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Caso concreto 05

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL 
DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO/RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADVOGADO, inscrito na OAB/XX sob o n. º XX. XXX, com escritório 
profissional na Rua XXXX XXXXX XXX, XXXXX, XXX/XX, onde recebe 
intimações, vem respeitosamente perante esse Egrégio Tribunal, com fulcro no art. 5º, 
inciso LXVIII, da Constituição Federal de impetrar: 
 
 HABEAS CORPUS 
 
em favor da paciente MATILDE, nacionalidade estado civil, profissão, 
identidade nº..., CPF nº..., endereço eletrônico, domiciliada no Rio de Janeiro, residente 
(endereço completo), em razão do ato praticado pelo JUIZ DE DIREITO DA 10º VARA 
DE FAMÍLIA DA COMARCA DA CAPITAL, pelos fatos e fundamentos a seguir 
aduzidos. 
 
I- DOS FATOS 
 
A paciente é domiciliada na cidade do Rio de Janeiro e está sendo 
executada por seus filhos Jane e Gilson Pires, menores, com treze e seis anos, 
respectivamente, representados por seu pai, Gildo, pelo rito do artigo 911 do CPC. Na 
execução de alimentos, que tramita perante o juízo da 10ª Vara de Família da Capital, a 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
paciente foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos 
últimos cinco meses não pagos dos alimentos fixados por sentença pelo juízo da mesma 
Vara de Família. 
Ocorre que a paciente está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação 
econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no 
mercado de trabalho e nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar. 
Diante da real impossibilidade da executada em adimplir a sua dívida, o magistrado 
decretou a prisão da mesma, pelo prazo de sessenta dias 
 
II- DOS FUNDAMENTOS 
 
A prisão civil por alimentos teve a seu germe na Convenção Americana 
sobre Direitos Humanos (aprovada no Brasil pelo Decreto Legislativo 27, de 25.09.1992, 
e promulgada pelo Decreto 678, de 06 de novembro de 1992), O Pacto de San José da 
Costa Rica, que em seu artigo seu artigo 7º, vedou a prisão civil do depositário infiel, 
somente permitindo-a na hipótese de dívida alimentar. A nascente Constitucional do 
dispositivo encontra-se no artigo 5º, LXVII, da Carta Maior, que será concedido “habeas 
corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação 
em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
A execução da prestação alimentícia com a utilização do instrumento 
coercitivo da ameaça de prisão civil somente é possível nas hipóteses em que o débito 
executado compreenda o inadimplemento dos três meses anteriores ao ajuizamento da 
ação. Assim, será impossível obter-se o decreto prisional por dívida referente a prestação 
alimentícia prevista há mais de três meses. Entende-se que não se justifica a 
excepcionalidade da supressão da liberdade do executado quando se refira a execução a 
débito vencido a mais de 4 meses, pois o credor já não precisa urgentemente de tal valor 
para prover a sua subsistência, visto que decorrido prazo razoável. 
Em síntese, a execução por quantia certa contra devedor solvente será o 
procedimento eficaz para a obtenção da satisfação do crédito, não obstante tal 
entendimento, o STJ editou a Súmula 309 com o seguinte teor: “O débito alimentar que 
autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à 
citação e as que vencerem no curso do processo”. 
 
 
III- DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto requer: 
 
a) seja deferida a liminar para determinar ao juízo a colocação da paciente em liberdade; 
b) a notificação da autoridade coatora; 
c) seja intimado o Ministério Público; 
d) a procedência do pedido concedendo-se o habeas corpus. 
 
Nesses termos. Pede e aguarda deferimento. 
Local e data. 
ADVOGADO 
 
OAB no

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