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CASO CONCRETO AULA 3 PRÁTICA III - ESTÁCIO DE SÁ

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DR. JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL 
DA COMARCA DE XXX
MATHEUS, previamente qualificado, devidamente representado por seu advogado, conforme procuração anexa, com escritório na rua ___, email ___, vem respeitosamente a presença de Vossa Excelência, tempestivamente, apresentar, pelos fatos abaixo discriminados, com fundamento no Art. 386 e 396-A do CPP,
ALEGAÇÕES PRELIMINARES DE DEFESA
I – DOS FATOS
Na data de ___ o requerente foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 217-A, §1º, c/c art.234-A, III, ambos do Código Penal. Os crimes em questão tiveram como vítima, segundo o Ministério Público, Maísa, de 19 anos de idade.
Segundo a peça acusatória, a conduta delitiva se deu da seguinte forma: “No mês de agosto de 2016, em dia não determinado, o réu dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima a, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando -se do fato de estar a sós com a vítima, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnalm fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo e exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima com ele a manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger por sim mesma.
Todavia, Excelência, não deve prosperar a acusação, pelos seguintes fatos: 
O denunciado já namorava a vítima há algum tempo. Sua mãe, Alda, e sua avó materna, Olinda, que moram com o acusado, sabiam do namoro e que todas as relações eram consentidas. Não há que se falar, pois, em situação onde o denunciado “se aproveitou da situação de ser ver sozinho com a vítima vendo televisão para coibi-la a ter relações”. Insta salientar que em nenhum momento houve sinais da suposta debilidade mental da vítima, e, ainda, não há qualquer prova de tal deficiência, sendo certo que a mesma pode depor por conta própria. Assim sendo, a ação do Ministério Público no presente caso é eivada de vício pois a vítima tem 19 anos e é, portanto, capaz. Vale frisar que a vítima foi contra a instauração da ação penal, tendo o Ministério Público agido arbitrariamente.
. 2 – DA ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA
O caso em tela se trata de hipótese de fato não caracterizado como crime, haja vista que não houve dolo por parte do agente, uma vez que as relações foram consentidas e que a vítima é maior e capaz. Isto posto, é evidente que o caso é de absolvição sumária, pela não existência de crime.
3 - DO PEDIDO 
Pelo exposto supra, requer a absolvição sumária do denunciado, na forma do art. 397, III do CPP. 
4 – DA OITIVA DE TESTEMUNHAS
Por oportuno, requer a oitiva das testemunhas abaixo arroladas para prestarem esclarecimento a respeito dos fatos narrados. 
I – ALDA - endereço _________
II – OLINDA – endereço ___________
5 – DAS PROVAS
Requer, também, a produção das seguintes provas:
I - Prova pericial a ser realizada por profissional da área de psiquiatria e psicologia a fim de se comprovar a plena capacidade mental da vítima.
II – Prova documental – correspondência, e-mails e conversas gravadas em aparelho celular – para comprovar o consentimento da vítima quando às relações carnais ocorridas entre as partes.
Nestes termos, pede deferimento.
Local/data
ADVOGADO/OAB
______________________________________________________________________
DATA PARA APRESENTAÇÃO DA RESPOSTA: ATÉ O DIA 30/11/2016