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FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTABEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA BACHARELADO DIREITO DANIELA DE SOUZA NASCIMENTO A POSSIBILIDADE DE ACUMULO DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE. Juína - MT 2017 FACULDADE DE CIÊNCIAS CONTABEIS E ADMINISTRAÇÃO DO VALE DO JURUENA. DANIELA DE SOUZA NASCIMENTO. POSSIBILIDADE DE ACUMULO DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de Bacharelado de Direito da Faculdade de Ciências Contábeis e Administração do Vale do Juruena, como requisito parcial para a aprovação da disciplina de TCC I. Sugere-se Professor Orientador: Larissa Copatti Juína- MT 2017 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 03 2. PROBLEMA ................................................................................................. 04 3. HIPÓTESES ................................................................................................. 04 4. OBJETIVOS ................................................................................................. 05 4.1 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 05 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................... 05 5. METODOLOGIA .......................................................................................... 05 7. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 06 8.REVISÃO LITERARIA........... .........................................................................09 9.CRONOGRAMA .............................................................................................. REFERÊNCIAS..................................................................................................... 3 1. INTRODUÇÃO Com o advento da Revolução Industrial e a inserção das maquinas no mercado de trabalho, as atividades laborais se tornaram mais intensas e sobrevindo a insalubridade e periculosidade dentro do ambiente de trabalho. Mesmo antes da Constituição Federal a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) estabeleceu que o trabalhador que realizar suas atividades e ambiente insalubre ou perigoso deve receber um adicional em seu salário. Quando se diz com relação aos adicionais de insalubridade e periculosidade há grandes divergências doutrinarias e de decisões dos tribunais do trabalho. Em um contexto histórico e não muito distante as decisões eram pacificadas ante ao assunto, no tocante a não flexibilizar a possibilidade do acumulo dos adicionais, sendo estas totalmente contrária ao acumulo. As decisões dos tribunais do Trabalho foram mudando e atualmente têm sido diversas quanto a possibilidade do acumulo destes adicionais. Quanto a doutrina não há uma pacificação e os posicionamentos são diversos. Por essa razão o objetivo desta pesquisa está centrado em analisar o parecer doutrinário com relação ao tema, também das decisões dos tribunais regionais e superiores do trabalho e como estão sendo os posicionamentos com analogia a possibilidade do acumulo dos adicionais de insalubridade e periculosidade. Assim, desempenhando um dos papéis fundamentais das academias no campo do Direito, o estudo pretende contribuir com as discussões de decisões do judiciário, ampliando e enriquecendo com os dilemas do tema proposto. Estes adicionais são direitos garantidos constitucionalmente, porém existe uma discussão em torno da possibilidade de cumulatividade, por estar previsto no artigo 193 § 2º da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) que o trabalhador deve facultar por um ou outro destes adicionais. A discussão gira ainda em torno de que se a OIT (Organização Internacional do Trabalho) 155 revoga ou não o artigo 193§ 2º da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). 4 Não podendo deixar de enfatizar os princípios constitucionais e os princípios gerais do direito do trabalho e sua aplicabilidade quanto a uma eventual cumulatividade ou não destes adicionais, se há um amparo dentro dos princípios com relação ao tema abordado. Para realização deste trabalho será realizada uma análise das decisões dos tribunais regionais e superiores do trabalho, doutrinarias e pesquisa em sites de renome. 2. PROBLEMA Diante das divergências das decisões e posicionamentos doutrinários com relação a cumulatividade dos adicionais de periculosidade previsto no artigo 193 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e de insalubridade artigo 192 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) é possível a cumulatividade dos adicionais de insalubridade e periculosidade? 3. HIPÓTESES • Há possibilidade de acumulo dos adicionais de insalubridade e periculosidade? Mesmo que haja uma legislação infraconstitucional que impõe essa impossibilidade? • A OIT (Organização Internacional do Trabalho) 155 modifica o entendimento antes pacificado com relação ao artigo 193 § 2º da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) em que passa a autorizar o acúmulo dos adicionais supracitado. • Considerando a época e o contexto em que a legislação trabalhista fora criada pode-se considerar que a mesma deixa a desejar os direitos trabalhistas neste caso especifico dos adicionais? • Os princípios do direito do trabalho e constitucionais, destacando entre estes o princípio do indubio pro operário, princípio da norma mais favorável, princípio da condição mais benéfica e princípio da dignidade da pessoa humana devem ser aplicados mesmo que contrariem a própria lei trabalhista? Ou a lei trabalhista deve se adequar aos princípios constitucionais e trabalhistas? . 5 • A Constituição Federal possibilita a cumulatividade desses adicionais ou apenas os garante como um direito, e se existe essa garantia no caso de quanto a uma possível cumulação deve-se aplicar a lei trabalhista sem a observação dos princípios do direito do trabalho? 4. OBJETIVOS 4.1 OBJETIVO GERAL Esta pesquisa tem como objetivo a apreciação doutrinária e exame das decisões dos tribunais regionais e superiores do trabalho, com relação a possibilidade de acumulo dos adicionais de insalubridade previsto no artigo 192 da CLT, e de periculosidade previsto no artigo 193 da CLT. A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 7º inciso XXIII recepciona estes adicionais, nesse sentido levanta-se um questionamento quanto a aplicabilidade dos princípios constitucionais e dos princípios do direito do trabalho e sua efetividade nas decisões e posicionamentos. 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Realizar uma análise das decisões dos tribunais do trabalho com relação a cumulatividade, fazendo uma analogia dos entendimentos anteriores com os atuais decisões e respaldos jurídicos utilizados para tais decisões. Em um segundo momento de forma especifica, realizar um exame doutrinário de como os autores entendem a possibilidade ou impossibilidade de cumulatividade dos adicionais em questão. Analisar a função dos princípios e sua efetividade no que tange com relação aos adicionais de insalubridade e periculosidade aplicabilidade, se há a observância ou não destes quando se decide quanto a cumulatividade dos adicionais. Realizar uma análise das previsões legais e de como vêm sendo interpretadas e como estão sendo aplicadas. 6 5.METODOLOGIA A pesquisa será realizada por meio analítico, das decisões dos tribunais superiores (TST) e Tribunais Regionais do Trabalho (TRT), também será analisada as legislações vigentes. Será realizada uma Pesquisa bibliográfica utilizando-se de acervos doutrinários (livros), e artigos publicados em sites de renome que possuem relação ao assunto abordado. De forma a dentro dessa analise contribuir para o entendimento social, acadêmico e judicial no desenvolvimento com relação ao assunto. 6. JUSTIFICATIVA Após o advento da Revolução industrial e de novas formas de trabalho (manuseio de maquinas), surgiram doenças e acidentes decorrentes da atividade laboral, fato este que instigou a criação de normas que tornasse o ambiente de trabalho o mais saudável e seguro possível (o que não havia uma preocupação até início do século XVlll), para que o trabalhador não sofresse danos a sua vida e saúde.1 Assim corrobora a Carta Magna de 1988 em seu artigo 7ª, XXll que garante ao trabalhador o direito “ a redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança. ”2 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei;3 No exercício de algumas atividades os trabalhadores ficam expostos a condições de riscos, que podem ocasionar detrimentos à saúde e a vida do trabalhador, o direito do trabalho classifica essas condições em: insalubres e periculosas, os danos de insalubridade são aqueles que de forma indireta 1 MARTINS, Sergio Pinto, direito do trabalho, 30 º ed.-São Paulo atlas, 2014. Pag 711 2 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm acessado- 24 de ago. de 2017 as 00h 48min 3 Disponível em : http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm acessado- 12 de set. de 2017 as 01h 33 min 7 causam detrimentos à saúde do trabalhador, impondo ao empregador o pagamento de um adicional pelo exercício desse tipo de atividade,4 Na atividade insalubre a saúde do trabalhador é atingida diariamente. São consideradas insalubres de acordo com o artigo 189 da CLT, “ atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. 5 Considera-se insalubre a atividade que é prejudicial à saúde e causa doenças ao trabalhador, este não é uma alíquota e sim um acréscimo, a exposição ao agente nocivo de forma eventual não caracteriza para receber o adicional de insalubridade, ou seja, para considerar uma atividade como insalubre o empregado deve estar exposto a esta de forma assídua.6 Os danos de periculosidade são danos imediatos a saúde do profissional em suas atividades laborais, e por esse motivo os mesmos devem receber adicionais estabelecidos na CLT.7 O artigo 193 prevê quais as atividades consideradas perigosas: Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - Inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - Roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. 8 A diferença destes adicionais está claramente em sua natureza e forma, enquanto na insalubridade o empregado fica exposto diariamente a um risco, que causa danos a sua saúde, na periculosidade este não tem dano a saúde e 4Disponível em: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI255685,61044Possibilidade+de+cumulacao+dos+adi cionais+de+insalubridade+e, acessado em 19 de ago. de2017 as 15h 30min 5 MARTINS, Sergio Pinto, direito do trabalho, 30 º ed.-São Paulo atlas, 2014. Pag 711 6 Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm acessado em 13 de set. de 2017 as 02h e 21 min 7Disponível em: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI255685,61044Possibilidade+de+cumulacao+dos+adi cionais+de+insalubridade+e, acessado em 19 de ago. 2017 as 15h 30min 8Disponível em: https://thiagoloures.jusbrasil.com.br/artigos/112014763/possibilidade-de- cumulacao-do-adicional-de-insalubridade-com-periculosidade acessa- 19 de ago. de 2017 as 16h 31min 8 nem diário, mas sim em caso de um eventual acidente pode perder sua vida ou ser mutilado. 9 Podem existir funções laborais em que o trabalhador fica exposto as condições de insalubridade e periculosidade, porém a legislação brasileira é ambígua quanto a cumulação destes, os que são favoráveis defendem que a convenção 155 da OIT(Organização Internacional do Trabalho) em seu artigo 11 alínea “b” revogou o artigo 193 § 2 da CLT e também que este não fora recepcionado pela Constituição Federal de 1988 em seu artigo 7º, considerando a aplicação do acumulo de adicionais como garantia de aplicação dos princípios do direito do trabalho, sendo que, a norma deve ser interpretada em favor do hipossuficiente.10 Os adicionais mencionados elevam-se à condição de irrenunciáveis, o que lhes garante um status mais levado. A ciência disto é essencial para qualquer discussão acerca dos adicionais aludidos, pois é a conscientização de que os mesmos ocupam importância destacada no direito trabalhista e constitucional. 11 Os contrários ao acumulo argumentam que a convenção 155 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) não revogou o artigo 193 § 2 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e que juntamente com a Carta Magna não impõe a cumulação dos adicionais e sim uma faculdade de escolha entre um ou outro.12 A Convenção 155 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) estabelece que os órgãos competentes devem garantir a aplicação da mesma para que seja preservada a saúde e a segurança dos trabalhadores no ambiente de trabalho, dessa forma prevenir e diminuir o máximo possível dos acidentes e 9 MARTINS, Sergio Pinto, direito do trabalho, 30 º ed.-São Paulo atlas, 2014. Pag 25 10 Disponível em: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI255685,61044Possibilidade+de+cumulacao+dos+adi cionais+de+insalubridade+e, acessado em-19 de ago, de 2017 as 15h 30min 11 Disponível em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf- acessado em 18 de set de 2017 as 15h 33min 12 Disponível em: http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI255685,61044Possibilidade+de+cumulacao+dos+adi cionais+de+insalubridade+e - acessado em: 19 de ago, de 2017 as 15h 39min 9 danos gerados pelo exercício das atividades do trabalhador no exercício de suas atribuições.13 Para garantir a fiel aplicabilidade desta convenção, cabe ao órgão competente, determinar, limitar e controlar as atividades, processos e operações, considerando sempre os riscos decorrentes destas atribuições e os eventuais danos à saúde do profissional, danos estes consequentes do exercício destas atividades. Conforme artigo 11 alíneas “b”:14 a determinação das operações e processos que serão proibidos, limitados ou sujeitos à autorização ou ao controle da autoridade ou autoridades competentes, assim como a determinação das substâncias e agentes aos quais estará proibida a exposição no trabalho, ou bem limitadaou sujeita à autorização ou ao controle da autoridade ou autoridades competentes; deverão ser levados em consideração os riscos para a saúde decorrentes da exploração simultâneas a diversas substâncias ou agentes;15 Tais disposições sempre foram interpretadas de forma majoritária que, seria impossível o acumulo dos adicionais, porém, alguns doutrinadores discordam deste entendimento por acreditarem que a Convenção 155 da OIT(Organização Internacional do Trabalho) artigo 11 alíneas “b” revogou o dispositivo que impunha o dever de o trabalhador facultar por um ou outro adicional, garantindo que ao exercer uma atividade simultaneamente insalubre e periculosa receba por ambos riscos que está exposto, devendo o fato gerador destes serem distintos.16 Foi após a ratificação das convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho) que as discussões passaram a ser mais frequentes e curiosas com relação a saúde, segurança e medicina do trabalho. Nesse contexto de divergências nos posicionamentos dos tribunais regionais e superiores do trabalho, e em diferentes entendimentos doutrinários torna-se necessário uma discussão mais acurada com relação ao tema. 13 Disponível em: http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/OIT/OIT_155.html acessado em- 21 agos. de 2017 as 01h 02 min 14 Disponível em: http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/OIT/OIT_155.html acessado- 21 de agos. De 2017 as 01h 18 min 15 Disponível em: http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/OIT/OIT_155.html acessado- 21 de agos. De 2017 as 01h 18 min 16Disponível em http://genjuridico.com.br/2016/08/26/possibilidade-de-cumulacao-dos- adicionais-de-insalubridade-e-periculosidade-novo-round-no-tst/ acessado em 21 de agos. De 2017 as 03h 29 min 10 Examinar quanto a observância dos princípios e de como estes devem ser utilizados nas decisões. REVISÃO LITERARIA Histórico do Direito do Trabalho Após as inúmeras transformações sociais e econômicas consequentes da Revolução Industrial, surgiu o direito laboral como disciplina autônoma, originando a inserção das maquinas e a mudança populacional da área rural para área urbana, nesse contexto se tem a exploração mão de obra pelos possuidores dos meios de produção, já que a mão de obra era abundante e de pequeno valor econômico.17 As novas atividades laborais originaram vários problemas á saúde do trabalhador devido as excessivas horas de trabalho, ausências de equipamentos de proteção individual, inadequação das instalações, e etc.18 No decorrer do século XX surgiram várias legislações com a finalidade de regularizar a utilização da mão de obra criando direitos e obrigação aos empregados e empregadores. No âmbito internacional as principais preocupações foram relacionadas com a minimização dos riscos essenciais a atividade laboral, por intermédio de normas de saúde e segurança do trabalho19. Foram criados alguns mecanismos para “reparar” a exposição do trabalhador aos riscos, (monetização do risco; proibir o trabalho; e reduzir a jornada). No Brasil a maneira utilizada foi a de aumento na remuneração.20 17 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf - acessado em 15 de set, de 2017 as 01h e 52 min 18 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf - acessado em 15 de set, de 2017 as 01h e 59 min 19Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf - acessado em 15 de set, de 2017 as 02h e 19 min 20Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf - acessado em 15 de set, de 2017 as 02h e 19 min 11 Os adicionais de insalubridade e periculosidade tem o objetivo de satisfazer o empregado que realiza atividades laborais em ambientes não salubres, como uma forma de amortização por trabalhar e um ambiente insalubre ou perigoso.21 Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, surgiram inquietações no tocante a possibilidade de a mesma não acolher o dispositivo da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) que impõe ao trabalhador escolher entre um adicional ou outro.22 Após as convenções 148 e 155 da OIT (Organização Internacional do Trabalho) foi que os debates se tornaram ainda mais frequentes, pois estas preveem uma maior proteção a saúde e segurança do trabalho.23 A constituição Federal de 1988 foi o marco a introdução da saúde e medicina do trabalho na legislação brasileira, garantindo ao trabalhador o direito de minimização dos impactos causados pelas atividades laborais não salubres e perigosas por intermédio de normas de saúde e considerando a saúde laboral como um direito social.24 A Lei Orgânica da Saúde (8.080/90) e as leis previdenciárias (8.212/91 e 8.213/91) também instituíram normas de amparo à saúde do trabalhador. Coroando no plano jurídico a implantação das ideias básicas da etapa da saúde do trabalhador, o Brasil ratificou em 1990 a Convenção n. 161 da OIT sobre Serviços de Saúde do Trabalho e em 1992 a Convenção n. 155, também da OIT, sobre Segurança e Saúde dos Trabalhadores.25 21Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf - acessado em 15 de set, de 2017 as 02h e 32 min 22Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf - acessado em 15 de set, de 2017 as 02h e 32 min 23Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf - acessado em 15 de set, de 2017 as 02h e 42 min 24Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2007_oliveira_sebastiao_estrutura_normativa.pdf - acessado em 15 de set. de 2017 as 17h e 50min 25Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2007_oliveira_sebastiao_estrutura_normativa.pdf - acessado em 15 de set. de 2017 as 17h e 50min 12 Muito pode-se observar quanto as evoluções legislativas relacionadas com a saúde do trabalhador, hoje é necessário que se efetive os ditames legais.26 A constituição é a norma de maior hierarquia no ordenamento jurídico. Diante disso, a validade das demais normas tem como pressuposto que sejam compatíveis com as normas constitucionais.27 Neste sentido, segue o entendimento de Luís Roberto Barroso e Ana Paula de Barcelos: Do ponto de vista jurídico, o principal distintivo da Constituição é a sua supremacia, sua posição hierárquica superior à das demais normas do sistema. As leis, atos normativos e atos jurídicos em geral não poderão existir validamente se incompatíveis com alguma norma constitucional. A constituição regula tanto o modo de produção das demais normas jurídicas como também delimita o conteúdo que possam ter. Como consequência, a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo poderá ter caráter formal ou material. 28 No direito do trabalho a hierarquia das fontes formais do direito é revitalizada, uma vez que por força do princípio da proteção, aplica-se a norma mais favorável ao trabalhador, assim, a norma de hierarquia inferior não poderá validamente restringir ou afastar a proteção definida em norma de grau superior.29 Outrossim, havendo conflito entre lei e constituição, pretendendo a lei, restringir ou extinguir o conteúdo mínimo de proteção assegurado ao trabalhador pela Lei Maior, prevalecerá o principio da supremacia da constituição, e a lei terá tida por inconstitucional. 30 No direito do trabalho a hierarquia das fontes formais do direito érevitalizada, uma vez que por força do princípio da proteção, aplica-se a norma mais favorável ao trabalhador, assim, a norma de hierarquia inferior não poderá 26Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2007_oliveira_sebastiao_estrutura_normativa.pdf - acessado em 15 de set. de 2017 as 17h e 50min 27Disponivel em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf acessado em 18 de set de 2017 as 14h 10m 28Disponivel em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf acessado em 18 de set de 2017 as 14h 10m 29 Disponivel em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf acessado em 18 de set de 2017 as 14h 10m 30 Disponivel em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf acessado em 18 de set de 2017 as 14h 10m 13 31validamente restringir ou afastar a proteção definida em norma de grau superior. 32 Outrossim, havendo conflito entre lei e constituição, pretendendo a lei, restringir ou extinguir o conteúdo mínimo de proteção assegurado ao trabalhador pela Lei Maior, prevalecerá o princípio da supremacia da constituição, e a lei terá tida por inconstitucional. 33 SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO A medicina e segurança do trabalho visa um ambiente de trabalho equilibrado no tocante a saúde e segurança do trabalhador.34 A higiene do trabalho é a aplicação das medidas e princípios que a medicina estabelece, para proteção do trabalhador prevendo os perigos que se originam da atividade a laboral eliminação dos agentes nocivos em relação ao trabalhador constitui o objeto principal da higiene laboral.35 Sendo obrigação da empresa cumprir as regras impostas. O essencial seria se o trabalhador não exercesse atividades em locais insalubres pois causam danos, para o empregador algumas circunstâncias tornam-se bem mais vantajoso pagar o adicional ao invés de eliminar os elementos nocivos a saúde do trabalhador, pois exige apoios.36 Somente após a Revolução de 1930, é que realmente aumentaram as reivindicações trabalhistas, passando então a contar com a constituição brasileira de 1934 que foi a primeira a tratar especificadamente do direito do 31 Disponivel em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf acessado em 18 de set de 2017 as 14h 10m 32 Disponivel em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf acessado em 18 de set de 2017 as 14h 10m 33 Disponivel em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf acessado em 18 de set de 2017 as 14h 10m 34Disponivel em: http://www.centraljuridica.com/doutrina/32/direito_do_trabalho/seguranca_higiene_do_trabalho _periculosidade_insalubridade.html acessado em 17 de set de 2017 as 14h 00min 35Disponivel em: http://www.centraljuridica.com/doutrina/32/direito_do_trabalho/seguranca_higiene_do_trabalho _periculosidade_insalubridade.html acessado em 17 de set de 2017 as 14h 00min 36Disponivel em|: https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5872-acessado em 18 de sett de 2017 as 14h 00min 14 trabalho, a Constituição de 1967 reconheceu o direito dos trabalhadores à higiene e segurança no trabalho.37 A Constituição Federal de 1988 foi a mais completa ao tratar sobre o tema garantindo i direito a saúde laboral como um direito social urbano e rural e garantindo-lhes o direito a um ambiente salubre e o menos perigoso possível.38 A segurança e medicina do trabalho tratam da saúde física e mental do trabalhador, visando a em especial as doenças e acidentes originados das atividades laborais, observando quais as mudanças á saúde do trabalhador com relação ao tempo exposto aos agentes de insalubridade.39 Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: [...] XXII – redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde higiene e segurança; [...] XXIII – adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; [...] XXVIII – seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa; INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE O desenvolvimento econômico a partir da Revolução Industrial impulsionou o êxodo rural, trazendo problemas sócias de saúde e estrutura urbana, que refletiam na saúde pública.40 Nessa época as condições de trabalho eram totalmente desumanas dando origem a um grande problema social.41Estudiosos passaram ainda a se preocupar com as doenças advindas no ambiente do trabalho, essa preocupação deu-se no final do século XVIII, quando um médico (Bernardino 37Disponivel em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf acessado em 18 de set de 2017 as 14h 10m 38 Disponível e http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf- acessado em 18 de set de 2017 as 14h 20 min 39Disponível e http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf- acessado em 18 de set de 2017 as 14h 20 min 40 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2012_daroncho_leomar.pdf-acessado em: 14 de set de 2017 as 23h 39min 41 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2001_castro_flavia_tendencias_tratamento.pdf- acessado em 15 de set. de 2017 as 10h 00min 15 Ramazzini) considerado o pai da medicina do trabalho que afirmou que as doenças possuíam um nexo causal com as atividades laborais.4243 O surgimento e a evolução do Direito do Trabalho têm raízes nos instrumentos jurídicos construídos com o propósito de tornar suportável a precária situação social do trabalhador, notadamente no que diz respeito aos perigos a que estava exposto no ambiente de trabalho. E o enfrentamento dessa dura realidade começou a ser construído nos países centrais da Revolução industrial.44 A proteção do meio ambiente do trabalho tem a finalidade de manter o mesmo de forma a causar o menor dano possível aos trabalhadores. Porém algumas atividades são consideradas insalubres ou perigosas, devendo este ter autorização para a realização desta natureza de atividade. 45 A ideia de insalubridade surgiu igualmente no século XVIII, na França tinha como foco a estruturação do ambiente urbano e as suas relações com as doenças. Neste contexto surge a medicina da força do trabalho que desenvolveu juntamente com o capitalismo na Inglaterra.46 Assim o detrimento da saúde do trabalhador decorrentes de suas atividades laborais, é muito importante tanto para a saúde pública quanto para inclusão do cidadão trabalhador na sociedade e sua produção e capacidade para tal.47 Considera-se insalubre a atividade que por sua natureza, condição ou método laboral gera risco a saúde do trabalhador. Em que o agente nocivo seja superior ao índice fixado por lei.48 42Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2012_daroncho_leomar.pdf-acessado em: 14 de set de 2017 as 23h 39min 43 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2001_castro_flavia_tendencias_tratamento.pdf- acessado em 15 de set. de 2017 as 10h 00min 44 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2012_daroncho_leomar.pdf-acessado em 16 de set. de 2017 45 JUNIOR, José Cairo-4 ed.- editora podovm- curso direito do trabalho- pag 631 46 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2012_daroncho_leomar.pdf-acessado em: 14 de set de 2017 as 23h 39min 47 Disponívelem: file:///C:/Users/danie/Desktop/2012_daroncho_leomar.pdf-acessado em: 14 de set de 2017 as 23h 59min 48 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2012_daroncho_leomar.pdf-acessado em: 14 de set de 2017 as 00h 39min 16 O pagamento do adicional de insalubridade não será devido com o desaparecimento ou diminuição (compatíveis com os limites legais) dos agentes causadores.49 Considera-se insalubre o local em que os agentes físicos, químicos e biológicos podem ocasionar doenças ocupacionais. O Artigo 189 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) conceitua o que é atividade insalubre:50 Art.. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.51 Como uma forma de tentar diminuir os danos que estas atividades causam ao empregado a legislação impõe o pagamento de um adicional ao salário do trabalhador. 52 Como estabelece o artigo 192 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho): Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário- mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.53 O Rol das atividades consideradas insalubre está previsto em um rol taxativo do órgão competente do Ministério do Trabalho, de acordo com as orientações jurisprudências 04 e 173, da SDI-I do TST (Tribunal Superior do trabalho). 54 Adicional de insalubridade. Necessidade de classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho, não bastando a constatação por laudo pericial. CLT, art. 190. Aplicável. I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo 49 JUNIOR, José Cairo-4 ed.- editora podovm- curso direito do trabalho- pag 636 50 JUNIOR, José Cairo-4 ed.- editora podovm- curso direito do trabalho- pag 632 51 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm acessado em- 13 de set. de 2017 as 00h 51 min 52 JUNIOR, José Cairo-4 ed.- editora podovm- curso direito do trabalho- pag 633 53 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm acessado em- 13 de set. de 2017 as 02h 51 min 54 JUNIOR, José Cairo-4 ed.- editora podovm- curso direito do trabalho- pag 632 17 necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho.55 Assim corrobora o artigo 190 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho): Art.. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes.56 Ainda que uma atividade exponha a saúde do trabalhador a agentes danosos, deverá ser considerada como insalubre no rol de atividades do Ministério do Trabalho.57 O Ministério do Trabalho exercendo a competência atribuída pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) de estabelecer quais as atividades consideradas insalubres, publicou a Norma Regulamentadora 15 (Atividades e Operações Insalubres), que especifica quais as atividades consideradas não salubres.58 O trabalho perigoso é aquele que que expõe a vida e saúde do trabalhador a um risco proeminente. Por exemplo a atividade laboral que mantém contato assíduo ou periódico com explosivos, inflamáveis, eletricidade, radiações e etc.59 Para o trabalhador que labora em atividades perigosas a legislação impõe o pagamento de 30 % acrescidos ao salário base. O adicional de periculosidade possui natureza salarial, e incorpora-se a remuneração para todos os meios legais60 Não há como minimizar ou neutralizar as atividades perigosas, com uso de EPIs (equipamento de proteção individual) ou com medidas para paralisar os 55Disponível em: http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/OJ_SDI_1/n_s1_001.htm acessado em- 13 de set. de 2017 as 00h 51 min 56 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm acessado em- 13 de set. de 2017 as 03h 01 min 57 JUNIOR, José Cairo-4 ed.- editora podovm- curso direito do trabalho- pag 632 58 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2012_daroncho_leomar.pdf- acessado em 15 de set. de 2017 as 01h 37min 59 JUNIOR, José Cairo-4 ed.- editora podovm- curso direito do trabalho- pag 631 60 JUNIOR, José Cairo-4 ed.- editora podovm- curso direito do trabalho- pag 633 18 riscos à saúde como pode ocorrer com as insalubres, pois é de natureza da própria atividade, ser perigosa.61 POSIÇÃO JURISPRUDENCIAL E DOUTRINÁRIA DOMINANTE SOBRE O TEMA Até os dias atuais houveram muitas decisões relacionadas a possibilidade ou impossibilidade do acumulo dos adicionais de periculosidade e insalubridade. 62 A jurisprudência majoritária é contraria a possibilidade do acumulo dos adicionais de periculosidade e insalubridade, estes se utilizam do princípio da legalidade. 63 Nesse sentido, posicionam-se alguns julgadores: Adicional de insalubridade e de periculosidade. Cumulação. Impossibilidade. Prevalência do art. 193, § 2º, da CLT ante as Convenções nºs 148 e 155 da OIT. É vedada a percepção cumulativa dos adicionais de insalubridade e de periculosidade ante a expressa dicção do art. 193, § 2º, da CLT. Ademais, não obstante as Convenções nºs 148 e 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) tenham sido incorporadas ao ordenamento jurídico brasileiro, elas não se sobrepõem à norma interna que consagra entendimento diametralmente oposto, aplicando-se tão somente às situações ainda não reguladas por lei. Sob esse fundamento, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu do recurso de embargos, por divergência jurisprudencial, e no mérito, por maioria, negou-lhe provimento. Vencidos os Ministros Cláudio Mascarenhas Brandão, relator, Augusto César de Carvalho, Hugo Carlos Scheuermann e Alexandre Agra Belmonte. TSTE-ARR-1081-60.2012.5.03.0064, SBDI-I, rel. Min. Cláudio Mascarenhas Brandão, red. p/ acórdão Min. João Oreste Dalazen, 28.4.201664 Nesta decisão a turma julgadora decidiu que não é possível a cumulatividade dos adicionais no sentido de que, mesmo com a ratificação das OITs (Organização Internacional do Trabalho) 155 e 148, o dever regulamentar 61Disponível em :file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf-acessado em 15 de set de 2017 as 14h 49 min. 62 62 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf-acessado em 15 de set de 2017 as 14h 54min 63 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf-acessado em 15 de set de 2017 as 14h 54min 64Disponível em http://www.armador.com.br/wp-posts/a-impossibilidade-de-cumulacao-dos- adicionais-de-insalubridade-e-periculosidade - acessado em: 17 de set. de 2017 as 18h 20 min 19 as normas do trabalha é competência da União e que a imposição deste na cumulatividade está totalmente em acordo com as OITs (Organização Internacional do Trabalho) e com a Constituição Federalde 1988.65 Para os contrários a cumulatividade o artigo 7º, XXII garante ao trabalhador o direito aos adicionais, porém estabelece que a regulamentação ordinária que impõe os requisitos da forma de como serão regulamentados. E está impõe ao empregado a escolha do que lhe for mais benéfico66 Alguns doutrinadores argumentam que a exposição aos agentes físicos, químicos ou biológicos pode adoecer o trabalhador de forma lenta e já o trabalho perigoso pode impossibilita-lo por um período, permanentemente ou até mesmo levar a morte.67 O adicional de insalubridade é uma contraprestação para casuais danos impostos à saúde do laborioso, já o adicional de periculosidade tutela a própria vida e objetiva compensar danos à integridade física do prestador dos serviços.68 Quando ocorre de o trabalhador ficar exposto a ambos os riscos este recebe só por um, deixando o trabalhador em desvantagem na relação contratual, afrontando os princípios constitucionais.69 A cumulatividade dos adicionais supracitados tem grande relevância para toda a sociedade e operantes do direito, este está garantido no art. 7º da constituição como direito social do trabalhador abrangendo o respeito à 65 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf-acessado em 15 de set de 2017 as 14h 54min 66 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf-acessado em 15 de set de 2017 as 14h 54min 67 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf-acessado em 15 de set de 2017 as 14h 54min 68 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf-acessado em 15 de set de 2017 as 14h 54min 69 Disponível em: file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionais.pdf-acessado em 15 de set de 2017 as 14h 54min 20 dignidade da pessoa previsto na Constituição Federal de 1988, que obriga o legislador a diminuir os riscos a saúde e a vida do trabalhador.70 Alguns doutrinadores posicionam-se de forma favorável: ADICIONAL DE PERICULOSIDADE E INSALUBRIDADE - CUMULAÇÃO - POSSIBILIDADE - ESTÍMULO À ADOÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS EM MATÉRIA DE PROTEÇÃO DA SAÚDE DO TRABALHADOR - EFICÁCIA HORIZONTAL DE DIREITOS FUNDAMENTAIS. 1. É possível a cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade, em interpretação evolutiva do art. 193, parágrafo 2º, da CLT. 2. Já não é novidade a cumulação de adicionais que advêm da exposição do trabalhador a situações de maior penosidade, tal como a cumulação do adicional de horas extras com o adicional noturno. É também possível a cumulação de adicionais para o trabalhador que está sujeito a labor em condições de risco acentuado ou insalubridade, com o adicional de trabalho em horário noturno e até em sobrejornada, hipótese em que esses dois últimos adicionais, horas extras e noturno, poderão ser cumulados ao adicional de insalubridade. 3. A possibilidade de recebimento cumulado estimula o empregador na melhoria das condições do meio ambiente de trabalho (prevenção, que tem preferência sobre a reparação dos prejuízos), o que está no coração das normas de proteção à saúde do trabalhador no Brasil e no mundo. 4. Esta parece ser a solução que melhor atende aos valores positivados nas normas-princípio da Constituição e à necessidade de concretizar, com a maior efetividade possível, os direitos fundamentais ligados à remuneração de atividades penosas, insalubres ou perigosas (art. 7º, XXII), à vedação do retrocesso social (art. 7º, caput), à proteção à saúde do trabalhador (art. 7º, XXII) e à dignidade da pessoa humana (art. 1º, III), além de constituir aplicação de preceitos do Direito Internacional do Trabalho (Convenção nº 155/OIT, ratificada pelo Brasil, possuindo eficácia pelo menos supralegal, segundo interpretação do STF). (TRT da 3.ª Região; Processo: 0001267- 96.2014.5.03.0134 RO; Data de Publicação: 21/06/2016; Disponibilização: 20/06/2016, DEJT/TRT3/Cad.Jud, Página 229; Órgão Julgador: Quarta Turma; Relator: Convocada Martha Halfeld F. de Mendonca Schmidt; Revisor: Convocada Maria Cristina Diniz Caixeta).71 De maneira minoritária as decisões do TST(Tribunal Superior do Trabalho) passaram a decidir de forma favorável, defendendo que a Constituição Federal de 1988 não recepciona o artigo 193 § 2º da CLT(Consolidação das Leis do Trabalho) que é anterior a Constituição Federal, e que esta encontra-se em desacordo com as Convenções da OIT(Organização Internacional do Trabalho) ratificadas pelo Brasil.72 70Disponível em http://www.ambito- juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16059-acessado em 16 de set. de 2017 as 17h e 24min 71Disponível em http://www.armador.com.br/wp-posts/a-impossibilidade-de-cumulacao-dos- adicionais-de-insalubridade-e-periculosidade acessado em 17 de set. de 2017 as 14h 00min 72 Disponível em http://www.armador.com.br/wp-posts/a-impossibilidade-de-cumulacao-dos- adicionais-de-insalubridade-e-periculosidade acessado em 17 de set. de 2017 as 14h 00min 21 Grande parte das empresas, que realizam atividades com agentes insalubres ou periculosos presentes, equipam aos seus empregados os E.P.Is (Equipamento de Proteção Individual), necessários à neutralização destes agentes nocivos em grande parte das situações laborais. 73 Porém, existem situações onde resta marcada a vivência tanto de insalubridade quanto de periculosidade naquele determinado ambiente de trabalho.74 O TST (Tribunal Superior do Trabalho) fundamenta seu novo posicionamento favorável a cumulatividade dos adicionais no que estabelece as Convenções 148 e 155 da Organização Internacional do trabalho (OIT), as quais foram ratificadas pela Nação Brasileira.75 Pois as Convenções são considerados como tratados, e superam as imposições previstas na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e também nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.76 Por esse motivo o fato da exposição simultânea do trabalhador à agentes insalubres e periculosos, segundo novo entendimento do TST, gera a obrigação da empresa em remunerar o empregado a ambos os adicionais.77 Tal entendimento está consubstanciado no fato de que o empregado ao optar pelo adicional de periculosidade (ou o mais vantajoso), não o isenta de sofrer os riscos causados pelos agentes insalubres.78 Dessa forma pode-se concluir que é admissível a cumulação dos adicionais de insalubridade e periculosidade, quando o trabalhador adimple atividade sob a 73Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/Acumulacao-insalubridade- periculosidade.htm- acessado em 17 de set. de 2017 as 12h 00min 74Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/Acumulacao-insalubridade- periculosidade.htm- acessado em 17 de set. de 2017 as 12h 00min 75 Disponivel em: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/Acumulacao-insalubridade- periculosidade.htm- acessado em 17 de set. de 2017 as 12h 00min 76 Disponivel em: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/Acumulacao-insalubridade- periculosidade.htm- acessado em 17 de set. de 2017 as 12h 00min 77Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/Acumulacao-insalubridade- periculosidade.htm- acessado em 17 de set. de 2017 as 12h 00min 78Disponível em: http://www.guiatrabalhista.com.br/tematicas/Acumulacao-insalubridade- periculosidade.htm- acessado em 17 de set. de 2017 as 12h 00min 22 incidência de agentes nocivos à saúde,bem como nos casos em que há risco acentuado do trabalho.79 Afinal, os adicionais de insalubridade e periculosidade apontam não só o pagamento pelos danos nocivos à saúde e os riscos do ambiente do trabalho, mas também com o intuito de resgatar a dignidade humana do trabalhador.80 A possibilidade de cumulação do adicional de insalubridade e de periculosidade tem grande valor jurídico, pois visa a compensar de forma pecuniária os danos que o trabalhador que labora exposto a agentes degradantes à saúde e a situações de risco à vida.81 Compete enfatizar que os adicionais de insalubridade e o de periculosidade são de fatos geradores diferentes. O fato gerador do adicional de insalubridade é o labor exposto a agentes nocivos à saúde, acima dos níveis toleráveis. 82 Por sua vez, o fato gerador do adicional de periculosidade é o trabalho em contato com inflamáveis, explosivos, eletricidade e radiação ionizante ou substâncias radioativas, que estão ligados diretamente a danos que podem deixar o trabalhador incapacitado por um período ou para sempre.83 Em relação à insalubridade, o risco a saúde pode ser causado por agentes físicos, químicos ou biológicos, sendo que entre os primeiros pode-se destacar ruídos, temperaturas extremas, vibrações, umidade, pressões normais e radiações; entre o segundo, os agentes poderiam ser poeiras e fibras, neblinas, névoas e gases e vapores; e entre os últimos, vírus, bactérias, fungos e parasitas em geral.84 79Disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php? n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9891 – acessado em 17 de set. de 2017 as 12h 44 min 80 Disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php? n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9891 – acessado em 17 de set. de 2017 as 12h 44 min 81 Disponível em: http://www.ambito- juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9891 – acessado em 17 de set. de 2017 as 12h 44 min 82 Disponível em: http://www.ambito- juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9891 – acessado em 17 de set. de 2017 as 12h 44 min 83 Disponível em: http://www.ambito- juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9891 – acessado em 17 de set. de 2017 as 12h 44 min 84 Disponível em: http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf- acessado em 18 de set de 2017 as 15h 00min 23 CRONOGRAMAS 2017 – 02. REFERÊNCIA http://www.migalhas.com.br/dePeso/16,MI255685,61044Possibilidade+de+cum ulacao+dos+adicionais+de+insalubridade+e, https://thiagoloures.jusbrasil.com.br/artigos/112014763/possibilidade-de- cumulacao-do-adicional-de-insalubridade-com-periculosidade, acesso em: http://www.trtsp.jus.br/geral/tribunal2/LEGIS/CLT/OIT/OIT_155.html https://www.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/busca?q=CUMULA%C3%87AO+AD ICIONAL+DE+INSALUBRIDADE+E+DE+PERICULOSIDADE&p=2 http://genjuridico.com.br/2016/08/26/possibilidade-de-cumulacao-dos- adicionais-de-insalubridade-e-periculosidade-novo-round-no-tst/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm http://www3.tst.jus.br/jurisprudencia/OJ_SDI_1/n_s1_001.htm JUNIOR, José Cairo-4 ed.- editora podovm- curso direito do trabalho http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm file:///C:/Users/danie/Desktop/2012_daroncho_leomar.pdf ATIVIDADES JULHO AGOS. SET. OUT. NOV. Diagnóstico X Realização da pesquisa X X X Análise dos dados X X X Entrega do projeto de TCC X Entrega do primeiro capitulo X 24 file:///C:/Users/danie/Desktop/2015_nascimento_eduardo_cumulacao_adicionai s.pdf http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf file:///C:/Users/danie/Desktop/2001_castro_flavia_tendencias_tratamento.pdf file:///C:/Users/danie/Desktop/2013_machado_marcel_adicional_insalubridade. pdf file:///C:/Users/danie/Desktop/2002_feliciano_guilherme_meio_ambiente.pdf file:///C:/Users/danie/Desktop/2012_daroncho_leomar.pdf file:///C:/Users/danie/Desktop/2010_silva_otavio_meio_ambiente.pdf file:///C:/Users/danie/Desktop/015_catharino.pdf file:///C:/Users/danie/Desktop/2012_daroncho_leomar.pdf file:///C:/Users/danie/Desktop/2013_machado_marcel_adicional_insalubridade. pdf http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura& artigo_id=9891 http://www.centraljuridica.com/doutrina/32/direito_do_trabalho/seguranca_higie ne_do_trabalho_periculosidade_insalubridade.html https://www.jurisway.org.br/v2/dhall.asp?id_dh=5872 http://saude.migratum.com.br/periculosidade-insalubridade-penosidade conceitos/ https://juventudepetroleira.wordpress.com/2011/03/21/trabalhador-faz-jus-ao- recebimento-cumulativo-de-periculosidade-e-insalubridade/ http://siaibib01.univali.br/pdf/Camila%20Kelly%20de%20Souza%20Silva.pdf