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Afecções Cirúrgicas Refluxo gastresofágico • Pode ser definido como uma disfunção do esôfago distal, causando um retorno freqüente do conteúdo estomacal do esôfago. Diagnóstico: Quadro clínico, estudo do pH, SEED, USG Prognóstico : Favorável Manifestações Clínicas Irritação com choro contínuo Crise emética Perda ponderal Esofagite Anemia, irritabilidade Pneumonia por aspiração Sono interrompido com freqüência, bruxismos, alguns minutos após alimentação Apnéia, bradicardia logo após alimentação ( dependendo do grau do refluxo) Tratamento x Cuidados Posicionar o RN em pé no colo até eructar, após cada mamada, antes de colocá-lo no berço Posicionar o Rn em decúbito ventral com cabeceira a 45º por 1 h a 2h após a dieta. Dieta fracionada e engrossada Alimentação por sonda jejunal (criança internada) Tratamento x Cuidados Medicamentos: favorecem o esvaziamento gástrico e aumenta a motilidade gastrointestinal. Cirúrgico: técnica utilizada na diminuição do esfíncter gastresofágico, dificultando o refluxo, conseqüentemente diminuindo o vômito Atresia esofágica com fistula traqueosofágica (FTE): Incapacidade do esôfago se desenvolver como uma passagem contínua. Podem ocorrer separados ou em combinação, são fatais sem diagnóstico e tratamento precoce. Incidência : 1/3000 nascidos vivos, maior em prematuros, sem distinção de sexo. Síndrome de Vater : combinação de anomalias vertebrais, anorretais e renais, além da FTE. 95% dos casos de atresia esofágica e FTE, o segmento esofágico proximal termina em bolsa cega, enquanto o distal esta preso a traquéia ou brônquio principal por uma pequena fistula. Avaliação diagnóstica: sala de parto, Rx. QUADRO CLÍNICO FTE: Salivação excessiva, acompanhada de tosse, asfixia e cianose, apneia, aumento da angústia respiratória após alimentação, distensão abdominal. Correção cirúrgica primária: Toracotomia com secção e ligadura da fístula com anastomose terminal do esôfago. Utiliza-se a GTT até a cicatrização da anastomose esofágica em torno do 20 dia de PO, inicia-se a alimentação oral. Correção cirúrgica em prematuros com anomalias múltiplas: Gastrostomia Submetido a vários estágios de cirurgias Esofagostomia cervical (quando não se pode fazer a anastomose esofágica) Cirurgia paliativa: manter a GTT. Prognóstico: Está associado com o peso ao nascer; Anomalias congênitas associadas ; Sobrevida em 100% nos Rn e lactentes a termos, sem distúrbios respiratórios graves ou outras anomalias; Complicações maiores: Pré termo, baixo peso e anomalias associadas. Enfermagem: Pré operatório: Observar nas 1ªh de vida a aceitação da Alimentação; Suspender dieta imediatamente; Observar e registrar a salivação excessiva; Acomodar em posição supina com cabeceira elevada a 30º; Aspirar VAS com frequência ( de acordo com sua avaliação) Pós operatório: Realizar os cuidados específicos para RN de alto risco; Manter a incubadora aquecida, Manter a sonda de GTT em sifonagem até a tolerância para alimentação (5º ao 7ºdia PO). Registrar resíduo gástrico; Trocar curativo cirúrgico de acordo com a rotina da instituição; Promover conforto e analgesia; Orientação aos pais quanto a nova imagem da criança Hérnias Protusão de parte de um órgão ou vários órgãos através de uma abertura anormal. Encarcerada: não consegue ser reduzida com facilidade. Estrangulada: o suprimento sanguíneo para o órgão herniado encontra-se comprometido. Hérnia Diafragmática: protusão de partes dos órgãos abdominais através de uma abertura no diafragma. Quadro clínico: angústia respiratória leve a grave dentro de poucas horas após o nascimento; taquipnéia, cianose, dispnéia acidose grave, ruídos respiratórios ausentes na área afetada, pode haver ruídos intestinais. Quadro clínico vômitos, dor abdominal raramente assintomática. Diagnóstico: radiológico. Tratamento: Suporte do distúrbio respiratório e correção da acidose, antibioticoterapia e redução cirúrgica da hérnia e reparo dodefeito. Enfermagem Pré-operatório: Evitar choro, Instalar oxigenoterapia, Administrar líquidos intravenosos, Manter cabeceira elevada. Avaliar e registrar os sinais vitais e saturação; Avaliar perfusão periférica Pós-operatório: Cuidados pós operatórios de rotina de criança grave ( curativo, sinais..) Apoiar os pais: criança grave Gastrosquise Defeito congênito da parede abdominal, onde o intestino delgado, porção do estômago e cólon proximal exteriorizam-se por uma abertura lateral normalmente a direita do cordão umbilical, não possuindo saco peritoneal. As alças apresentam-se ao nascimento edemaciadas, espessadas, congestas e aparentemente encurtadas. Tratamento: Dependendo do tamanho do defeito o fechamento poderá ser feito de imediato. Quando não for possível a redução, utiliza- se uma bolsa de silicone (silo) onde o conteúdo abdominal externo é colocado é a base desta bolsa suturada abdome, mantendo o conteúdo estéril, temperatura e umidade constante. Onfalocele Defeito congênito onde a parede abdominal anterior é desprovida de revestimento músculo aponeurótico e cutâneo de extensão variável. As vísceras abdominais se herniam pelo cordão umbilical. Normalmente estão cobertas pelo peritô- nio e pelos vasos umbilicais. Tanto artérias e veias emergem na parte central do defeito. A abertura da parede pode apresentar de diversos tamanhos geralmente maior que 4 cm, e conter quantidade variável de alças intestinais com ou sem fígado. Tratamento: Cirúrgico Defeitos pequenos: mobilizada a pele do abdome e tórax, é feito a sutura sobre a membrana que cobre a onfalocele. Diagnóstico: USG pré-natal Enfermagem: Pré-operatório Preparar todo o ambiente ANTES do parto(ambiente para receber o Rn totalmente estéril), Manter VAS pérveas, Puncionar acesso venoso, Controlar e registrar os sinais vitais, Realizar sondagem gástrica, Proteger o conteúdo externo com compressas estéreis umedecidas com soro fisiológico até envolver em saco estéril (SILO) a região abdominal, Manter a incubadora aquecida ou UCR Trans-operatório: Avaliar o Rn e mantê-lo hemodinamicamente estável; O procedimento de redução quando não se consegue acomodar todas as vísceras na cavidade abdominal é instalado uma tela presa a borda de pele e adapta-se um silo. Pós operatório: Avaliar constantemente a coloração das alças intestinais dentro do SILO; Em caso de redução total sem o SILO trocar curativo de acordo com a rotina da instituição; Tempo em media para redução total- 20 a 30 dias, Manter acesso venoso profundo pérvio, Manter dieta zero, Instalar NPT, OBS.: quanto maior o tempo para redução, pior o prognostico. Hipospádia Uretra localizada atrás da glande ou em qualquer ponto ao longo da superfície ventral do corpo do pênis. Tratamento Cirúrgico Conduta terapêutica capacitar a criança a urinar de pé, direcionando voluntariamente o jato da urina, melhorar o aspecto físico da genitália, e ter um órgão sexualmente adequado. Epispádia Meato encontra-se na superfície dorsal do pênis. Tratamento: cirúrgico incluindo geralmente alongamento do pênis e uretra e reconstrução do colo vesical (quando necessário) Hidrocefalia Causada por um desequilíbrio na produçãoe absorção de LCR no sistema ventricular. Quando a produção é maior que a absorção, há acumulo de liquido no sistema ventricular, produzindo dilatação passiva dos ventrículos. Diagnóstico: USG pré-natal; no lactente antes do fechamento das suturas cranianas, o aumento da cabeça é o sinal predominante. Causas Malformação congênita; infecções; neoplasias e traumatismos. Tratamento: direcionado para alívio da hidrocefalia; tratamento das complicações; cirúrgico (shunt ventriculoperitoneal) Prognóstico: A hidrocefalia tratada corretamente possui uma taxa de sobrevida de 80%, a maior incidência por morte ocorre no 1 ano de tratamento. Das crianças que sobrevivem 1/3 são normais sob os pontos de vista neurológico, a metade apresenta incapacidades neurológicas. Enfermagem Atentar para sinais de aumento da PIC, Observar no local de incisão do cateter, Observar e registrar episódios eméticos extravasamento de LCR, Controlar e registrar um balanço hídrico rigoroso, Atentar nível de consciência, bem como alterações no sensório, Enfermagem: Manter a cabeceira regulada ao dispositivo de drenagem e regular o volume drenado (caso seja necessário exteriorizar a drenagem); Oferecer apoio aos pais. Manter a cabeça lateralizada para o lado OPOSTO da válvula de derivação Válvula de derivação Sistema externo Mielomeningocele Protusão herniária de um cisto com aparência de saco contendo meninges, LCR e uma porção da medula espinhal, constitui o defeito mais comum do SNC. Diagnóstico: Pré-natal Complicações : Hidrocefalia (ocorre em 90% dos casos. Paralisia; Deformidades ortopédicas e geniturinárias; Possíveis problemas adquiridos que podem ou não estar associados: meningite, hipoxia, hemorragia ou malformações cardíacas e gastrointestinais. Enfermagem: Monitorar sinais vitais, Controlar a ingesta e excreção, Observar sinais de infecção , controle da dor; Evitar pressão sobre o local operado; Promover conforto e analgesia; Trocar curativo de acordo com a rotina institucional; FIM!
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