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DIREITO SUCESSORIO

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7- Excluídos da sucessão (arts. 1814 e s., CC):
Aspectos gerais: o CC prevê que o sucessor pode ser privado de participar do espolio por ter praticado atos ofensivos a pessoa do decujos. Esses atos, capazes de gerar a indignidade do herdeiro assim afasta-lo da sucessão, são apenas aqueles expressamente mencionados em lei e que atentam contra a vida, a honra ou a liberdade de testar do decujos. A doutrina qualifica essa exclusão como sanção cível que resulta na perda do direito sucessório 
Hipóteses de indignidade: São indignos de suceder: o autor, coautor ou participe de homicídio doloso, tentado ou consumado, contra o decujos, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; aquele que praticar crimes contra honra do decujos (calunia, injuria ou difamação), aquele que, de modo fraudulento ou violento, inibir ou impedir a realização de testamento ou ato equivalente pelo autor da herança. Vale observar que o código civil admite a reabilitação do indigno, quando o ofendido expressamente o perdoa por meio de testamento ou ato equivalente (por exemplo escritura pública ou até instrumento particular formalizado em cartório). Também é possível a reabilitação tácita, quando, no testamento, o ofendido contempla o indigno com herança ou legado, nesse caso desde que testamento seja posterior a ofensa. Com o perdão expresso ou tácito, o indigno não poderá ser privado do seu quinhão, ainda que os outros herdeiros tentem ajuizar o procedimento de exclusão. 
Indignidade e deserdação 
8-Herança Jacente:
Considera-se jacente a herança que não apresenta sucessores legítimos ou testamentários conhecidos e que estejam aptos a recebe-la. Nesse contexto, a massa patrimonial é entregue a um curador (administrador especial) e o juiz passa a publicar editais periódicos conclamando o eventual sucessor a assumir os bens arrecadados. O periódico conclamando o eventual sucessor a assumir os bens arrecadados. O proposito da curadoria desses bens é preserva-los para a sua posterior entrega ao herdeiro. Por outro lado, passado um ano de publicação do primeiro edital e não apresentando sucessor habilitado, o juiz decreta herança vacante, criando restrições ao seu recebimento por certos herdeiros e abrindo caminho para a incorporação da herança pelo Estado. 
9-Herança Vacante: 	
Considera-se vacante a herança jacente para qual não se habilitou nenhum herdeiro sucessível, depois de publicados os editais. Nessa circunstancia, o herdeiro facultativo perde o seu direito sucessório, cabendo ao herdeiro necessário propor ação de petição de herança no prazo decadencial de 5 anos contados da abertura da sucessão (por tanto, mais ou menos 4 anos depois de decretada a herança vacante). Se após esses 5 anos também não se apresentar herdeiro necessário, os bens serão arrecadados pelo Poder Publico, passando a pertencer ao município, ao distrito federal (se estiverem situados em seus respectivos territórios0 ou a União (estando localizados em território Federal, caso exista).
10-Petição de herança:
Prevê o Código Civil que o herdeiro não participante do processo de inventário e partilha já consumado, no prazo máximo de 10 anos contados da abertura da sucessão, pode reclamar o reconhecimento do seu direito sucessório contra quem esteja na pose da herança ou de partes dela, para obter os bens que lhe cabem por direito, a ação de petição de herança pode ser proposta por apenas um herdeiro se mais de um foi preterido do inventário ( aplicando-se o princípio da indivisibilidade do espolio e se dirigir inclusive a terceiro se estes se encontrarem de boa-fé) suas aquisições serão preservadas, cabendo ao alienante ressarcir o reclamante da herança. 
11- Sucessão legítima (arts. 1829 e s, cc):
a) Conceito e regras gerais: e aquela que se opera por força de lei na ausência de um testamento valido. Entrega-se a herança a 4 classes sucessórias dispostas em uma relação preferencial que faz supor a ultima vontade o cujus- o contrario, ele teria usado um testamento. Aplicam-se duas regras fundamentais: a classe sucessória mais próxima elimina a mais remota, ainda que ela contenha um único representante; dentro da classes existentes os graus indicativos das gerações e o grau mais próximo afasta o mais remoto, ressalvado eventual direito de representação ( pelo qual o ocupante do grau mais distante recebe a fração hereditária que caberia ao ocupante do grau mais próximo já falecido, o chamado premoriente). 
b) Ordem de vocação hereditária: a herança será deferida aos sucessores na seguinte sequencia: descendetes em concorrência com o cônjuge sobrevivente (viúvo/viúva) (o qu também se aplica ao companheiro), desde que vinculados pelo regime da separação convencional, da participação final dos aquestos ou da comunhão parcial com bens particulares; ascendentes, em concorrência com o cônjuge ou companheiro sobrevivente (não importando regime de bens); conjunge ou companheiro sobrevivente; colaterais até o quarto grau. Vale observar que o estado não é considerado herdeiro, restando-lhe arrecadar o patrimônio do decujos como herança vacante. 
c) Classe sucessórias: 
-Descendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente: São os parentes situados abaixo do decujus na linha reta do parentesco consanguíneo ou civil. Aplica-se a regra de que o grau mais próximo afasta o mais remoto (por exemplo o filho afasta o neto, o neto afasta o bisneto, etc.). quando todos os descendentes estão no mesmo grau, todos recebem por cabeça ou por direito próprio. Quando estão em graus diferentes, os ocupantes do grau mais próximo recebem por cabeça ou por direito próprio e os do graus seguintes recebem por estirpe ou por direito de representação (por exemplo recebendo a herança que caberia a um descendente premoriente, ou seja, préfalecido ao decujus). 
A concorrencia do conjuge que se aplica também ao companheiro, obedece as seguintes regras: atibui-se a le a exata fração hereditária atribuida a cada descendente por cabeça, considerando-se esse viuvo um fator a mais de divisão da herança por igual ( por exemplo havendo 3 filhos e conjuge, cda um recebe ¼), se o viuvo ou viuva for ascendentes dos herdeiros o decujgos (por exemplo a mãe dos filhos do decujus), terá direito a reservada da quarta parte da herança, não podendo receber fração menor pouo importando o numero de descendentes. 
Por fim, essa conconrrencia dependrá o regim de bens plo qual o eujos ra casaso, a sabr: separação convencional, particiação final nos qguestos e comunhão parial com bens particulares do ujos. Nessas modaliades o criterio é a existencia d ebens apenas do decujos, tendo a lei a preoucpação de amparar materialmente o viuvo ou viuva nos casos em que ele não terá meação (metade de um patrimonio comum). A respeito da abrangencia da referida concoreencia, a doutrina diverge: para uma corrente minoritária, como a ideia da lei foi garantir ao viuvo a participação apenas dos bens particulares do falecido, esse viuvo não participa da eventual meação deixada por ele; para corrente marjoritária, embora tenha usado o bem particular do decujos como critério dessa concoreencia, a lei não há limitou expressamente aos bens particulares e onde a lei não restringe direitos expressamente, não se pode restringi-los por interpretação ou dedução (logo, o vivuvo participará também da eventual meação deixda pelo falecido). 
-Ascendentes, em concorrência com o cônjuge sobrevivente: são os parentes situados a cima do decujus na linha reta do parentesteco consanguíneo ou civil. Abrangem os pais (primeiro grau), os avós (segundo grau), os bisavos (terceiro grau) etc numa consideração sem restrições. Agora consideram tbm as linha materna e paterna na divisão, aplicando-se as seguintes regras: havendo igualdade de graus nas duas linhas (por exemplo o pai, primeiro grau da linha paterna, e a mãe, primeiro grau da linha materna), cada linha é contemplada com metade da herança; havendo diversidade de graus nas duas linhas (por exemplo o pai, primeiro grau da linha paterna, e os avos maternos, segundo grau da linhamaterna já sendo a mãe falecida), a totalidade da herança é entregue ao grau mais próximo (no caso, ao pai). Não há direito de representação na linha reta ascendente, só na descendente. A concorrência do cônjuge ou companheiro independe do regime de bens e segue as seguintes regras: estando vivos o pai e a mãe do decujus, atribui-se a cada um deles e ao viúvo um terço da herança; já sendo falecido o pai, ou a mãe ou pertencendo o ascendente a qualquer outro grau superior, o viúvo recebe a metade da herança e a outra metade é deferida ao ascendente, não importante o seu numero. 
-Cônjuge ou companheiro sobrevivente: recebeu tratamento privilegiado no atual CC em relação a legislação anterior. Esse tratamento agora também se aplica ao companheiro a união estável, a partir de recente entendimento do STF de que que o art. 1790 (aplicado a sucessão do companheiro) é inconstitucional. A proteção sucessória dessa categoria se reflete nas seguintes conquistas: trata-se de classe sucessória privilegiada que exclui os colaterais; o cônjuge ou companheiro é herdeiro necessário, tendo assegurada por antecipação a metade da herança; quando não é herdeiro direto, concorre com os descendentes e os ascendentes; tem direito real de habitação sobre o único imóvel deixado pelo falecido não importando o regime de bens, direito que só perderá se vier a constituir novo casamento ou união estável. 
-Colaterais até o 4º grau:
Irmãos: participantes do segundo grau, serão contemplados conforme a sua procedência, a partir da qual qualificam-se como unilaterais ou bilaterais. Sendo todos filhos de pais iguais (bilaterais) ou todos com apenas um genitor comum (unilaterais), todos recebem em partes iguais. Concorrendo irmão bilateral com irmão unilateral, atribui-se a este metade da fração atribuída ao irmão bilateral. Por exemplo numa herança de R$15.000,00, R$5.000,00 são atribuídos ao irmão unilateral e R$10.000, 00 ao bilateral.
Sobrinhos: participantes do terceiro grau, dividem essa categoria com os tios, mas são contemplados primeiro por representarem quase sempre a geração mais nova que assim manterá o patrimônio por mais tempo. Sendo todos filhos de irmão bilateral ou todos filhos de irmão unilateral, todos recebem frações iguais. Concorrendo filho de irmão bilateral com filho de irmão unilateral, caberá a este a metade da fração atribuída aquele. 
Aqui também se aplica o direito de representação, em favor de sobrinhos que sejam filhos de um irmão préfalecido ao decujos (chamado premoriente). Vale ressaltar que os sobrinhos receberam a exata fração garantida ao premoriente, dividido entre eles conforme a sua quantidade. O segundo caso em que há direito de representação ocorre na linha reta descendente, como já examinado. 
Tios, primos, sobrinhos-netos e tios-avôs: a partir dos tios, a lei atribui a herança aos herdeiros em frações iguais, dividindo-a pelo número de favorecidos e não levando em conta a procedência da linha materna ou paterna; por exemplo concorrendo um tio do lado materno com 7 tios do lado paterno, cada um receberá 1/8. Aplica-se a regra de que o grau mais próximo afasta o mais remoto (por exemplo o tio, terceiro grau, elimina o primo, quarto grau), não se aplicando em qualquer caso o direito de representação. 
Prova: aceitação e renuncia da herança, exclusão, só teste! Segundo horário.

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