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8/13/15 1 COLETA, CONSERVAÇÃO, MONTAGEM E IDENTIFICAÇÃO DE INSETOS Prof. Dr. Moises Zotti 1. COLETA 1.1 OBJETIVOS • Estudos morfológicos, ecológicos, biológicos... • Confecções de Coleções • “Hobby” 1.2 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES • Escolher corretamente o ambiente da coleta • Fazer captura nos meses e horários mais propícios • Respeitar o comportamento e a biologia do inseto desejado • Possuir equipamentos e armadilhas adequados 1.3 TIPOS DE COLETA • Coleta ativa • Coleta passiva 1.4 EQUIPAMENTOS E ARMADILHAS DE COLETA • Dados de procedência • Localidade – pais, estado, município • Data de coleta • Nome(s) do(s) coletor(es) • Informações de campo • Número de campo PINÇAS E PINCÉIS VIDROS COM CONSERVANTES Conservante líquido mais usado Álcool 70% • Matar os insetos • Meio permanente de conservação • SUBSTÂNCIAS SÓLIDAS: - Cristais de cianeto de cálcio, - Cianeto de sódio, - Cianeto de potássio VANTAGENS - Dura bastante tempo sem necessidade de recarregar o frasco; - Os insetos permanecem secos e limpos, pois não entram em contato com o líquido; - Os frascos estão sempre prontos para serem usados; - Os insetos morrem quase que instantaneamente DESVANTAGENS -Altamente tóxico; -Alguns insetos tem seus pigmentos de cor alterados; -Espécimes deixados no interior dessas câmaras por muito tempo endurecem; -Difícil acesso ao produto, principalmente em cidades interioranas. • SUBSTÂNCIAS LÍQUIDAS - Éter, Clorofórmio, Acetato de Etila e Tetracloreto de carbono 8/13/15 2 - DESVANTAGENS DO ÉTER E DO CLOROFÓRMIO - Por serem substâncias altamente voláteis, há necessidade de recarregar o frasco continuamente - Muitos insetos ficam molhados - Precisa-se levar recipientes grandes de reserva com esses líquidos - Clorofórmio endurece os insetos - VANTAGENS DO ACETATO DE ETILA - Menos volátil que o éter e o clorofórmio - Não altera a pigmentação do inseto (geralmente) - Mata os insetos rapidamente - Fácil aquisição - Pouco tóxico ao homem - DESVANTAGENS DO TETRACLORETO DE CARBONO - Endurece os insetos - Pouco mais tóxico que o acetato de etila VIDROS LETAIS • Cuidados com o manuseio - Evitar a exposição dos vidros letais ao sol; - Realizar triagem do material coletado, ainda no campo, retirando os espécimes mais delicados; - Evitar o acumulo de insetos num mesmo vidro letal; - Transportar os frascos em cinturões (embormal), com encaixes diversos; - Vidros letais com Cianeto devem ser identificados com a palavra “veneno”; - Os insetos mortos em vidros letais com Cianeto deverão ser retirados o mais breve possível, pois poderão perder a cor e endurecer; - Cobrir o fundo do vidro com esparadrapo. • ACONDICIONAMENTO TEMPORÁRIO TRIÂNGULOS MANTAS • GUARDA-CHUVA ENTOMOLÓGICO • ASPIRADORES • REDES ENTOMOLÓGICAS - Redes entomológicas de varredura - Redes para coleta aquática - Seqüência de captura e manuseio • Armadilhas para interceptação de vôo - Armadilha tipo “Malaise” 8/13/15 3 - Modelo para confecção de armadilha “Malaise” • Armadilhas com atrativos biológicos, físicos ou químicos - Armadilha de solo - Armadilha de Shannon - ARMADILHAS LUMINOSAS - Armadilha luminosa tipo “Luiz de Queiroz” - Funis de Berlese - Panos para coleta noturna 2. PRESERVAÇÃO E MONTAGEM 2.1 Preservação temporária • Refrigeração Recipientes com insetos refrigerador vários dias • Preservação em líquido Recipientes com álcool 70% vários dias • preservação a seco Triângulos e mantas preferência à insetos com asas grandes e frágeis 2.2 Montagem e conservação permanentes Conservação a seco - Alfinetagem direta - Alfinetes entomológicos inoxidáveis - Numeração 000 10 - Câmara úmida - Bloco de montagem 8/13/15 4 - Uso de alfinetes para posicionar corretamente os apêndices dos insetos - Eixos corretos e incorretos de alfinetagem - Montagem de Lepidoptera - Seqüência de posicionamento das asas e antenas - Dupla montagem micro alfinetes triângulos cortador de triângulos • LOCAL DE ALFINETAGEM PARA DIFERENTES ORDENS DE INSETOS ORDEM Odonata Orthoptera Mantodea e Phasmatodea Blattodea Dermaptera Hemiptera Neuroptera e Megaloptera Coleoptera Mecoptera Trichoptea e Lepidoptera Diptera e Hymenoptera LOCAL DA ALFINETAGEM Meio do tórax, entre a base das asas anteriores Pronoto, ao lado da linha mediana Meio do tórax, entre as pernas medias e posteriores Abaixo do pronoto, à direita da linha mediana Meio da asa anterior direita Escutelo, ao lado da linha mediana Meio do tórax Élitro direito, próximo a base Meio do tórax, entre a pernas medias e posteriores Meio do tórax, entre a base das asas anteriores Mesonoto, entre a base das asas anteriores, um pouco a direita da linha mediana Posição correta para inserçaõ do alfinete em vários grupos de insetos. A. Orthoptera B. Homoptera C. Hemiptera D. Coleoptera E. Lepidoptera F. Diptera • Etiqueta de procedência - Localidade: Pais, estado município - Data da coleta - Nome(s) do(s) coletor(es) 2 cm 1 cm Brasil, RS Pelotas 01 – XII - 2006 Ribeiro, P. B. • Insetos montados a seco - Tamanho 2 cm X 1 cm - Papel branco, resistente, de boa qualidade - Escrita: Caneta nanquim (estável) - Colocação: 1 etiqueta paralela 0,5 cm do inseto + 1 etiqueta paralela – distâncias iguais • Insetos conservados em líquido - Papel vegetal - Escrita à lápis ou nanquim • Procedimentos após montagem - Estufa ± 30°C/ 24h → evitar surgimento de fungos e ataque de insetos sarcofágicos 2 cm 1 cm Brasil, RS Pelotas 01 – XII - 2006 Ribeiro, P. B. - Acondicionamento de genitália em microtubo no mesmo alfinete que o exemplar 8/13/15 5 • MONTAGEM EM LÂMINAS Diafanização (clarificação) - Processo rápido → KOH a 10% - ferver lentamente - Processo lento → KOH 10% ou Creosoto – 24/48h • Desidratação - Retirar o inseto do álcool 70% → álcool 80% → álcool 90% → álcool 95% → álcool 100% → xilol (minutos) • Montagem - Lâmina e lamínula → Bálsamo do Canadá Pr oc ed ên ci a D eterm i nação • CONSERVAÇÃO EM LÍQUIDO - Álcool 70% - Fixador de Dietrich - Fixador KAAD - Fixador Kahle-Dietrich 3. IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL Identificar ou determinar consiste em descobrir a denominação dos táxons aos quais o organismo pertence. Pode ser feita por: - Remessa do material a especialista - Identificação por comparação direta - Identificação por bibliografia (chaves) • ETIQUETA DE IDENTIFICAÇÃO - Nome do táxon - Pessoa que identificou - Ano Musca domestica L. 1758 Ribeiro, P. B. det. 2006 4. ORGANIZAÇÃO DE COLEÇÕES Coleção entomológica é a reunião organizada de insetos das mais variadas espécies , devidamente montados e preparados. • Coleçaõ ordenada → pronta localização → catálogo • Recipientes → armários, gavetas, estantes, laminários... • inclusão de espécime novo a seco → caixas entomológicas • Lâminas → numeração seguida → fichário paralelo → contém fichas ordenadas segundo a ordem alfabética dos táxons. - Gaveta entomológica com caixas plásticas para armazenagem de insetos 5. CURADORIA DE COLEÇÕES Curadoria de coleções compreende as atividades de coleta, preservação, armazenamento e catalogação do material cientifico (zeladoria). Responsável → Curador - Política e prática científica - Avaliaçãodas necessidades e condições de empréstimo do material - Procedimentos e adoção de métodos de catalogação - Levantamento ou tombamento - Doações e permutas - Condições de preservação - Exames periódicos da coleção - Evitar incidencia de luz, umidade e pó - Acrescentar ou substituir, periodicamente, produtos defensivos, repelentes ou preservativos nas coleções a seco - Compensar periodicamente, a evaporação do líquido preservador
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