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14 BANHO NO LEITO

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CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM 
SEMIOTÉCNICA 
Página 1/5 
Bancada nº. 14 
TÉCNICA BANHO NO LEITO 
INTRODUÇÃO 
As práticas de higiene são influenciadas pelos padrões socioculturais e familiares. A hospitalização é uma 
excelente oportunidade para promover a educação em saúde. A equipe de enfermagem deve manter seus 
pacientes limpos e livres de maus odores, incentivando para que participe mais ativamente possível de sua 
higiene. 
 TIPOS DE BANHO: 
 Banho de aspersão ou chuveiro; 
 Banho no leito; 
 Banho parcial: rosto, axilas, mãos, região perineal; 
 Banho de imersão 
FINALIDADE 
 Remover o suor, oleosidade, poeira e os microrganismos; 
 Eliminar odores desagradáveis do organismo; 
 Reduzir potencial de infecções; 
 Estimular a circulação sanguínea; 
 Oferecer sensação refrescante e relaxante; 
 Melhorar a autoimagem, permitindo que se sinta socialmente aceitável; 
 Momento propício para realização do exame físico. 
MATERIAL 
GERAL: 
 Pares de luvas de procedimento 
 01 bacia 
 01 Jarro 
 01 toalha de rosto 
 01 toalha de banho 
 Impermeável 
 Roupas de cama 
 Roupas de uso pessoal 
 Fralda descartável (se necessário) 
 Álcool para desinfecção do leito e compressa cirúrgica 
 Cadeira 
 Biombo 
 Hamper 
 Mascara descartável 
PARA A HIGIENE BUCAL E FACE: 
 Sabão líquido 
 Solução antisséptica, bicarbonato a 1% e ou creme dental 
 Espátulas envoltas em gazes (se necessário) ou escova de dente 
 02 copos descartáveis ou aspirador (se necessário) 
 Pacotes de gazes simples 
 Cuba rim 
 Aparelho de tricotomia (se necessário) 
 Máscara descartável 
PARA O COURO CABELUDO E CABELOS: 
 Saco de lixo grande e balde 
 Xampu 
 Condicionador (se o paciente usar) 
 Pente 
 01 toalha de banho 
 Haste flexível 
PARA O CORPO e higiene íntima 
 02 esponjas macias para banho, gazes algodoadas ou compressas. 
 Hidratante, desodorante, perfume (do paciente) 
 Máscara descartável 
 Comadre 
 Tesoura, se necessário. 
 EPI’s (luvas de procedimento, máscara, gorro) 
 
 
INÍCIO DA TÉCNICA 
Ação Justificativa 
1. Verificar o prontuário e conversar com o paciente, a fim 
de levantar suas necessidades; 
 
2. Lavar as mãos; 
3. Recolher todo o material necessário; 
4. Encaminha-se ao leito do paciente, depositar a bandeja 
sobre a mesa de cabeceira; 
 
5. Explicar o procedimento ao paciente; 
6. Fechar janelas e portas (zelar para que o ambiente 
fique aquecido); 
 
7. Proteger o leito com biombos se for enfermaria;  Art. 19 – Respeitar o pudor, a privacidade e a 
intimidade do ser humano, em todo seu ciclo 
vital, inclusive nas situações de morte e pós-
morte (COFEN, 2007). 
8. Calça a luva e realizar a desinfecção da mesa de 
alimentação, parte inferior da bandeja, cadeira e 
manivela da cama; 
 
9. Retira as luvas; 
10. Organizar os lençóis na sequência de uso, conforme 
técnica de arrumação de cama; 
 
11. Calçar luvas de procedimento; 
12. Retirar coxins e travesseiros; 
13. Desprender a roupa de cama, iniciando pelo lado 
distal; 
 Preparar o Hamper. 
14. Colocar o paciente em posição adequada ao 
procedimento (Fowler ou dorsal). 
 
TÉCNICA: HIGIENE ORAL NO PACIENTE CONSCIENTE 
Ação Justificativa 
1. Trocar as luvas; 
2. Colocar água no copo descartável; 
3. Colocar toalha sobre o tórax; 
4. Oferecer o material de escovação, ajudando-o se 
necessário (escova, pasta, toalha e antisséptico bucal); 
 Manter a boca, bochechas, língua e gengivas 
limpas, afim de prevenir cáries, halitose, 
periodontite, gengivite, formação de placas 
bacterianas. Uma higiene oral bem feita 
proporciona ao paciente uma sensação de 
bem estar e estimula o apetite. 
5. Oferecer a água para bochechar várias vezes; 
6. Colocar cuba rim sobre o queixo para receber a água 
utilizada; 
 
7. Oferecer toalha; 
8. Caso seja necessário, instruí-lo a maneira correta de 
escovação de dentes e língua. 
 
TÉCNICA: HIGIENE ORAL NO PACIENTE INCONSCIENTE 
Ação Justificativa 
1. Trocar as luvas; 
2. Montar material de aspiração (sonda de aspiração e 
látex); 
 Testar no painel de gases o Vácuo. 
3. Colocar água no copo descartável; 
4. Colocar toalha sobre o tórax; 
5. Umedecer a escova ou espátula envolvida em gaze 
com água e solução antisséptica ou bicarbonato a 1%; 
 Manter a boca, bochechas, língua e gengivas 
limpas, afim de prevenir cáries, halitose, 
periodontite, gengivite, formação de placas 
bacterianas. Uma higiene oral bem feita 
proporciona ao paciente uma sensação de 
bem estar e estimula o apetite. 
6. Evitar excesso de líquido na cavidade oral, pois existe 
risco de broncoaspiração; 
 
7. Escovar os dentes e gengivas com movimentos 
circulares (superfície externa, interna e área da 
mastigação; 
 
8. Limpar mucosa oral e palato; 
9. Lavar a língua usando espátula ou haste flexível; 
10. Lubrificar os lábios se estiverem ressecados. 
TÉCNICA: LIMPEZA DA FACE 
Ação Justificativa 
11. Manter a mesma luva de procedimento;  Troque-a caso perceba que a luva esteja suja, 
amarelada ou com furos. 
12. Lavar os olhos, limpando-os do canto interno para o 
externo, usando gazes simples umedecidas com água; 
 
13. Fazer a limpeza das narinas com haste flexível ou com 
gaze umedecida com água envolvida no dedo mínimo; 
 
14. Lavar com água e sabão, enxaguar e enxugar o rosto, 
orelhas e pescoço no sentido da circulação sanguínea 
e fazer a barba, se necessário; 
 Lavar o pavilhão auricular neste momento, se 
não após a lavagem do couro cabeludo. 
15. Retirar toalha do tórax. 
TÉCNICA: HIGIENE DO COURO CABELUDO 
Ação Justificativa 
1. Manter a mesma luva de procedimento;  Troque-a caso perceba que a luva esteja suja, 
amarelada ou com furos. 
2. Preparar um rolo com a toalha e forrá-lo com saco 
plástico, colocando em forma de funil de modo que o 
lado para escoamento da água fique dentro do balde. 
Faça antes um orifício no fundo do saco; 
 
3. Colocar o balde abaixo da cabeceira sobre escadinha; 
4. Colocar o paciente em diagonal sobre o leito com a 
cabeça sobre o rolo e o travesseiro sobre a região 
torácica posterior; 
 
5. Colocar protetor auricular; 
6. Umedecer os cabelos e aplicar xampu, fazendo 
massagens no couro cabeludo com a polpa dos dedos, 
enxaguar; 
 
7. Aplicar condicionador (s/n) apenas nas pontas e 
enxaguar; 
 
8. Proteger o cabelo com a toalha, para no final do banho 
penteá-los; 
 
9. Remover o saco plástico. 
TÉCNICA: LIMPEZA DO CORPO 
Ação Justificativa 
1. TROQUE A LUVA DE PROCEDIMENTO (devido ao 
tempo de uso e presença de cabelos); 
 
2. Retirar a roupa até a suprapúbica, protegendo o tórax e 
o abdômen com o lençol de cima; 
 
3. Colocar uma toalha sobre o tórax e sob os braços; 
4. Começar do distal para o proximal;  Caso o paciente esteja com algum membro 
lesionado, em uso de dispositivos ou com 
dificuldade de locomoção do membro, iniciar 
primeiro o membro não afetado. 
5. Lavar, enxaguar e enxugar o braço distal (superior, 
externo, interno e inferior) com movimentos longos e 
firmes do punho até a axila (mas sem lavá-las); 
 Estimular a circulação sanguínea. 
6. Colocar a mão do paciente na bacia: lavar, enxaguar e 
enxugar a mão, principalmente nos interdígitos, 
observando condições das unhas (dorso, palma, 
interdígitos e unhas); 
 
7. Repetir ir o procedimento com o braço e a mão 
proximal; 
 
8. Descobrir o tórax e abdômen. Lavar, enxaguar e 
enxugar o abdômen, tórax (mamas) e pescoço, com 
movimentos circulares (de baixo para cima) ativando a 
circulação, observando as condiçõesda pele e mamas; 
9. Lavar, enxaguar e secar axilas (sentido ântero-
posterior); 
 
10. Hidratar toda região limpa, menos a face; 
11. Cobrir o tórax com lençol limpo, abaixar o lençol em 
uso protegendo a região genital; 
 Caso esteja limpo, manter o mesmo lençol. 
12. Lavar, enxaguar e enxugar os MMII do tornozelo à raiz 
da coxa começando pelo distal (superior, externo, 
interno e inferior); 
 Caso o paciente esteja com algum membro 
lesionado, em uso de dispositivos ou com 
dificuldade de locomoção do membro, iniciar 
primeiro o membro não afetado. 
13. Colocar um dos pés na bacia; lavar, enxaguar e 
enxugar o pé, principalmente nos interdígitos, 
observando condições das unhas (dorso, plantar, 
interdígitos e unhas); 
 
14. Repetir o procedimento com o outro membro proximal; 
15. Hidratar toda região limpa; 
16. Cobrir os MMII, desprender a fralda (sem retirá-la) e 
lateralizar o paciente; 
 
17. Posicionar em decúbito lateral; lavar, enxaguar e 
enxugar o dorso iniciando da região lombar à região 
torácica; 
 Estimula a circulação sanguínea. 
18. Lavar, enxaguar e enxugar a região glútea; (retirar 
excesso de fezes se for o caso); 
 Troque as luvas caso haja presença de 
fezes. 
 Na presença de curativos nesta região, 
mantê-lo fechado, e realizar a troca após o 
banho. 
19. Hidratar toda região limpa; 
20. Afastar os lençóis para o centro da cama; 
21. Fazer limpeza concorrente com compressa e álcool à 
70% (em direção ao centro da cama); 
 
22. TROCAR AS LUVAS;  Os lençóis estão limpos e a 2ª luva 
contaminada. 
23. Colocar os lençóis, impermeável e travessa na ordem 
padronizada; 
 
24. Retornar paciente ao centro da cama e em seguida 
virá-lo para o outro lado; 
 
25. Puxar o lençol sujo e colocar no hamper; 
26. Executar a limpeza concorrente do lado oposto 
(sentido centro para fora); 
 
27. TROCAR AS LUVAS;  Os lençóis estão limpos e a 3ª luva 
contaminada. 
28. Puxar os lençóis conforme padronizado; 
29. Voltar o paciente em decúbito dorsal; 
30. Colocar a aparadeira forrada com impermeável, toalha 
ou saco de lixo; 
 
31. Retirar luvas e lavar as mãos para proceder à higiene 
íntima. 
 
TÉCNICA: HIGIENE ÍNTIMA ou EXTERNA NA MULHER 
Ação Justificativa 
1. Calçar as luvas; 
2. Colocá-la em posição litotômica, protegendo-a com 
lençol em diagonal; 
 
3. Proteger a região inguinal com gaze ou compressas; 
4. Irrigar a vulva com água, ensaboar a região pubiana, 
com movimentos circulares, da parte distal para 
proximal; 
 
 
5. Lavar grandes lábios e irrigar com água desde o púbis; 
6. Afastar os grandes lábios, irrigar a área, lavar meato 
urinário apenas com gaze umedecida em água (sem o 
sabão); 
 
 
7. Lavar com água e sabão: pequenos lábios e intróito 
vaginal, no sentido ântero-posterior, sem atingir o ânus; 
8. Enxaguar a região com água limpa; 
9. Secar região, antes de fechar os grandes lábios 
(meato, pequenos lábios e intróito); 
 
10. Irrigar a região perianal de cima para baixo, lavar com 
água e sabão (distal – proximal) e secar; 
 
11. Enxugar toda região genital externa com gaze ou 
compressa, podendo utilizar as compressas da região 
inguinal; 
 
12. Retirar aparadeira. 
TÉCNICA: HIGIENE ÍNTIMA ou EXTERNA NO HOMEM 
Ação Justificativa 
1. Calçar as luvas; 
2. Colocá-lo em posição litotômica protegendo-o com 
lençol em diagonal; 
 
3. Proteger a região inguinal com gazes ou compressas; 
4. Irrigar toda região, ensaboar a região pubiana e 
inguinal com movimentos circulares, da parte distal 
para proximal; 
 
5. Irrigar novamente para retirada do sabão; 
6. Afastar o prepúcio para baixo (em pacientes não 
circuncidados), iniciar a limpeza, umedecendo desde 
o meato, limpa-lo com gaze umedecida SEM SABÃO, 
quantas vezes for preciso; 
 
7. Lavar COM SABÃO a glande e bálamo-prepucial; 
8. Enxaguar a região e secar; 
9. Retornar o prepúcio para região original (se for o 
caso); 
 
10. Ensaboar, lavar e enxaguar o corpo do pênis (sentido 
glande para base do pênis) e bolsa escrotal; 
 
11. Ensaboar, lavar e enxaguar região perianal e ânus; 
12. Secar toda região úmida com as compressas laterais; 
13. Retirar a aparadeira. 
FINALIZAÇÃO DO PROCECIMENTO 
Ação Justificativa 
1. Calçar as luvas; 
2. Hidratar a pele com movimentos;  Se não foi realizado anteriormente. 
3. Colocar a fralda se necessário; 
4. Vestir o paciente, pentear os cabelos e aparar as 
unhas se necessário; 
 
5. Realizar limpeza concorrente e colocar a fronha no 
travesseiro; 
 
6. Arrumar a cama com técnica padronizada; 
7. Realizar a limpeza concorrente no restante da unidade 
do paciente; 
 
8. Recolher os materiais e recompor a unidade; 
9. Retirar as luvas e lavar as mãos; 
10. Anotar o cuidado prestado, descrevendo as 
observações. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
POTTER, Patricia A.; PERRY, Anne G. Fundamentos de Enfermagem. Tradução: Ritomy et al. 8ª Edição. Rio 
de Janeiro: Elsevier, 2013. 
TIMBY, B. K.. Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de enfermagem. Tradução: 
UNICOVSKY, Margarita Ana Rubin. 10ª edição. Porto Alegre: Artmed, 2014. 
Elaborado por Profa. Andréia e Denise Data da Criação 2002 
Revisado por 
Professoras : Carla Oliveira, Luciana Cariri, Fabiana 
Brito, Larissa Almeida, Raquel Araújo, Janile 
Bernardo, Nathalia Vasconcelos 
Data da última 
Revisão 03/2016 
Assinatura da 
Validação

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