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Morfologia Vegetal Profa. D.Sc. Elisa Mitsuko Aoyama Universidade Federal do Espírito Santo Centro Universitário Norte do Espírito Santo Hábito e Porte das Plantas Vasculares Ervas Arbustos Árvores caule não lenhoso ramificação desde à base porte pequeno caule lenhoso ± espesso ramificação desde à base porte pequeno/ médio caule lenhoso ramificação na parte superior porte médio/ grande Erva Arbustos Árvores Tempo de Vida das Plantas Anuais duração do ciclo de vida de no máximo 1 ano possuem uma estação vegetativa exemplos: feijão, milho, tomate, rabanete Bianuais duração do ciclo de vida de no máximo 2 anos com duas estações vegetativas exemplos: cenoura, beterraba Tempo de Vida das Plantas Tempo de Vida das Plantas Plurianuais duração do ciclo de vida de mais de 3 anos possuem várias estações vegetativas e só floresce uma vez quando isso ocorre a planta morre exemplo: bambu http://davesgarden.com/guides/pf/showimage/47281/ Bambusa tuldoides Tempo de Vida das Plantas Perenes duram mais de 3 anos floresce várias vezes quando termina um ciclo vegetativo começa o ciclo reprodutor, e depois recomeça o ciclo vegetativo exemplos: laranjeira, cafeeiro Parte aérea Parte subterrânea Planta adulta Plântula Órgãos Vegetativos: RAIZ CAULE FOLHAS Órgãos Reprodutivos: FLOR FRUTO SEMENTE óvulos s RAIZ Raiz - Conceito: - corpo não segmentado, sem folhas e gemas - subterrâneo e aclorofilado (maioria) - presença de coifa e pelos absorventes - geotropismo positivo e fototropismo negativo -Funções: -fixação do vegetal no solo - absorção e condução da água e sais minerais - armazenamento de reservas nutritivas - aeração Origem da Raiz Origem da Raiz Classificação quanto à origem: -Raiz normal: raízes que se desenvolvem a partir da radícula do embrião. - Raiz adventícia: são raízes que desenvolvem a partir do caule ou das folhas. Propagação vegetativa - estaquia Marmeleiro Raízes adventícias Regiões da Raiz Raiz Primária ou Principal Coifa ou caliptra Zona lisa ou de crescimento ou de distensão (meristema apical) Zona pilífera ou dos pêlos absorventes Zona suberosa ou de ramificação Colo ou coleto Raiz secundária Pêlos absorventes ou radiculares Anatomia Vegetal RAIZ Crescimento e origem dos tecidos primários da raiz: -Crescimento: segue o caminho de menor resistência. -Presença da COIFA na raiz. -A estrutura primária da raiz é relativamente simples, se comparada ao caule. RAIZ Pêlos radiculares especializada para absorção em raízes jovens ↓ presença de pêlos!! ↓ aumentam a superfície de absorção * Ocupa a maior parte do corpo primário das raízes • Armazena amido ou outras substâncias de reserva; • Há numerosos espaços intercelulares... Córtex Raiz de eudicotilêdonea - crescimento primário Pêlos absorventes córtex Endoderme Floema xilema Endoderme: camada cortical + interna compacta, sem espaços intercelulares; células com ESTRIAS DE CASPARY ou REFORÇO EM “U” Endoderme controle do movimento de substâncias através do cilindro vascular da raiz Raízes com crescimento secundário: córtex e endoderme desaparecem Fig. 3. Trecho de um corte transversal da raiz de trigo (Triticum sp., Poaceae), ilustrando os tipos de células pelas quais a água absorvida atravessa (setas escuras, via simplasto; setas cinzas, via apoplasto) até atingir o xilema. B. Disposição da endoderme entre o córtex e o periciclo (à esquerda) e detalhe esquemático das células endodérmicas e da disposição das estrias de Caspary. A = apoplasto B = simplasto Cilindro Vascular Composição: tecidos vasculares + periciclo Circunda os tecidos vasculares Funções: dá origem a parte do câmbio e das raízes laterais Eudicotiledônea epiderme córtex Cilindro vascular Monocotiledônea Raízes laterais ou secundárias Periciclo Raiz lateral Fig. 1. Aspecto geral de raízes em estrutura primária em corte transversal. A. Raiz de eudicotiledônea. B. Raiz de monocotiledônea com um grande vaso de metaxilema central. Eudicotiledônea Monocotiledônea . Transição da fase primária para a fase secundária do desenvolvimento. A, C, E, G. Aspecto geral. B, D, F, H. Detalhe. Eudicotiledônea Crescimento secundário Aspectos de raízes em corte transversal. A. Raiz de eudicotiledônea em início de crescimento secundário. B. Raiz de monocotiledônea com medula parenquimática. Classificação quanto o habitat: Classificação quanto o habitat: subterrâneas Pivotante ou axial fasciculado tuberosa pivotante fasciculado subterrâneas Pivotante ou axial fasciculado subterrâneas Ipomea batatas : batata-doce Beta vulgaris : beterraba Raízes tuberosas subterrâneas Classificação quanto o habitat: aéreas estranguladoras grampiformes pneumatóforos haustórios suporte/escora tabular aéreas Raízes estranguladoras Hedera helix: raiz aérea p/ sustentação Raízes grampiformes aéreas Raízes grampiformes (seta) de Hedera helix L. – Araliaceae E lis a M it su ko A o ya m a aéreas Pneumatóforos Ocorrem em espécies dos manguezais: Avicennia (Acanthaceae) e Laguncularia (Combretaceae) e de pântanos Taxodium (Cupressaceae) aéreas Função de aeração = pneumatóforos Laguncularia racemosa aéreas Nesses solos há muita concorrência pelo oxigênio, por serem muito ricos em microorganismos e os pneumatóforos afloram à superfície em busca de oxigênio. São dotados de pneumatódios, estruturas semelhantes às lenticelas, que permitem a dispersão do ar. aéreas Haustórios Hemiparasita aéreas Holoparasita Cipó-chumbo (Cuscuta sp. ─ Convolvulaceae) E lis a M it su ko A o ya m a aéreas aéreas Pandanus aéreas Raízes escora Raízes tabulares aéreas Classificação quanto o habitat: aquáticas Tipos de associações nas raízes: - Micorrizas: relação simbiótica entre a raiz e um determinado fungo. São mais eficientes na absorção de nutrientes minerais, comum nas orquídeas e muitas saprófitas. - Nódulos radiculares: aparecem nas raízes de muitas plantas da família Fabaceae, como consequência da infestação por bactérias (Rhizobium), fixadoras de nitrogênio atmosférico (N2). Micorrizas A planta, através da fotossíntese, fornece energia e carbono para a sobrevivência e multiplicação dos fungos, enquanto estes absorvem nutrientes minerais e água do solo, transferindo-os para as raízes da planta, estabelecendo assim a mutualista da simbiose. Nódulos radiculares Alimentação Beterraba branca Produção de açucar na Europa e Turquia Alimentação Medicinal Poligala – Polygala senega L. (Polygalaceae) Usos terapêuticos: expectorante, empregado em bronquites. Medicinal Valeriana – Valeriana officinalis L. (Valerianaceae) Usos terapêuticos: calmante, antiespasmódico e anti-convulsivo.
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