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Prática Simulada I Aula 4 caso Joaquim

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVIL DA COMARCA DE NOVA FRIBURGO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
JOAQUIM MARANHÃO, brasileiro, solteiro, mecânico, portador da carteira de identidade nº 4512574236, expedida pelo SSP, inscrita no CPF/MF sob o nº 14525698723 com endereço eletrônico joaquimmaranhao@gmail.com, residente e domiciliado na Rua General Vitorino 254, Nova Friburgo/RJ; ANTÔNIO MARANHÃO, brasileiro, casado, jornalista, portador de carteira de identidade n ° 5896440782, expedida pelo SSP, inscrita no CPF sob o n°41015987632 com endereço eletrônico antoniomaranhão@gmail.com, residente e domiciliado na Rua Vasconcelos brito 128, Nova Friburgo/RJ e MARTA MARANHÃO, brasileira, casada, empregada doméstica, portadora da carteira de identidade n°5863289001, expedida pelo SSP, inscrita no CPF/MF sob n°79856932100 com endereço eletrônico martamaranhaom@gmail.com, residente e domiciliado na Rua José Paris 551, Nova Friburgo/RJ; vem por seu advogado Jaqueline Barreto, com endereço eletrônico jaquelinebarreto04@gmail.com, com endereço profissional na Rua São Sebastião n° 55 bairro Centro, nesta cidade, endereço que indica para os fins do artigo 319, I do CPC, vem a este juízo propor:
AÇÃO DE ANULAÇÃO DE VENDA DE ASCENDENTE PARA DESCENDENTE 
Pelo procedimento COMUM em face de MANUEL MARANHÃO, brasileiro, casado, comerciário, portador da carteira de identidade n°4712036019 expedida pelo SSP, inscrita no CPF/MF sob o n° 00275990026 com endereço eletrônico manuelmaranhãomm@gmail.com, residente e domiciliado na Rua Amador Hermes 770, bairro Vila Nova, Friburgo/RJ e FLORINDA MARANHÃO, portadora da carteira de identidade nº11036964 expedida pelo SSP, inscrita no CPF/MF sob o nº.22369887410 com endereço eletrônico florindaflor@gmail.com residente e domiciliado na rua Amador Hermes 770, bairro Vila Nova, Friburgo/RJ; pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
 A Requerente é pobre na acepção jurídica do termo e bem por isto não possui condições de suportar os encargos decorrentes do processo sem prejuízo de seu sustento. Desta forma, requer os benefícios da Justiça Gratuita nos preceitos do artigo 5°, LXXIX da Carta Magna, combinados com o artigo 4° da Lei 1.060/50 e §2 conforme a lei 1060 parágrafo 2°. o autor não tem capacidade de arcar com custas processuais.
II - DOS FATOS
Informam os autores que em 20 de setembro de 2015, os dois réus, seus pais, formalizaram junto ao cartório do 4° Oficio na cidade de Nova Friburgo e devidamente transcrita no registro de imóveis competente, a venda de um imóvel ao neto Ricardo Maranhão, filho de Marta, com o objetivo de ajudá-lo, pois não possuía casa própria, venderam-lhe um de seus imóveis, neste caso, representado por um sítio situado na Rua Bromélia 138, centro, Petrópolis/RJ, pelo preço certo e ajustado de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), sendo que na época da formalização do negócio o valor de mercado do mesmo era de R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais), através de escritura de compra e venda lavrada, sem o exigido consentimento dos demais descendentes e herdeiros necessários. Em virtude destes fatos, vem o autor através deste juízo buscar a anulação do contrato celebrado.
III– DOS FUNDAMENTOS
INVALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO
O negócio jurídico do caso ora sob análise, não deixa dúvidas sobre passividade de anulação, pois no artigo 496, CC, reconhece incontestavelmente, que é anulável a venda de imóvel de ascendente para descendentes, se esta for feita sem o consentimento expresso dos demais descendentes. 
Conforme se apura, há no contrato celebrado um vício que enseja a anulação do negócio Jurídico, conforme prevê o artigo 496 do CC. 
Conforme o autor: Carlos Roberto Gonçalves
(...)”Os legitimados para arguir a anulabilidade de venda são os demais descendentes e o cônjuge do vendedor. Embora não mencionado expressamente, o companheiro, por equiparação ao cônjuge, também goza de legitimidade, (...)" (GONÇALVES, 239)."
Devido ao negócio Jurídico de um imóvel realizado de ascendente para um descendente sem o consentimento dos demais descendentes, Joaquim poderá pedir a anulação do negócio Jurídico, pois fica evidente que houve vício na realização do negócio jurídico. 
Conforme a jurisprudência: 
(...)“Processo: APL 00001493519988190204 em 18/08/20149.Órgão Julgador: Vigésima Câmera civil. Julgamento:13 de agosto de 2014. Relator: Mauro Pereira Martins. Ementa: Apelação civil. Ação de anulação de negócio Jurídico. Alegação de compra e venda de ascendente para descendente sem a anuência dos demais filhos. Sentença de improcedência. Efetiva comprovação acerca da relação de parentesco entre os autores e o alienante do imóvel objeto do contrato. Ocorrência de vício do ato jurídico. Alienação de ascendente para descendente que depende do consentimento de todos os filhos, sob pena de anulação do negócio jurídico. Aplicação da regra contida no artigo 1132 do CC/16.1.
Vimos que Manuel e Florinda efetuaram um negócio jurídico de ascendente para um descendente sem o consentimento expresso dos demais descendentes; a anulação deverá ser realizada, ainda que se possa indagar se tratar de uma legítima operação de compra e venda por apresentar os requisitos necessários para esta configuração, resta inquestionável que, considerando a diferença entre o valor de mercado e o valor pago pelo bem, a negociação não passa de uma venda simulada, ou seja, doação inoficiosa, que frauda e onera injustamente os demais herdeiros necessários. Em virtude dos fatos narrados, não resta dúvida que o contrato deve ser anulado. 
IV – DOS PEDIDOS
Em face do exposto, na tentativa de ter elucidado todos os fatos à Vossa Excelência, passamos a requerer:
1. A citação do réu para integrar a relação processual, no prazo legal, sob a pena de revelia;
2. Gratuidade de justiça;
3. Deixar expresso a não possibilidade para audiência de mediação e conciliação
4. A procedência do pedido de anulação do contrato de compra e venda celebrado entre os réus;
5. A condenação do réu ao pagamento de custas processuais e de honorários advocatício, estes de acordo com o disposto no artigo 82, §2° e artigo 85, CPC.
V – DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, além de comprovação de parentesco, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial (a prova documental, a prova pericial, a testemunhal e o depoimento pessoal do Réu).
VI – DO VALOR DA CAUSA
Dá-se o valor da causa em R$ 200.000,00 (duzentos mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Porto Alegre, 04 de setembro de 2017
Advogada 
Jaqueline Barreto
OAB/3110 RS

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