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RIMA Macaé

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RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL 
DO TERMINAL PORTUÁRIO
DE MACAÉ
2014
Revisão 01
Maio
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
i 
 
GLOSSÁRIO ..................................................................................................................................................... III 
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................................... 1 
O EMPREENDEDOR .......................................................................................................................................... 1 
EMPRESA CONSULTORA ................................................................................................................................... 1 
QUAIS AS PRINCIPAIS LEIS QUE REGULARIZAM UM PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL? .............................................. 2 
O QUE É O TERMINAL PORTUÁRIO DE MACAÉ - TEPOR ................................................................................................ 2 
LOCALIZAÇÃO DO TERMINAL ................................................................................................................................... 6 
POR QUE MACAÉ FOI ESCOLHIDA? ........................................................................................................................... 6 
QUAIS OS SERVIÇOS NECESSÁRIOS PARA A INSTALAÇÃO DO TEPOR? ................................................................................ 7 
QUANTAS PESSOAS IRÃO TRABALHAR NA ATIVIDADE? ................................................................................................... 9 
EMBARCAÇÕES .................................................................................................................................................... 9 
QUAL O FLUXO DE EMBARCAÇÕES? .......................................................................................................................... 9 
QUAIS AS ROTAS PREFERENCIAIS DAS EMBARCAÇÕES? ................................................................................................ 10 
IMPORTÂNCIA DO TERMINAL PORTUÁRIO PARA MACAÉ .............................................................................................. 10 
ÁREAS DE INFLUÊNCIA ................................................................................................................................... 13 
ADA - ÁREA DIRETAMENTE AFETADA ..................................................................................................................... 13 
AID - ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA ........................................................................................................................ 14 
AII - ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA ....................................................................................................................... 16 
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ............................................................................................................................. 17 
MEIO FÍSICO ..................................................................................................................................................... 17 
AMBIENTE TERRESTRE ...................................................................................................................................................... 17 
GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA.......................................................................................................................................... 17 
CLIMA E QUALIDADE DO AR.............................................................................................................................................. 18 
RUÍDO ........................................................................................................................................................................... 18 
RECURSOS HÍDRICOS........................................................................................................................................................ 19 
QUALIDADE DA ÁGUA ...................................................................................................................................................... 21 
AMBIENTE MARINHO ....................................................................................................................................................... 22 
CARACTERIZAÇÃO DO MATERIAL A SER DRAGADO ................................................................................................................. 22 
QUALIDADE DA ÁGUA ...................................................................................................................................................... 23 
HIDRODINÂMICA COSTEIRA ............................................................................................................................................... 23 
PLUMA DE SEDIMENTOS DE DRAGAGEM ............................................................................................................................. 24 
MEIO BIÓTICO .................................................................................................................................................. 26 
FLORA ........................................................................................................................................................................... 26 
FAUNA .......................................................................................................................................................................... 28 
AMBIENTE MARINHO ....................................................................................................................................................... 30 
PLÂNCTONS .................................................................................................................................................................... 30 
BENTOS ......................................................................................................................................................................... 30 
PEIXES ........................................................................................................................................................................... 31 
CETÁCEOS ...................................................................................................................................................................... 32 
QUELÔNIOS MARINHOS - TARTARUGAS ............................................................................................................................... 32 
ÁREAS PROTEGIDAS ......................................................................................................................................................... 33 
MEIO SOCIAL .................................................................................................................................................... 34 
LOCALIZAÇÃO E DINÂMICA TERRITORIAL .............................................................................................................................. 34 
POPULAÇÃO ................................................................................................................................................................... 34 
EDUCAÇÃO ..................................................................................................................................................................... 35 
ECONOMIA, TRABALHO E RENDA ....................................................................................................................................... 35 
SAÚDE ........................................................................................................................................................................... 35 
INFRAESTRUTURA ............................................................................................................................................................36 
TRANSPORTE .................................................................................................................................................................. 36 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
ii 
ARQUEOLOGIA E PALEONTOLOGIA ..................................................................................................................................... 37 
ESTUDO DE TRÁFEGO ....................................................................................................................................................... 37 
IMPACTOS AMBIENTAIS ....................................................................................................................................... 39 
PROGNÓSTICO AMBIENTAL ............................................................................................................................ 47 
PERSPECTIVA DA REGIÃO FUTURAMENTE SEM O TEPOR ........................................................................................................ 47 
PERSPECTIVA DA REGIÃO FUTURAMENTE COM O TEPOR ....................................................................................................... 47 
PROGRAMAS AMBIENTAIS ............................................................................................................................. 48 
PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - PCS ...................................................................................................................... 48 
PROGRAMA DE COOPERAÇÃO COM O PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL – PCOPUR ........................................................... 48 
PROGRAMA DE COOPERAÇÃO COM A PESCA - PCOP ............................................................................................................ 48 
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL ....................................................................................................................... 48 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PEA ..................................................................................................................... 49 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DOS TRABALHADORES- PEAT ..................................................................................... 49 
PLANO AMBIENTAL DA CONSTRUÇÃO ................................................................................................................................. 49 
PLANO DE PREVENÇÃO DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ................................................................................................... 49 
PROGRAMA DE MITIGAÇÃO DA INTERFERÊNCIA NO SISTEMA VIÁRIO ........................................................................................ 49 
PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL .................................................................................................................................. 49 
SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE DO RUÍDO .............................................................................................. 49 
SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE DA QUALIDADE DO AR .............................................................................. 50 
SUBPROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE EFLUENTES ............................................................................................................. 50 
SUBPROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS .............................................................................................................. 50 
SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA ............................................................................................ 50 
SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DE SOLO E SUBSOLO ................................................................................................... 50 
SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DE SEDIMENTOS MARINHOS ....................................................................................... 50 
PROGRAMA DE TRANSPLANTIO E RESGATE DE GERMOPLASMA VEGETAL .................................................................................. 51 
PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO VEGETAL ............................................................................................................................ 51 
PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA TERRESTRE ..................................................................................................... 51 
SUBPROGRAMA DE RESGATE E TRANSLOCAÇÃO DA FAUNA .................................................................................................... 51 
SUBPROGRAMA DE PRESERVAÇÃO DA ESPÉCIE AMEAÇADA DE EXTINÇÃO AMEIVULA LITTORALIS (LAGARTO-DE-RABO-VERDE)........... 51 
PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA BIOTA AQUÁTICA ....................................................................................................... 52 
SUBPROGRAMA DE MONITORAMENTO DE CETÁCEOS E QUELÔNIOS ........................................................................................ 52 
PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO DE SUBSTÂNCIAS BIOCIDAS ............................................................................................ 52 
PROGRAMA DE MONITORAMENTO AMBIENTAL DA DRAGAGEM .............................................................................................. 52 
PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA HIDRODINÂMICA E DA DINÂMICA SEDIMENTAR ............................................................... 52 
PLANO DE ATENDIMENTO À EMERGÊNCIA ........................................................................................................................... 52 
CONCLUSÃO .................................................................................................................................................. 53 
EQUIPE TÉCNICA ............................................................................................................................................ 54 
 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
iii 
GLOSSÁRIO 
Área de Fundeio - trata-se do local aprovado e regulamentado de maneira prévia pela autoridade marítima para 
que o navio aguarde a atracação no berço de operação. Pode ser descrita ainda como a área onde embarcações 
lançam âncora. 
Área de Influência - área externa de um dado território, sobre o qual exerce influência de ordem ecológica e/ou 
socioeconômica, podendo trazer alterações nos processos ecossistêmicos. 
Área de Proteção Ambiental - categoria de unidade de conservação cujo objetivo é conservar a diversidade de 
ambientes, de espécies, de processos naturais e do patrimônio natural, visando a melhoria da qualidade de vida, 
através da manutenção das atividades socioeconômicas da região. 
Área de Proteção Permanente - são áreas de grande importância ecológica, cobertas ou não por vegetação 
nativa, que têm como função preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a 
biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas. 
Área Degradada - área onde há a ocorrência de alterações negativas das suas propriedades físicas e químicas, 
devido a processos como a salinização, lixiviação, deposição ácida e a introdução de poluentes. 
Assoreamento - processo em que lagos, rios, baías e estuários vão sendo aterrados pelos solos e outros 
sedimentos neles depositados pelas águas das enxurradas, ou por outros processos. 
Aterro Hidráulico - é o transporte de solo de aterro em suspensão em água através de tubulação. 
Audiência Pública - procedimento de consulta à sociedade ou a grupos sociais interessados em determinado 
problema ambiental ou potencialmente afetados por um projeto, a respeito de seus interesses específicos e da 
qualidade ambiental por eles preconizada. A realização de Audiência Pública exige o cumprimento de requisitos, 
previamente fixados em resoluções ou instruções, referentes a: forma de convocação, condições e prazos para 
informação prévia sobre o assuntoa ser debatido; inscrições para participação; ordem dos debates; 
aproveitamento das opiniões expedidas pelos participantes. 
Bacia Hidrográfica - área total de superfície de terreno na qual um aquífero ou um sistema fluvial recolhe suas 
águas. 
Barcaça - embarcação muitas vezes de fundo chato, reforçada, usada para transportar grandes quantidades de 
cargas, normalmente a granel ou em fardos. 
Bentônica - seres marinhos que durante a vida apresentam alguma dependência ecológica do fundo do mar. 
Berços - extensão do cais de acostagem destinado a atracação de um navio. 
Biodiversidade - abrangência de todas as espécies de plantas, animais e microrganismos, e dos ecossistemas e 
processos ecológicos dos quais são parte. 
Bioma - conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e 
identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, 
resultando em uma diversidade biológica própria. Biomas são as grandes ‘paisagens vivas’ existentes no planeta, 
definidas em geral de acordo com o tipo dominante de vegetação. 
Biota - é o conjunto de seres vivos de um ecossistema, o que inclui a flora, a fauna, os fungos e outros 
organismos. 
Buffer - área de entorno, com distância definida, a partir de um determinado ponto. 
Cetáceos - ordem de animais marinhos pertencentes a classe dos mamíferos. Engloba as baleias, golfinhos, botos 
e toninhas. 
Dolfin - é uma coluna de concreto fincada no fundo do mar que aflora à sua superfície e serve para atracar (dolfin 
de atracação) e para amarrar (dolfin de amarração) navios. Em alguns casos dispensam os cais corridos. 
Draga - equipamento utilizado para retirada de sedimentos do fundo de ecossistemas aquáticos. 
Dragagem - método de amostragem, de exploração de recursos minerais, de aprofundamento de vias de 
navegação (rios, baías, estuários, etc.) ou dragagem de zonas pantanosas, por escavação e remoção de materiais 
sólidos de fundos subaquosos. 
Drenagem - remoção natural ou artificial de água superficial, que pode ser de chuva, ou subterrânea de uma área 
determinada; feição linear negativa, produzida por água de escorrência, que modela a topografia de uma região. 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
iv 
Ecossistema - é o conjunto integrado de fatores físicos, químicos e bióticos, que caracterizam um determinado 
lugar. 
Efluente - qualquer tipo de água, ou líquido, que flui de um sistema de coleta, de transporte, como tubulações, 
canais, reservatórios, elevatórias ou de um sistema de tratamento ou disposição final, com estações de 
tratamento. 
Endêmico - relativo à distribuição geográfica de uma determinada espécie a apenas uma região, tipo vegetacional 
ou bioma. 
Enroncamento - é uma barreira formada por pedaços de rochas compactadas ou cimento, servindo como 
proteção contra a erosão causada pelas ondas do mar. 
Erosão - processo pelo qual a camada superficial do solo ou partes do solo é retirada pelo impacto de gotas de 
chuva, ventos e ondas e são transportadas e depositadas em outro lugar. 
Espécie endêmica - espécie com distribuição geográfica restrita a uma determinada área. 
Germoplasma - é o elemento dos recursos genéticos que maneja a variabilidade genética entre e dentro da 
espécie, com fins de utilização para a pesquisa em geral, especialmente para o melhoramento genético, inclusive 
a biotecnologia. 
Granulometria - medição das dimensões dos componentes clásticos de um sedimento ou de um solo. Por 
extensão, composição de um sedimento quanto ao tamanho dos seus grãos. As medidas se expressam 
estatisticamente por meio de curvas de frequência, histogramas e curvas cumulativas. O estudo estatístico da 
distribuição baseia-se numa escala granulométrica. 
Heavy Lift - é o único navio no mundo capaz de transportar cargas extremamente pesadas, como plataformas, 
outros navios, guindastes gigantes, plantas de processos de refinarias, etc. 
Hectare - unidade de medida de área, que equivale a 10.000 mil m². 
Hidromórfico - solo que em condições naturais se encontra saturado por água 
Ictiofauna - fauna de peixes de uma determinada região. 
Impacto Ambiental - qualquer alteração das propriedades físico-químicas e biológicas do meio ambiente, causada 
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, 
afetam a saúde, a segurança e o bem estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições 
estéticas e sanitárias do meio ambiente. 
Licenciamento Ambiental - procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a 
localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos 
ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam 
causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas 
aplicáveis ao caso (Resolução CONAMA 237/97). 
Litologia - ciência que estuda as rochas. 
Mitigação - ação com o intuito de prevenir ou reduzir um determinado impacto ambiental. 
Morfologia - o estudo das formas e estruturas que a matéria pode tomar. 
Offshore - termo utilizado para as atividades, como por exemplo exploração e perfuração, realizadas no mar. 
Onshore - é o termo utilizado para as atividades realizadas na parte terrestre. 
Píer - espécie de infraestrutura portuária que se projeta para dentro do mar e oferece atracação para os navios, 
em suas laterais. O mesmo que berço de atracação. 
Planctônica - conjunto de organismos aquáticos que flutuam na superfície ao sabor das correntes. Em sua maioria 
são seres microscópicos. 
Plano Diretor - é um documento que sintetiza e torna explícitos os objetivos consensuados para o Município e 
estabelece princípios, diretrizes e normas a serem utilizadas como base para que as decisões dos atores 
envolvidos no processo de desenvolvimento urbano convirjam, tanto quanto possível, na direção desses 
objetivos. 
Pluma - delimitação da extensão da contaminação (poluentes) de um meio (água, ar e solo). 
Produto Interno Bruto (PIB) - valor do total de bens e serviços finais produzidos em um país durante um 
determinado período de tempo. Bens e serviços finais são aqueles que não são utilizados como insumos na 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
v 
produção de outros bens e serviços, pelo menos no período a que se refere o cálculo do PIB. Série calculada pelo 
IBGE. 
Qualidade da Água - características químicas, físicas e biológicas, relacionadas com o seu uso para um 
determinado fim. A mesma água pode ser de boa qualidade para um determinado fim e de má qualidade para 
outro, dependendo de suas características e das exigências requeridas pelo uso específico. É calculada pelo IQA 
(Índice de Qualidade da Água). 
Quebra mar - é uma estrutura costeira que tem por finalidade principal proteger a costa ou um porto da ação das 
ondas do mar e do clima. 
Quelônios - constituem todas as formas de tartarugas identificadas no mundo. 
Restinga - acumulação arenosa litorânea, paralela à linha da costa, de forma geralmente alongada, produzida por 
sedimentos transportados pelo mar, onde se encontram associações vegetais mistas características, comumente 
conhecidas como “vegetação de restinga”. 
Retroárea - espaço operacional de um porto a ré do caís de atracação, sendo usualmente alfandegada e contendo 
pátios e armazéns. 
Sazonal - relativo à estação do ano, próprio de uma estação. 
Sedimentação - é o processo de deposição de sedimentos. 
Sedimento - termo genérico para qualquer material particulado depositado por agente natural de transporte, 
como vento ou água. 
Silte - todo e qualquer fragmento de mineral ou rocha menor do que areia fina e maior do que argila. Apresenta 
baixa ou nenhuma plasticidadee exibe baixa resistência quando seco o ar. 
Sucroalcooleira - setor que produz açúcar e álcool. 
Suplly - navios especializados no apoio às plataformas. 
Supressão Vegetal - eliminação ou corte da cobertura vegetal. 
Terraplanagem - ato de planificar, alinhar o terreno para executar uma obra. É a preparação do terreno para se 
construir algo, ou seja, deixá-lo livre de ondulações e falhas. 
Turbidez - opacidade da água devido à presença de partículas sólida em suspensão. 
Unidades de Conservação - áreas naturais protegidas e sítios ecológicos de relevância cultural, criadas pelo Poder 
público, compreendendo: parque, florestas, parques de caça, reservas biológicas, estações ecológicas, áreas de 
proteção ambiental, reservas ecológicas, reservas extrativistas e áreas de relevante interesse ecológico, nacionais, 
estaduais ou municipais, as cavernas, os monumentos naturais, os jardins botânicos, os jardins zoológicos e 
hortos florestais. 
Zona Industrial - de acordo com a Lei Complementar nº 141 de 03/03/2010, as zonas industriais são áreas com 
predominância de atividades de cunho industrial e de serviços de grande porte, admitindo-se a instalação de 
atividades potencialmente poluidoras, que, portanto, devem evitar a convivência ao uso residencial. 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
1 
APRESENTAÇÃO 
O presente Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
foi elaborado com o objetivo de reproduzir as 
conclusões do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) 
com uma linguagem objetiva e acessível à população 
para que a mesma tenha um melhor entendimento 
sobre o projeto e todos os aspectos estudados no 
EIA. Esse relatório permite que a sociedade civil, 
grupos ou entidades afetadas e interessadas possam 
entender melhor esse empreendimento. 
O EIA é um estudo técnico e aprofundado sobre 
todos os temas que compõem a análise da 
viabilidade ambiental do empreendimento, 
compreendendo o levantamento da literatura 
científica e legal relacionada, resultados de trabalhos 
de campo, laudos de análises de laboratório, entre 
outras informações necessárias para a sua 
composição. Foi produzido para permitir que o 
órgão ambiental licenciador avalie se o projeto 
possui viabilidade ambiental, ou não. Isso tudo 
ocorre na fase do planejamento e concepção do 
projeto. 
O RIMA expõe, portanto, de forma objetiva, por 
meio de uma linguagem acessível, ilustrativa com a 
apresentação de mapas, fotografias, gráficos e 
outras técnicas de comunicação visual, as vantagens 
e desvantagens do projeto. 
 
O EMPREENDEDOR 
Razão Social TEPOR - Terminal Portuário de Macaé Ltda. 
CNPJ 13.970.936/0001-97 
Inscrição Estadual 79.712.507 
Endereço para correspondência Av. Elias Agostinho, nº 340, sala 309. CEP 27.913-350, Bairro de Imbetiba. 
Cidade Macaé, RJ 
Responsável Legal André de Oliveira Cancio 
Telefone (11) 3157-1368 
Endereço Eletrônico andrecancio@queirozgalvao.com 
EMPRESA CONSULTORA 
Razão Social Masterplan – Consultoria de Projetos e Execução Ltda. 
CNPJ 04.221.757/0001-66 
Inscrição Municipal 9746-9 
Endereço Rua Buenos Aires, 56 – 5º andar, Centro 
Cidade Rio de Janeiro 
Responsável Legal Sabrina Pivato 
CEP 20070-022 
Telefone (21) 3553-3968 
E-mail contato@masterplan.eng.br 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
2 
QUAIS AS PRINCIPAIS LEIS QUE REGULARIZAM UM 
PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL? 
A implantação de empreendimentos potencialmente 
poluidores está condicionada a controles impostos 
por leis e normas federais, sendo que as mais 
importantes são aquelas derivadas do art. 225, da 
Constituição federal, da Lei nº 6.938/81, que 
instituiu o Sistema Nacional do Meio ambiente 
(SISNAMA) e das Resoluções editadas pelo Conselho 
Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) que 
regulamentam o processo de licenciamento 
ambiental. Além disso, no Estado do Rio de Janeiro 
há um Sistema de Licenciamento Ambiental, editado 
pelo Decreto nº 42.159/2009. 
A exigência de EIA/RIMA para atividades de 
significativo impacto ambiental, que é o caso do 
empreendimento, está expressa na Constituição 
Federal do Brasil, na Política Nacional de Meio 
Ambiente e na Lei Orgânica de Macaé, como 
obrigação legal prévia à instalação. 
 
 
O QUE É O TERMINAL PORTUÁRIO DE MACAÉ - TEPOR 
O Terminal Portuário de Macaé - TEPOR será um terminal logístico que tem como objetivo atender demandas de 
suprimentos (movimentação de cargas e apoio logístico) de toda a cadeia de Petróleo e Gás. Os navios que 
atracarão no Porto, denominado "Supplys Boats", deverão fornecer para as Plataformas de Petróleo insumos e 
equipamentos. 
O projeto do Terminal é composto por uma retroárea onshore (estrutura terrestre) e uma área offshore (estrutura 
no mar), ligadas através de uma ponte de acesso com aproximadamente 1.680 m de extensão, conforme ilustram 
as imagens a seguir. 
 
Projeto do Terminal Portuário e suas áreas terrestre (onshore) e marinha (offshore) 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
3 
 
Detalhe das áreas terrestres 
(onshore) 
Detalhe da área marinha 
(offshore) 
 
O Projeto da parte terrestre do Terminal contempla 
três áreas que serão detalhadas abaixo: 
Área 1 
 Portaria principal de acesso: 400 m² 
 Subestação: 130 m² 
 Galpão para resíduos e materiais descartáveis: 
800 m² 
 Oficina: 1.800 m² 
 Serviço e Manutenção: 16.200 m² 
 Serviços e Utilidades: 1.500 m² 
 Administração, refeitório e vestiário: 880 m² 
 Armazém geral: 5.500 m² 
 2 balanças rodoviárias 
 Pátio para carga geral: 45.000 m² 
 Pátio para pré-embarque de carga geral: 13.000 
m² 
 Área para tancagem: 4.800 m² 
 Estação de tratamento de efluentes: 700 m² 
 Estacionamento de veículos com 
aproximadamente 1.850 m² 
 Área Alfandegada: 2.000 m² 
 Viaduto sobre a RJ-106 (Rodovia Amaral Peixoto) 
para interligação das áreas terrestres do terminal 
Área 2: 
Esta área não possui edificações e é composta por 
oito lotes para arrendamento a terceiros em regime 
condominial com arruamento projetado para 
atendê-las de maneira independente. 
Área 3: 
 Estacionamento de carretas com 
aproximadamente 7.600 m² 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
4 
 Sete lotes para arrendamento a terceiros em 
regime condominial com arruamento projetado 
para atendê-las de maneira independente. 
 
 
 
A área offshore está localizada em alto mar e 
consiste em uma ilha artificial, com área total de 
aproximadamente 140.000 m², contendo 15 berços 
para atracação dos navios. Fazem parte do seu 
arranjo os seguintes componentes de projeto: 
 1 Ponte de acesso 
 15 Berços para atracação de navios 
 13 Píeres 
 1 Plataforma de ligação dos píeres 
 1 Quebra-mar 
 1 Bacia de manobra e canal de acesso para a 
chegada 
 1 Retroárea por trás dos píeres e da plataforma 
de ligação 
 
 
Arranjo da estrutura marítima 
Arranjo da Infraestrutura Terrestre 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
6 
LOCALIZAÇÃO DO TERMINAL 
O TEPOR está situado no bairro do São José do Barreto, na Praia da Barra, litoral norte do município de Macaé, a 
cerca de 5 km do Aeroporto de Macaé, a 4 km do Terminal de Cabiúnas da Petrobras (TECAB), 10 Km do trevo de 
acesso principal à cidade pela BR-101 e a 1,2 Km do Terminal Urbano Lagomar. 
 
Localização do terminal no bairro São José do Barreto e respectivo sistema viário 
POR QUE MACAÉ FOI ESCOLHIDA? 
Durante a concepção do projeto, foram analisadas 
inicialmente 11 regiões entre os estados de São 
Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, em que foram 
estudadas as diferentes características que 
possibilitariam ou não a instalação do terminal 
portuário.No segundo momento do projeto, foi realizada a 
avaliação ambiental preliminar das 04 alternativas 
locacionais (Maricá, Macaé, Angra dos Reis TEBIG e 
Angra dos Reis Estaleiro) reconhecidas pelo estudo 
como as de melhor viabilidade ambiental sobre os 
aspectos ambientais, sociais e legislativos. Este 
estudo preliminar possibilitou às análises dos 
seguintes aspectos: 
 Legislação favorável ao uso pretendido pelo 
empreendimento (Plano Diretor, Lei de 
Parcelamento do Solo Urbano e Zoneamento 
Municipal) 
 Sistema viário e vias de acesso 
 Proximidades a áreas legalmente protegida e 
sensíveis 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
7 
 Topografia/declividade 
 Classificação da área: turística, adensamento 
urbano 
 Sensibilidade social e econômica 
 Histórico de decisões contrárias à instalação de 
novos portos 
 Comunidades Quilombolas e Terras Indígenas 
 Sítios Arqueológicos 
Após a análise dos aspectos supracitados e suas 
possíveis interferências do projeto nos meios físico, 
biótico e socioeconômico nas respectivas 
alternativas locacionais foi reconhecida a área de 
Macaé como sendo a alternativa que apresentou a 
melhor viabilidade ambiental. 
Contextualmente, Macaé é uma cidade conhecida 
mundialmente pelas atividades de E&P de petróleo 
na Bacia de Campos e apresenta grande tendência 
de crescimento em função das descobertas de novas 
reservas do Pré-Sal além de apresentar demandas 
atuais de serviços de apoio as atividades de E&P. 
QUAIS OS SERVIÇOS NECESSÁRIOS PARA A 
INSTALAÇÃO DO TEPOR? 
Para a instalação do TEPOR, serão executadas as 
atividades de obra para implementação da 
infraestrutura e urbanização do terreno e áreas 
diretamente afetadas pelo TEPOR. 
O projeto do TEPOR foi concebido de maneira a 
minimizar os impactos ambientais nos meios físico e 
biótico, com soluções de engenharia. Como exemplo 
cita-se a área offshore distante da linha de costa 
para reduzir os impactos na área de praia, a 
utilização de aterro hidráulico com o 
aproveitamento de todo o material a ser dragado, 
não sendo necessário bota fora oceânico ou 
terrestre, além da ligação da área offshore com a 
onshore ser realizada por uma ponte sobre pilares 
que não interrompem o fluxo de transporte 
sedimentar. 
Na parte terrestre, as atividades de obra começarão 
com o plantio de árvores próximo ao Canal Campos-
Macaé. Depois ocorrerá a terraplenagem e 
nivelamento de terreno, instalação da drenagem de 
água de chuva, construção do viaduto de 
sobreposição a Rodovia Amaral Peixoto e construção 
da sub estação. 
A construção do viaduto rodoviário, que ligará as 
áreas 1 e 2 até a área 3, passará por cima da Rodovia 
Amaral Peixoto, permitindo a conexão direta das 
áreas do empreendimento sem interferência no 
trânsito local. O viaduto terá 170 metros de 
comprimento e contará com uma pista de mão 
dupla, além de uma passarela de pedestres. 
Será construída também uma ligação com a Rodovia 
Amaral Peixoto que permitirá a entrada para o 
empreendimento através do seu sentido Lagomar, 
assim como a saída do TEPOR no sentido Macaé da 
rodovia. 
Para a construção da estrutura marítima do 
terminal, está prevista a execução da ponte de 
acesso, dragagem de sedimentos (para aumentar o 
calado possibilitando a chegada dos navios), aterro 
hidráulico, construção do quebra-mar/enrocamento 
com rochas, construção dos berços de atracação e 
construção do píer. 
A ponte de acesso servirá de ligação do terminal 
terrestre com o terminal marítimo e possuirá 
aproximadamente 1.680m de extensão. A ponte terá 
seu início próximo à praia e prosseguirá 
perpendicularmente a ela até chegar no aterro 
hidráulico. 
Para a construção do quebra-mar, que possui a 
função de proteger os navios da agitação das ondas 
do mar, serão utilizadas rochas provenientes de 
jazidas devidamente licenciadas, que serão 
transportadas pela ponte de acesso, despejadas no 
local de destino e posicionadas por máquinas como 
pás carregadeiras e tratores de esteira. 
A dragagem do canal de acesso, bacia de manobra e 
berços, necessária para garantir profundidades 
adequadas para o trânsito dos navios, será feita com 
a utilização de draga, do tipo hopper 
autotransportadora, que armazenará o material 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
8 
extraído, composto principalmente por areia em sua 
cisterna. Posteriormente, a draga bombeará, por 
meio de mangotes, esse material para construir o 
aterro hidráulico, onde o material será totalmente 
reutilizado (1.311.000 m³), não sendo necessário 
bota-fora oceânico, o que diminui os impactos 
ambientais na fauna marinha. 
Modelo de draga Hopper 
 
 
 
Localização geográfica da área a ser dragada na região costeira de Macaé. 
 
 
Os 13 píeres serão construídos com o auxílio de 
guindaste e martelo hidráulico de guia suspensa 
para cravar as estacas. Em seguida, serão instaladas 
peças pré-moldadas. 
Por fim, será instalado o sistema de tratamento de 
efluentes, constituído de duas estações de 
tratamento de efluente sanitário (uma no terminal 
terrestre e outra no terminal marítimo), rede 
coletora e de estações elevatórias. Essas estações de 
tratamento garantirão que todo o efluente sanitário 
gerado no TEPOR, seja tratado até atingir o nível 
estabelecido pela legislação ambiental. 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
9 
QUANTAS PESSOAS IRÃO TRABALHAR NA 
ATIVIDADE? 
Para a fase de instalação do Terminal Portuário, que 
terá uma duração aproximada de 30 meses, está 
previsto um pico de trabalhadores diretos de até 
1.010 homens e uma média de 627 homens nas mais 
variadas tarefas construtivas, distribuídos em dois 
grupos de funções, “Civil” e “Montagem 
Eletromecânica”. E na operação do Terminal, haverá 
a disponibilidade de 600 a 800 vagas de emprego. 
 
 
 
EMBARCAÇÕES 
 
 
O terminal Portuário será utilizado por embarcações 
supridoras do tipo PSV (Platform Supply Vessel), 
Heavy Lift, ORSV, AHTS e etc. 
QUAL O FLUXO DE EMBARCAÇÕES? 
O terminal está projetado para receber 32 
atracações/dia, com média de atracação de 10 horas 
por embarcação e 1 hora de manobra entre entrada 
e saída. 
 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
10 
QUAIS AS ROTAS PREFERENCIAIS DAS 
EMBARCAÇÕES? 
Estima-se que 70% dos navios virão de alto mar 
diretamente para o acesso do TEPOR e 30% das 
embarcações virão de alto mar para a região de 
fundeio e posteriormente ao canal de acesso. O 
TEPOR irá utilizar as rotas que hoje são amplamente 
usadas pelo Supply Boats que atracam em Imbetiba. 
 
Percursos para atracação no TEPOR 
 
 
IMPORTÂNCIA DO TERMINAL PORTUÁRIO PARA MACAÉ 
 
 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
11 
A partir de 1939, início das atividades de Petróleo no 
Brasil, o crescimento deste ramo da economia vem 
apresentando um ritmo acelerado. Atualmente, os 
maiores índices da indústria de Exploração e 
Produção (E&P) de Petróleo no Brasil estão 
localizados na Bacias de Campos, do Espírito Santo e 
de Santos. Para que a exploração, o 
desenvolvimento e a produção sejam realizados de 
forma plena é necessária uma indústria global de 
equipamentos, serviços de apoio e terminais 
logísticos que permitam realizar tais atividades. 
Nos dias de hoje, essa demanda de apoio logístico 
das plataformas em atividade na Bacia de Campos e 
no norte da Bacia de Santos é atendida pelo 
Terminal de Imbetiba, também conhecido como 
Porto de Macaé (PMAC), que é específico para os 
Supply Boats, e encontra-se saturado, conforme 
podem ser visualizadas as áreas de fundeio na figura 
abaixo com uma intensa quantidade de navios a 
espera de atracação.Situação Atual das áreas de fundeio do Porto de Imbetiba. Fonte: Marine Traffic, 28/04/2014 às 11:15 
 
Com a descoberta do Pré-Sal há a previsão de 
aumento da produção da Bacia de Campos e na 
Bacia de Santos, e consequente crescimento 
proporcional do tráfego e da quantidade de 
embarcações de apoio logístico às plataformas 
offshore. A infraestrutura portuária tornou-se uma 
real necessidade para viabilizar as atividades de E&P 
esperado após a descoberta do pré-sal. 
Nessa perspectiva, o Terminal Portuário de Macaé 
(TEPOR) assume a função de fornecer as condições 
de infraestrutura necessária para viabilizar uma 
gestão eficaz da cadeia de suprimentos 
indispensáveis às operações offshore da bacia de 
Campos e da parte norte da bacia de Santos, 
contando com embarcações supridoras (Supply 
Boats) para atender a indústria de petróleo no 
fornecimento de suprimentos para plataformas e 
embarcações em alto mar. 
 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
12 
 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
13 
ÁREAS DE INFLUÊNCIA 
 
A área de influência de um empreendimento para 
um estudo ambiental é apresentada como a região 
que sofrerá com possíveis alterações em seus meio 
físico, biótico e/ou socioeconômico, seja pelos 
impactos de primeira ordem (diretos) ou segunda 
ordem (indiretos) originados pelo projeto. Essas 
alterações podem ser positivas ou negativas. 
Para o TEPOR, foram identificadas três áreas de 
influência, afins e contíguas: Área Diretamente 
Afetada, Área de Influência Direta e Área de 
Influência Indireta. 
ADA - Área Diretamente Afetada 
Foi considerada como Área Diretamente Afetada as 
áreas que realmente sofrerão intervenções 
decorrentes da implantação e operação do 
empreendimento. A ADA é, portanto, a soma da 
área terrestre (onshore) e marinha (offshore), 
juntamente com a ponte de acesso. 
 
Área Diretamente Afetada pelo empreendimento 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
14 
AID - Área de Influência Direta 
A AID é aquela que poderá receber os impactos de 
primeira ordem (diretos) do Terminal Portuário de 
Macaé. Sendo assim, a AID para os meios físico e 
biótico na parte terrestre foi definida com base no 
estudo da alteração na Linha de Praia que o Terminal 
e com base no resultado do estudo de emissões 
sonoras na fase de obra e operação. 
Para tanto, no Ambiente Marinho, analisou-se os 
resultados do estudo da Modelagem Numérica da 
Hidrodinâmica e dos Processos de Dispersão da 
Pluma de Sedimentos bem como e a área de fundeio 
devidamente autorizada pela marinha. 
 
Área de Influência Direta dos Meios Físico e Biótico 
 
Para o meio socioeconômico, foram definidos os 
bairros do Lagomar, São José do Barreto, Parque 
Aeroporto, Ajuda e Cabiúnas, que são áreas que pela 
distância geográfica do empreendimento serão 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
15 
impactadas pela geração de expectativa de 
emprego, aumento da especulação imobiliária, 
incremento no tráfego de veículos. 
Na parte marinha foi considerada a rota preferencial 
de acesso aos berços, a área de exclusão da pesca, e 
o obstáculo físico do Terminal Portuário de Macaé. 
 
Área de Influência Direta do Meio Socioeconômico 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
16 
AII - Área de Influência Indireta 
A AII é aquela área real ou potencialmente 
ameaçada pelos impactos indiretos (ou de segunda 
ordem) da implantação e operação do 
empreendimento. 
Como o empreendimento está inserido na Bacia 
Hidrográfica do rio Macaé, considerou-se para a AII 
dos meios físico e biótico a sub bacia baixo rio 
Macaé e uma pequena parcela da bacia de 
Carapebus, incorporando a Lagoa de Cabiúnas. 
No Ambiente Marinho, a AII do meio físico, biótico e 
socioeconômico foi delimitada como um buffer de 
10 km, de forma conservadora, englobando todo o 
arquipélago de Santana e as rotas de embarcações já 
existentes na região. 
 
 
Área de Influência Indireta dos Meios Físico e Biótico 
 
A Área de Influência Indireta terrestre do Meio 
Socioeconômico foi delimitada como todo o 
município de Macaé, pois será a região que sofrerá 
os impactos positivos, como dinamização da 
economia pela arrecadação de impostos, e impactos 
negativos, como a pressão sofre a oferta de serviços 
públicos. 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
17 
 
Área de Influência Indireta do Meio Socioeconômico 
 
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 
O diagnóstico ambiental a ser apresentado neste 
item refere-se a síntese dos componentes 
ambientais presentes na região estudada para o 
reconhecimento da sua qualidade ambiental. 
O estudo de diagnóstico ambiental é um estudo 
multidisciplinar onde são analisados todos os 
componentes ambientais que compõem as áreas 
de influência do empreendimento. Este estudo 
tem por objetivo caracterizar a qualidade 
ambiental da região de inserção do 
empreendimento anteriormente a sua 
implantação. Neste estudo, são diagnosticados 
os elementos físicos, biológicos e socioculturais 
da região. 
Meio Físico 
Ambiente Terrestre 
Geologia e Geomorfologia 
Inserida no Complexo de Búzios, a área do 
empreendimento é composta principalmente 
por depósitos característicos de ambientes 
litorâneos (depósitos marinhos e flúvio-
marinhos). As características geomorfológicas, 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
18 
representadas pelas planícies fluviais e/ou 
flúvio-marinhas, colinas e cordões arenosos e 
restingas, também indicam a influência de um 
ambiente litorâneo. 
A topografia das praias limítrofes ao TEPOR, 
apresentam cristas elevadas (5 m), que marcam 
o topo do cordão litorâneo com largura média 
de praia de 56 m e face de praia com declive de 
1:6,5 (8,6°) com maior estabilidade da linha de 
costa, pois aponta excesso de sedimento na ante 
praia. 
 
Porção Leste da ADA. Linha de praia atual, disposta em dois 
ambientes de sedimentação granulométrica distintas (A e 
B), devido a dinâmica micas costeiras distintas. No lado B, a 
presença de depósitos arenosos mais grossos do que no 
lado A, devido ao aumento de energia de A para B. Fonte: 
Masterplan, 2013. 
Na AID do empreendimento foram classificados 
3 tipos de solo, argissolo vermelho-amarelo, 
gleissolo e espodossolo humilúvico 
hidromórfico. Essas características morfológicas 
do terreno influenciam diretamente suas 
condições de drenagem. 
 
Perfil da praia de São José do Barreto, Macaé, 2013. Fonte: 
Masterplan 2013 
Clima e Qualidade Do Ar 
O empreendimento está inserido na zona 
geográfica de baixada do município de Macaé, 
que abrange todo o litoral. 
Ao longo do ano, a estação chuvosa é de 
novembro a abril, enquanto de maio a outubro 
ocorre o período de seca. O máximo de chuva é 
em torno de 182 mm em dezembro, contra um 
mínimo de chuva de 51 mm em agosto, com 
uma média anual de 1.231 mm. 
De modo geral, no litoral norte do Estado do Rio 
de Janeiro, a direção predominante dos ventos 
varia de Nordeste a Leste em praticamente 
todos os meses do ano. Alguns fenômenos 
meteorológicos podem, temporariamente, 
alterar os regimes de ventos. 
Ruído 
Foram realizadas medições do ruído na região de 
São José do Barreto, Parque Aeroporto, 
Cabiúnas e Lagomar, com o objetivo de conhecer 
os níveis de ruído ambiente atual da região, para 
servir como referência em medições de ruído 
posteriores. 
Comparando os resultados obtidos com os 
limites de níveis sonoros previstos pela norma 
federal aplicável, obteve-se que 40% dos pontos 
A 
B 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
19 
onde o ruído foimedido encontram-se acima do 
limite e 60% igual ou abaixo do limite. 
 
 
 
Localização dos Pontos de Medição de Ruídos
Recursos Hídricos 
A região onde pretende-se instalar o TEPOR está 
inserida na Região Hidrográfica VIII-Macaé e Rio das 
Ostras, que abrange todo o município de Macaé, e 
parcialmente os municípios de Carapebus, Conceição 
de Macabu, Casimiro de Abreu, Nova Friburgo e Rio 
das Ostras. 
Dentro desta RH, a Sub-bacia do Baixo Rio Macaé e 
uma pequena parcela da Bacia de Carapebus foram 
delimitadas como a AII do TEPOR. 
A sub-bacia do Baixo Rio Macaé está localizada entre 
a foz do rio d’Anta e a foz do rio Macaé, e drena uma 
área aproximada de 730 km². Da área total da Bacia 
de Carapebus, cerca de 48,55 km² está inserida na 
RH - VIII, parcela na qual se inclui a localização da AII 
do empreendimento. 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
20 
 
AII do TEPOR com sub-bacia do Baixo Rio Macaé e bacia de Carapebus. 
Já na AID, dentre os recursos hídricos observados, 
destaca-se o canal Campos-Macaé. 
Atualmente é possível visualizar diversos pontos 
neste canal com problemas de assoreamento que 
podem acarretar na inundação em períodos de 
chuvas intensas. Além disso, ocorre o despejo de 
resíduos sólidos e esgoto diretamente nas águas 
canal. 
Na área do TEPOR existe um lago artificial que no 
Projeto revisado está sendo prevista a 
disponibilização de uma área de lazer, com a 
preservação do mesmo, e com a implantação de 
aparelhos esportivos às suas margens e 
disponibilização de acesso público, que contribuirá 
para o convívio social da comunidade e do seu 
entorno 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
21 
 
 
Rio Macaé Lago Artificial encontrado no terreno (ADA) 
 
Canal Campos-Macaé assoreado e com margens degradadas 
 
Qualidade da Água 
A qualidade da água varia em função do uso e 
ocupação do solo na bacia hidrográfica, das 
condições geológicas e geomorfológicas, cobertura 
vegetal da bacia de drenagem e poluição humana. 
De modo geral, a qualidade da água da sub-Bacia do 
Baixo Rio Macaé (que compõem a AII do TEPOR), 
principalmente próximo a foz do rio Macaé, 
apresenta uma qualidade inferior em relação as 
outras áreas da Bacia do Rio Macaé, devido a maior 
influência das atividades de agricultura, pecuária e 
despejo de esgoto. 
Já a qualidade da água no canal Campos-Macaé foi 
avaliada através da coleta e análise de água. Os 
resultados apontaram que as condições ambientais 
retratam um intenso impacto oriundo do descarte 
de efluente doméstico, sem aparentar indícios de 
impacto industrial. 
Também foi analisada a qualidade da água do lago 
artificial na ADA do TEPOR. Os resultados indicaram 
que o lago possui uma quantidade considerável de 
matéria orgânica, o que indica uma anterior pressão 
antrópica. 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
22 
Ambiente Marinho 
A AID e AII do meio físico marinho estão inseridas na 
região de costeira de Macaé, e expostas às 
condições oceanográficas desta. 
A amplitude da maré é baixa (micro maré), sendo o 
litoral dominado pelo regime de ondas fracas a 
moderadas, provenientes preferencialmente de 
nordeste. Ondas provenientes do quadrante 
sudeste, sul e sudoeste, associadas às frentes frias 
de inverno, são mais intensas, mas menos 
frequentes. 
A costa de Macaé é considerada como local para 
desenvolvimento industrial e portuário. 
Caracterização do Material a ser 
Dragado 
Os sedimentos que serão dragados foram 
caracterizados física e quimicamente, através da 
coleta e análise de material na área em que se 
pretende dragar. A figura a seguir apresenta as 
estações amostradas que são representativas da 
região a ser dragada. 
 
 
Esquema dos pontos de coleta na região costeira. 
 
Os resultados indicaram que o material a ser 
dragado é prioritariamente composto por areia com 
alguns pontos com a fração silte mais elevada. 
Foi detectado em alguns pontos concentrações do 
metal cromo e do semi metal arsênio acima dos 
limites da Resolução CONAMA Nº 454/2012. Por isso 
foi estruturado um cuidadoso programa para as 
operações de dragagens, que deve evitar qualquer 
tipo de contaminação. 
Além disso, o material dragado será confinado, 
através da técnica de disposição em Confinamento 
de Disposição Final (CDF) insular, o que reduzirá 
ainda mais o risco de contaminação do ambiente 
pelo sedimento contaminado que será dragado. 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
23 
Qualidade da Água 
A qualidade da água do mar foi avaliada através da 
amostragem em 7 pontos, distribuídos ao longo da 
área costeira, nas proximidades do 
empreendimento. 
Os parâmetros físico-químicos e biológicos da 
qualidade do ambiente marinho apresentaram um 
comportamento esperado, sendo influenciado 
espacialmente pela descarga fluvial e pela pluma de 
água doce formada pelo rio Macaé e pelo 
distanciamento da costa. 
Hidrodinâmica Costeira 
Um modelo matemático foi utilizado para identificar 
a interferência do TEPOR: 
(1) no padrão de propagação e incidência de ondas 
na costa; 
(2) no padrão de circulação hidrodinâmica nas 
proximidades das futuras estruturas e na zona de 
arrebentação; 
(3) nos processos de erosão/sedimentação e 
mudanças de morfologia costeira. 
Resultados obtidos: 
Altura das ondas: o quebra-mar provoca a formação 
de uma zona de sombra e a consequente diminuição 
das alturas de ondas incidentes na costa (Figura 02). 
Fora da zona de sombra as ondas ficam inalteradas.
 
Altura de onda nas proximidades do TEPOR 
.
Padrão de circulação: alterações no padrão de 
correntes na zona de arrebentação induzidas pela 
quebra de ondas. 
Morfologia costeira: formação de uma praia saliente 
localizada na zona de sombra do quebra-mar (Figura 
02). É importante ressaltar que grande parte da 
saliência será submersa. 
Efeitos do quebra-mar na linha de costa: 3696 m de 
efeito do quebra-mar, entre zonas de aumento e 
diminuição da linha de costa (Figura 03). O período 
de 5 anos representado no modelo é suficiente para 
a linha de costa atingir uma nova situação de 
equilíbrio morfodinâmico. 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
24 
 
Saliência submersa formada pela estrutura do porto 
 
Resultados dos processos morfodinâmicos simulados com o quebra-mar do TEPOR. 
Transporte residual de sedimentos: mesmo com a 
formação de duas células de transporte 
convergentes na área da estrutura do porto, é 
observada uma retomada na magnitude e direção do 
transporte residual de sedimentos em direção ao 
norte. 
Pluma de Sedimentos de Dragagem 
Dispersão e deposição de sedimentos de dragagem: 
As plumas resultantes mudam de posição e 
comprimento em resposta ao padrão de correntes, 
ventos e marés, refletindo condições de verão e 
inverno (Figura 04 e 05). Em todos os casos, as 
plumas sempre apresentam concentrações maiores 
junto ao local dragado e valores decrescentes à 
medida que se afasta. 
DIMINUIÇÃO 
 
DIMINUIÇÃO AUMENTO 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
25 
De acordo com a simulação, o máximo alcance da 
pluma de sedimentos com concentração adicionada 
superior a 20 mg/L foi de aproximadamente 1,8 km 
para sul, em condição típica de verão, e de 
aproximadamente 2 km para norte, em condição 
típica de inverno, contando a partir da área dragada. 
Espessura do material depositado: foram 
considerados os processos de remobilização e 
ressuspensão do material depositado no leito 
marinho, ocasionados pela ação das correntes 
geradas pelo vento e marés (Figura 06 e 07). Máxima 
espessura: aproximadamente 0,065m (65 mm), nas 
proximidadesda bacia de atracação e aterro (nas 
simulações das condições típicas de inverno e de 
verão). 
 
Contornos de probabilidade de ocorrência de passagem de pluma 
de sedimentos finos com concentração adicionada > 20 mg/L - 
Inverno. 
Contornos de probabilidade de ocorrência de passagem de pluma 
de sedimentos finos com concentração adicionada > 20 mg/L – 
Verão. 
 
Contornos de espessura do material depositado – Inverno Contornos de espessura do material depositado – Verão 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
26 
Levantamento de Passivos Ambientais 
Com o objetivo de se reconhecer possíveis 
contaminações ambientais pretéritas (passivos 
ambientais) no terreno do empreendimento, foi 
realizada a Avaliação Preliminar dos Passivos 
ambientais a qual classificou o terreno como uma 
área que não possui potencial de contaminação (AP), 
uma vez que não há histórico de uso e ocupação. 
Avaliação de Risco 
A metodologia utilizada (Análise Preliminar de Perigo 
- APP) considera as causas dos eventos, a frequência 
de ocorrência do cenário do acidente, a severidade 
das consequências e do risco associado. 
Combinando-se as categorias de frequência com as 
de severidade obtêm-se a Matriz de Riscos, cujos 
resultados podem ser: 1 – Desprezível; 2 – Menor; 3 
– Moderado; 4 – Sério; 5 – Crítico. 
Para a análise dos perigos, foram identificadas as 
substâncias presentes nas instalações. No caso do 
TEPOR, verificou-se a presença de produtos 
inflamáveis. Os cenários de risco identificados foram 
classificados como Desprezíveis (10 cenários) e de 
Menor risco (7 cenários). Nenhum cenário foi 
classificado como risco Moderado, Sério e Crítico. 
Conclui-se que, tecnicamente, existe viabilidade para 
implantação do empreendimento de acordo com os 
critérios de aceitabilidade dos riscos estabelecidos 
na Instrução Técnica CEAM/DILAM Nº 15/2013 
emitida pelo INEA. 
 
 
Meio Biótico 
Flora 
O Projeto TEPOR encontra-se inserido no domínio do 
Bioma Mata Atlântica. 
De maneira geral, a área destinada à implantação do 
Projeto TEPOR é circundada por área urbana 
densamente ocupada, apesar de ainda possuir, em 
uma pequena área próxima à praia do Barreto, 
vegetação de restinga herbácea e arbustiva arbórea 
que ainda preserva alguma de suas características 
típicas originais. 
Na AID do empreendimento predominam extensas 
áreas de pastagem, bem como a ocorrência de 
espécies exóticas cultivadas, tais como amendoeira, 
castanheira, bambu, coco-da-Bahia, casuarina, 
dentre outras. Dentre as espécies arbóreas originais 
da Mata Atlântica e remanescentes na área do 
Projeto TEPOR podemos citar angelim-rosa, 
guatambu, clúsia, capixingui, ingá, aroeira-vermelha. 
Não foram reconhecidas espécies ameaçadas de 
extinção na AID e ADA de acordo com a Instrução 
Normativa MMA nº 06/2008, havendo o registro, no 
entanto, de uma cactácea, a Melocactus violaceus, 
espécie considerada “vulnerável” de acordo com o 
Livro Vermelho, publicação recente do Centro 
Nacional de Conservação da Flora, a qual será 
tratada em programa ambiental específico. 
Quanto a fitofisionomia, na AID, as formações 
vegetais nativas mais representativas são as 
restingas herbáceas e a arbórea-arbustiva, as quais 
revestem 4,05 % e 3,41 %, respectivamente, da área 
total da AID. 
As árvores que estão presentes no terreno do 
Projeto TEPOR de forma esparsa ou isolada, como 
ingá, maricá, maria-mole, angico, dentre outras 
pertencem originalmente à formação de Floresta 
Ombrófila Densa de Terras Baixas. 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
27 
 
Moitas de vegetação de restinga arbustiva-arbórea, 
remanescentes na ADA do TEPOR. 
Vegetação exótica invasora no primeiro planto (Agave sp.) e 
vegetação de restinga herbácea aos fundos com dominância da 
palmeira Allagoptera arenaria, planta indicadora de ambientes 
alterados pelo homem. 
Na AII, os remanescentes florestais mais 
preservados, pouco alterados ou em estágio 
avançado de regeneração natural, podem ser 
encontrados na Reserva Biológica União (REBIO), 
Unidade de Conservação de Proteção Integral, bem 
como na Serra das Pedrinhas. Estas duas áreas 
preservam grandes fragmentos florestais, os quais 
representam as fitofisionomias florestais existentes 
na região, sobretudo os subtipos florestais da 
Floresta Atlântica, a Floresta Ombrófila Densa de 
Terras Baixas, a Floresta Ombrófila Densa 
Submontana e Montana. Os remanescentes mais 
preservados são aqueles localizados ao longo das 
encostas destas áreas. 
 
 
Formação florestal bem preservada na Serra das Pedrinhas, AII 
do TEPOR. 
Comunidade florestal bem preservada na Serra das Pedrinhas, AII 
do TEPOR. 
 
 
Passiflora alliacea Barb. Rodr 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
28 
Fauna 
Foram realizadas duas campanhas, uma em 2013 e 
outra em 2014, para identificar quais são os animais 
que habitam a área do empreendimento. Esse 
trabalho de campo ocorreu mediante visitas de 
equipes composta por consultores, professores e 
instituições de ensino e pesquisa, compostas 
majoritariamente de biólogos e ecólogos. 
Em relação ao grupo de mamíferos, após o 
levantamento de campo, foram encontradas 24 
espécies. Entre as espécies exóticas, isto é, aquelas 
espécies que não são naturais do habitat estudado, 
foram encontradas duas espécies classificadas como 
exóticas invasoras: o camundongo (Mus musculus) e 
o rato-de-porão (Rattus rattus). Estas espécies foram 
introduzidas no Brasil pelos colonizadores 
portugueses e, atualmente, são amplamente 
encontradas perto de habitações humanas e 
ambientes antropizados. A espécie de mamífero 
endêmica e ameaçada encontrada durante os 
trabalhos de campo foi o rato de espinho Trinomys 
cf eliasi. 
Para o grupo de aves, o trabalho de dados de campo 
com visualização de binóculos se identificou 167 
espécies na Área de Influência Indireta, sendo 04 
espécies exóticas, 06 migratórias (espécies que não 
são endêmicas da região, trata-se de espécies 
migrantes que utilizam a região para a reprodução, 
descanso ou para a alimentação durante as demais 
estações do ano) e 02 espécies ameaçadas, o sabiá-
da-praia (Mimus gilvus) e o trinta-reis-real 
(Thalasseus maximus). O sabiá-da-praia, foi 
encontrado na Área do empreendimento, e apesar 
de não ser endêmico do Brasil pode ser considerado 
um endemismo de habitat pois ocorre apenas na 
vegetação de restingas. 
 
Sabiá-da-praia (Mimus gilvus) 
 
 
Trinta-reis-real (Thalasseus maximus) 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
29 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
30 
Em relação aos anfíbios foram registradas 13 
espécies de anfíbios anuros, e no grupo de répteis 8 
espécies como resultado de dados primários. A 
rãzinha (Pseudopaludicola falcipes) está como 
presumivelmente ameaçada e o lagarto da cauda 
verde (Ameivula littoralis) como vulnerável devido a 
perda de habitat, pois ocorre exclusivamente em 
restingas e sua distribuição conhecida abrange 
apenas quatro áreas de restinga no Estado do Rio de 
Janeiro: Barra de Maricá (município de Maricá), 
restinga de Jurubatiba (municípios de Macaé, 
Carapebus e Quissamã), restinga de Grussaí 
(município de São João da Barra) e Marambaia 
(Mangaratiba). 
Lagarto da cauda verde Ameivula littoralisO estudo para os 
insetos foi realizado mediante a busca de dados 
publicados na literatura, como artigos e trabalhos 
acadêmicos. Para o município de Macaé foi 
identificada uma grande biodiversidade composto 
por 178 espécies, onde o grupo das borboletas 
apresentou um maior número de espécies 
registradas, como a borboleta-da-praia Parides 
ascanius, que é uma espécie ameaçada de extinção e 
que foi registradaem 1984 na restinga de Macaé. 
 
 
Ambiente Marinho 
Plânctons 
Estes organismos, representados por fitoplânctons 
(algas) e zooplânctons (pequenos animais), vivem 
livremente na coluna d’água e não possuem e/ou 
quase nula a habilidade de se locomover. Na região 
estudada, foram encontrados 97 representantes, 
pertencentes a 7 classes diferentes, onde a classe 
das diatomáceas foi dominante em todos os pontos 
de coleta. No tocante à comunidade zooplanctônica, 
os crustáceos (filo Arthropoda), seguido dos 
cilióforos (filo Protozoa) foram os grupos de maior 
dominância. 
Nos demais pontos de coleta, os copépodes foram 
mais representativos, conforme esperado, pois 
formam o maior grupo da fauna planctônica 
marinha. As larvas náuplio e os copepoditos 
representam uma das principais fontes de alimento 
para larvas e estágios juvenis de alguns peixes 
marinhos. 
Bentos 
Bentos são organismos que vivem fixados nos 
substratos. Para este estudo, foram coletados 
organismos bentônicos dos sedimentos marinhos e 
foram reconhecidos 455 exemplares de espécies 
distribuídas nas classes/filos, Crustácea, Gastropoda, 
Bivalvia, Annellida, Sipunculida, Echinoderma e 
Cephalochordata. 
De modo geral, observa-se que os resultados do 
estudo indicam um alto grau de comprometimento 
da área na foz do rio Macaé, como é o caso da 
elevada abundância do poliqueta Capitellidae spp., 
organismo indicador de alta quantidade de matéria 
orgânica, de ambiente alterado. 
No estudo de bentos, foram reconhecidas as 
espécies Branchiostoma sp., Platynoschopidae sp1, 
Phoxocephalidae sp1, Isopoda sp1, Capitellidae spp. 
(também indicadora de ambiente alterado com a 
presença de altas concentrações de matéria 
orgânica). 
Além dos exemplares das espécies de microfauna 
bentônica (pequenos animais que vivem fixados a 
substratos), também foram reconhecidas espécies 
macrofauna bentônica, tais como a Donax 
hanleyanus, a Emerita brasiliensis. 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
31 
 
 
Coleta de sedimento para captura do Bentos com busca fundo 
Peixes 
As amostragens para sua coleta foram realizadas em 
ambientes de canal, região alagada e ambiente 
marinho. Foi capturado um total de 79 espécies, 
compreendendo 4.167 indivíduos. Os peixes 
cartilaginosos (tubarões e raias) foram 
representados por 6 espécies, e o restante da 
ictiofauna (grupo de peixes) foi constituída pelos 
Actinopterygii, grupo mais comum de peixes. 
A grande maioria das espécies encontradas pertence 
à região marinha costeira. Nos ambientes aquáticos 
continentais, a ictiofauna foi pouco representada, 
com apenas 9 espécies coletadas, sendo três 
Poecilidae (guarus e barrigudinhos), três Characida 
(lambaris), dois Cichlidae (acarás) e um Erythrinidae 
(traíras). Não foram encontradas espécies de peixes 
ameaçadas de extinção na campanha de dados 
primários. 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
32 
 
 
Cetáceos 
Cetáceos são mamíferos que vivem exclusivamente 
em ambientes aquáticos, como golfinhos, baleias e 
toninhas. O levantamento feito na literatura 
científica revelou a ocorrência nas vizinhanças da 
área do empreendimento de nove (9) espécies: 
Sotalia guianensis, Pontoporia blainvillei, Steno 
bredanensis, Delphinus sp., Tursiops truncatus e 
Stenella frontalis, Megaptera novaeangiae, 
Balaenoptera edeni e Eubalaena australis. 
Para avistagem de exemplares deste grupo, foi 
percorrido um total de 591,4 km em quatro dias de 
monitoramento. Toda a área de influência do 
empreendimento, em ambiente marinho, está 
contida em uma das áreas de ocorrência de toninha 
(Pontoporia blainvillei), estabelecida pelo Plano de 
Ação Nacional para a Conservação do Pequeno 
Cetáceo Toninha, P. blainvillei. Este cetáceo 
(toninha) é atualmente classificado como ameaçado 
de extinção. 
No trabalho realizado nesse estudo, foram avistados 
dois grupos de Boto-cinza (Sotalia guianenses), onde 
em um primeiro momento eram três (3) indivíduos 
em deslocamento e sem filhotes, e a segunda foi de 
um grupo de quatro (4) indivíduos, todos indivíduos 
desta mesma espécie, também em deslocamento e 
sem filhotes, próximos a área do PARNA da Restinga 
de Jurubatiba. 
Quelônios marinhos - Tartarugas 
As tartarugas marinhas representam um 
componente primitivo e singular da diversidade 
biológica, pois pertencem à mais antiga linhagem de 
répteis vivos. No Brasil existem 05 espécies de 
tartarugas marinha. 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
33 
Durante vistorias na região de praia, foram avistadas 
tartarugas verde e couro bem como registros de 
encalhes em praias da região de Macaé, o que 
caracteriza a região como rota de migração e/ou 
área de alimentação, mas não de desova. 
Captura acidental de Chelonia mydas pela equipe de ictiologia 
Áreas Protegidas 
No Brasil existem diversas leis que classificam as 
áreas como protegidas, sendo as principais: o Novo 
Código Florestal, que estabelece limites de uso da 
propriedade, que devem respeitar a vegetação 
existente na terra, e o Sistema Nacional de Unidades 
de Conservação (SNUC), que é um conjunto de 
diretrizes e procedimentos oficiais que possibilitam 
órgãos federais, estaduais e municipais a criar, 
implantar e gerir unidades de conservação (UC) para 
a preservação ambiental. 
Também, segundo a Lei Orgânica de Macaé; a 
vegetação de restinga existente no Município é 
considerada Área de Preservação Permanente. 
A restinga do Barreto, que é considerada uma Zona 
Especial de Interesse Ambiental (ZEIA) localizada há 
aproximadamente 2,2 km e é uma área relevante 
sob o ponto de vista ambiental. É uma área apta a 
receber os indivíduos de fauna e flora que poderão 
ser resgatados pelo empreendimento. Cabe ressaltar 
que não foram identificados impactos diretos do 
empreendimento nessa região. 
A AID do TEPOR está sobreposta à Área de Proteção 
Ambiental Municipal do Arquipélago de Santana, 
que constitui na zona de amortecimento do Parque 
Municipal de mesmo nome. 
 
Grupos de unidades de conservação e respectivas categorias. 
Denominação da Unidade de 
Conservação (UC) 
Grupo Biomas e ecossistemas: 
Distância entre a UC ou ZA até os 
limites do empreendimento 
Parque Natural Municipal do 
Arquipélago de Santana 
Proteção Integral 
Mata Atlântica 
Costões Rochosos e Restingas 
O empreendimento encontra-se em 
sobreposição com a ZA 
APA do Arquipélago de 
Santana 
Uso sustentável 
Marinho 
Costões Rochosos 
O empreendimento encontra-se em 
sobreposição com a UC 
Parque Natural Municipal do 
Estuário do rio Macaé 
Proteção Integral 
Mata Atlântica 
Manguezal 
Distante Aproximadamente 
2,7km 
PARNA da Restinga de 
Jurubatiba 
Proteção Integral 
Mata Atlântica 
Restinga e Lagoas Costeiras 
Distante aproximadamente 2,5 km 
Reserva Biológica União – 
REBIO União 
Proteção Integral 
Mata Atlântica 
Formações florestais 
Distante aproximadamente 28,9 km 
 
 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
34 
Dentre as áreas protegidas de grande relevância na 
Área de Influência Indireta do empreendimento 
destaca-se o Parque Nacional da Restinga de 
Jurubatiba e o Parque Natural Municipal do 
Arquipélago de Santana. 
O Parque de Jurubatiba foi criado em 1998, sendo o 
primeiro Parque Nacional em área de restinga. 
Possui área de 14.860 hectares, abrangendo os 
municípios de Macaé, Quissamã e Carapebus 
Apresenta um conjunto de ecossistemas 
diferenciados pela elevada biodiversidade e grande 
fragilidade ecológica – formado por uma vegetação 
que inclui diversas espécies da mata atlântica e até 
espécies ameaçadas. A região é um paraíso para os 
estudos relativos à fauna, e nela podem serencontradas o sabiá-da-praia, borboletas, jacaré-do-
papo-amarelo, tatus, tamanduás, jaguatiricas, 
capivaras, e lontras, além de mamíferos e tartarugas 
marinhas na sua parte marinha. Devido a sua 
relevância ecológica, existe uma proposta de 
ampliação da área do Parque Nacional da Restinga 
de Jurubatiba, elaborada por pesquisadores do 
Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região 
dos Lagos, da Fundação Oswaldo Cruz e do INEA. A 
área de influência direta do TEPOR não interfere e 
nem se sobrepõe à área atual nem a proposta de 
ampliação do Parque. O Terminal Portuário Macaé 
não irá causar impactos diretos nessa importante 
Unidade de Conservação. 
 
Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba 
O Parque Natural Municipal (PNM) e a APA do 
Arquipélago de Santana foram criadas pela Lei nº 
1.216/1989. A área é considerada um santuário 
ecológico, pois abriga muitas espécies de aves 
endêmicas e migratórias. 
 
Ilhas do Arquipélago de Santana 
 
Meio Social 
Localização e dinâmica territorial 
O município de Macaé, AII do TEPOR, está localizado 
na Região Norte Fluminense, juntamente com 
Campos dos Goytacazes, Carapebus, Cardoso 
Moreira, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, 
São Francisco de Itabapoana, São Fidélis e São João 
da Barra. 
Historicamente, durante um longo período, Macaé 
esteve dedicado à atividade sucroalcooleira. 
Recentemente, com a descoberta do petróleo e a 
instalação da Petrobras no município, a dinâmica 
territorial passou por importantes transformações 
decorrentes da indústria petrolífera e consequente 
rápido incremento populacional, aumento da oferta 
de empregos e alterações no uso e ocupação do 
solo. 
A AID abrange a região norte-nordeste da cidade de 
Macaé e é composta pelos bairros Ajuda, Cabiúnas, 
Lagomar, Parque Aeroporto e São José do Barreto. A 
região caracteriza-se por áreas residenciais, de 
comércio e serviços, além da presença de pátios 
industriais (Cabiúnas) e de empresas de viação (São 
José do Barreto). 
População 
A população de Macaé, de acordo com o Censo 
Demográfico 2010, era de 206.728 habitantes. A 
taxa de crescimento populacional do município é de 
4,55% ao ano, índice relativo elevado e influenciado, 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
35 
possivelmente, pelos movimentos imigratórios para 
Macaé oriundos da atratividade exercida pela 
indústria do petróleo. 
Ainda sobre a população macaense, a estrutura 
populacional que era extremamente jovem em 1970 
concentrada na pirâmide populacional, 
particularmente, nas idades entre 05 e 24 anos, foi 
alterada nas décadas seguintes atingindo um quadro 
onde é possível identificar a menor proporção de 
crianças e jovens e o aumento da população idosa. 
No período de 1970 a 2010, verificou-se um 
acréscimo de, aproximadamente, 37,2% de 
população que tiveram sua situação de domicílio 
alterada. 
A população da AID, de 60.741 residentes em 2010, 
apresentava-se com um perfil muito próximo do 
encontrado para o conjunto do município, 
concentrando-se na faixa de idade entre 20 e 34 
anos o que revela potencial produtivo para força de 
trabalho bastante elevado, desde que haja 
condições objetivas (escolarização suficiente) para 
serem absorvidos, tendo em vista a necessidade de 
mão de obra especializada. 
No que se refere à origem dos residentes da AID não 
naturais do estado do Rio de Janeiro, predominam 
os residentes originários das regiões Norte e 
Nordeste do país. 
Educação 
Do total da população de Macaé, apenas 40% 
possuem até o Ensino Fundamental, 9% possuem 15 
anos ou mais de estudo, que corresponde ao nível 
superior completo e mais especializações, e 27% 
eram analfabetos ou analfabetos funcionais. 
Para a AID, aproximadamente 41% da população 
residente possui de 0 a 8 anos de estudo, 19% de 9 a 
11 anos, 36% de 12 a 15 anos e 2% de 15 anos ou 
mais. Assim, destaca-se a baixa escolaridade, o que 
dificulta a inserção no trabalho especializado 
oferecido pelo setor do petróleo. 
Economia, Trabalho e Renda 
A estrutura do PIB macaense é fortemente marcada 
pela participação da indústria (especialmente a 
extrativa) e dos serviços, estes estreitamente 
vinculados ao setor petrolífero. 
Os royalties têm expressiva participação na 
composição da receita municipal tendo 
representado, em 2008, quase 44% da arrecadação 
total. Entretanto, demais fontes (Receita Tributária, 
FPM, QPM-ICMS e Outras) representaram 56,1% das 
arrecadações. 
Ainda, compondo a economia, o trabalho e renda da 
população macaense em 2010, foram representados 
por trabalhadores de serviços, vendedores dos 
comércios e mercados. Na AID, as ocupações 
seguem as mesmas características da AII (município), 
com destaque para os setores do comércio, serviços 
e da construção civil. Com relação aos rendimentos 
totais, observa-se que estão concentrados, na AID, 
nos estratos de 1 a 2 salários mínimos. 
Saúde 
Com relação aos equipamentos de saúde, foi 
identificada, em dezembro de 2010, a existência de 
594 estabelecimentos de saúde em Macaé. Destes, 
mais da metade são consultórios isolados. O 
segundo maior percentual é de clínicas e 
ambulatórios especializados. No que diz respeito aos 
leitos hospitalares, eram 438 à disposição, sendo 
281 vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). A 
distribuição dos equipamentos de saúde ocorre de 
maneira desigual entre os bairros da AID, como se 
observa no quadro abaixo. 
 
Unidades de saúde presentes na AID. 
 
 
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do TEPOR 
 
36 
 
 
Infraestrutura 
Dos 65.890 domicílios particulares permanentes 
recenseados em 2010 (Censo 2010) no município de 
Macaé, cerca de 79% estavam ligados à rede de 
abastecimento de água e outros 15% eram 
abastecidos por poços ou nascentes na propriedade. 
Com relação ao esgotamento sanitário, 68% dos 
domicílios estavam ligados à rede geral de esgoto ou 
pluvial e 26% ainda tinham o esgoto coletado por 
fossas sépticas ou rudimentares. 
A existência de energia elétrica abrange mais de 99% 
domicílios particulares permanentes em Macaé e 
quase a totalidade deles estava ligada à rede da 
companhia distribuidora (Ampla). 
Em relação ao esgotamento sanitário da AID, o 
despejo por rede geral de esgoto ou pluvial é 
predominante, existente em cerca de 66% nos 
domicílios existentes, enquanto por fossa séptica e 
rudimentares estão, respectivamente, em 18% e 
13%. 
O abastecimento de água na AID apresentava-se, 
conforme o Censo 2010, da seguinte forma: 53% dos 
domicílios estavam ligados à rede geral de 
distribuição e outros 40% eram abastecidos por poço 
ou nascente, com destaque para o bairro de 
Lagomar. 
Sobre a energia elétrica, a realidade da AID se 
assemelha à do município, onde quase a totalidade 
dos domicílios possuía energia. 
Transporte 
O atual cenário da mobilidade urbana em Macaé é 
reflexo do crescimento econômico, que provocou, 
entre outros, um rápido crescimento populacional 
em pouco tempo. Como resultado tem-se o 
aumento na demanda por transporte público e a 
maior circulação de automóveis que, associada à 
movimentação de veículos de cargas, têm provocado 
os constantes congestionamentos no município. 
Importante mencionar que essa situação foi gerada 
não só pelo incremento da população, mas também 
pela deficiência da infraestrutura de transporte que 
não acompanhou essa evolução. 
Essa realidade pode ser observada nos bairros que 
compõem a AID. Um dos problemas apresentados 
por moradores refere-se aos congestionamentos no 
tráfego, que se deve, segundo alguns entrevistados, 
à largura da Avenida Amaral Peixoto na altura do 
bairro de Barra de Macaé. Outros transtornos 
mencionados foram: ônibus lotados, terminais 
desertos, atrasos frequentes e elevado tempo de 
espera pelas

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