Prévia do material em texto
GESTÃO ESTRATÉGICA A PARTIR DAS CINCO FORÇAS DE POTER RESUMO Num mercado tão complexo e em constante evolução, as empresas não conseguem sobreviver quando apenas alguns dos gestores estão envolvidos na formulação e implementação de estratégias. Independentemente do nível e da área de especialidade, os gestores deveram conhecer e perceber os conceitos básicos da administração estratégica. Aliás, não somente os gestores, como também os colaboradores devem ser envolvidos no processo. Neste artigo são abordados conceitos como estratégia, administração estratégica e componentes dos processos da administração estratégica. Destes componentes destacam-se as cinco forças de Poter. Em um ambiente dinâmico e competitivo, há a exigência de que as organizações formulem e executem estratégias como vantagens competitivas para garantir a sobrevivência no mercado. Portanto, as cinco forças de Poter são agentes indispensáveis para tais ações, dentre as quais destacam-se a relevância destes termos na literatura e a aplicabilidade prática destes conceitos nas organizações. Palavras-chave: Administrador, Planejamento, Metas, Estratégia, Cinco Forças, Poter. ABSTRACT INTRODUÇÃO No ambiente organizacional, a estratégia diz respeito à capacidade de atuar, contínua e sistematicamente, de modo a ajustar a organização às condições ambientais do mercado, as quais se encontram em constante mutação, daí ser imprescindível que o gestor desenvolva uma visão apurada de futuro pautada na necessidade de perpetuidade organizacional. A projeção e o planejamento são, portanto, ações relevantes, sem as quais a estratégia não pode se desenvolver. Considerando o cenário atual competitivo e globalizado, a expectativa de vida e prosperidade das organizações é determinada pela sua capacidade de se adaptar ao ambiente em evolução contínua. A necessidade de sobreviver e prosperar neste cenário de constantes mudanças requer que as vantagens competitivas também sejam revistas e melhoradas, isto têm exigido das empresas a criação estruturada da estratégia e a organização disciplinada dos esforços de sua implementação. A busca de conhecimento e conceitos ajudará a enxergar a necessidade de implantação e valorização de estratégias, por ser uma das condições favoráveis para a sobrevivência de qualquer empreendimento. Apresenta-se como questão que norteará a condução desta pesquisa: qual importância é dada às cinco forças de Poter no contexto da administração estratégica? Para tanto, o objetivo geral deste artigo consiste em mostrar a relevância que as cinco forças de Poter têm para a implementação e visibilidade de um negócio organizacional, sobretudo em um mercado competitivo. E os objetivos específicos são primeiramente, definir administração estratégica; conceituar as cinco forças de Poter e, finalmente, evidenciar a utilização das cinco forças de Poter para a concretização dos objetivos organizacionais. Sendo assim, visando atingir aos objetivos propostos e solucionar o problema de pesquisa, lança-se mão de metodologia de natureza básica, fundamentada em explorações teóricas e bibliográficas. 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 ADMINISTRAÇÃO E SEUS FUNDAMENTOS São várias as teorias que surgem com o intuito de definir a Administração, entretanto, dentre todas, algumas se destacam, esse é o caso das que serão abordadas a seguir. A importância de desvelar as principais características destas teorias se mostra imprescindível para a compreensão da natureza da própria Administração, ainda mais quando o que se almeja é o crescimento do negócio impulsionado por práticas empreendedoras de gestão. No entanto, é relevante ilustrar a gama de teorias que tentam explicar a Administração a partir do quadro a seguir: QUADRO 01 - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO Ênfase Teorias Administrativas Enfoques Estrutura Teoria Clássica Teoria Neoclássica Organização Formal; Princípios gerais da Administração; Funções do Administrador Teoria da burocracia Organização Formal Burocrática; Racionalidade Organizacional; Teoria estruturalista Múltipla abordagem: Organização formal e informal; Análise intra organizacional e análise interorganizacional; Pessoas Teoria das relações humanas Organização informal; Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo; Teoria do comportamento Organizacional Estilos de Administração; Teoria das decisões; Integração dos objetivos organizacionais e individuais; Teoria do desenvolvimento Organizacional Mudança organizacional planejada; Abordagem de sistema aberto; Ambiente Teoria estruturalista Teoria neo-estruturalista Análise intra-organizacional e análise ambiental; Abordagem de sistema aberto; Teoria da contingência Análise ambiental (imperativo ambiental); Abordagem de sistema aberto; Tecnologia Teoria dos sistemas Administração da tecnologia (imperativo tecnológico); Fonte: Chiavenato (2012, p. 393). Diante do quadro acima, percebe-se que as teorias da administração podem ser dividas em várias correntes e abordagens, sendo que cada uma destas abordagens tenta explicar a tarefa e as características do trabalho da Administração. O Taylorismo ou a Administração Científica é a abordagem criada pelo engenheiro estadunidense Frederick Taylor considerado, portanto, o pai da Administração Científica. A Teoria Científica surgiu como a primeira Teoria da Administração, entretanto, poderiam ser elencadas algumas críticas a seu respeito. Em que pese o progresso que trouxe à Administração, esta teoria ainda trazia em sua essência a valorização de uma visão microscópica do homem que era tomado isoladamente e como apêndice da maquina industrial, além disso, não há nenhum tipo de comprovação cientifica das afirmações e princípios por ela apresentados, enfim, a limitação do campo de aplicação à fábrica, não levando em consideração o restante da vida de uma empresa. O Fordismo, baseado nos ideais principiológicos do Taylorismo, elevou o nível da racionalização do trabalho, empregando um tipo de produção em série que diferia de tudo o que era praticado à época, isso se confirma com o emprego de linhas de montagem e padronização de peças. Assim, “a divisão do trabalho em segmentos de tarefas repetitivas exigia uma direção bastante autoritária e a imposição de disciplina ao operário e, portanto, requeria uma pesada estrutura de controle/supervisão da produção” (ROBLES, 2009, p. 32). A Teoria Clássica da Administração foi idealizada por Henri Fayol, com ênfase na estrutura organizacional a partir da visão do homem econômica e da busca por eficiência máxima. O enfoque de tal teoria estava alicerçado na organização formal, nos princípios gerais e funções da Administração (CHIAVENATO, 2012). E além, a motivação se dá na busca pelo dinheiro e pelas recompensas salariais e materiais do trabalho, portanto, toda a abordagem Clássica da Administração alicerçava-se nessa teoria da motivação, sendo uma abordagem puramente tecnicista e mecanicista (FERNANDES, 2010). A seguir, a figura 1 apresenta um esquema para facilitar a compreensão das principais diferenças entre a Teoria Científica e a Clássica: FIGURA 01 - ESQUEMA COMPARATIVO ENTRE AS TEORIAS DE TAYLOR E FAYOL FAYOL TAYLOR Aumentar a eficiência da empresa através da forma e disposição dos órgãos componentes da organização e das suas inter-relações estruturais. ÊNFASE NA ESTRUTURA Aumentar a eficiência da empresa através do aumento de eficiência no nível operacional. ÊNFASE NAS TAREFAS TEORIA CLÁSSICA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA Fonte: Fernandes (2010, p. 25) Diante do exposto, tem-se que a Administração Científica é um modelo de administração marcado pela ênfase nas tarefas e enfoque nos operários, haja vista que se preocupava essencialmente com a necessidade de racionalização do trabalho e, por isso, desenvolveu o que se chamou de estudo dos tempos e movimentos. A Teoria Clássica, por sua vez, buscava a consolidação do comando,através de autoridade, da busca pela unidade no comando e na responsabilidade. 1.2 ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA 1.2.1 Conceito, Importância e Evolução Considerando o ambiente de constante competitividade que cerca as organizações no país, executar uma administração pautada em estratégia pode ser considerada uma vantagem organizacional. A administração estratégica é um conjunto integrado e coordenado de ações definido para explorar competências essenciais e obter vantagem competitiva, onde a empresa escolhe quais caminhos seguirá para ampliar o sucesso da organização, tanto no presente como no futuro, fornecendo condições para acrescentar novos elementos de reflexão e ação sistemática continuada, para avaliar a situação atual, elaborar projetos e mudanças estratégicas. Portanto ela é legitima e essencial nos negócios (CALAZANS, 2016, p. 1). Neste sentido, é imprescindível que o gestor conduza a organização através de um planejamento que privilegie a estratégia em todos os sentidos, prevendo as ações e antecipando suas consequências, de modo a manter a empresa sempre preparada para os desafios que se colocarem à sua frente. A administração estratégica é o campo onde é efetuado o planejamento estratégico da empresa tendo como base sua missão, visão e valores. Neste campo são estabelecidos conjuntos de opções, diretrizes e valores determinados pelos líderes (alta administração) da empresa, para que a organização possa ter um bom desenvolvimento a longo prazo (CALAZANS, 2016, p. 1). A partir do conceito apresentado se pode inferir que a administração estratégica auxilia o gestor a definir os objetivos, as metas, a viabilidade dos projetos, os orçamentos disponíveis, enfim, auxilia na possibilidade de minimização dos riscos inerentes à atividade empresarial. É nesta perspectiva que ações como a redução dos custos, expansão e a inovação tecnológica podem ser citadas como exemplos de ações que materializam o conceito de administração estratégica, sobretudo, porque auxiliarão na obtenção de uma vantagem competitiva em relação aos demais empreendimentos do mesmo segmento, tornando-se fator diferencial no mercado. Deste modo, através de uma administração estratégica o gestor conseguirá conduzir a empresa ao sucesso, vencendo os desafios porque foi capaz de visualizar antecipadamente os riscos, oportunidades, fraquezas e pontos fortes que caracterizam a organização. A administração estratégica é um processo contínuo devido a mudanças constantes que ocorrem no micro e macroambiente, por isso ela deve estar em constante monitoramento dos resultados organizacionais e a partir disso devem ser feitas as adaptações necessárias. Ela também é um campo interativo e visa manter uma organização como um conjunto apropriadamente integrado a seu ambiente (CALAZANS, 2016, p. 2). Percebe-se que a implantação de uma gestão pautada nos fundamentos da administração estratégica é capaz de gerar grande impacto à organização, na medida em que influenciará no modo como seus processos serão conduzidos e no feedback de mercado almejado. 1.2 A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA COMO PILAR DO PLANEJAMENTO Para que se possa considerar estratégica uma gestão, esta deve ser pautada em um planejamento minucioso das ações que poderão ser executadas plenamente a fim de conferir à organização o sucesso e o crescimento desejados. Neste contexto, para que haja a maximização dos resultados organizações como consequência da implantação de uma administração verdadeiramente estratégica é imprescindível que se possa vislumbrar nos processos de gestão características base, as quais servem como pontos identificadores da implementação de estratégias de gestão. Dentre os pontos principais que deverão caracterizar a gestão, se destacam: evolução, sistematização, integração, otimização dos resultados, qualidade, liderança e participação. Sob a perspectiva da evolução, tem-se que as ações devem ser planejadas visando sempre o crescimento organizacional, de modo que a implantação de uma visão evolucionárias das ações é consequência direta das constantes mudanças sofridas pelo mercado, as quais deverão orientar o modo como os processos serão geridos no contexto das organizações. Da visão evolucionária surge a necessidade de que seja aplicada uma administração integral, na qual o gestor seja capaz de visualizar a empresa de forma sistematizada, percebendo que as ações se desencadeiam concomitantes umas as outras e que as consequências das mesmas se integram. Além disto, é necessário que as ações sejam concebidas através de uma postura de liderança do gestor, capaz de direcionar as ações em direção à otimização dos resultados, estratégia que tem como alvo principal a clientela, os colaboradores e os stakeholders, de modo a produzir a satisfação de todos os que estão envolvidos e são atingidos pelos processos da empresa. Como consequência direta da adoção de tais ações está a qualidade, que se relaciona diretamente com a produtividade dos colaboradores. Assim sendo, para que a empresa possa ser capaz de desenvolver uma administração estratégica efetiva e eficaz é imprescindível que seja guiada por um gestor que tenha como capacidade principal a liderança, isto porque ele será responsável por gerenciar os processo e incentivar os colaboradores na concretização das ações pré-determinadas a partir de uma visão antecipatória, pautada em estratégias que sejam capazes de garantir a competitividade e a efetividade da proposta da empresa junto ao mercado. 1.3 O CAMINHO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 1.3.1 Orientadores Estratégicos Os orientadores estratégicos são o principal caminho a ser seguido na construção de um planejamento estratégico eficiente e efetivo. Podem ser considerados princípios essenciais através dos quais a organização se destaca no mercado e busca sua consolidação. Sobre os orientadores estratégicos, tem-se: As organizações começam a atuar de forma bem mais ideológica e ainda, uma vez que os produtos e serviços mostram-se cada vez mais iguais e apresentam-se de maneira cada vez mais semelhante, as organizações atualmente andam apostando em um conjunto próprio de características – Missão, Visão e Valores – que as identifiquem e diferencie dos demais players (RAMOS, 2015, p. 1). Verifica-se que tais orientadores têm o condão de determinar uma direção estratégica para a organização, compreendendo processos que vão desde a integração das operações até a estratégia da empresa e a motivação de seus colaboradores. É portanto, de suma importância que a organização seja capaz de sintetizar em seus orientadores sua essência, suas perspectivas, enfim, sua imagem. 1.3.1.1 Missão A missão é definida como “a declaração concisa do propósito fundamental da empresa, o motivo de sua existência, a finalidade para que foi criada” (PAULA, 2015, p. 1). É, então a identidade da empresa, aquilo que a definirá perante terceiros. É importante que a missão seja apresentada à sociedade de forma clara, simples e objetiva, de modo que todos os colaboradores e os clientes possam compreendê-la e para que não haja dúvidas ou ambiguidades. A missão é o resultado de questionamento internos no sentido de definir o porque a empresa existe, o que ela faz e para quem faz. Portanto, a missão pode ser considerada a razão de ser do negócio, podendo ser alterada com o tempo, haja vista a constante mutação do mercado que exige das organizações a adequação necessária. 1.3.1.2 Visão De acordo com Paula (2015, p.1) a visão “representa um estado futuro para a empresa, onde ela deseja chegar, o que quer alcançar”. Verifica-se que esta se diferencia da missão pelo fato de ser temporária, sendo criada para um período de tempo pré-determinado, o que lhe confere a possibilidade de mudar ao longo do tempo, seguindo o momento que organização se encontra. Se pode compreender a visão como uma situação em que a empresa deseja chegar num determinado período de tempo, sendo, então uma antecipação do futuro, que determina metas para serem concretizadas,é, portanto, um conjunto de objetivos a conquistar. Do modo como ocorre na formação da missão da empresa, a visão também é fruto de uma série de questionamento internos, como por exemplo, o que a empresa quer ser e até onde pretende chegar, o que será construído e como será construído. 1.3.1.3 Valores Segundo Calazans (2016, p. 1) “os valores são os ideais de atitude, comportamento e resultados que devem estar presentes nos funcionários e nas relações da empresa com clientes, fornecedores e parceiros”. Pode-se inferir que os valores são as regras através das quais a empresa poderá alcançar a consolidação de sua missão e a concretização de sua visão. Em outros termos, os valores podem ser considerados os princípios que servem de guia para os comportamentos, atitudes e decisões de todas as pessoas envolvidas na busca dos seus objetivos para que a empresa exerça sua missão e busque alcançar sua visão (PAULA, 2015). 2 AS CINCO FORÇAS DE POTER O modelo das 5 forças de Poter é utilizado para oferecer ao administrador o conhecimento acerca do mercado, especialmente, em relação aos seus concorrentes. Tem como fundamento a força competitiva da organização, fator capaz de destaca-la perante as demais. [...] a análise das cinco forças de Porter é indispensável para que uma empresa consiga determinar de que forma deve entrar em um mercado, como deve se posicionar diante da concorrência, fornecedores e clientes. Qualquer empresa: não importa o tamanho ou ramo de operação (ENDEAVOR BRASIL, 2017, s.p). A partir das cinco forças é que o empreendedor passa a conhecer a concorrência e tem a oportunidade de tirar proveito deste conhecimento. Por isso é um modelo de gestão estratégica indicada para todos os tipos de empreendimentos. O objetivo de Poter ao criar o modelo era justamente demonstrar como as forças competitivas são capazes de modificar a estratégia de uma organização. As forças são o resultado da análise de contextos específicos nos quais o administrador deve inserir seu empreendimento. O esquema a seguir traz a representação do conceito desenvolvido por Poter, vejamos: FIGURA 02 – AS CINCO FORÇAS DE POTER Fonte: Google (2017) Como se pode perceber, as 5 forças na realidade podem ser entendidas como os impactos que as 4 forças circundantes têm sobre a força central, qual seja: a rivalidade entre os concorrentes. A rivalidade entre os concorrentes é a força central como frisado, e é determinada a partir do pleno conhecimento dos concorrentes, haja vista que nem sempre a atuação no mesmo ramo indique uma concorrência direta. Além disso, ganha destaque a força que surge quando o empreendedor conhece seu produto e tem a consciência de que ele não é insubstituível, haja vista que deve haver no mercado outros que atendem aos mesmos objetivos (SEBRAE, 2017). A terceira força é saber qual o poder de barganha dos fornecedores. Tal força implica em o gestor buscar meios de reunir para seu negócio os melhores fornecedores, sobretudo, porque a dinâmica empreendedora depende de tais sujeitos. A quarta força é interessante na medida em que obriga o administrador a buscar meios de frear a entrada de novos concorrentes no mercado. Isso se dá através de registros de marcas, criação de patentes e contratos de exclusividade, por exemplo, exigindo do empresário maior atenção quanto ao ambiente que o cerca (SEBRAE, 2017). Finamente, a quinta força consiste em desvelar o poder de barganha dos clientes. Considerando que os clientes são a mola que impulsiona o negócio, é imprescindível que o gestor conheça o seu público-alvo e tenha consciência do poder que este tem perante o mercado, sobretudo, em uma época em que um cliente pode influenciar a milhares, por meio de redes sociais ou outras formas de comunicação, por exemplo (SEBRAE, 2017). 3 METODOLOGIA 3.1 NATUREZA DA PESQUISA De acordo com Bruyne (2011, p. 76) metodologia “é a lógica dos procedimentos científicos em sua gênese e em seu desenvolvimento, não se reduz, portanto, a uma “metrologia” ou tecnologia da medida dos fatos científicos”. É neste sentido que a metodologia científica se propõe a ajudar e a direcionar os passos do pesquisador na busca de seus objetivos. Assim, a pesquisa, tida como a atividade precípua do pesquisador é conceituada por Minayo (2013, p. 23) como: Atividade básica das ciências na sua indagação e descoberta da realidade. É uma atitude e uma prática teórica de constante busca que define um processo intrinsecamente inacabado e permanente. É uma atividade de aproximação sucessiva da realidade que nunca se esgota, fazendo uma combinação particular entre teoria e dados. Para Demo (2010, p.34) a pesquisa é uma atividade cotidiana, uma atitude comum dos seres humanos, ou seja, um “questionamento sistemático, crítico e criativo, a intervenção competente na realidade, ou o diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”. Do outro lado, Gil (2009, p.42) considera a pesquisa como algo que busca a verdade absoluta, de modo objetivo e simples, assim, o autor assegura que a pesquisa é um “processo formal e sistemático de desenvolvimento do método científico, o objetivo fundamental da pesquisa é descobrir respostas para problemas mediante o emprego de procedimentos científicos”. A partir destas perspectivas é possível afirmar que a pesquisa é um conjunto de ações que instrumentalizarão, de modo racional e objetivo, a busca por respostas a um problema previamente levantado pelo pesquisador. Assim, quando um problema cujas soluções não são conhecidas é suscitado, imprescindível se faz lançar mão de métodos de pesquisa visando soluciona-lo. Por isso, se pode afirmar que a pesquisa pode-se dar sob várias maneiras, recebendo assim, diversas classificações, que variam de acordo com o objeto que será levado em conta para a concretização da mesma. No caso específico deste artigo, a pesquisa é caracterizada como teórica, a qual de acordo com Demo (2010, p. 20) é “dedicada a reconstruir uma teoria, conceitos, ideias, ideologias, polêmicas, tendo em vista, em termos imediatos, aprimorar fundamentos teóricos”. Assim, por meio da pesquisa teórica será possível reconstruir ideias, levantar discussões e trazer novas perspectivas acerca da temática explorada sem, no entanto, esgotá-la ou mesmo interferir diretamente na realidade, mas oferecendo, através de seus resultados, oportunidades para que intervenções gerais sejam realizadas. É por esta razão que Demo (2010, p. 36) afirma que “o conhecimento teórico adequado acarreta rigor conceitual, análise acurada, desempenho lógico, argumentação diversificada, capacidade explicativa”. Por isso, a pesquisa teórica se mostra importante, pelo fato de possibilitar ao pesquisador o levantamento de questões controversas acerca do tema de sua investigação. Assim, através da análise de artigos e literatura específica será possível redesenhar concepções acerca da temática que enseja a pesquisa realizada. 3.2 FONTES DA PESQUISA Será realizada revisão de literatura em livros especializados na temática, além de artigos científicos e periódicos indexados dos últimos 10 (dez) anos. 3.3 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO - Literatura especializada;. - Artigos selecionados a partir de descritores como: administração, estratégia, orientadores estratégicos, ambiente virtual; - Artigos científicos e periódicos indexados dos últimos 10 (dez) anos; - Publicações em língua Portuguesa 3.4 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO - Artigos fora do período estabelecido; - Literatura fora da área especializada e do período especificado; - Publicações em Língua Estrangeira; 3.5 ANÁLISE DE DADOS Serão elaboradas categorias de análise a partir da temática de Turato (2011). A análise temática fundamenta-se em três passos: - Pré-Análise: momento em que é feita a escolha dos materiais a serem avaliados e rever as hipóteses e os objetivos iniciais da pesquisa, com a finalidade de atentar para indicadores que o norteiem na compreensão do material e interpretação final.- Exploração do Material: a fim de alcançar o entendimento sobre a temática desenvolvida; - Tratamento dos Resultados Obtidos e Interpretação: é a consecução dos resultados, que serão apresentados de forma qualitativa, ou seja, a partir de uma análise do arcabouço literário eleito para subsidiar a pesquisa. 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES REFERÊNCIAS BRUYNE, Paul. Dinâmica da pesquisa em ciências sociais. 3 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2011. CALAZANS, Lívia. O que é administração estratégica? 2016. Disponível em: <http://admsemsegredos.com/o-que-e-administracao-estrategica/>. Acesso em: 11 set. 2017. CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração: Abordagens Prescritivas e Normativas da Administração. 23 ed. São Paulo: Makron Books, 2012. DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2010. ENDEAVOR BRASIL. Fortaleça seu posicionamento e seus diferenciais com as 5 forças de Porter. Disponível em: https://endeavor.org.br/5-forcas-de-porter/ Acesso em: 11 set. 2017. FERNANDES, Cláudio de Almeida. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Fundação Presidente Antônio Carlos, 2010. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 8 ed. São Paulo: Atlas, 2009. MINAYO, Maria Cecília de Souza. O desafio do conhecimento. São Paulo: Hucitec, 2013. PAULA, Gilles B. de. Missão, visão, valores: A forma mais simples e poderosa de inspirar, motivar e engajar todos em sua empresa. 2015. Disponível em: https://www.treasy.com.br/blog/missao-visao-e-valores Acesso em: 11 set.2017. RAMOS, Rogério. Missão, visão e valore: os princípios essenciais. 2015. Disponível em: http://www.infoescola.com/administracao_/missao-visao-e-valores-os-principios-essenciais/ Acesso em: 11 set. 2017. ROBLES, Amanda. Evolução do Pensamento Administrativo. São Paulo: UVB, 2009. SEBRAE. Ferramenta: 5 forças de Poter (clássico). 2017. Disponível em: https://m.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/ME_5-Forcas-Porter.PDF Acesso em: 11 set. 2017. TURATO, Egberto Ribeiro. Tratado da metodologia da pesquisa quantitativa. Petrópolis: Editora Vozes, 2011.