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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ADVOGADO, nacionalidade, estado civil, advogado, portador da carteira de identidade nº ___________, inscrito no CPF n.º ______________, com endereço profissional na ______________________, vem impetrar HABEAS CORPUS em razão de ato praticado pelo JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. DOS FATOS A paciente é domiciliada na cidade do Rio de Janeiro e esta sendo executada por seus filhos Jane e Gilson Pires, menor, com treze e seis anos, respectivamente, representada por seu pai Gildo. Na execução de alimentos, que tramita perante o juízo da 10ª Vara de Família da Capital, a paciente foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos cincos meses não pagos, dos alimentos, fixados por sentença pelo juízo da mesma Vara de Família. Ocorre que a paciente está desempregada há um ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho e nem possui condições financeira para quitar a dívida alimentícia. Diante da real impossibilidade da executada adimplir a sua dívida, o magistrado decretou a prisão da mesma, pelo prazo de sessenta dias. DOS FUNDAMENTOS A prisão civil por alimentos teve a seu germe na Convenção America na sobre Direitos Humanos (aprovada no Brasil pelo Decreto Legislativo 27, de 25.09.1992, e promulgada pelo Decreto 678, de 06 de novembro de 1992), O Pacto de San José da Costa Rica, que em seu artigo 7º, vedou a prisão civil do depositário infiel, somente permitindo - a na hipótese de dívida alimentar. A nascente Constitucional do dispositivo encontra- se no artigo 5º, LXVII, da Carta Maior, que será concedido coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. No mesmo sentido, diz a Jurisprudência TJ-RS - Habeas Corpus : HC 70068362540 RS (TJ-RS) Data de publicação: 23/03/2016 Ementa: HABEAS CORPUS. EXECUÇÃO DE ALIMENTOS. JUSTIFICATIVA. Considerando a peculiaridade do caso, em que se verifica a dificuldade financeira enfrentada pela devedora de alimentos e sua proposta de pagamento parcelado, bem como o fato de ter outro filho menor sob sua guarda, não tendo com quem deixá-lo durante o cumprimento da pena, merece acolhida a justificativa apresentada e suspender a ordem de prisão. Ordem de habeas corpus concedida. (Habeas Corpus Nº 70068362540, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Luís Dall'Agnol, Julgado em 16/03/2016). Encontrado em: Sétima Câmara Cível Diário da Justiça do dia 23/03/2016 - 23/3/2016 Habeas Corpus HC 70068362540 RS A execução da prestação alimentícia com a utilização do instrumento coercitivo da ameaça de prisão civil somente é possível nas hipóteses em que o débito executado compreenda o inadimplemento dos três meses anteriores ao ajuizamento da ação. Assim, será impossível obter- se o decreto prisional por dívida referente à prestação alimentícia prevista há mais de três meses. Entende - se que não se justifica a excepcionalidade da supressão da liberdade do executado quando se refira a execução a débito vencido a mais de quatro meses, pois o credor já não precisa urgente mente de tal valor para prover a sua subsistência, visto que decorrido prazo razoável. E, portanto, a execução por quantia certa contra devedor solvente será o procedimento eficaz para a obtenção da satisfação do crédito. Não obstante tal entendimento, o STJ editou a Súmula 309 com o seguinte teor: “O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo”. DOS PEDIDOS Diante o exposto, requer: Seja deferida liminar para determinar ao juízo a colocação da executada em liberdade. A notificação da autoridade coatora. A procedência do pedido, concedendo-se o habeas corpus. NESTES TERMOS, PEDE DEFERIMENTO LOCAL E DATA ADVOGADO/OAB
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