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QUADRO CLÍNICO: Um homem de 45 anos de idade foi atendido no ambulatório de um hospital universitário com queixa de queimação epigástrica recorrente. Cerca de sete anos antes lembrava de sentir dor abdominal e enjôo à noite, após deitar-se, e que melhorava ao comer alguma coisa. Foi tratado com cimetidina por oito semanas naquela ocasião e os sintomas desapareceram. Quatro meses mais tarde, entretanto, os sintomas reapareceram. Na endoscopia realizada na época foi observada uma úlcera bulbo-duodenal de um cm. Foi prescrita cimetidina novamente, mas os sintomas recorreram por pelo menos quatro vezes nos seis anos seguintes. A mãe e uma irmã do paciente também tinham histórico de doença de úlcera péptica. Foi solicitada uma nova endoscopia, que revelou que a úlcera ainda estava presente. Foram coletadas biopsias para exame histológico e teste de urease. A histologia demonstrou gastrite crônica ativa com número elevado de neutrófilos e leucócitos mononucleares na lâmina própria e no epitélio glandular (FIGURA 1). Na superfície mucosa de todas as peças foram observadas bactérias, como mostra a FIGURA 2. O teste de urease foi positivo, como mostra a FIGURA 3. Nessa ocasião, além da terapia com cimetidina, o paciente foi tratado com sal de bismuto e antibióticos. Uma nova endoscopia foi realizada seis semanas após o término do tratamento, revelando cura da úlcera, e as biopsias coletadas não tinham evidência de gastrite, e nem foram visualizadas bactérias. fig. 1 fig. 2 fig. 3 Com base nos dados clínicos e laboratoriais, propomos as seguintes questões para discussão do caso: -> 2. Como pode um microrganismo colonizar um ambiente tão inóspito como o estômago humano? -> 4. Como se pode realizar o diagnóstico laboratorial desta infecção? -> 5. Qual a provável bactéria envolvida neste caso? -> 6. Como se pode eliminá-la do estômago? -> 7. Com que outras doenças gastrointestinais esta bactéria pode estar relacionada? -> 10. Qual a proporção de indivíduos colonizados que desenvolvem doença? -> 11. Qual a prevalência desta bactéria na população mundial?
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