética: Antônio 
Cervantes, Desembargador Federal do Tribunal 
Regional Federal, recebeu, por meio de distri-
buição, determinado recurso para ser relator. E 
percebeu que o recurso não contemplava alguns 
requisitos legais de admissibilidade. Antônio Cer-
15Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1 CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
vantes concedeu o prazo de 5 (cinco) dias para 
sanear o vício pela parte, todavia o recorrente 
permaneceu inerte. Nesse caso, o relator pode-
rá não conhecer do recurso inadmissível, pois 
transcorreu o prazo de 5 (dias) para saneamento.
Certo. O novo Código de Processo Civil fez a 
previsão de sanear vícios sujeitos à convalidação 
pelas partes interessadas. Ou seja, ao invés de 
inadmitir, de plano, o recurso, o relator concede o 
prazo de 5 dias para o interessado providenciar os 
respectivos ajustes. Caso a parte não solucione 
eventuais vícios, o relator poderá não conhecer do 
recurso inadmissível, conforme o art. 29, inciso XXI, 
do Regimento Interno.
26 Ainda sobre Antônio Cervantes, não é permitido 
negar, monocraticamente, provimento a recurso.
Errado. Tanto o Código de Processo Civil quanto 
o Regimento Interno preveem a possibilidade de 
o relator negar, monocraticamente, provimento 
a recurso CONTRÁRIO à súmula ou acórdão 
proferido no regime de recursos repetitivos pelo 
STF ou STJ, bem como súmula ou acórdão firmado 
em incidente de resolução de demandas repetitivas 
ou assunção de competência do próprio Tribunal 
Regional Federal da 1ª Região.
27 Não haverá sustentação oral no julgamento de 
remessa necessária, de embargos declaratórios 
e de arguição de suspeição.
Certo. Com o objetivo de dar celeridade na análise dos 
julgamentos de remessa necessária, de embargos 
declaratórios e de arguição de suspeição, não é 
permitida a sustentação oral nesses julgamentos, 
conforme o art. 45 do Regimento interno do TRF.
28 Funciona, no Tribunal, a Coordenação do Siste-
ma de Conciliação da Justiça Federal da 1ª Re-
gião, que tem por objetivo processar e julgar os 
recursos interpostos contra as decisões dos nú-
cleos de conciliação.
Errado. A Coordenação do Sistema de Conciliação 
da Justiça Federal da 1ª Região, na realidade, tem 
a atribuição para formular e promover políticas 
jurisdicionais e soluções consensuais dos conflitos, 
e não a função jurisdicional de julgar recursos.
29 A efetiva prestação de serviços públicos e de in-
teresse público depende, no caso das pessoas 
com deficiência, da implementação de medidas 
que assegurem a ampla e irrestrita acessibilidade 
física, arquitetônica, comunicacional e atitudinal.
Certo. Para garantir os direitos das pessoas com 
deficiência, é preciso reconhecer suaidentidade 
própria, elas, antes de mais nada, são PESSOAS. 
É preciso prover os recursos necessários para 
possibilitar sua plena e efetiva participação na 
sociedade, em igualdade de condições com as 
demais pessoas. Considerando isso, não é apenas 
papel do Poder Público a garantia da inclusão, mas 
sim de toda sociedade.
30 Existe a possibilidade de a Administração obri-
gar o servidor com mobilidade comprometida a 
utilizar o sistema home office, se comprovada a 
existência de muitos custos para a promoção da 
acessibilidade do servidor em seu local de tra-
balho.
Errado. Existe a possibilidade de implementar o 
sistema “home office” com prioridade para a pessoa 
com mobilidade reduzida, porém a Administração 
não poderá obrigar o servidor com mobilidade 
comprometida a utilizar o sistema “home office”, 
mesmo diante da existência de muitos custos para 
a promoção da acessibilidade do servidor em seu 
local de trabalho. 
31 Entre as competências concorrentes propostas 
pela Constituição Federal/88, estão a proteção 
e integração social das pessoas portadoras de 
deficiência.
Certo. União, Estados e Distrito Federal podem 
concorrentemente legislar sobre proteção e 
integração social das pessoas portadoras de 
deficiência, conforme está descrito no artigo 24, XIV. 
Cabe aqui ressaltar que o município também pode 
legislar, porém essa descrição não está expressa no 
texto constitucional, sendo implícita essa garantia 
descrita no art. 30, quando o município pode legislar 
sobre assuntos de interesse local.
32 (ANULADA) É garantido o direito ao transporte 
e à mobilidade da pessoa com deficiência, que 
deve se traduzir na garantia de acessibilidade 
nos meios e sistemas de transporte, em especial 
no caso dos táxis. Estes devem possuir pelo me-
nos 20% de sua frota adaptada para atender às 
pessoas com deficiência.
Errado. As frotas de empresas de táxi devem 
reservar 10% (dez por cento) de seus veículos 
acessíveis à pessoa com deficiência. O poder 
público é autorizado a instituir incentivos fiscais com 
vistas a possibilitar a acessibilidade dos táxis e é 
proibida a cobrança diferenciada de tarifas ou de 
valores adicionais pelo serviço prestado à pessoa 
com deficiência.
16
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Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
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33 As edificações públicas e privadas de uso cole-
tivo já existentes devem garantir acessibilidade 
à pessoa com deficiência em todas as suas de-
pendências e serviços, tendo como referência as 
normas de acessibilidade vigentes.
Certo. A concepção de acessibilidade deve ser 
utilizada para construção, ampliação e reforma 
de edificações, o que não obsta as construções 
já existentes, que devem garantir as adaptações 
necessárias para que a pessoa com deficiência 
possa conviver de forma harmoniosa. Cabe ainda 
ressaltar que o desenho universal deve ser tomado 
como regra geral, para que possamos alcançar 
espaços para uso de todos, sem necessidade de 
adaptação.
34 Assegurar que as pessoas com deficiência pos-
sam concorrer em igualdade de condições em 
concursos públicos pode ser considerado como 
uma modalidade de inserção laboral da pessoa 
portadora de deficiência.
Errado. As modalidades estão descritas da seguinte 
forma:
I – colocação competitiva: processo de contratação 
regular, nos termos da legislação trabalhista e 
previdenciária, que independe da adoção de 
procedimentos especiais para sua concretização, 
não sendo excluída a possibilidade de utilização de 
apoios especiais;
II – colocação seletiva: processo de contratação 
regular, nos termos da legislação trabalhista 
e previdenciária, que depende da adoção de 
procedimentos e apoios especiais para sua 
concretização; e
III – promoção do trabalho por conta própria: 
processo de fomento da ação de uma ou 
mais pessoas, mediante trabalho autônomo, 
cooperativado ou em regime de economia familiar, 
com vista à emancipação econômica e pessoal.
Cabe ainda salientar que a colocação seletiva 
e a promoção do trabalho por conta própria 
podem contar com a intermediação de entidades 
beneficentes de assistência social.
35 Com relação ao processo eleitoral, a pessoa com 
deficiência tem direito de votar e ser votada, no 
dia da eleição deve ser garantida acessibilidade 
para o eleitor com deficiência ou com mobilidade 
reduzida, inclusive no entorno das seções e nos 
sistemas de transporte que lhe dão acesso.
Certo. À pessoa com deficiência será assegurado 
o direito de votar e de ser votada. O poder 
público promoverá a participação da pessoa com 
deficiência, inclusive quando institucionalizada, na 
condução das questões públicas, sem discriminação 
e em igualdade de oportunidades. Os Tribunais 
Regionais Eleitorais deverão, a cada eleição, 
expedir instruções aos Juízes Eleitorais para 
orientá-los na escolha dos locais de votação, de 
maneira a garantir acessibilidade para o eleitor com 
deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive 
em seu entorno e nos sistemas de transporte que 
lhe dão acesso.
36 A Convenção Internacional dos Direitos da Pes-
soa com Deficiência tem como princípio o res-
peito pela dignidade inerente, a autonomia indi-
vidual, inclusive a liberdade de fazer as próprias 
escolhas, esta convenção se aplica, a todas as 
unidades constitutivas dos Estados federativos.
Certo. São princípios da presente Convenção:
a) o respeito pela dignidade inerente, a autonomia 
individual, inclusive a liberdade de fazer as próprias 
escolhas, e a independência das pessoas.
b) a não discriminação;
c) a plena e efetiva participação e inclusão na 
sociedade;
d) o respeito pela diferença e pela aceitação das 
pessoas com deficiência como parte da diversidade 
humana e da humanidade;
e) a igualdade de oportunidades;
f) a acessibilidade;
g) a igualdade entre o homem e a mulher;
h) o respeito pelo desenvolvimento das capacidades 
das crianças com deficiência e pelo direito 
das crianças com deficiência de preservar sua 
identidade.
E as disposições da Convenção se aplicam, 
sem limitação ou exceção, a todas as unidades 
constitutivas dos Estados federativos.
37 A sentença ((~A) → (~B)) ↔ (B → A) será sempre 
verdadeira, independentemente das valorações 
de A e B como verdadeiras ou falsas.
Certo. Vejam que o item afirma que a expressão será 
sempre verdadeira, ou seja, que é uma tautologia.
A primeira parte do “se somente se” é formada 
pela expressão (~A) → (~B). Pelo Teorema 
Contrarrecíproco, eu posso “voltar negando” essa 
expressão e achar uma expressão igual a ela: (~A) 
→ (~B) é igual a (B) → (A). 
Substituindo na sentença principal, temos: (B → A) 
↔ (B → A).
A condição necessária para que o “se somente se” 
fique verdadeiro, é que um lado seja igual ao outro 
lado. É justamente o que observamos acima. Logo, 
a expressão será sempre verdadeira.
17Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1 CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
38 A sentença “Hilton Queiroz é Desembargador Fe-
deral, pois ele é Presidente do TRF da 1ª Região” 
é logicamente equivalente à sentença “Hilton 
Queiroz não é presidente do TRF da 1ª Região 
ou ele é Desembargador Federal”.
 Certo. A sentença “Hilton Queiroz é Desembargador 
Federal, pois ele é Presidente do TRF da 1ª 
Região” pode ser escrita como: “Se Hilton Queiroz 
é presidente do TRF da 1ª Região, então ele é 
Desembargador Federal”. Fiquem atentos com esse 
“pois”: ele pode ser transformado numa condicional. 
A banca CESPE AMA fazer isso. Pois bem, uma das 
equivalências do “Se... então..” é: A → B = ~A ou B
Com isso podemos escrever a sentença acima 
como “Hilton Queiroz não é Presidente do TRF da 
1ª Região ou ele é Desembargador Federal”. 
39 Supondo-se que p seja a proposição simples “Pau-
lonão é analista judiciário”, que q seja a proposi-
ção simples “Paulo é advogado” e que p → q, en-
tão o valor lógico da proposição “Paulo é analista 
judiciário, logo ele não é advogado” será falso.
Errado. Percebam que o item em nenhum momento 
forneceu as valorações das proposições p e q. Com 
isso fica impossível afirmar que a expressão dada 
terá valor lógico.
40 A negativa da seguinte proposição: “Se Paulo 
não é analista judiciário e é advogado, então ele 
não será nomeado” é equivalente a “Paulo não é 
analista judiciário, é advogado e ele será nome-
ado”.
Certo. A questão pede para fazer a NEGAÇÃO de 
uma condicional. Como devemos fazer? Devemos 
manter a primeira ideia e negar a segunda ideia: 
Paulo não é analista judiciário e é advogado e ele 
será nomeado. Vejam que o item usou uma vírgula 
para substituir o primeiro “e”. Sem problemas. Item 
certo!
41 É correto o raciocínio lógico dado pela sequência 
de proposições seguintes: Não existem advoga-
dos loucos e Viviane não é louca. Logo, Viviane 
é advogada.
Errado. Essa questão fica bem simples se usarmos 
os diagramas lógicos.
Mas vamos lá! A primeira premissa dispõe que não 
existem advogados loucos. O fato de Viviane não 
ser louca não quer dizer que, necessariamente, ela 
é advogada.
Logo, o argumento é inválido. Item errado!
42 A probabilidade do pênalti ser cobrado por um jo-
gador brasileiro e ser convertido é de 0,42.
Certo. Devemos calcular a probabilidade de 
acontecer as duas coisas: do pênalti ser cobrado 
por um jogador brasileiro e ser convertido.
0,6 x 0,7 = 0,42. Item certo!
43 A probabilidade do pênalti ser convertido é infe-
rior a 0,55.
Errado. Podemos decompor o evento em: “o pênalti 
é convertido” na união de dois eventos disjuntos: o 
cobrador é brasileiro e o pênalti é convertido ou o 
cobrador não é brasileiro e o pênalti é convertido.
0,6 x 0,7 + 0,4 x 0,4
0,42 + 0,16 = 0,58. 
Uma forma prática de resolver problemas como esse 
é construir o diagrama de árvore. Esse recurso é 
bastante útil, principalmente quando o experimento 
possuir vários estágios.
44 Julgue o item a seguir, a respeito das maneiras 
de pensar com argumentos racionais. 
Situação hipotética: Ao entrar em uma reparti-
ção de um Tribunal Regional Federal da 1ª Re-
gião, um auxiliar judiciário encontrou, no chão, 
dois processos da área criminal. Como havia 
várias estantes na sala, o auxiliar judiciário ob-
servou e desenvolveu o seguinte raciocínio: “De 
todos os processos que estou vendo aqui, os que 
são da área criminal ficam na estante central. Es-
ses dois processos são da área criminal. Logo, 
eles devem ficar na estante central. Vou colocá-
-los lá”. 
Assertiva: Nessa situação, o auxiliar judiciário 
desenvolveu um raciocínio dedutivo válido.
Errado. Podemos representar o argumento: 
Premissa 1: De todos os processos que estou 
vendo aqui, os que são da área criminal ficam na 
estante central. 
Premissa 2: Esses dois processos são da área 
criminal. 
Conclusão: Logo, eles devem ficar na estante 
central. 
Um argumento é dito indutivo quando sua conclusão 
traz mais informações que as premissas fornecem. 
É um argumento de conclusão ampliativa. 
É o mais usado pelas ciências. É por meio dos 
argumentos indutivos que as ciências descobrem 
as leis gerais da natureza. O argumento indutivo 
geralmente parte de dados da experiência e desses 
18
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1
Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
dados chega a enunciados universais. Além disso, 
todas as conjecturas que a ciência faz têm por 
base a indução. Com base em dados particulares 
do presente, as ciências fazem as conjecturas do 
futuro. 
“Os argumentos indutivos, ao contrário do que 
sucede com os dedutivos, levam a conclusões cujo 
conteúdo excede os das premissas. E esse traço 
característico da indução que torna os argumentos 
indispensáveis para a fundamentação de uma 
significativa porção dos nossos conhecimentos”.
Na questão temos que as verdades das premissas 
não garantem a ver dade da conclusão, uma vez 
que, sendo verdade as premissas 1 e 2, isto não 
é suficiente para garantir que aqueles processos 
encontrados no chão devem ficar na estante central. 
A banca exigiu também um entendimento do que 
vem a ser uma dedu ção, ou seja, raciocínio que 
parte de premissas com sentido geral para uma 
conclusão com sentido particular. Temos no item 
que a conclusão do argu mento vai além daquilo que 
as premissas fornecem. 
45 De acordo com as falácias de relevâncias, temos 
que a seguinte situação é um exemplo de apelo 
à misericórdia: “Dentro de um restaurante, uma 
moça começa a pedir ajuda aos clientes que ali 
almoçavam para pagar seu almoço, pois não ti-
nha emprego e seus pais a haviam abandona-
do. Sua justificativa para essa atitude é o fato de 
estar no momento desempregada e não ter um 
centavo”.
Certo. Nesse caso temos um “argumentum ad 
misericordiam” (apelo de misericórdia), quando se 
procura comover o ouvinte, provocando pena ou 
simpatia pela causa. 
46 Considerando as características do raciocínio 
analítico e a estrutura da argumentação, julgue 
o item a seguir. 
A afirmação “Por ser novo, esse computador não 
apresenta falhas nem dá problema” fundamenta-
-se em um argumento no qual há uma premissa 
não declarada e representa um silogismo lógico.
Certo. Podemos escrever o argumento da seguinte 
forma e observar que temos uma premissa implícita.
Premissa 1: Esse computador é novo. 
Premissa 2: Todos os computadores novos não 
apresentam falhas nem dão problemas.
Conclusão: logo esse computador não apresenta 
falhas nem dá problemas. 
O argumento representado acima constitui um 
silogismo lógico, e podemos citar algumas das 
regras do silogismo:
1) Todo silogismo contém somente três termos: 
maior, médio e menor. 
2) Os termos da conclusão não podem ter extensão 
maior que os termos das premissas. 
3) O termo médio não pode entrar na conclusão. 
4) O termo médio deve ser universal ao menos uma 
vez.
5) A conclusão segue sempre a premissa mais 
fraca. 
47 O referido texto “O homem honesto nunca sofre 
injustiça, pois somente o homem que é injusto 
sabe fazer o mal e o homem honesto jamais co-
mete maldades” apresenta um argumento válido. 
Certo.
Representando o argumento abaixo, é importante 
observar que o termo “pois” anuncia premissas. 
Premissa 01: Somente o homem que é injusto sabe 
fazer o mal. 
Premissa 02: O homem honesto jamais comete 
maldades.
Conclusão: O homem honesto nunca sofre injustiça.
Temos que as verdades das premissas garantem a 
verdade da conclu são.
48 Acerca dos argumentos racionais, julgue o item 
a seguir.
O seguinte texto: “O cinema nacional conquistou 
nos últimos anos qualidade e faturamento nunca 
vistos antes. ‘Uma câmera na mão e uma ideia 
na cabeça’ – a famosa frase-conceito do dire-
tor Glauber Rocha – virou uma fórmula eficiente 
para explicar os R$ 130 milhões que o cinema 
brasileiro faturou no ano passado”.
Assertiva: O argumento acima constitui um 
argumento de autoridade. 
Certo. A ideia se sustenta pela citação de uma fonte 
confiável, que pode ser um especialista no assunto 
ou dados de instituição de pesquisa, uma frase dita 
por alguém, líder ou político, algum artista famoso 
ou algum pensador, enfim, uma autoridade no 
assunto abordado. A citação pode auxiliar e deixar 
consistente a tese.
19Cargo: Técnico Judiciário – Área Administrativa
Nome do candidato: Futuro(a) Servidor(a) do TRF1 CESPE | CEBRASPE – TRF1 – Aplicação: 2017
Não se esqueça de que a frase citada deve vir entre 
aspas. 
49 Considerando as características do raciocínio 
analítico e a estrutura da argumentação, julgue o 
item que se segue. 
A frase “Aquele candidato não foi aprovado no 
vestibular porque é filho do reitorda Universi-
dade” possui sentido ambíguo, permitindo os 
seguintes entendimentos: 
1) De que “Aquele candidato” não foi aprovado 
devido ao fato de ser filho do reitor da Univer-
sidade; e 
2) De que “Aquele candidato” foi aprovado, mas 
o fato de ele ser filho do reitor não teria contri-
buído para a sua aprovação.
Certo. Temos as seguintes interpretações: 
1. Aquele candidato não foi aprovado porque é 
filho do reitor da Universidade significa que não foi 
promovido pelo fato de ser filho do reitor. 
2. Aquele candidato não foi aprovado porque é filho 
do reitor da universidade tem o entendimento de 
que o homem foi promovido, porém não por ser filho 
do reitor, mas por outro motivo qualquer. 
50 Adotar o processo de inferências do tipo indutiva 
significa determinar a premissa. Usa-se a con-
clusão e a regra para defender que a premissa 
poderia explicar a conclusão. Exemplo: "Quando 
chove, a grama fica molhada. A grama está mo-
lhada, então pode ter chovido." Associa-se este 
tipo de raciocínio aos diagnosticistas e detetives 
etc.
Errado. Um argumento é dito indutivo quando 
sua conclusão traz mais informações do que as 
premissas fornecem. É um argumento de conclusão 
ampliativa.
É o mais usado pelas ciências. É por meio dos 
argumentos indutivos que as ciências descobrem 
as leis gerais da natureza. O argumento indutivo 
geralmente parte de dados da experiência e desses 
dados chega a enunciados universais. Além disso, 
todas as conjecturas que a ciência faz têm por 
base a indução. Com base em dados particulares 
do presente, as ciências fazem as conjecturas do 
futuro.
O conceito exposto no item se refere a uma 
inferência por abdução. 
51 Uma constituição promulgada, rígida, escrita e 
material, como a brasileira de 1988, está entre 
aquelas que permitem o controle de constitucio-
nalidade, por colocar os dispositivos constitucio-
nais em posição de hierarquia superior às demais 
normas do ordenamento.
Errado. As classificações das Constituições são 
várias, levando em consideração diferentes critérios 
doutrinários.
No item, está correto quando se expõe que nossa 
Constituição é promulgada (quanto à origem); 
rígida (quanto à possibilidade de alteração ou 
alterabilidade); e escrita (quanto à forma).
Contudo, quanto ao conteúdo, a Constituição pode 
ser material ou formal. A primeira é aquela que só 
conta com normas realmente constitucionais. Elas 
normalmente são mais enxutas, sendo consideradas 
sintéticas (quanto à extensão).
Por outro lado, a nossa Constituição atual é 
formal, porque conta com inúmeros dispositivos, 
não tratando alguns de matéria verdadeiramente 
constitucional. Esse modelo de Constituição, 
em regra, é mais extenso, sendo normalmente 
consideradas analíticas (quanto à extensão).
52 Dentro da teoria dos freios e contrapesos, utiliza-
da pelo Constituinte, todos os Poderes do Esta-
do atuariam em funções típicas e atípicas. Com 
isso, haveria controles recíprocos, de modo que 
um Poder não pode se sobrepor ao outro.
Certo. É certa a afirmação de que o Poder emana do 
povo. No entanto, visando um melhor funcionamento 
da máquina pública, Montesquieu desenvolveu a 
teoria da separação dos poderes, desdobrando-os 
em três: Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Cada um deles exerce uma função principal, 
chamada de típica, bem como funções secundárias, 
as atípicas. 
Poder Função típica Funções atípicas
Executivo
Administrar
(executar)
1 legislar: por exemplo, 
ao editar uma medida 
provisória ou um decreto 
autônomo.
2 julgar: julgamentos 
feitos pelo CADE acerca 
da possível formação 
de cartéis ou outras 
formas de violação da 
concorrência. Ainda, os 
julgamentos feitos pelo 
CARF, órgão envolvido 
na Operação Zelotes.
Judiciário Julgar
1 legislar: elaboração de 
Regimentos Internos.
2 administrar: ‘cuidar’ 
de seus servidores. Ex.: 
conceder férias.
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Legislativo
Legislar 
e fiscalizar 
1 julgar: processar e 
julgar as autoridades 
indicadas pela CF/88 
(art. 52). Ex.: Pres. da 
República.
2 administrar: ‘cuidar’ 
de seus servidores. Ex.: 
concessão de horas 
extras.
A CF/88, em seu art. 2º, dispõe que os poderes são 
independentes e harmônicos. Isso quer dizer que 
‘um não é maior que o outro’, ou seja, cada um pode 
controlar (frear) a atuação do outro. Exemplificando: 
o Presidente da República encaminha um projeto de 
lei prevendo a criação de novo tributo. O Congresso 
Nacional (Legislativo) pode aprovar a proposta, 
criando a lei, ou rejeitá-la, arquivando. Havendo a 
sanção, promulgação e publicação, nada impede 
que o Judiciário a declare inconstitucional.
Outro exemplo clássico em provas é o processo 
de escolha de Ministros do STF (Judiciário). O 
Presidente da República (Executivo) indica um 
nome, que deve ser submetido a aprovação por 
maioria absoluta dos Senadores (Legislativo).
Esse sistema em que cada poder fiscaliza a atuação 
do outro é a chamada teoria dos freios e contrapesos 
(no direito norte-americano, é chamado check and 
balances ou checks and counterchecks).
53 Segundo o pensamento de Carl Schimtt, a Cons-
tituição é a decisão política fundamental de um 
país, diferenciando-se a Constituição propriamen-
te dita das leis constitucionais.
Certo. No sentido político, Carl Schmitt conceitua 
Constituição como a decisão política fundamental. 
Segundo o autor, a validade de uma Constituição 
não se apoia na justiça de suas normas, mas na 
decisão política que lhe dá existência.
Um ponto importante: Carl Schmitt diferencia 
Constituição de leis constitucionais. A Constituição 
disporia somente sobre as matérias de grande 
relevância jurídica, sobre as decisões políticas 
fundamentais, tais como organização do Estado, 
princípio democrático e os direitos fundamentais. 
As outras normas presentes na Constituição seriam 
somente leis constitucionais.
Falando em outras palavras, Constituição seria 
aquilo que realmente merece estar na norma 
mais importante. O resto, que lá está, mas não 
tem a mesma importância, seria apenas uma lei 
constitucional. 
Se você reparar bem, parece muito com a 
classificação das constituições segundo o 
conteúdo. Isso porque as ‘leis constitucionais’ 
seriam Constituição em aspecto formal, enquanto a 
Constituição seria apenas o filé mignon, o aspecto 
material.
Pronto! Agora que já respondi o item, quero que 
você veja a comparação que fiz entre os conceitos 
(sentidos) mais cobrados em provas:
Sentido Pensador Expressão identificadora
Sociológico Ferdinand Lassale
Somatória dos fatores 
reais de Poder ou 
Folha de papel
Político Carl Schmitt
Decisão política 
fundamental
Distinção entre 
Constituição x leis 
constitucionais
Jurídico Hans Kelsen Norma pura
Culturalista J. H. Meirelles Teixeira Constituição Total
54 Existem direitos fundamentais extensíveis exclu-
sivamente a estrangeiros.
Certo. Os direitos fundamentais, em regra, 
alcançam as pessoas naturais (pessoas físicas). 
Contudo, há alguns que podem ser estendidos às 
pessoas jurídicas. É o caso da proteção ao nome, 
por exemplo.
Por outro lado, nem todos os direitos fundamentais 
são assegurados a brasileiros e a estrangeiros. Isso 
acontece porque a Constituição permite a existência 
de direitos exclusivamente de cidadãos natos. É o 
caso, por exemplo, da proibição de extradição. 
Sobre o tema, enquanto o nato nunca pode ser 
extraditado, haveria somente duas situações de 
extradição do naturalizado, que são os crimes 
cometidos antes da naturalização e o envolvimento 
comprovado com o tráfico de drogas (antes ou 
depois da extradição).
Já o estrangeiro, não se tratando de crime político 
ou de opinião, pode ser extraditado, desde que 
atendidas

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