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Abcessos: Coleção de pus em uma cavidade neoformada 
que lhe confere uma característica circunscrita. Pode se 
formar em qualquer tecido. Se a cavidade for pré-existente 
é chamado de empiema. 
Imaturo: ainda não formou totalmente a cápsula, 
apresenta dor, rubor e firmeza. 
Maduro: flutuante, ausência ou diminuição dos sinais de 
inflamação. 
 
Local: aumento de volume, rubor, dor, calor, perda ou 
diminuição de função. 
Sistêmico: febre como apatia, aumento de temperatura 
corpórea e hiporexia. 
 
 Diagnóstico: depende da localização do abscesso, mas é 
feito por anamnese, exame físico, exames 
complementares (ultrassom, punção). Diferencial para 
hérnia, hematoma, seroma, e eventração. 
Tratamento: o objetivo é acelerar o processo de 
inflamatório (maturação) à quente com revulsivos, 
cânfora e compressas quentes. Drenar o conteúdo 
(punção com lanceta, curetagem química com tintura de 
iodo, H2O2), ou realizar a remoção do abscesso 
encapsulado, que é rápido e bonito esteticamente. Deve-
se manejar bem a ferida. 
Flegmão: Processo supurativo infeccioso não 
circunscrito. Coleção de pus e tecido necrótico sem a 
formação de cápsula. Tem como fator predisponente a 
baixa imunidade. Fator causal geralmente é um agente 
infeccioso, e a gravidade do processo depende da 
virulência do agente. 
 
Sinais clínicos locais: edema difuso, calor, dor, 
linfoadenomegalia (o linfonodo inclusive pode abscedar 
por drenar o agente). 
Sinais clínicos sistêmicos: febre, depressão e sepse. 
 
Diagnóstico: por anamnese e exame físico. Essencial que 
faça o hemograma completo (com fibrinogênio 
inclusive, para avaliar se o processo é agudo ou crônico). 
Exames complementares: cultura e antibiograma 
(também essencial para tratamento eficiente) e 
ultrassom. 
 
Tratamento: drenagem, curetagem e limpeza das 
feridas, antibioticoterapia sistêmica (vide antibiograma). 
Deve-se começar o antibiótico (de amplo espectro) o 
quanto antes para atrasar a bactéria. AINES têm efeito 
na fase inflamatória apenas (meloxicam, flunixim 
meglumine, fenilbutazona). 
Gangrena: Necrose tecidual causada pelo 
comprometimento na circulação sanguínea local. 
Seca: comprometimento da circulação arterial, portanto 
não há chegada de sangue no tecido 
Úmida: comprometimento da circulação venosa, mais 
comum. Ex: lesão por compressão em arame liso. Tem 
aumento de volume por edema, devido ao aumento de 
pressão hidrostática. 
 
Principais Hérnias 
1. Anel: defeito real (natural ou adquirido) 
2. Saco: peritônio completo ou incompleto (por trauma) 
3. Conteúdo: o que causa os sinais clínicos 
 
1. Tecido herniado (omento, intestino, abomaso). 
2. Origem (congênita ou adquirida). 
3. Abertura /defeito 
a. Verdadeira: a víscera passa o anel e não tem contato 
direto com a parede e pele - INDIRETA 
b. Falsa: houve ruptura de peritônio, a víscera está em 
contato com a pele – DIRETA 
 
Diagnóstico: 
Por anamnese e exame físico, e ultrassonografia. A 
punção é contraindicada, pois pode lesionar o órgão 
herniado, e agravar a situação, como uma peritonite por 
extravasamento de conteúdo intestinal, por exemplo. 
 
Hérnia Umbilical 
Bovinos: Seu conteúdo é geralmente abomaso pela 
localização, mas também pode ser omento e intestino. 
Quase sempre é associado à infecção umbilical por má 
antissepsia. Pode estar associada a abscessos 
subcutâneos ou infecção das estruturas remanescente do 
umbigo que foi mal curado. (úraco, veia umbilical, 
artérias umbilicais). 
Diagnóstico por anamnese, sinais clínicos (aumento de 
volume na região umbilical), palpação (em bezerras, faz-
se em decúbito lateral ou dorsal), ultrassom (vê-se 
aderências), diferencial para onfalite, abscesso umbilical, 
hematoma. 
Equinos: pode ocorrer por trauma do cordão umbilical no 
parto. A redução espontânea ocorre às 3 semanas de 
vida, sendo em geral pequenas, redutíveis e não 
complicadas. O conteúdo varia entre omento, intestino 
(principalmente o delgado) e gordura retroperitoneal. 
Tratamento conservativo: Hérnia redutível não 
complicada 
Anel menor que 5cm: palpação diária, redução pode ser 
espontânea até 4 meses, usa-se bandagem abdominal. 
Anel maior que 5 cm: tratamento cirúrgico (herniorrafia 
aberta ou fechada). 
Tratamento cirúrgico: herniorrafia aberta, com remoção 
do saco herniário, dos abcessos umbilicais, e também dos 
remanescentes umbilicais. 
Onfalite 
Infecção do umbigo e das estruturas associadas ocorre 
comumente em animais pecuários recém-nascidos, 
sendo particularmente mais comum em bezerros do que 
em potros, estando associado ao nível de contaminação 
do ambiente em que nascem, à falha de imunidade 
passiva ou por manejo inadequado, como o tratamento 
tardio do umbigo. 
 
Sinais clínicos: aumento do volume umbilical, presença 
dos sinais de inflamação, não redutível à palpação, 
drenagem de conteúdo purulento com inicio na 1ª 
semana de vida, desenvolvimento inadequado, 
infecções associadas: poliartrite, pneumonia, peritonite, 
septicemia, cistite (disúria, polaciúria, piuria), abscessos 
hepáticos. 
 
Diagnóstico por anamnese, sinais clínicos, ultrassom, e 
hemograma. 
 
Tratamento conservativo: drenagem do abscesso e 
injeção de antissépticos na fistula. 
Tratamento cirúrgico: remoção em bloco dos 
remanescentes umbilicais infectados, remoção do ápice 
vesical quando afetado, pós-operatório com 
antibioticoterapia sistêmica. 
Hérnia Inguinal 
Suínos: mais comum em machos, detectado durante a 
castração, com redução espontânea e alta recidiva. 
Tratamento cirúrgico: retorce o cordão espermático, 
ligadura do cordão, sutura do anel inguinal, dermorrafia. 
 
Equinos: comum ser bilateral em potros (resolução 
espontânea fazendo repouso em baia e manipulação 
diária). Em animais maiores usa-se bandagem inguinal. 
Diagnóstico por palpação retal e percutânea. 
Tratamento cirúrgico: redução da hérnia por acesso 
inguinal e fechamento do anel inguinal externo. 
 
Bovinos: comum em touros maduros, sendo o lado 
esquerdo o mais acometido. 
Diagnóstico por palpação retal, com aspecto de 
ampulheta. 
Tratamento cirúrgico: acesso inguinal, retorce o funículo 
e sutura o anel externo OU acesso pelo flanco, reduz a 
hérnia e sutura cega do anel interno. 
 
 
 
Hérnia Incisional – Eventração 
A víscera ou tecido se posiciona entre a cavidade 
abdominal e a pele. Ocorre uma ruptura muscular 
geralmente por trauma, ou deiscência de sutura por 
falha na técnica ou infecção da ferida. 
Equinos: celiotomia mediana ventral 
Bovinos: celiotomia mediana, paramediana e em 
cesariana paramamária. 
Diagnóstico: anamnese (histórico de trauma ou 
cirurgia), sinais clínicos (aumento de volume, total ou 
parcialmente redutível, auscultação visceral), ultrassom. 
Diferencial pra abscessos, hematomas, hérnias e 
neoplasias. 
Tratamento: reintervenção cirúrgica – operar na hora 
certa, o que significa tratamento pré-operatório e 
cicatrização total da ferida e eliminação da infecção. 
Evisceração 
Exposição de vísceras da cavidade pleural ou abdominal ao 
meio externo devido a traumas, objetos perfuro-cortantes, 
pós cirurgias abdominais ou castração. Também é comum 
ocorrer em transporte pós-cirúrgico, portanto deve-se 
avaliar as condições do animal em receber alta, e se será 
embarcado/transportado de maneira correta. 
 
Re-intervenção cirúrgica: com lavagens da cavidade 
abdominal, e, em caso de segmentos inviáveis, ressecção e 
anastomose. A Lavagem peritoneal pós-operatória auxilia 
na prevenção de aderências e peritonite. 
 
Urolitíase 
A base do calculo é a Matrix orgânica, que provém de uma 
descamação epitelial (deficiência de vitamina A, infecção 
urinaria, ou tratamento com estrógeno). Em seguida há uma 
precipitação mineral sobre a matriz, que ocorre pelo pH da 
urina. Por fim, há a deposição mineral e formação do 
cálculo, que dependendo do seu tamanho, causa obstrução 
uretral, que é comum em machos. 
 
Predisposição: machos – devido a flexura sigmoide e uretra 
longa; castrados jovens – devido a uma quedana 
testosterona que acarreta em um desenvolvimento mais 
lento dos órgãos e luz uretral menor; reprodutores – que 
possuem uma vida longa e dieta rica em concentrado. 
 
Na obstrução parcial: gotejamento de urina e sangue 
Na obstrução total: prepúcio seco e com possível presença 
de urólitos 
Na ruptura uretral: edema ventral, celulite. 
Na ruptura vesical: distensão abdominal bilateral, sinais de 
uremia 
 
 
Diagnóstico por anamnese e sinais clínicos, 
ultrassonografia da uretra e bexiga, raio-X (pontos 
radiopacos são oxalato de cálcio e carbonato de cálcio, 
pontos radioluscentes são extruvita, apatita e silicato), 
abdominocentese (uroperitônio), leucograma de estresse e 
azotemia, ou achados necroscópicos. 
Tratamento conservativo: amputação do processo uretral, 
escopalamina, acepromazina, cloreto de amônio (acidifica 
urina), AINES, lavagem uretral retrógrada (com lidocaína, 
soro fisiológico, vinagre e água destilada), vitamina C 
injetável (é um acidificante, dissolve o cálculo), e indução 
de urina por glicosúria. 
Tratamento cirúrgico: Uretrostomia perineal; Cistotomia 
com sonda. 
 
Prevenção: acesso a agua fresca, adição de NACL 3 a 5% na 
dieta, evitar dieta catiônica (alfafa, melaço), corrigir 
relação Ca:P (o ideal é 2Ca : 1 P), Mg abaixo de 0,6% na 
dieta, identificação do tipo de urólito, evitar consumo alto 
de proteína, cloreto de amônio. 
Funiculite pós-castração 
 
Complicação pós-castração, onde ocorre um processo 
inflamatório e/ou infeccioso do funículo espermático. 
 
Sinais: formam-se abscessos retroperitoneais em volta da 
sutura; manqueira (por dor e aumento de volume na região 
inguinal), dor a palpação, edema prepucial e abdominal 
ventral (o prepúcio “desce”), febre (entrar com antibiótico 
imediatamente), fístula escrotal (drenagem do conteúdo 
purulento), espessamento do cordão, aumento de volume 
do cordão inguinal (perceptível pela palpação transretal). 
 
Diagnóstico por anamnese e sinais clínicos, palpação 
transretal (ver as estruturas), hemograma e ultrassonografia 
(avaliar a extensão da inflamação/infecção). 
 
Tratamento conservativo: antibiótico em casos mais graves 
que apresentem febre (em peritonite, por exemplo, faz 
também abdominocentese) de amplo espectro, e com 
antibiograma, AINES, tratamento da fístula. É um processo 
demorado e insatisfatório. 
Tratamento cirúrgico: Deve-se fazer a remoção 
remanescente do funículo, com pós de antibiótico, AINES, 
ducha. A resposta é rápida e mais eficiente. 
Acropostite 
Hiperplasia prepucial, muito comum em touros bos indicus 
(alguns não têm o músculo elevador, portanto seu 
prepúcio é mais penduloso e ainda mais susceptível). 
Ocorre uma inflamação da extremidade do prepúcio 
causado por trauma direto, que leva a uma lesão da lamina 
interna (não é mucosa!) com hiperplasia prepucial. 
 
Fatores de risco: pasto “sujo” e/ou alto demais, lesão 
prepucial constante, miíase. 
 
Sinais clínicos: aumento de volume prepucial, exposição da 
lamina interna, fibrose e abscesso (por infecção 
secundária), dificuldade na monta, queda no índice 
reprodutivo. 
 
Diagnóstico por anamnese (levar em conta o fator sazonal: 
nas águas com pasto mais alto e mais miíase) e sinais 
clínicos, ultrassonografia. 
 
Tratamento: diminuição do processo inflamatório com 
AINES e ducha 2-3x por dia, manejo da ferida, drenagem 
do abscesso, para depois amputação prepucial parcial 
(com criação de novo óstio), e mudar a pastagem. 
Complicações podem ocorrer por infecção cirúrgica ou 
recidiva 
 
Hemiplegia Laríngea 
Paralisia da cartilagem aritenóide. Causa obstrução das 
vias superiores completa ou parcialmente, com 
apresentação de intolerância ao exercício, e ruídos 
respiratórios (ronqueira). 
As causas estão relacionadas a degeneração axonal do 
nervo laríngeo recorrente esquerdo secundário a 
garrotilho, trauma, substâncias toxicas, químicas etc. 
Ventrículos: lubrificam pregas vocais. Na inspiração a sua 
eversão e chacoalhamento na laringe, que pode obstruir 
a via aérea e provocar roncos. 
 
Sinais clínicos: em repouso não apresenta nenhum sinal 
aparente. Durante o exercício aparece o ronco, dispnéia 
inspiratória, diminuição do desempenho, podendo 
chegar à intolerância ao exercício. 
 
Diagnóstico: Histórico e endoscopia com o animal em 
repouso ou logo após o exercício, ou durante ele, com o 
movimento na esteira. A palpação da laringe pode 
apontar atrofia de musculatura. O teste da palmada/slap 
tast também pode ser feito, com um tapa no pescoço 
animal com o endoscópio, pra confirmar se durante o 
susto ele consegue fechar a laringe totalmente. 
Grau I- Abdução e adução sincronizadas simétricas 
completas das duas cartilagens aritenóides; 
Grau II- Movimento não sincronizado da cartilagem 
aritenóide esquerda, mas a abdução completa pode ser 
induzida por deglutição ou oclusão das fossas nasais; 
Grau III- Movimento não sincronizado da cartilagem 
aritenóide esquerda, abdução completa da cartilagem 
aritenóide esquerda não pode ser induzida por 
deglutição ou oclusão das fossas nasais; 
Grau IV- Assimetria das cartilagens aritenóides, repouso 
e falta de movimento substancial da cartilagem 
aritenóide esquerda durante qualquer fase da 
respiração. 
Diagnóstico diferencial: deslocamento dorsal do palato 
mole, garrotilho, condrite de aritenóides. 
Tratamento cirúrgico: Laringotomia para realização de 
ventriculectomia, estafilectomia, aritenoidectomia e 
ressecção de cisto da epiglote. 
Ventriculectomia: Uni ou bilateral, consiste na remoção 
do revestimento mucoso do ventrículo laríngeo, caudal à 
prega vocal, levando a uma retração e aumento da glote, 
eliminando ou diminuindo o ruído. 
Cricoaritenoidopexia: fixação da aritenoite às cricoides 
em abdução, tomando cuidado para não exagerar, pois o 
animal pode ter pneumonia aspirativa. 
 
Deslocamento dorsal do palato mole 
Ocorre uma contração forçada dos músculos 
esternotireoideo e omohioideo, que tracionam a laringe 
caudalmente. Alguns fatores que podem causar: retração 
caudal da laringe em exercício, hiperplasia linfoide 
laringeana, condroma laringeano e condrite, 
aprisionamento de epiglote, hemiplegia laringeana. 
 
Sinais: Os animais apresentam intolerância ao exercício, 
(quando o palato mole desloca, o animal diminui a 
velocidade ou para), tosse, e ruídos respiratórios são 
notados, parece que o animal está engasgado. 
 
Diagnóstico: anamnese e sinais clínicos, e endoscopia 
que deve ser feita logo após o exercício, ou com o animal 
se exercitando na esteira. 
 
Tratamento: Enrijecimento com 5ml de 
politetrafluoroetileno no caso de epiglotes pequenas, 
miectomia dos músculos que tracionam a laringe com 
acesso no pescoço (m. esternotireóideo), ou 
estafilectomia, que por acesso via laringotomia é feita a 
remoção parcial do palato mole. Também pode combinar 
as técnicas, como miectomia e estafilectomia, de acordo 
com o quadro do animal. Conservativo pode ser feito 
com antiinflamatórios e antibióticos, dependendo da 
causa primária. 
Hematoma Etmoidal 
Labirinto etmoidal é a parede dorsal das conchas nasais, 
que comunica com o seio maxilar e frontal. Participa do 
aquecimento do ar. O hematoma ocorre por causa 
desconhecida. 
 
Sinais clínicos: ruído respiratório por obstrução parcial 
ou completa do labirinto, corrimento nasal fétido devido 
à necrose por infecção secundaria, e epistaxe uni ou 
bilateral. O animal pode apresentar dificuldade 
respiratória e tosse. 
 
Diagnóstico: por endoscopia, com alteração na forma, 
tamanho e coloração do etmoide. E radiografia, que 
possibilita delimitar o tamanho do hematoma e o 
envolvimento dos seios nasais. 
 
Tratamento cirúrgico: é complexo, com significativa 
perda de sangue, sendo feita preferencialmente com 
criocirurgia, laser ou curetagem. 
 
A bolsa gutural é um divertículo da tuba auditiva entre a 
faringe e a orelha média, dividida pelo osso estiloióide na 
porção lateral e medial, presente apenas em equinos. Ele 
participa do processo de equilíbrio e regulaçãode 
pressão. Nele passam várias estruturas nobres, incluindo 
nervos cranianos VII, IX, X,XI,XII, vasos como a carótida 
interna, além do tronco simpático craniano. 
 
Timpanismo da Bolsa Gutural 
Afeta mais os potros de até 1,5 anos e fêmeas. Por uma 
causa desconhecida, a entrada da bolsa gutural passa a 
funcionar como uma via de mão única, onde o ar entra e 
não consegue sair, causando uma grande distensão 
unilateral. NÃO TEM PUS! 
 
Sinais clínicos: Aumento de volume na região retro 
faríngea (diferencial para garrotilho), palpação com 
aspecto de bexiga com ar. 
 
Diagnóstico: Punção (feita de forma asséptica) ajuda a 
diferenciar de empiema, radiografia, endoscopia. Além 
de empiema, deve-se diferenciar de abscessos retro 
faríngeos e garrotilho. 
 
Tratamento cirúrgico: fenestração do septo médio via 
endoscópio ou Triângulo de Viborg, laser ou termo 
cautério. 
Empiema da Bolsa Gutural 
Infecção instalada através da abertura faringea da tuba 
ou por disseminação linfática. Em sua maioria é causada 
por streptococcus equi (garrotilho), com presença de 
conteúdo purulento e ruptura de abscessos 
retrofaringeos. Mais comum em animais jovens. 
Sinais clínicos: Descarga nasal intermitente uni ou 
bilateral de cor branca ou opaca e sem odor, que piora 
quando abaixa a cabeça, e causa dificuldades em deglutir 
e respirar. Aumento de volume na região parotídea e 
causa dor. 
Diagnóstico: descarga nasal crônica, radiografia de 
projeção látero-lateral para visualização da linha de 
fluido e massas, e oblíqua para definir o lado afetado. 
Endoscopia (a descarga purulenta pode ser vista através 
do orifício da entrada da bolsa), aspiração de conteúdo 
com agulha (de forma asséptica), e leucocitose. 
Diagnóstico diferencial para pneumonia, timpanismo da 
bolsa gutural, sinusite, e outras afecções do trato 
respiratório superior. 
Tratamento conservativo: antibioticoterapia e lavagem 
diária com solução salina através de uma sonda. 
Tratamento cirúrgico: Acesso à bolsa (vias: triângulo de 
Viborg; whitehouse, whitehouse modificada, ou 
iovertebrotomia), com criação de uma fenestra para 
drenagem conteúdo purulento. 
Sinusite 
Afecção dos seios paranasais, de etiologia geralmente 
infecciosa, principalmente dos seios frontal e maxilar 
com drenagem de secreção purulenta. Pode ser 
classificada como primária, quando causada por 
infecções bacterianas por Streptococcus equi, 
Arcanobacterium pyogenes, ou Herpesvírus, ou 
secundária, quando ocorre a extensão de um processo 
inflamatório de um local distante, como complicações 
sépticas após descornas, problemas dentários (equinos), 
traumas, fraturas, ou neoplasias. 
 
Sinais clínicos: corrimento nasal geralmente unilateral, 
podendo ser desde conteúdo sanguinolento a 
mucopurulento e fétido. 
 
Diagnóstico: por anamnese sinais clínicos, percussão dos 
seios (realizar com a boca aberta, para aumentar o som), 
RX (melhor método para estabelecer a localização e 
extensão da lesão). 
 
Tratamento: Sinusites primárias: em promover a 
drenagem adequada dos seios, e antibioticoterapia. 
Sinusites secundárias: deve-se tratar a causa inicial, como 
problemas odontológicos ou infecções respiratórias por 
exemplo, e realizar a lavagem dos seios com solução 
fisiológica estéril com iodo polvidine a 0,2% e 
permanganato de potássio 1:10.000. 
Traumas da Língua 
Os traumas têm como principais causas a ação brusca e 
violenta de cordas, freios e bridões, e ação abrasiva de 
alimentação grosseira. 
 
Sinais clínicos: recusa do alimento, salivação com 
sangue, exteriorização da língua lateralmente. 
 
Tratamento: sutura com fio absorvível do segmento 
distal (se o mesmo estiver viável e não necrosado) e 
devida remoção do tecido superficial (reavivamento de 
borda). Em casos de inviabilidade do coto, deve-se 
realizar a sua amputação. 
Fraturas de Mandíbula 
Ocorrem geralmente por traumas violentos, quedas, e 
coices. 
Fraturas completas: osteossíntese com pinos 
intramedulares ou placas, ou através de fixação 
percutânea. 
Fraturas incompletas: parafusos ortopédicos e/ou fixação 
do fragmento ósseo com amarração dos dentes incisivos 
com fio de aço. 
Dentes 
Gancho: desgaste irregular da face oclusal dos dentes 
maxilares 
Rampas: desgaste irregular da face oclusal dos dentes 
mandibulares. 
Obstrução de esôfago 
 
Comum por apreensão e deglutição acidental de corpo 
estranho, alimentos grosseiros e secos, e compactação 
do bolo alimentar, principalmente em animais idosos que 
têm alteração na dinâmica da peristalse esofágica. 
 
Sinais clínicos: dor, aflição, deglutição vigorosa, 
sialorréia, às vezes o animal mantém a cabeça estendida, 
movimentos de lateralidade da língua, tosse, podendo 
haver infecção local e necrose. Os mais clássicos são 
saída de água pelo nariz, ambos por não conseguir 
deglutir. Também pode apresentar secreção nasal 
esverdeada, devido ao alimento que volta, sendo comum 
a infecção local e necrose, além de uma ruptura de 
esôfago. 
 
Diagnóstico: sinais clínicos, passagem da sonda 
nasogástrica e endoscopia. 
 
Tratamento: remoção mecânica do problema com 
lavagem (sonda calibre 17mm e por dentro uma 10. 
Injeta liquido na menor pra sair na maior), ou através de 
uma esofagoscopia armada com pinça (basket), ou 
esofagotomia. 
Ruptura esofágica 
 
Causada por objetos traumáticos ponteagudos como 
lascas de madeira, objetos metálicos, ferimentos 
lascerantes profundos, sondas esofágicas utilizadas sem 
habilidade. 
 
Sinais clínicos: Drenagem de saliva viscosa e filamentosa 
pelo ferimento, e eliminação de água após ingestão. 
 
Diagnóstico: é dado pela presença de ferida ou aumento 
na região do esôfago (subcutâneo). 
 
Tratamento: com debridamento da região, 
esofagoplastia e implante de membrana biológica (saco 
pericárdio). 
 
 Síndrome Cólica 
Fator predisponente é a domesticação do cavalo, pela 
alimentação, exercícios contínuos, animal preso. 
 
Sinais: Dor abdominal aguda (com sinais variáveis de 
acordo com a intensidade da dor: podendo escavar, 
patear, escoicear, ter sudorese, deitar e rolar, “brincar” 
com a água, olhar para o flanco); Mudança de 
comportamento, inapetência (também relacionado à 
dor); Hiporexia; Distensão abdominal (em casos mais 
graves). Deve-se diferenciar a distensão gástrica por 
compactação, da distensão por gás do intestino grosso. 
Desidratação: comum em quase todos os tipos de cólica, 
por baixa ingestão e/ou sequestro de liquido para o 
lúmen. 
Procedimentos pré-operatórios: Descompressão 
gástrica; Reposição hidroeletrolítica; Manejo da dor 
(Agonistas a2, AINES, Butorfanol), Palpação trás-retal, 
Abdominocentese, Toflocentese (esvaziamento do ceco 
pelo flanco) 
 
 
Celiotomia Exploratória 
Incisão abdominal de 25 cm. 
 
Obstrução de intestino delgado: o segmento distendido 
sobressai na incisão. O cirurgião começa a exploração 
enquanto alguém irriga as alças com solução salina 
isotônica 
Lesões obstrutivas de cólon maior ou menor: o gás 
acumulado no IG deve ser aspirado antes de proceder a 
exploração, a fim de evitar a irritação da serosa das 
vísceras. 
1. CECO: localizar o ápice do ceco. Normalmente fica 
ventrolateral direito. 
2. CÓLON MENOR: deve estar vazio. Pode haver 
enterólitos/coprólitos. 
3. PONTOS DE ESTRANGULAMENTOS DE INTESTINO 
DELGADO: a. FORAME EPIPLÓICO: lateral direito. 
b. LIGAMENTO NEFROESPLÊNICO: lateral esquerdo. 
Contornar a ultima costela, chegar no rim esquerdo, e 
localizar o baço, que deve estar em contato com a 
parede. 
 
Exterioriza e traciona caudalmente o ápice do ceco, para 
expor as tênias dorsal e lateral. Na tênia dorsal se origina 
a prega ileocecal que continua até a base do ceco até 
encontrar o íleo, que se identifica pela prega íleo cecal. 
 
Afeccções de Intestino Delgado 
Compactação de íleo: Tratamento cirúrgico: remoção da 
compactação por massageamento, enterotomia ou 
tiflotomia. Em casos de hipertrofia, faz-se a enterectomia 
do íleo, realizando uma jejunocecostomia. 
 
Encarceramento do forame epiplóico:Tratamento 
suporte em casos leves, ou celiotomia 
exploratória com remoção da parte 
encarcerada. 
Encarceramento inguino-escrotal 
(hérnia): potros recém nascidos (hérnia 
congênita, com rara obstrução intestinal e de resolução 
espontânea) ou machos principalmente garanhões 
(adquiridas). Durante a cópula, há um aumento da 
pressão intra-abdominal, podendo encarcerar alguma 
alça no anel inguinal, principalmente se ele tiver um 
pouco mais aberto. tratamento cirúrgico de emergência 
é feita pelo acesso pelo anel inguinal ou linha mediana, 
com enterotomia-enteroanastomose. 
Encarceramento por falhas do mesentério 
 
Vólvulo/ Intussucepção 
Afecções de Intestino Grosso 
Timpanismo cecal 
Compactação de ceco 
Deslocamento de cólon maior: dorsal à esquerda 
 
(encarceramento nefro-esplenico); 
dorsal à direita. 
Compactação de cólon maior 
Compactação de cólon menor 
Deslocamento/ vólvulo do cólon maior 
 
Síndrome do Corpo estranho 
Ingestão de corpo estranho geralmente metálico, como 
grampos de cerca e pregos, arame devido a sua baixa 
seletividade alimentar. 
 
Sinais: Peritonite localizada aguda: anorexia, hipogalaxia, 
febre, taquicardia e taquipneia, cifose (diferencial para 
pneumonia), hipomotilidade ruminal com timpanismo 
leve, e cotovelos em abdução. 
Peritonite localizada crônica: perda de peso progressiva, 
pelagem grosseira, diarreia, toxemia, taquicardia e 
taquipneia, dor abdominal cranial (testes: de bastão, da 
rampa, beliscamento do dorso, percussão dolorosa no 
xifóide) 
Peritonite difusa: febre, taquicardia, anorexia e agalaxia, 
atonia de todo o TGI, palpação trans-retal de alças com 
deposição de fibrina, e hipotermia na fase mais tardia. 
 
Diagnóstico: beliscamento de cernelha, bastão e rampa, 
pericardiocentese e laparotomia exploratória. 
 
Tratamento: Conservativo: ATB sistêmico; 
Cirurgico: láparo-rumenotomia para remover o corpo 
estranho, drenar os abscessos, e realizar transfaunação. 
 
Deslocamento de abomaso 
Deslocamento abomasal à esquerda (DAE- enfermidades 
comuns em vacas paridas): hipocalcemia pós-parto, 
retenção de placenta, metrite e mastite, reticulite 
traumática, úlceras abomasais por estresse, indigestão 
simples e cetose. 
Diagnóstico: auscultação de ping metálico entre p 9º e 13º 
espaços intercostais. 
Tratamento cirúrgico: Abomasopexia com acesso 
percutâneo pelo flanco ESQUERDO. 
 
Deslocamento abomasal à direita (DAD): com vólvulo (ping 
metálico) ou sem vólvulo. 
 
DAD + VÓLVULO: EMERGÊNCIA. Desidratação rápida, dor 
abdominal de moderada à severa, taquicardia e 
taquipneia, pulso filiforme, distensão abdominal, 
percussão auscutatória, palpação trans-retal, alcalose 
metabólica dom hipocloremia e hipocalemia, acidose 
terminal (desvitalização do abomaso), e choque. 
 
Cirúrgico(emergência!): descompressão do abomaso 
para manipulação, omentopexia ou abomasopexia pelo 
flanco direito, fluidoterapia parenteral, antibiótico e 
tratamento para choque 
 
 
Locomotor Equinos 
Contratura tendínea: também conhecida como 
deformidades flexoras, acomete animais recém-nascidos, 
e até 1 ano de idade. 
Tratamento é conservativo! 
 
Articulação interfalangeana distal: 
Desmotomia do ligamento 
acessório do tendão flexor 
profundo dos dedos. 
 
 
Articulação metacarpofalangeana: Desmotomia do 
ligamento acessório do tendão 
flexor superficial do dedo. 
Ruptura do tendão extensor 
comum dos dedos: tala. 
Talas não podem ser usadas para 
flacidez! 
Valgus: joelho para dentro/ Varus: joelho para fora. 
Tratamento: conservativo ou cirúrgico: Transecção e 
elevação de periósteo (até 4 meses de idade – lado 
côncavo)/ Ponte transfisária (animais acima de 5 meses- 
lado covexo). 
Osteocondrose: falha focal da ossificação endocondral 
em locais com predisposição definida: obesos, com 
balanço Ca:P alterado, insulina baixa, alta ingestão de 
carboidrato, predisposição genética. 
Cirúrgico: artroscopia é o melhor acesso para tratamento 
principalmente em casos de degeneração articular ou 
presença de fragmento livre, para lavagem articular 
também. 
 
Ruptura dos três: o 
boleto encosta no chão, 
sem apoio do casco. 
Ruptura do superficial e 
profundo: o boleto 
encosta no chão, e o 
talão também apoia. 
Ruptura do superficial: o boleto não encosta no chão, o 
casco com apoio total no chão 
 
Fixação dorsal de patela: desmotomia patelar medial.

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