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Curso de Dimensionamento de Estrutura de Aço EAD CBCA Módulo 7

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Estudo de Caso -
Prédio Comercial de 2
pavimentos
EAD - CBCA 
Módulo7
h
Sumário Módulo 7
Estudo de Caso -
Prédio Comercial de 2 pavimentos
1. Concepção
 página 5
1.1. Análise da Arquitetura
 página 5
1.2. Concepção Estrutural
 página 7
1.2.1. Opção (1)
 página 7
1.2.2. Opção (2)
 página 8
1.2.3. Opção (3)
 página 10
1.2.4. Opção (4)
 página 12
1.2.5. Escolha da Concepção Estrutural
 página 14
2. Dimensionamento
 página 14
2.1. Cobertura
 página 16
2.1.1. Dimensionamento das Terças
 página 16
2.1.2. Dimensionamento da Treliça 
 página 20
2.1.2.1. Dimensionamento do banzo superior
 página 20
2.1.2.2. Dimensionamento da banzo inferior
 página 22
h
2.1.2.3. Dimensionamento do montante
 página 22
2.1.2.4. Dimensionamento da diagonal
 página 24
2.2. Dimensionamento da Viga
 página 24
2.3. Dimensionamento do Pilar
 página 30
2.4. Dimensionamento das Ligações
 página 33
2.4.1. Dimensionamento das Ligações da Treliça
 página 33
2.4.1.1. Ligação Parafusada
 página 33
2.4.1.1.1. Cisalhamento com plano de corte na rosca
 página 34
2.4.1.1.2. Pressão de contato na chapa do nó
 página 35
2.4.1.1.3. Pressão de contato na cantoneira
 página 35
2.4.1.2. Verificação da chapa de ligação 
 página 35
2.4.1.2.1. Estado limite último (escoamento da seção bruta) 
 página 36
2.4.1.2.2. Estado limite último (ruptura da seção líquida) 
 página 37
2.4.1.2.3. Verificação do cisalhamento
 página 37
2.4.1.2.4. Colapso por rasgamento 
 página 38
2.4.1.3. Ligação Soldada 
 página 39
2.4.2. Dimensionamento das Ligações das Vigas
 página 40
h
2.4.2.1. Ligação Articulada Viga-Pilar
 página 40
2.4.2.1.1. Ligação Parafusada
 página 40
2.4.2.1.1.1. Força Resistente de cisalhamento
 página 40
2.4.2.1.1.2. Pressão de contato
 página 42
2.4.2.1.2. Ligação Soldada
 página 42
2.4.2.2 . Ligação Rígida Viga-Pilar
 página 43
2.4.2.2.1. Ligação Parafusada 
 página 44
2.4.2.2.1.1. Esforços nos parafusos mais solicitados 
 página 44
2.4.2.2.1.1.1. Esforços Resistentes
 página 45
2.4.2.2.1.1.2. Interação
 página 45
2.4.2.2.1.1.3. Efeito Alavanca
 página 46
2.4.2.2.2. Ligação Soldadas 
 página 47
2.4.3. Base de Pilar Rígida 
 página 50
2.4.3.1. Verificação da tensão no concreto
 página 51
2.4.3.2 . Espessura da Chapa
 página 53
2.4.3.3 . Dimensionamento dos parafusos
 página 54
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
5
Estudo de Caso - Prédio Comercial de 2 Pavimentos
Dimensionar os elementos estruturais de uma edificação comercial (restaurante/café) de acordo com a NBR 
8800:2008 e a NBR 14762:2010.
1. Concepção
1.1. Análise da Arquitetura
Quando recebemos um projeto de arquitetura para calcular sua estrutura é natural nos debatermos com 
algumas limitações. Estas limitações podem surgir por imposições da própria arquitetura ou por motivos 
técnicos e construtivos. Elas servirão de premissas para a concepção estrutural a ser adotada e orientarão 
o desenvolvimento do projeto. 
A seguir, desenhos recebidos com o projeto de arquitetura (planta do pav. Térreo/ planta do pav. Superior/ 
Corte AA/ Corte BB):
h
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
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Figuras 59 - 1, 2, 3 e 4 - Plantas e Cortes do projeto de Arquitetura
Dada a arquitetura cima, são identificadas as condicionantes para a concepção estrutural: 
• A planta deverá permanecer livre, ou seja, pilares só serão considerados na periferia, sendo que deverão 
ficar embutidos nas alvenarias;
• Pilares e contraventamentos deverão estar embutidos nas alvenarias;
Sendo assim, uma das dimensões da peça deverá ter no máximo 20 cm;
• As alturas dos pés-direitos e de piso a piso determinadas no projeto deverão ser respeitados.
Partindo-se dessas premissas foram feitas quatro alternativas de concepção estrutural no intuito de 
comparar o peso total de aço e, assim, escolher a alternativa mais econômica para cálculo e detalhamento.
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
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Como esse primeiro estudo tem caráter apenas de pré-dimensionamento, as cargas utilizadas foram 
aproximadas e utilizou-se o software de cálculo estrutural Strap como suporte na comparação entre as 
opções. 
1.2. Concepção Estrutural
1.2.1. Opção (1)
Foram considerados dois módulos de 8 x 8 metros, separados por um módulo de 4 metros onde ocorre 
o vazio do pavimento superior. A cobertura terá fechamentos com treliças que cruzam o edifício a cada 4 
metros e se apoiam em outras treliças que estão sobre as alvenarias. A laje será treliçada com EPS com 
altura de 30cm, no sentido transversal do edifício.
Foram consideradas as seguintes cargas: 
• Peso próprio da cobertura 0,3 kN/m2
• Sobrecarga da cobertura 0,6 kN/m2
• Peso próprio da laje 2,5 kN/m2
• Revestimento 1,0 kN/m2
• Sobrecarga na laje 3,0 kN/m2
• Alvenarias 8,0 kN/m
Figura 60 / 1 – Planta da opção 1 - Forma pavimento Superior
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
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1.2.2. Opção (2)
Foram considerados dois módulos de 4 x 8 metros. A cobertura terá fechamentos com treliças que cruzam o 
edifício a cada 4 metros e se apoiam diretamente nos pilares. A laje será maciça e associada a nervuras que 
ocorrem a cada 1 metro, no sentido transversal do edifício. Foram consideradas as seguintes cargas:
• Peso próprio da cobertura 0,3 kN/m2
• Sobrecarga da cobertura 0,6 kN/m2
• Peso próprio da laje 1,5 kN/m2
• Revestimento 1,0 kN/m2
• Sobrecarga na laje 3,0 kN/m2
• Alvenarias 8,0 kN/m
Figura 61 / 1 - Planta da opção 2 - Forma pavimento Superior
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Figura 61 / 2 – Planta da opção 2 - Forma pavimento de Cobertura
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
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1.2.3. Opção (3)
Foram considerados dois módulos de 4x8 metros. A cobertura terá fechamentos com treliças que cruzam o 
edifício a cada 4 metros e se apoiam diretamente nos pilares. A laje será treliçada com EPS, com altura de 
30 cm no sentido transversal do edifício. Foram consideradas as seguintes cargas:
• Peso próprio da cobertura 0,3 kN/m2
• Sobrecarga da cobertura 0,6 kN/m2
• Peso próprio da laje 2,5 kN/m2
• Revestimento 1,0 kN/m2
• Sobrecarga na laje 3,0 kN/m2
• Alvenarias 8,0 kN/m
Figura 62 / 1 – Planta da opção 3 – Forma pavimento Superior
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Figura 62 / 2 – Planta da opção 3 – Forma pavimento de Cobertura
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
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1.2.4. Opção (4)
Foram considerados dois módulos de 4x8 metros. A cobertura terá fechamentos com treliças que cruzam o 
edifício a cada 4 metros e se apoiam direto nos pilares. A laje será treliçada com EPS com altura de 12 cm, no 
sentido longitudinal do edifício e apoiadas em vigas transversais. Foram consideradas as seguintes cargas:
• Peso próprio da cobertura 0,3 kN/m2
• Sobrecarga da cobertura 0,6 kN/m2
• Peso próprio da laje 2,5 kN/m2
• Revestimento 1,0 kN/m2
• Sobrecarga na laje 3,0 kN/m2
• Alvenarias 8,0 kN/m
Figura 63 / 1 – Planta da opção 4 - Forma pavimento Superior
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Figura 63 / 2 – Plantas da opção 4 - Forma pavimento de Cobertura
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1.2.5 . Escolha da Concepção Estrutural
Os resultados compilados foram os seguintes:
• Opção 1 8.200 kg
• Opção 2 11.000 kg
• Opção 3 7.000 kg
• Opção 4 7.700 kg
Tem sido recorrentemente comprovado, pela experiência de projeto, que é na concepção do partido es-
trutural onde se obtém as maiores economias. Uma concepção equivocada pode chegar facilmente a um
acréscimo de 50% no custo da estrutura. 
O que se tem visto na prática de projeto é que, para vãos maiores que 6m, vigas de alma cheia começam a 
apresentar grandes deformações, que podem ser combatidos com o aumento da altura do perfil ou com o 
aumento de suas espessuras de mesa e de alma. Como muitas vezes a arquitetura limita a altura da peça, 
a solução é aumentar seu peso e consequentemente seu custo. 
A solução com nervuras pode, por muitas vezes, aumentar a velocidade da obra e eliminar a necessidade 
de escoramento, mas acaba alterando o custo total de aço utilizado. 
A Opção 3 tem repetidas vezes se comprovado como uma solução econômica para este tipo de edificação. 
Com o vão de estrutura metálica carregado sendo de apenas 4m, permite reduzir o peso e a altura das 
vigas uma vez que seu momento também diminuiu. As vigas metálicas no vão de 8m servem somente para 
travamento e para aporticar a estrutura. A laje, mesmo com a altura de 30cm, não atribui um aumento de 
carga na mesma proporção devido ao seu preenchimento com EPS. 
2. Dimensionamento
Escolhida a Opção 3 prosseguiremos, agora, com o dimensionamento da estrutura.
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Figura 64 / 1 _ 2 _ 3 - 3 Perspectivas da estrutura
Um importante item a ser lembrado antes do cálculo estrutural e dimensionamento das peças é a questão 
dos travamentos e contraventamentos. 
Diferentemente das estruturas de concreto armado, o aço, por ser um material muito mais resistente, 
acaba gerando peças estruturais extremamente esbeltas. Com isso todos os pontos da estrutura ficam mais 
suscetíveis a instabilidades globais e locais. A resistência da peça estrutural cai drasticamente à medida 
que seus coeficientes de esbeltes aumentam. 
No projeto estrutural, para combater essas instabilidades e reduzir esses coeficientes, utilizamos os 
travamentos e os contraventamentos. Assim consegue-se utilizar o perfil da maneira mais eficiente, indo 
até o limite de escoamento da peça. Na maior parte das situações de projeto é mais econômico reduzir os 
coeficientes de esbeltez com travamentos do que aumentando a peça.
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2.1. Cobertura
Dados de projeto:
Usar perfis metálicos de chapa dobrada ASTM A36 
 
Sistema estrutural adotado: 
Terças – formada por perfis de “U” enrijecido 
Treliça – sendo os banzos inferior e superior estruturados com perfis “U” simples e as diagonais estrutu-
radas com dois perfis “L”, paralelos, com afastamento igual a largura dos banzos.
 
Telhas metálicas 0,1 kN/m2
Instalações 0,2 kN/m2
Carga de vento* 0,3 kN/m2
Peso próprio da estrutura 0,15 kN/m
Obs.: Para vãos até 15m, para facilitar os cálculos, podemos considerar a carga de vento como vertical, 
distribuída pela área da cobertura. Na realidade, o vento produz cargas de pressão e sucção e seu compor-
tamento real pode ser estudado na NBR 6123 - Forças devidas ao vento em edificações.
2.1.1. Dimensionamento das Terças
As terças foram consideradas biapoiadas, com espaçamento de 2m. Em projeto o espaçamento das terças é 
decidido considerando o vão máximo que a telha suporta e a modulação que se quer para a treliça. Para vãos 
de até 8m, o perfil de chapa dobrada “U” enrijecido tem se mostrado econômico.
Os carregamentos nas terças são determinados por área de influência. Neste caso, devido à ação do vento, 
duas combinações devem ser verificadas.
Combinação 1
Obs.: Neste caso, a carga com instalações foi considerada como carga acidental principal.
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Combinação 2
Obs.: Neste caso, a ação do vento foi considerada como carga acidental principal.
Verificação do Momento Fletor 
Como dito anteriormente, para uma estrutura eficiente reduziremos os efeitos de flambagem. Utilizaremos 
uma linha de corrente para que o comprimento destravado se torne 2m, assim reduziremos , aumentando 
o coeficiente . 
Outra questão é procurar igualar , impedindo instabilidades na alma e na mesa do perfil, para 
isso devemos garantir: 
Outro fator que devemos considerar é o limite de serviço da peça.
Devemos também garantir rigidez mínima da peça para que ela não deforme acima dos limites estabelecidos 
por norma.
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Combinação Rara
Seja o perfil “Ue” 100 X 50 X 17 X 3,42
Propriedades Geométricas:
Ag = 7,09 cm2
bw = 100 mm 
bf = 50 mm 
d = 17 mm
t = 3,42 cm 
xo = 28,78 mm
Ix = 107,10 cm4
Iy = 23,13 cm4
It = 0,258 cm4
Wx = 21,40 cm3
Wy = 7,13 cm3
rx = 3,89 cm
ry = 1,81 cm
ro = 5,16 cm
Cw = 238 cm6
Verificação para flambagem local
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Verificação do Cortante
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2.1.2. Dimensionamento da Treliça
Figura 65 / 1_2 - Treliça
Com o carregamento da treliça temos:
• Compressão máxima do banzo superior de 
• Tração máxima do banzo inferior de 
• Compressão máxima nos montantes de 
• Tração máxima nas diagonais inferior de 
2.1.2.1. Dimensionamento do banzo superior
Seja o perfil chapa dobrada “U” 127x50x4,18
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Propriedades Geométricas:
Ag = 8,8 cm2
d = 127 mm 
bf = 50 mm 
t = 4,18 cm
xg= 1,29 mm
yg = 64 mm
x0 = 27,28 mm
Ix = 203,1 cm4
Iy = 20,28 cm4 
It = 0,258 cm4
Wx = 31,9 cm3
Wy = 5,47 cm3
rx = 4,8 cm
ry = 1,51 cm
h=d-2.t = 12,7 - 2.0,418 = 11,86 cm
Verificação para flambagem local
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2.1.2.2. Dimensionamento da banzo inferior
Normalmente utiliza-se o mesmo perfil para os banzos inferior e superior. Isso se dá por conta de diminuir 
os desperdícios de peças cortadas, sendo muitas vezes mais econômico, e para diminuir erros que possam 
ocorrer na obra.
Então, seja o perfil chapa dobrada “U” 127x50x4,18
Propriedades Geométricas:
Ag = 8,8 cm2
d = 127 mm 
bf = 50 mm 
t = 4,18 cm
xg= 1,29 mm
yg= 64 mm
x0= 27,28 mm
Ix = 203,1 cm4
Iy = 20,28 cm4 
It = 0,258 cm4
Wx = 31,9 cm3
Wy = 5,47 cm3
rx = 4,8 cm
ry = 1,51 cm
h= d-2.t = 12,7 - 2.0,418 = 11,86 cm
2.1.2.3. Dimensionamento do montante
Seja a cantoneira de abas iguais L 38 X 38 X 3,0
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Ag = 2,32cm2
t = 3,0 cm 
xo = 1,06 mm
Ix = 3,32 cm4
rx = 1,19 cm
rmin = 0,76 cm
Primeiramente, é calculada a flambagem local da aba.
Portanto, não há flambagem local. OK
Cálculo da flambagem global: 
Para calcular com a peça composta o índice de esbeltez da cantoneira deve ser menor que a metade do 
índice do conjunto.
Portanto, o espaçamento entre as chapas espaçadoras deverá ser menor que 32 cm.
Continuando:
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2.1.2.4. Dimensionamento da diagonal
Novamente, é comum se usar o mesmo perfil para os montantes e para as diagonais da treliça, logo, o perfil 
utilizado será novamente a cantoneira de abas iguais.
L 38 X 38 X 3,0
Ag = 2,32cm2
t = 3,0 cm 
xo = 1,06 cm
Ix = 3,32 cm4
rx = 1,19 cm
rmin = 0,76 cm
Para escoamento da seção bruta
Para escoamento da seção líquida
A ligação terá parafusos de espaçados de 4 cm, como veremos no dimensionamento da ligação.
2.2. Dimensionamento da Viga
Usar perfis metálicos de laminados ASTM A572 grau 50
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Propriedades Geométricas:
Ag = 27,2 cm2
d = 303 mm 
bf = 101 mm
tw = 5,1 mm
tf = 5,7 mm
Ix =
3776 cm4
Iy = 98 cm4
It = 3,27 cm4
Wx = 249,2 cm3
Wy = 19,5 cm3
Zx = 291,9 cm3
Zy = 31,4 cm3
rx = 11,77 cm
ry = 1,9 cm
ro = 11,92 cm
Cw = 21.628 cm6
Hlaje= 30 cm
Hpré-laje= 7,5 cm
Capa = 4 cm
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Verificação seção compacta
Para elevar a eficiência da viga mista tenta-se, sempre, colocar a linha neutra dentro da mesa comprimida 
de concreto (laje), não só por uma facilidade de cálculo mas também para aumentar o braço de alavanca do 
binário perfil-mesa, ou seja, aumentar a sua resistência ao momento fletor.
A laje especificada tem 4cm de capa de concreto. Para garantir que a compressão fique na laje deve-se 
preencher a região que se quer utilizar como mesa. A NBR 8800:2008 especifica que esta região de concreto 
moldado in loco não deve ficar acima dos 75 mm da face superior do perfil, como mostra a figura 67, abaixo:
Figura 66 - Detalhe Viga / 1
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Verificação da linha neutra na laje
Verificação de Flecha
Combinação Rara
Cálculo do Centro Geométrico
Para encontrar o momento de Inércia da seção mista, deve-se homogeneizá-la.
Área de concreto homogeneizada:
Neste caso, por simplificação, desconsiderou-se a nervura para facilitar o cálculo e favorecer a segurança.
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Centro geométrico a partir da mesa inferior do perfil:
Para interação completa:
Vê-se que para uma seção mista, dificilmente existirão problemas com deformações excessivas, pois há um 
ganho substancial na inércia da seção com a colaboração da laje.
Verificação dos Conectores de cisalhamento
Adota-se conectores de pinos com cabeça (stud bolt). Os conectores devem ter altura tal que sua cabeça 
fique acima da armadura de distribuição.
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Verificação do Cortante
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2.3. Dimensionamento do Pilar
Usar perfis metálicos laminados ASTM A572 grau 50
Com o carregamento da treliça temos:
• Compressão máxima do banzo superior de 
• Tração máxima do banzo inferior de 
Seja agora o perfil “W 150X29,8 kg/m
Propriedades Geométricas:
Ag = 38,5 cm2
d = 15,7 cm 
bf = 15,3 cm 
t w = 0,66 cm
t f = 0,93 cm
Ix = 1739 cm4
Iy = 556 cm4
It = 10,95 cm4
Wx = 221,5 cm3
Wy = 72,6 cm3
Zx = 247,5 cm3
Zy = 110,8 cm3
rx = 6,72 cm
ry = 3,8 cm
h = d-2.t f = 15,7-2.0,93 = 13,84 cm
Cw = 30.227 cm6
Verificação Normal
Verificação da flambagem local da Alma
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Verificação da flambagem local das mesas
Já que alma e mesa têm relação largura/espessura dentro dos limites, Q = 1.
Condições dos vínculos
Valor do índice de esbeltez reduzido em relação aos dois eixos centrais de inércia: 
Verificação quanto à flambagem global
Finalmente,
Determinação do momento fletor resistente de cálculo:
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Verificação da flambagem local – FLM e FLA
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2.4. Dimensionamento das Ligações
2.4.1. Dimensionamento das Ligações da Treliça
2.4.1.1. Ligação Parafusada
Usar perfis metálicos de laminados ASTM A325
Figura 67 - Detalhe ligação - treliça – vista
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Figura 68 - Detalhe ligação - treliça – corte
Não é comum ver-se ligações de cantoneiras em treliças com parafusos. E apesar da norma considerar um 
diâmetro mínimo para parafusos de ,
adotaremos .
2.4.1.1.1. Cisalhamento com plano de corte na rosca
Para 1 parafuso com 2 planos de cisalhamento:
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2.4.1.1.2. Pressão de contato na chapa do nó
Para 1 parafuso com 2 faces de contato entre parafuso e chapa de nó:
2.4.1.1.3. Pressão de contato na cantoneira
Para 2 faces em cada cantoneira:
2.4.1.2. Verificação da chapa de ligação 
Neste caso, podemos por simplificação calcular a ligação considerando as solicitações nas cantoneiras por 
ser a situação mais desfavorável. Isso se dá porque: 
- tanto as cantoneiras quanto a chapa de ligação tem a mesma resistência;
- os espaçamentos entre parafusos e entre parafuso e borda são os mesmos para todas as peças;
- na consideração de área líquida e bruta das cantoneiras, neste caso, serão menores por conterem na soma 
de suas espessuras um valor menor que a espessura da chapa de ligação.
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2.4.1.2.1. Estado limite último (escoamento da seção bruta)
Ag = 2,5x0,3 = 0,75 cm2
Figura 69 – Área Bruta e Área Líquida
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2.4.1.2.2. Estado limite último (ruptura da seção líquida) 
2.4.1.2.3. Verificação do cisalhamento
Figura 70 – Superfícies de ruptura
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ELU escoamento
ELU ruptura
2.4.1.2.4. Colapso por rasgamento
Figura 71 – Superfícies de ruptura
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
39
A tensão de tração é considerada uniforme na área líquida, por isso adotar:
2.4.1.3. Ligação Soldada 
Figura 72 – Comprimentos de Solda
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Solda de filete
2.4.2. Dimensionamento das Ligações das Vigas
2.4.2.1. Ligação Articulada Viga-Pilar
Figura 73– Ligação Articulada Parafusada
A viga tem um cortante máximo de
2.4.2.1.1. Ligação Parafusada
2.4.2.1.1.1. Força Resistente de cisalhamento
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Adotar 4 parafuso espaçados de pelo menos 6cm
Figura 74 – Ligação Articulada Parafusada - Detalhe
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2.4.2.1.1.2. Pressão de contato
2.4.2.1.2. Ligação Soldada
Figura 75 – Viga articulada soldada
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Figura 76 – Garganta efetiva
2.4.2.2. Ligação Rígida Viga-Pilar
Como a viga tem um esforço muito menor do que seu limite de escoamento, e a rigidez da ligação é 
determinante para a estabilidade global da obra por ser composta de pórticos, considerou-se que a ligação 
deva absorver ao menos 50% do limite de plastificação do perfil, tanto para momento fletor quanto para 
cortante. Portanto, viga tem um cortante máximo de:
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Figura 77 - Ligação Rígida Parafusada - Detalhe
2.4.2.2.1. Ligação Parafusada 
2.4.2.2.1.1. Esforços nos parafusos mais solicitados 
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
45
2.4.2.2.1.1.1. Esforços Resistentes
Tração
Cisalhamento
2.4.2.2.1.1.2. Interação
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
46
2.4.2.2.1.1.3. Efeito Alavanca
Figura 78 – Deformação da Chapa por Efeito Alavanca
Adotar menor valor de para cálculo do módulo de resistência.
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Reduzir dos parafusos em 25%
2.4.2.2.2. Ligação Soldadas 
Figura 79 - Ligação rígida soldada
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
48
Figura 80 – Ligação Rígida Soldada - Detalhe
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
49
Figura 81 – Esforços Solicitantes na Solda
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
50
2.4.3. Base de Pilar Rígida
Da mesma forma que com a viga, os esforços de momento são muito menores do que seu limite de 
escoamento, e a rigidez da ligação é determinante para a estabilidade global da obra. Por ser
composta de 
pórticos, considerou-se que a ligação deva absorver ao menos 50% do limite de plastificação do perfil.
Figura 82 – Base de Pilar Rígida
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
51
Figura 83 – Base de Pilar Rígida – Detalhe da Chapa
Adotamos
2.4.3.1. Verificação da tensão no concreto
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
52
Figura 84 – Base de Pilar Rígida – Cálculo do Efeito no Concreto
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
53
2.4.3.2. Espessura da Chapa
Figura 85 – Base de Pilar Rígida – Cálculo de espessura da Chapa
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
54
2.4.3.3. Dimensionamento dos parafusos
Figura 86 – Base de Pilar Rígida – Cálculo dos Chumbadores
Dimensionamento de Estruturas de Aço – EAD - CBCA
55
Força de tração nos parafusos
Determinação de x

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