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1 O PRINCÍPIO DO FUNCIONAMENTO DO ELETROSCÓPIO DE FOLHAS E A DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS EM UM CONDUTOR Albert Hausser, Djalma David Silva Filho, kateline de Mattos Alves e Marcos Fernando Canceglieri Berger. Faculdade Estácio de Sá Campus Vitória Turma nº 3058_2_Experimento 01. pdf RESUMO: Esse relatório tem como finalidade, descrever o funcionamento do eletroscópio de folhas, reconhecer que as cargas elétricas (estáticas) se distribuem na superfície externa do condutor, explicando o motivo desta distribuição de cargas. Quanto ao método, foram utilizados equipamentos adequados que possibilitou fazer análise dos resultados com exatidão. Palavras-chave: Carga Elétrica, Campo elétrico, Condutor, Elétrons, Prótons. 1. INTRODUÇÃO E FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O gerador de Van der Graaff é muito simples, consta de um motor, duas polias, uma correia ou cinta, duas hastes ou terminais feitos de finos fios de cobre e uma esfera oca onde se acumula a carga transportada pela cinta. Na figura 1, é mostrada um esquema do gerador de Van der Graaff. Uma esfera condutora metálica oca , está suspensa por suportes isolantes de plástico, atornilados em um pé metálico conectado a terra. Uma correia borrachada (não condutora) se move entre duas polias. A polia é acionada mediante um motor elétrico. Duas hastes são feitas de fios condutores muito finos, estão situados a altura do eixo das polias. As pontas das hastes estão muito próximas porem não tocam a cinta. 2 O ramo esquerdo da cinta transportadora se move para cima, transporta um fluxo contínuo de carga positiva para o condutor oco. Ao chegar devido à propriedade das pontas é criado um campo suficientemente intenso para ionizar o ar situado entre a ponta e a cinta. O ar ionizado proporciona o meio para que a carga passe da cinta a ponta e a seguir, ao condutor oco, devido à propriedade das cargas que são introduzidas no interior de um condutor oco. Os átomos da matéria são formados de uma grande quantidade de partículas. Dentre elas as mais conhecidas são o próton (carga positiva), o elétron (carga negativa) e o nêutron (carga nula), conforme a figura abaixo. Extrutura Atômica Quando o número de prótons em um átomo é igual ao número de elétrons, este permanece neutro, no entanto o equilíbrio como mostra a figura 1 pode ser desfeito. Isto é possível a partir de um processo 3 chamado de eletrização, que pode ocorrer de três maneiras: atrito, contato e indução. Um corpo eletrizado negativamente tem maior número de elétrons do que de prótons, fazendo com que a carga elétrica sobre o corpo seja negativa. Um corpo eletrizado positivamente tem maior número de prótons do que de elétrons, fazendo com que a carga elétrica sobre o corpo seja positiva. Eletrizar um corpo significa basicamente tornar diferente o número de prótons e de elétrons (adicionando ou reduzindo o número de elétrons). A eletrostática é basicamente descrita por dois princípios, o da atração e repulsão de cargas conforme seu sinal (sinais iguais se repelem e sinais contrários se atraem) e a conservação de cargas elétricas, a qual assegura que em um sistema isolado, a soma de todas as cargas existentes será sempre constante, ou seja, não há perdas. A lei de Gauss é a lei que estabelece a relação entre o fluxo de campo elétrico que passa através de uma superfície fechada com a carga elétrica que existe dentro do volume limitado por esta superfície. Todavia, para ser operacionalmente útil ela deve ser usada apenas em determinadas circunstâncias. Existe também a lei de Coulomb, é uma lei da física que descreve a interação eletrostática entre partículas eletricamente carregadas. Foi formulada e publicada pela primeira vez em 1783 pelo físico francês Charles Augustin de Coulomb e foi essencial para o desenvolvimento do estudo da Eletricidade. 2. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO Inicialmente foi executada a montagem do equipamento, colocando o eletroscópio na esfera do gerador com as tiras de alumínio presas com fita adesiva e em seguida o aparelho foi ligado e desligado. Observou-se que as tiras laminadas repeliram-se devido às cargas iguais geradas pelo gerador. Logo após, encostou-se o bastão de teste na esfera do gerador e observou-se que as tiras de alumínio voltaram a se aproximar. Foi removida a esfera do gerador e apoiou-se sobre a cuba cilíndrica, mantendo a conexão elétrica entre a força e no gerador fixou-se uma tira de papel alumínio internamente e outra externamente à esfera. O gerador foi ligado carregando a esfera negativamente e sem seguida desligado. Observou-se com esse procedimento que a tira de alumínio externa se repele da cuba, devido à carga igual de ambos, já a tira interna não se move, devido à ausência de carga no interior da cuba. Posteriormente, foi iniciado um novo experimento, tratando da descarga em gases sob pressão atmosférica. Primeiramente, ligou-se o aparelho e aproximou-se da esfera menor da cabeça do gerador e pode-se observar que houve geração de arco voltaico onde a esfera como corpo de carga negativa ou neutra e a cuba com carga positiva. O fato da mistura gasosa envolvente (ar atmosférico) passar de isolante para condutora de eletricidade, se deve a diferença de potencial maior que a resistência do ar tornando o ar um condutor. No momento em que o gás deixa de ser isolante, o campo elétrico possui certo valor entre os eletrodos, o maior valor que o campo elétrico pode assumir sobre um material isolante, sem que este material conduza a eletricidade, se deve pela resistividade. Justificando o ruído e a cor azulada observada durante a descarga elétrica ocorrida no ar, pode-se afirmar que a coloração azulada da descarga se dá pelo fato de ser um "jato" de grande intensidade em um curto intervalo de tempo e de acordo com o espectro das cores, tons azulados demonstram maior intensidade. Finalmente foi realizada a atividade com vela, condensador de placas paralelas e fósforo para a verificação da ionização das moléculas de ar submetidas à ação do campo elétrico. Ligou-se o o gerador eletrostático de correia verificou se que a chama da vela é atraída pelo “lado” positivo , pois na ação de combustão da vela é liberado (carbono + oxigênio) os ânios desses gases que são de carga negativa são atraídos pelo polo positivo do condensador de placas paralelas. 4 3. RESULTADOS OBTIDOS Analisando os dados, observou-se que as tiras de alumínio tenderam a movimentar-se na direção radial da esfera no sentido de afastamento. Esse processo é conhecido como eletrização por contato, ocorrendo assim uma transferência parcial da carga elétrica devido à diferença de potencial elétrico existente entre os polos. O funcionamento do gerador gerou um campo elétrico e este através de condução carregou eletricamente as fitas de alumínio que estavam fixadas nele. Como a distribuição de cargas tem simetria esférica, a direção do campo elétrico é radial, ou seja, perpendicular à superfície da esfera. Com o eletroscópio de folha no topo da esfera, as cargas se concentraram neste, transferindo elétrons para o papel alumínio causando repulsão entre as tiras. O movimento de repulsão das tiras se deu porque nelas foram aplicadas cargas de mesmo sinal, pela forma de eletrização por contato. 4. COMENTÁRIOS SOBRE AS RELAÇOES ENTRE TEORIAS E RESULTADOS EXPERIMENTAIS Através do experimento comprovou-se a relação entre teoria e prática, analisando o comportamento das tiras de alumínio que se portou com repulsão, característico de cargas com sinais iguais.Verificou- se que não houve acúmulo considerável de cargas na superfície da esfera oca na presença da tachinha, isso ocorreu devido o fenômeno conhecido como poder das pontas, grande concentração de cargas elétricas em regiões pontiagudas, que fazem com que o campo elétrico nas vizinhanças dessas pontas atinja determinado valor, ionizando o ar em sua volta, tornando-o condutor, dessa forma, ocorre uma descarga elétrica para o ar.. 5. CONCLUSÃO Pode-se concluir que em um condutor eletrizado, as cargas tendem a distribuir-se de modo que haja um acúmulo maior nas regiões de maior curvatura, e se a curvatura ou pontas for muito grande, pode ocorrer uma fuga ou escape de cargas elétricas, que ocorrem em forma de vento que em alguns casos ioniza o ar aparecendo sob a forma de pequena chama azulada. O torniquete aproveita este efeito porque possui hélices de pontas aguçadas, a qual colocada em contato com um corpo carregado, gira com força e velocidade dependendo da carga fornecida pelo corpo, isto é a fuga das cargas que faz com que surja uma força capaz de impulsioná-las. Os fenômenos eletrostáticos, como o campo, forças e cargas eletrostáticas foram constatados ao longo da prática laboratorial, o que proporcionou uma melhor aplicação e compreensão da lei de Coulomb, assim com os princípios básicos da eletrostática, sendo possível trabalhar com potencial elétrico e com campo elétrico. 6. REFERÊNCIAS [1] HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearls. Fundamentos de Física 3: Eletromagnetismo. 4.ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012. [2] http://www.sofisica.com.br/conteudos/Eletromagnetismo/Eletrostatica/cargas.php [3] http://www.infoescola.com/fisica/eletrostatica/ 5 Condensador de placas paralelas ligada ao gerador eletrstático
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