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TCC FEMINICIDIO

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM PENAL E PROCESSO PENAL
ROBERTA PEREIRA
FEMINICÍDIO
Rio de Janeiro
2015
ROBERTA PEREIRA
FEMINICÍDIO
 Trabalho de conclusão de curso de Pós-Graduação apresentado ao Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Estácio de Sá como requisito parcial para a obtenção do título de pós-graduado.
Orientador: Prof. Dra. Daniela Duque Estrada
RESUMO: O trabalho discorre sobre o feminicídio, onde este seria aqui considerado o assassinato de mulheres por questões de Gênero, ou seja, quando se mata pelo único motivo de ser mulher, quando a morte decorre de uma dominação ministrada pelos homens em face das mulheres. Dados indicam que setenta por cento de todos os assassinatos de mulheres são praticados por pessoas próximas, tais como (ex)maridos, (ex)noivos, (ex)namorados ou parentes. Considerar esta violência, outrora entendida como privada, algo que merece ação do Estado, buscando-se alcançar a dignidade da pessoa humana da mulher tem sido o objetivo de ONGs feministas que lutam pelos Direitos Humanos na perspectiva de Gênero. Dessa forma, este trabalho versa sobre os três principais elementos que contribuem para a realidade do feminicídio: o Gênero, como sendo uma percepção social inferiorizada das mulheres, causando discriminação e violência; a mídia, meio que faz do assunto um espetáculo, transformando morte em entretenimento, e desse modo pressiona o Estado para criar medida protetiva e; o Direito, que, pautado em dogmas como o da neutralidade penal, não tem enxergado o contexto de dominação – subordinação no qual as mulheres estão inseridas, gerando um suposto direito à igualdade formal que não enxerga as diferenças e contribui ainda mais para a violência patriarcal. O estudo dos Direitos Humanos das Mulheres entende que estas precisam ser tratadas de forma diferenciada quando a igualdade as inferioriza, e este é o caso do feminicídio. Dessa forma, este trabalho analisa a questão do feminicídio, ser garantia ou não de vida a mulher.
SUMÁRIO: 
1. Introdução 2. Desenvolvimento: 2.1 Conceito de Mulher; 2.2 Feminicidio; 2.3 Violência do Gênero; 2.3.1. Gênero: Indiferente ser homem ou mulher; 2.4 Feminicídio é ou não homicídio; 2.5 Modificações Importantes no código penal; 2.6 Lei Maria da Penha 2.7 A Atuação da Mídia No Legislativo; 2.7.1 Atuação da Mídia Perante o Judiciário 3.Considerações Finais 4.Referências Bibliográficas
INTRODUÇÃO
 Estudar o feminicídio, em vários aspectos transforma este trabalho, do ponto de vista da natureza, em uma pesquisa básica, pois visa produzir conhecimento científico sobre um assunto, mas sem se preocupar necessariamente com a possível utilização prática daquilo que se produziu. A presente apresentação defender, refletir e demonstrar a tipificação do feminicídio em crime hediondo no código penal. Para isso precisamos entender o porquê desde os primórdios da humanidade as mulheres foram oprimidas e sofreram preconceitos dos homens. A imagem de fragilidade e submissão sempre esteve ligada à mulher na história, principalmente na antiguidade, idade média e moderna. Muitos pensadores, teólogos e filósofos contribuíram para aumentar sua posição de inferioridade. Na idade média as mulheres foram classificadas de três formas: como prostitutas, bruxas ou santas servindo como modelo a virgem Maria. Na idade moderna não foi muito diferente, renomados pensadores tiverem sua parcela de contribuição nas justificativas de sexo frágil. Rousseau no século 18, disse que a mulher e um ser destinado ao casamento e a maternidade.
 Hoje, em pleno século XXI, mesmo após a mulher alcançar diversas posições que eram consideradas masculinas, como chefe de família, cargos altos, empresarias e até mesmo presidente do país e de grandes empresas, ainda há desigualdade social entre homens e mulheres e até hoje, há quem as veja com objeto sexual; algo inaceitável para os dias atuais. O que tem haver a mulher quase nua em uma propaganda de cerveja? O que podemos falar das mulheres frutas? Uma humilhação para o gênero.
Alem da discriminação, as mulheres ainda são alvo de violência dentro e fora do lar, por aqueles que deveriam protegê-las. Só nos dois primeiros meses do ano de 2015, foram 18 mulheres mortas por seus companheiros. Um problema social e cultural que existe desde sempre, pois a cultura masculina acha que as mulheres devem ser submissas e devem ter seus direitos e vontades negligenciados. 
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 CONCEITO DE MULHER
Para definir o conceito de mulher para fins de reconhecimento da qualificadora em estudo, segundo critério, apontado e defendido por Francisco Dirceu Barros em seu artigo, no site JUSBRASIL, a doutrina elabora 3 critérios para definir mulher com escopo de aplicar a qualificadora do feminicidio. Abaixo seguem os critérios:
1º posição: o critério psicológico.
Haverá defesa no sentido de que deve-se desconsiderar o critério cromossomial, para identificar como mulher toda aquela em que o psíquico ou o aspecto comportamental é feminino.
Adotando-se esse critério, matar alguém que fez o procedimento de neocolpovulvoplastia ou que psicologicamente acredita ser uma mulher, será aplicado à qualificadora do feminicídio.
2º posição: o critério jurídico cível.
De acordo com Rogério Greco, comentando o crime de estupro, defende que deve ser considerado o sexo que consta no registro civil, in verbis:
“Entendemos que, nesse caso, se a modificação se der tão-somente no documento de identidade, com a simples retificação do nome, aquela pessoa ainda deverá ser considerada pertencente ao gênero masculino, não sendo, pois, passível de ser considerada vítima do delito de estupro. No entanto, se houver determinação judicial para a modificação do registro de nascimento, alterando-se o sexo do peticionário, teremos um novo conceito de mulher, que deixará de ser natural, orgânico, passando, agora, a um conceito de natureza jurídica, determinado pelos julgadores”
3º posição: o critério biológico.
Deve ser sempre considerado o critério biológico, ou seja, identifica-se a mulher em sua concepção genética ou cromossômica. Neste caso, como a neocolpovulvoplastia altera a estética, mas não a concepção genética, não será possível a aplicação da qualificadora do feminicídio.
O critério biológico identifica homem ou mulher pelo sexo morfológico, sexo genético e sexo endócrino: 
Sexo morfológico ou somático resulta da soma das características genitais (órgão genitais externos, pênis e vagina, e órgãos genitais internos, testículos e ovários) e extragenitais somáticas (caracteres secundários – desenvolvimento de mamas, dos pelos pubianos, timbre de voz, etc.);
sexo genético ou cromossômico é responsável pela determinação do sexo do indivíduo através dos genes ou pares de cromossomos sexuais (XY – masculino e XX - feminino) e; 
c) sexo endócrino é identificado nas glândulas sexuais, testículos e ovários, que produzem hormônios sexuais (testosterona e progesterona) responsáveis em conceder à pessoa atributos masculino ou feminino. 
O grande problema de usarmos o critério psicológico para conceituar “mulher” é que o mesmo é formado pela convicção íntima da pessoa que entende pertencer ao sexo feminino, critério que pode ser, diante do caso concreto subjetivo, algo que não é compatível com o direito penal moderno.
O critério jurídico cível também não pode ser aplicado, pois as instâncias cível e penal são independentes, assim a mudança jurídica no cível representaria algo que seria usado em prejuízo do réu, afrontando o princípio da proibição da analogia in malam partem, o corolário da legalidade proíbe a adequação típica “por semelhança” entre fatos.
Ademais, o legislador, mesmo sabendo que existem outros gêneros sexuais, não incluiu os transexuais, homossexuais e travestis, sendo peremptório ao afirmar:
Considera-se que a há razões de gênero quando o crime envolve: “menosprezo ou discriminação à condiçãode mulher”.
Vale ressaltar que a corrente majoritária, afirma que o feminicídio só ocorre em mulher, do sexo feminino. Inicialmente entende-se que o transexual, por sofrer de uma dicotomia físico-psíquica, poderia ser considerado como mulher, após a mudança de sexo, mas a posição conservadora entendendo que o transexual, geneticamente, não é mulher (apenas passa a ter órgão genital de conformidade feminina), e que, portanto, descarta, para a hipótese, a proteção especial; já para uma corrente mais moderna, desde que a pessoa portadora de transexualismo transmute suas características sexuais (por cirurgia e modo irreversível), deve ser encarada de acordo com sua nova realidade morfológica, eis que a jurisprudência admite, inclusive, retificação de registro civil.
2.2 FEMINICIDIO
A maior parte dos trabalhos consultados para este trabalho define o feminicidio como um crime cometido por homens contra mulheres, seja individualmente ou seja em grupos. Possui características de ódio e repulsa contra as mulheres. Alguns autores defendem, inclusive o uso da expressão generocídio, evidenciando um caráter de extermínio de pessoas de um grupo de gênero pelo outro, como no genocídio. Alguns trabalhos reconhecem e classificam as mortes de mulheres como a violação máxima de direitos humanos das mulheres, por tratar da eliminação da vida, principal bem jurídico protegido pelos sistemas jurídicos nacionais e internacionais 
Essa definição de diferentes formas de violência contra as mulheres como violação aos direitos humanos é relativamente recente e ganhou destaque a partir da Conferência de Direitos Humanos (Viena, 1993). Tal abordagem permite que se denuncie a violência contra as mulheres como um problema público e político, reconhecendo sua prática como crime contra a humanidade. Permite também cobrar dos Estados o cumprimento de compromissos que assumiram ao assinar e ratificar as convenções internacionais de proteção dos direitos das mulheres, para erradicar, punir e prevenir todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres. Contudo, não há consenso sobre a vantagem dessa aproximação com os discursos de direitos humanos. Para algumas autoras, a definição empregada pelas convenções de direitos humanos é limitadora, uma vez que falam em violência física, psicológica e moral, mas deixam de fora o caráter estrutural, sobre o qual as defensoras do patriarcado insistem. Embora a tônica da violência baseada no domínio patriarcal esteja presente na maior parte dos trabalhos, em alguns estudos a importância dos contextos sociais e políticos ganha maior peso na definição do femicídio.
Um dos maiores obstáculos para os estudos sobre mortes de mulheres, e sobre os homicídios de forma geral, no Brasil, o 16° país da América Latina a prever tal figura típica, é a falta de dados oficiais que permitam ter uma visão mais próxima do número de mortes e dos contextos em que ocorrem. Os estudos e relatórios sobre a situação dos femicídios em países da América Latina não enfrentam situação diferente. A maior parte dos trabalhos aponta para a falta de dados oficiais, a ausência de estatísticas desagregadas por sexo da vítima e de outras informações que permitam propor políticas de enfrentamento para esta e outras formas de violência que atingem as mulheres.
Conforme a autora ANA CARCEDO em sua pesquisa sobre feminicídio na Costa Rica, existem características que refletem as diferentes experiências de violência na vida das mulheres e tornam esse conjunto de mortes heterogêneo e complexo. Essa tipologia é dividida em 4 principais grupos:
 FEMINICIDO ÍNTIMO: aqueles crimes cometidos por homens com os quais a vítima tem ou teve uma relação íntima, familiar, de convivência ou afins. Incluem os crimes cometidos por parceiros sexuais ou homens com quem tiveram outras relações interpessoais tais como maridos, companheiros, namorados, sejam em relações atuais ou passadas;
 FEMINICIDIO NÃO ÍNTIMO: são aqueles cometidos por homens com os quais a vítima não tinha relações íntimas, familiares ou de convivência, mas com os quais havia uma relação de confiança, hierarquia ou amizade, tais como amigos ou colegas de trabalho, 
trabalhadores da saúde, empregadores. Os crimes classificados nesse grupo podem ser desagregados em dois subgrupos, segundo tenha ocorrido a prática de violência sexual ou não;
 FEMINICIDIO POR CONEXÃO: são aqueles em que as mulheres foram assassinadas porque se encontravam na “linha de fogo” de um homem que tentava matar outra mulher, ou seja, são casos em que as mulheres adultas ou meninas tentam intervir para impedir a prática de um crime contra outra mulher e acabam morrendo. Independem do tipo de vínculo entre a vítima e o agressor, que podem inclusive ser desconhecidos;
 FEMINICIDO FAMILIAR: O assassinato ocorre no contexto de uma relação familiar entre a vítima e o agressor. A relação pode ser por sangue, casamento ou adoção;
Em seu projeto, CORPO DE MULHER = PERIGO DE MORTE, a escritora JULIA MONÁRREZ FRAGOSO faz uma analise de como podemos entender que 
Feminicídio leva em consideração as relações desiguais de gênero, a estrutura de poder e controle que os homens têm sobre as mulheres e meninas para que elas tenham o tempo de sua morte ; as razões por que são utilizados para justificar o assassinato ; a violência exercida sobre o corpo da vítima ; a relação familiar entre a vítima e o autor da infração; mudanças estruturais que ocorrem na sociedade ; a falta de investigação e execução, pelo aparelho de aplicação da lei, e a prestação de contas e / ou cumplicidade do Estado.
2.3 VIOLÊNCIA DO GÊNERO
Na doutrina brasileira, Nelson HUNGRIA leciona que:
 “O homicídio é o tipo central dos crimes contra a vida e é o ponto culminante na orografia dos crimes. É o crime por excelência. É o padrão da delinquência violenta ou sanguinária, que representa como que uma reversão atávica às eras primevas, em que a luta pela vida, presumivelmente, se operava com o uso normal dos meios brutais animalescos. É a mais chocante violação do senso moral médio da humanidade civilizada.”
Para Damásio E. de JESUS: “O homicídio é a destruição da vida de um homem praticada por outro.”
O homicídio é a vontade de concretizar o fato de “matar alguém”. Não é a simples representação do resultado morte que constitui simples acontecimento psicológico. Exige representação de vontade, sendo que esta pressupõe aquela, pois o querer não se movimenta sem a representação do que deseja. O CP brasileiro adotou a teoria da vontade, pois o art. 18, I, determina:
“Diz-se o crime doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.”
A violência contra a mulher no âmbito doméstico e familiar sempre foi um assunto ignorado pelas autoridades públicas e tampouco tratado através de lei específica. Entretanto, diante de inúmeros casos de mulheres, vitimas de homicídio pelo simples fato de serem mulheres, transforma o Brasil no 16° pais da América Latina a prever a figura típica do Feminicídio, que faz referencia expressa à vitima mulher, por essa razão transforma o Feminicídio em qualificadora do homicídio e também crime hediondo. 
Visto que crime de homicídio qualificado, definido no art. 121, §2° do CP encontra-se compreendido no conceito de crime hediondo, sedo insuscetível de concessão de indulto, nos termos do art. 2°, I da lei 8.072/90. Os rigores da lei 8.072/90, com redação que lhe conferiu a lei 8.930/94, não se aplicam aos fatos criminosos ocorridos antes de sua vigência, em face do princípio da irretroatividade da lex gravior, de previsão constitucional.
Concluindo, se considerado qualificado o homicídio impulsionado por certos motivos, que incluem, se praticado com o recurso a determinados meios que denotem crueldade, insídia (traição e/ou tocaia e/ou cilada) ou perigo comum ou de forma a dificultar ou tornar impossível a defesa da vitima, se perpetrado com o escopo de atingir fins especialmente reprováveis; ou por fim, o fato da vítimase mulher.
2.3.1 GÊNERO: INDIFERENTE SER HOMEM OU MULHER
 Em trabalho pioneiro no Brasil, “Morte em Família”, CORRÊA (1983) analisa, sob a perspectiva da Justiça, os casos de violência contra a mulher e as representações dos papéis sociais no discurso jurídico. Segundo a autora, o casamento, enquanto único modelo de relacionamento legítimo entre homem e mulher, e as regras que advém deste instituto ditam o modo como as partes processuais serão analisadas, ou seja, a partir da adequação, ou não, aos direitos e deveres conjugais. O papel feminino no matrimônio seria o dever irrestrito de fidelidade e de cuidado com a estabilidade familiar; o masculino teria a obrigação de prover o lar. Dessa forma, a desobediência aos dogmas matrimoniais por uma das partes e o cumprimento da parte adversa seria visto como uma garantia dos direitos pleiteados. (CORRÊA, 1983, p. 90-92) Após a análise de 35 processos de homicídio e de tentativa de homicídio, CORRÊA (1983, p. 56) entende que o constante argumento da legítima defesa da honra era bem mais aceito nos casos onde o casal era ligado legalmente pelo matrimônio, onde a não adequação aos ditames do casamento justificariam a agressão. O caso mais comum era o de adultério, haja vista este ato descumprir o dever de fidelidade da mulher. Quando esta conduta “desviante” não estava presente, o argumento usado era o de “violenta emoção após injusta provocação da vítima”. Dessa forma, é perceptível que o julgamento não é feito a partir de um ato específico, e sim do comportamento da vítima e do acusado.
O discurso sobre a “honra” e a família ratificam o estereótipo de um homem que se sente no direito de tirar a vida de alguém para “limpar a sua honra.”
Enquanto discussões de gênero não estiverem presentes nestes homicídios (tornando-os, antes de tudo, em feminicídio), as mulheres sempre morrerão sem direito algum, serão, portanto, esquecidas, desprezadas, silenciadas.
2.4 FEMINICÍDIO É OU NÃO HOMICÍDIO?
 A realidade da violência contra a mulher se transformou em uma endemia mundial, mudando com a criação da Lei Maria da Penha, instrumento legal que mais avançou no que se refere à violência doméstica, trouxe sanções mais severas aos agressores além de serviços especializados para as vítimas, mas não foi o bastante. Por isso o Feminicídio não pode ser considerado como homicídio, pois este tem como característica principal, ocorrer em espaço público, causado por questões de narcotráfico, poder econômico, quadrilhas etc. O assassinato de mulheres ocorre, principalmente, no espaço privado, de forma escondida, contínua, silenciosa, correndo impune por anos e anos. Segundo TOLEDO VÁSQUEZ (2014, p. 152 - 153), não é possível penalizar um homem que mata sua esposa após anos de violência da mesma forma que se penalizaria uma mulher por assassinar o marido após anos de sofrimento; os contextos são diferentes e as motivações também, portanto a pena não pode ser a mesma. 
 O feminicídio não é também um problema causado por questões econômico-sociais, onde se poderia ser trabalhado de forma transversal com políticas que tratem a questão da pobreza e da exclusão. Na verdade, o assassinato de mulheres se dá pela fuga de normas patriarcais, onde a morte acontece, muitas vezes, pela fuga destes padrões normativos, pelo pedido do divórcio, por um novo relacionamento, pelo fato de trabalhar ou receber uma remuneração maior. Portanto, o feminicídio deve ser encarado como um problema de Gênero, onde não existe igualdade material entre homem e mulher, onde a violência ocorre pelo fato de ser o que é, ou seja, mulher. 
 O feminicídio não é um crime acidental, que ocorre por um momento único de perturbação mental. Quando um homem mata uma mulher por um determinado motivo; na verdade, ele a matou porque se viu legitimado por uma cultura de violência contra a mulher, porque achou que poderia fazer isso com alguém que, segundo sua percepção, “merece” apanhar sob determinadas circunstâncias. Enfim, o feminicídio não é um crime acidental, e sim estrutural. 
 Outra diferença necessária é entre o crime passional e o feminicídio. A distinção é sutil, mas determinante para a impunidade ou não do caso. Os “crimes por amor” já são tratados de forma distinta, sendo mais brandos, até porque “o homem matou a mulher por amar demais”, o que não deve ser aceitável de forma alguma. Juridicamente, o crime passional traz consigo os requisitos de premeditação e intencionalidade, que concorrem ainda mais para o abrandamento da sanção. Algo que não pode concorrer quando se julga todos os feminicídios, pois nem todos podem ser considerados passionais, se é que existe algum crime “passional”. Na verdade, normalmente, todos os assassinatos de mulheres caem no mesmo fim, qual seja, o do crime que foi feito por amor, não foi premeditado e não se teve a intenção, ou seja, quase um acidente. Enfim, feminicídio não é crime passional. (PASINATO, 2011, p. 235)
 2.5 MODIFICAÇÕES IMPORTANTES NO CÓDIGO PENAL
A violência contra a mulher no âmbito doméstico e familiar sempre foi um assunto ignorado pelas autoridades públicas e tampouco tratado através de lei específica. Entretanto, diante de inúmeros casos de mulheres, vitimas de homicídio pelo simples fato de serem mulheres, transforma o Brasil no 16° pais da América Latina a prever a figura típica do Feminicídio, que faz referencia expressa à vitima mulher, por essa razão transforma o Feminicídio em qualificadora do homicídio e também crime hediondo. 
 Visto que crime de homicídio qualificado, definido no art. 121, §2° do CP encontra-se compreendido no conceito de crime hediondo, sedo insuscetível de concessão de indulto, nos termos do art. 2°, I da lei 8.072/90. Os rigores da lei 8.072/90, com redação que lhe conferiu a lei 8.930/94, não se aplicam aos fatos criminosos ocorridos antes de sua vigência, em face do princípio da irretroatividade da lex gravior, de previsão constitucional.
 Concluo que se considerado qualificado o homicídio se impulsionado por certos motivos, que incluem se praticado com o recurso a determinados meios que denotem crueldade, insídia (traição e/ou tocaia e/ou cilada) ou perigo comum ou de forma a dificultar ou tornar impossível a defesa da vitima, se perpetrado com o escopo de atingir fins especialmente reprováveis; ou por fim, o fato da vítima se mulher. Portanto, ainda que pareça redundante o feminicidio ser incluído como crime hediondo, já que o homicídio resultante da violência domestica sempre foi sustentado como motivo de relevante valor social/moral. Dessa foram torne-se valido a denominação e a forma de tratamento, para a real proteção da mulher.
2.6 LEI MARIA DA PENHA 
 A Lei Maria da Penha vem de um resultado da coletividade do movimento feminista e do poder público e teve como objetivo proteger todas as mulheres sem distinção de raça ou religião, diminuindo o alto índice de mortes de mulheres no país. Não seria possível sem a intervenção da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a violência contra a mulher e também a Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher.
Somente foi possível a elaboração dessa lei, devido o episódio da condenação brasileira pela Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da OEA, que analisou a denúncia da impunidade do crime praticado contra enfermeira Maria da Penha Fernandes, um fator determinante na aprovação da Lei Maria da Penha.
Ao longo do processo de discussão e a partir da proposta elaborada por um consórcio de ONGs feministas e reformulada por um grupo de trabalho interministerial coordenado pela Secretária de Políticas para as mulheres, o executivo apresentou o texto ao Congresso Nacional, que fez algumas modificações, e aprovou por unanimidade, o que foi sancionado pelo Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 27 de agosto de 2006.
A Lei Maria da Penha trouxe um olhar inovador para começar o processo o democrático, principalmente para a situaçãopeculiar das vítimas, em sua fragilidade e os perigos que elas correm de violência em seu âmbito familiar e doméstico. O Estado é responsável pela prevenção e proteção e reconstrução da vida da mulher agredida e também pela punição de seus_agressores. 
A primeira articulação citada na lei é a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação.
Além dessa articulação, de fundamental importância para o efetivo funcionamento dos serviços, a lei apresenta as diretrizes para as políticas públicas, como a promoção de estudos e pesquisas com perspectivas de gênero; o respeito, nos meios de comunicação social, aos valores éticos e sociais da pessoa e da família; a promoção e realização de campanhas educativas de prevenção à violência doméstica e familiar; a difusão de própria lei; a capacitação dos profissionais que trabalham com o tema; e inclusão nos currículos escolares e a disseminação dos valores éticos de respeito à dignidade da pessoa humana com perspectiva de gênero, raça e etnia.
Na proteção à mulher, a lei prevê as medidas protetivas de urgência, que devem ser solicitadas na delegacia de polícia ou ao próprio juiz, que tem o prazo de 48 horas para analisar a concessão da proteção requerida. Também protege as mulheres ao estabelecer que a vítima não possa entregar a intimação ou notificação ao agressor, ao tornar obrigatória a assistência jurídica à vítima e ao prever a possibilidade de prisão em flagrante e preventiva. Para isso, prevê a assistência de forma articulada entre as áreas de assistência social com inclusão da mulher no cadastro de programas assistenciais dos governos federal, estadual e municipal; atendimento especializado na saúde, com objetivo de preservar a integridade física e psicológica a vítima; além de assegurar a manutenção do vínculo trabalhista, caso seja necessário o afastamento do local de trabalho.
No que se refere à punição do agressor, a Lei Maria da Penha mudou a realidade processual dos crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher. Ao proibir a aplicação da Lei nº 9.099/95, impossibilitou a punição dos agressores com penas pecuniárias (multa e cesta básica) e a aplicação dos institutos despenaliza dores nela previstos, como a suspensão condicional do processo e a transação penal.
A partir da Lei Maria da Penha, os crimes cometidos contra as mulheres devem ser julgados nos juizados/varas especializadas de violência doméstica e familiar contra as mulheres, com competência civil e criminal, equipados com equipe multidisciplinar composta por psicólogos e assistentes sociais treinados para um atendimento totalizante, especializado e humanizado.
Ainda na temática de punição do agressor, a lei cria mecanismos específicos de responsabilização e educação dos agressores.
Como consequência da referida lei, passou a existir um sistema de políticas direcionado às mulheres. Isto somente é possível devido à união de esforços de diversos órgãos da administração púbica federal e estadual, do poder judiciário e legislativo, dos ministérios públicos estaduais e defensorias públicas, como fenômeno multidimensional que é, requer soluções igualmente complexas.
Assim como o feminicidio, a Lei Maria da Penha, não veio para resolver problemas de cunho social e cultural, mas foi o primeiro passo para o convívio harmonioso da mulher com seus familiares, dando-lhe a segurança de que o Poder Público lhe atenderá quando forem solicitadas as medidas nela contidas.
2.7 ATUAÇÃO DA MÍDIA NO LEGISLATIVO E NO JUDICIÁRIO
 O feminicídio doméstico e familiar nunca esteve tão presente na mídia. Constantemente nos deparamos com histórias contadas e repetidas dia após dia na televisão. A maior preocupação reside no fato de que a Mídia, no ímpeto do sensacionalismo, transformou-se numa espécie de “legisladora” penal, tendo em vista que casos criminais são transformados em espetáculo pelos meios de comunicação e acabam provocando imediatas alterações na lei penal, na imensa maioria das vezes precipitadas e desastrosas. E notório que a percepção da mídia distorce e manipula os dados da criminalidade de uma forma que o público se deixa impressionar pela violência dramatizada, sobretudo nos momentos de comoção social, a despejar novas leis penais no ordenamento jurídico. A influência da mídia sobre o Poder Legislativo brasileiro na elaboração das leis penais se tornou inegável, já no judiciário podemos analisar através do atual Estado Democrático de Direito brasileiro, a liberdade de expressão e o direito à informação, além de representarem direitos fundamentais garantidos constitucionalmente são a base para a atuação da mídia e de seus meios de comunicação quando do cumprimento de sua função principal: informar o cidadão e, com isto, contribuir para a formação de sua opinião. Inicialmente, deve-se lembrar de que a mídia pode influenciar não somente o legislativo ou a sociedade, mas também a figura do Juiz. 
Como citado no tópico anterior, a mídia tem grande importância social, sua atuação, muitas vezes, é questionável, principalmente no que se refere à manipulação de fatos e direcionamento da transmissão das informações em nome de outros interesses que não sejam, necessariamente, a simples transmissão da informação e sim a venda de jornal.
Nesse caso, um dos grandes prejudicados pela atuação questionável da mídia é o poder judiciário e, mais especificamente, o direito processual penal, visto que o interesse por crimes além de fazer parte do imaginário natural das pessoas e da incansável noção da busca pela justiça, sem dúvida alguma é o que faz com que as notícias circulem mais rapidamente e, consequentemente, que a mídia venda e assuma, cada vez mais, um papel sensacionalista na sociedade da informação estabelecendo, assim, uma relação conflituosa com o poder judiciário.
O aspecto jurídico da mídia assume, num primeiro momento, a função de aproximar a justiça da população, principalmente no que se refere ao funcionamento do sistema judiciário e seus termos e jargões.
Sendo assim, a influência da mídia na sociedade e no processo penal causa, além da falta de informação, o medo, o terror, a insegurança e a falsa realidade do momento social vivido. Além disso, provoca um clima de indignação, de comoção social e de pressão popular sobre os atores do processo, podendo resultar em danos irreparáveis ao suspeito, como a exclusão social, a prisão cautelar ilegal, ou seja, a pena pelo crime supostamente cometido por ele já começa a ser cumprida no momento da persecução penal, o prejulgamento no Tribunal do Júri, e, por fim, a condenação do suspeito sem o respeito ao princípio constitucional do devido processo legal e à ampla defesa.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O tema foi escolhido porque está presente desde os primórdios da sociedade, onde sempre se enxergou a mulher como propriedade do homem. Fazendo com que inúmeras infrações penais fossem cometidas dentro dos lares, no seio da família. Desde agressões verbais ofensivas às honras subjetiva e objetiva das pessoas, passando por ameaças, lesões corporais, crimes contra o patrimônio, violências sexuais, homicídios e tantos outros crimes.
Contudo, isso não quer dizer que mulheres sejam vítimas somente dos lares. As mulheres, principalmente, pela sua simples condição de pertencerem ao sexo feminino, têm sido vítimas dentro e fora dele. Infelizmente tal fato tem sido comum, levando assim o legislador a transformar o feminicídio em qualificadora penal, com a intenção de uma maior proteção à mulher. 
Segundo Fausto Rodrigues de Lima, promotor de justiça do Distrito Federal e organizador do livro Violência Doméstica: vulnerabilidades e desafios na intervenção criminal e multidisciplinar (editora Lumen Juris):
 “Não é por ciúme ou amor que o homem mata. É por não aceitar que a mulher tenha o poder de decidir sobre sua própria vida. Quando se cria um tipo penal chamado feminicídio, acaba-se coma visão equivocada de que assassinato de mulher é crime passional, crime de amor. Deixamos claro que é crime de ódio. E crime de ódio não pode ser tolerado nem amenizado. Deve ser punido com rigor” — explica Fausto 
A percepção social do “ser mulher” contribui para a prática deste crime, assim como para a impunidade, que é tão constante nestes casos. Segundo PASINATO (2011, p. 230), além destas características, não é possível esquecer que o feminicídio também deve ser visto como um crime com características de repulsa contra as mulheres, podendo ser ainda, segundo a autora, o crime de feminicídio considerado um “genericídio”, “evidenciando um caráter de extermínio de pessoas de um grupo de gênero pelo outro, como no genocídio.” (PASINATO, 2011, p. 230). Contudo, a crítica feita por PASINATO (2011, p. 238 - 239) a estes estudos é que os mesmos apelam fortemente para o critério quantitativo das mortes, muitas vezes, não reconhecendo a limitação da pesquisa, haja vista a indisponibilidade de dados, transformando o trabalho em uma análise emocionada de casos, mas com poucas relações quanto a temas transversais, tais como: pobreza, raça, migração etc. Dessa forma, até onde estes números demonstram uma realidade que se esconde atrás de cada assassinato? Quanto às ações de combate ao feminicídio, os debates não têm passado da discussão de um novo tipo penal. Até onde os estudos de Direitos Humanos e Gênero têm conseguido trazer soluções para esta problemática? O Gênero como elemento caracterizador destes assassinatos revela que o feminicídio não é apenas um homem retirando a vida de uma mulher, e sim um sistema patriarcal de dominação.
Há uma longa discussão no que tange essa qualificadora que entrou em vigor, pois o grande objetivo desta ação é alcançar uma maior proteção á mulher e o fim da discriminação ao seu gênero e promover um real, prático e palpável direito à igualdade, entretanto muito já havia sido feito com a criação da lei Maria da Penha, mas ainda tinha muito a se fazer, contudo transformar o feminicídio em qualificadora seria o bastante? Homicídio sempre será homicídio. Seja a vítima mulher, criança ou homem. Mas já é um primeiro passo para acabar de vez com tantas mortes.
4. REFERÊNCIAS
ASPECTOS GERAIS DA LEI MARIA DA PENHA (LEI n.11.340/2006)
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DIAS, Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na justiça. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012.
DIRCEU BARROS, Francisco. Feminicídio e neocolpovulvoplastia: As implicações legais do conceito de mulher para os fins penais. In http://franciscodirceubarros.jusbrasil.com.br/artigos/173139537/feminicidio-e neocolpovulvoplastia-as-implicacoes-legais-do-conceito-de-mulher-para-os-fins-penais. Acessado em 14 de outubro de 2015.
ESTUDO COMPLETO DO FEMINICÍDIO
http://www.impetus.com.br/artigo/876/estudo-completo-do-feminicidio 
acessado em 05 de Dezembro de 2015.
FRANÇA, Genival Veloso. Fundamentos de medicina legal. Rio de Janeiro: Editora, Guanabara Koogan, 2005
GARCIA, Naiara Diniz.A mídia versuso poder judiciário:a influência da mídia no processo penal brasileiro e a decisão do juiz. MG: FDSM, 2015.165p
Acessado em 05 de dezembro de 2015.
GRECO, Rogério. Feminicidio Comentários sobre a Lei 13.104. Disponível em: http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Feminicidio/70874494.html
Acessado em 15 de outubro de 2015.
ISIDORO, Jefferson Ricardo. Análise da Lei Maria da Penha. 1ed. Tubarão: 2008. 81 p. Disponível em http://www.acadepol.sc.gov.br/index.php/download/doc_view/24-analise-da-lei-maria-da-penha-e-o-principio-constitucional-da-igualdade-entre-homens-e-mulheres. Acessado em 30 de setembro de 2015.
JESUS, Damásio de. Curso de Direito Penal. 2º Volume: parte especial; Dos crimes contra a pessoa e dos crimes contra o patrimônio. São Paulo: Saraiva, 2009.
PASINATO, Wânia. Femicídios e as mortes de mulheres no Brasil. In: Cadernos Pagu (37), julho-dezembro, 2011. Acessado em 05 de dezembro de 2015.

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