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Curso: Psicologia
Disciplina: Psicologia do Pensamento e da Linguagem
Projeto de Pesquisa
Niterói, 30 de Março, de 2015
Tema da Pesquisa
O processo da Aquisição da Linguagem em duas crianças em fases distintas
Objetivo
O objetivo desta pesquisa é observar duas crianças com idades entre 0 a 2 anos de idade para identificar como se dá a aquisição e o desenvolvimento da linguagem verbal, na interação com os seus familiares, e em seu ambiente e comparar com as teorias científicas de Aquisição da Linguagem.
Fundamentação Teórica 
Aquisição da linguagem
A função primordial da linguagem, tanto nas crianças como nos adultos, é a comunicação, o contato social. Por conseguinte, a fala mais primitiva das crianças é uma fala essencialmente social.
(VYGOTSKY, 1998, p. 21)
 Linguagem e Aquisição
       A linguagem é um meio de comunicação, podendo ser ou não verbal. Partindo desse pressuposto, não apenas nós, seres humanos, somos dotados dessa capacidade, mas os outros animais também.
      Entretanto, o nosso diferencial, o diferencial dos animais racionais, é que somos dotados de criatividade, e isso é o divisor de águas, pois nos tira do grupo que apenas se comunica por instinto, sem refletir sobre o ato da comunicação. Além disso, não somos capacitados apenas para a linguagem oral, nos beneficiamos também com a possibilidade dos “signos linguísticos”, isso por si só nos diferencia. (CHOMSKY, 1998, p. 18)
Vamos agora refletir sobre aquisição. O termo aquisição já aponta para a necessidade de adquirir algo, tomar posse, ir atrás. Não nascemos com o nosso cérebro pronto para a aquisição da linguagem; é através da interação entre a maturação cerebral e o contato com os falantes que aprendemos a nossa língua materna. Essa é a primeira etapa do processo da aquisição da linguagem, seguida da escrita e leitura. Se para a fala, basta ter a maturação e estar em contato com o seu idioma materno, o mesmo não ocorre com a leitura e escrita, nesse caso, o processo é mais demorado, já que em média, as crianças aprendem a ler e a escrever por volta dos cinco ou seis anos. No processo leitura-escrita, não basta à maturação e o contato com a língua falada, é necessário uma metodologia para que essa vertente da aquisição da linguagem.
       Quando a linguagem oral é executada com clareza, promove a aquisição da escrita, visto que, nós produzimos a escrita de acordo com a percepção fonológica, ou seja, reproduzimos aquilo que nossa audição capta e internaliza, pois “a linguagem se funda na razão, é a imagem do pensamento e que, portanto, os princípios de análises estabelecidos não se prendem a uma língua particular, mas servem a toda e qualquer língua” (PETTER, 1996, p.12), isso significa que a linguagem em um primeiro momento encontra-se externa ao indivíduo, ao ser percebida e internalizada, interage com a razão, sendo exteriorizado posteriormente e concedendo voz ao intelecto; esse é um princípio universal. Após a fala e a escrita mecânica (mera reprodução de grafema), inicia-se a leitura que acontece mediante a compreensão dos sinais gráficos que substituem os sinais linguísticos da fala, e por fim, o domínio da escrita consciente.
Correntes teóricas
Existem diversas correntes teóricas que tentam dar conta de explicar como ocorre o processo da aquisição da linguagem. Algumas são opostas, outras se completam. 
1.2.1. Inatismo:
       A teoria inatista defende que o individuo no momento do nascimento já carrega em si uma bagagem e que por isso, os fatores externos não são tão relevantes para o desenvolvimento, pois o ser humano já nasce com a inteligência, personalidade, qualidades, talentos, tudo isso, estabelecido, e que o meio, nesse caso, interfere muito pouco, ou seja, ainda que um determinado contexto tenha uma ação sobre o homem, a sua essência é preservada.
No que diz respeito especificamente à linguagem, podemos citar, nessa corrente inatista, Chomsky, que defende que o ser humano é dotado de uma gramática inata, a Gramática Universal, que cada ser humano carrega, independente da língua que aprenderá, a isso, o autor chama de competência, ou seja, cada indivíduo carrega em si a capacidade de produzir sentenças através da fala. Como ocorrerá esse comportamento linguístico, as influencias sociais, externas, a isso o linguista chama de desempenho, segundo ele “a criança tem uma gramática universal inata que contém as regras de todas as línguas, e cabe a ela, criança selecionar as regras que estão ativas na língua que está adquirindo” (CHOMSKY apud SANTOS, 1996, p. 220), assim, podemos concluir que a competência é inata, e o desempenho é empírico.
Empirismo:
A teoria empirista privilegia o contato com o meio, ou seja, o ser humano só obtém a linguagem mediante a experiências com o meio no qual está inserido, pois, a estrutura não está no indivíduo, nem é constituída por ele, mas está no exterior, fora do organismo.
Kant ressalta em sua teoria da razão pura que a estrutura da razão precede a experiência. A estrutura da razão é inata (priori), nascemos com ela (a estrutura e não a razão). A estrutura é uma folha em branco, uma forma pura sem conteúdos, uma tabula rasa (tese epistemológica do empirismo), e que para ser preenchida é necessário a posteriori (experiência).
Behaviorismo:
       A concepção do ambientalismo, comportamentalismo ou ainda, behaviorismo, deriva do empirismo. Os ambientalistas atribuem a maior parte do desenvolvimento humano ao meio ambiente, através de estímulos. Skinner, psicólogo estadunidense, defendia que era possível prever e manipular o comportamento verbal através de estímulos externos, resposta e reforço.
Um bom exemplo para ilustrar a teoria behaviorista é o mito das jovens Amala e Kamala, as meninas lobo, supostamente encontradas em uma caverna na Índia em 1922 , e criadas por lobos. As meninas não falavam, andavam de quatro e uivavam.  Essa lenda serve como referência, uma vez que exemplifica que o ser humano reponde a estímulos. As jovens receberam (supostamente) os estímulos de lobos, logo, ao invés de falar, uivavam. 
Construtivismo:
O construtivismo defende que quem constrói a linguagem é o indivíduo, seja através da cognição (vertente cognitivista elaborada através das análises feita por Jean Piaget) ou através da interação (vertente interacionista, que além de concordar com o cognitivismo piagetiano, acrescenta a interação social no processo de aquisição da linguagem), o interacionismo é defendido por Vygotsky. (1996, p. 22).
       O epistemólogo, Jean Piaget, defendia que a ação do indivíduo sobre o ambiente, ou do sujeito sobre o objeto, fornece conhecimento, porém, esse conhecimento só é internalizado, absorvido, através de fatores cognitivos existentes em cada indivíduo. Para Piaget, a aquisição do conhecimento, ocorre de dentro para fora, advém do biológico, já que para cada etapa do desenvolvimento, seja fala, leitura ou escrita, primeiro se faz necessário atingir a maturação biológica adequada. O processo cognitivo se realiza através de etapas para que se efetue a aprendizagem: assimilação, acomodação, equilibração.
             Na perspectiva piagetiana, o que impulsiona o ser humano a aprender é o desafio em desvendar o que é desconhecido, tudo aquilo que ele ainda não domina, não conhece. Essa impulsão, para Piaget, tem origem biológica, e passa por vários estágios: sensório-motor (zero a dezoito meses), pré-operatório (dois a sete anos), operações concretas (sete a dose anos) e operações formais (dose a dezesseis anos). 
       Piaget defendia que a fala egocêntrica, no sentido de não haver intenção de comunicação, pois a criança fala consigo mesma, desaparece com o passar do tempo, e que ela é anterior a fala socializada . Esse era uns dos principais pontos de divergência entre Piaget e Vygotsky, pois o psicólogo argumentava que a fala egocêntrica não se atrofia simplesmente, mas ‘se esconde’, isto é, transforma-se em fala interior. Eleconcebia fala social como anterior à egocêntrica, ou seja, de fora para dentro, do social para o individual e não de dentro para fora, do individual para o social. (VYGOTSKY, 1998, p. 22)
       Vygotsky priorizava a função social da fala, sob essa ótica, o interlocutor tem um papel imprescindível no desenvolvimento da linguagem. Para Vygotsky, o adulto atua como facilitador, mediador, no processo de aquisição. 
       Segundo Vygotsky, primeiro o indivíduo tem uma fala sem pensamento, pré-intelectual, como o balbucio e o choro; e um pensamento sem fala, pré-verbal, que seria a inteligência prática, isto é, formação de hábitos, aprender através da experiência e reproduzir o que foi aprendido criando habilidades práticas em que não há uma reflexão. Por volta dos dois anos de idade, acontece a simbiose, a mistura entre fala e pensamento, nesse momento inicia a fase verbal e “a fala, passa, então, a servir ao intelecto, e os pensamentos podem ser verbalizados” (SANTOS, 1996, 224), isto é, podemos a partir da fase verbal, externar a nossa vontade e nos comunicar de forma mais eficiente.
       Com essas diversas correntes teóricas, que tentam dar conta de como ocorre a aquisição da linguagem, conseguimos perceber os diversos ângulos dessa questão. Se nenhuma consegue, de uma forma completa, explicar esse processo, ao menos nos mune com a noção de que: nascemos com uma estrutura que nos capacita para desenvolvermos a linguagem; é necessário a experiência empírica, o contato com o meio, com o ambiente; o estímulo, a intervenção , manipulação, maturação biológica; e a mediação. Dessa forma compreendemos que é através da interação de diversos fatores (biológicos, psicológicos, sociais) que se torna possível que os seres humanos adquiram a linguagem verbal. 
     
Metodologia
Pesquisadores: 
População/Amostra: Duas crianças, uma com idade entre 0 a 6 meses e outra entre 1 a 2 anos de idade podendo ser de ambos os sexos.
Método: Pesquisa de campo
Coleta de dados: Questionário semiaberto dirigido aos cuidadores ( prioritariamente as mães) das crianças, e filmagem mostrando a interação destas crianças em seu ambiente, com autorização prévia dos responsáveis.
Equipamento: Celular
Procedimento: A primeira etapa consiste na elaboração do projeto, logo após seguiremos conforme o cronograma na aplicação do questionário ao responsável, explicando os objetivos e uso das informações, na observação e filmagem das crianças em suas residências, identificando a interação verbal com o meio ou sozinha e para finalizar apresentaremos o projeto em sala de aula para alunos do curso de Psicologia.
Cronograma
	
	Atividades/Períodos
	Mar
	Abr
	Jun
	1
	Elaboração do projeto
	
	
	
	2
	Entrega do projeto
	
	
	
	3
	Observação de campo
	
	
	
	4
	Análise dos dados
	
	
	
	5
	Elaboração do relatório	
	
	
	
	6
	Apresentação em sala de aula
	
	
	
	7
	Entrega do relatório
	
	
	
Referências Bibliográficas 
Recantodasletras.com/
www.scielo.br/scielo.php – (artigo: aquisição da linguagem: uma retrospectiva dos últimos 30 anos)

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