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Matemática Financeira Angelo Corsetti angelocorsetti@uol.com.br FINANÇAS PARA EXECUTIVOS VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO O Estado da Arte do FDC De acordo com Weston e Brigham, (Fundamentos da Administração Financeira, pg 201)... “de todas as técnicas empregadas em finanças, nenhuma é mais importante do que o conceito do Valor do Dinheiro no Tempo (VDT) ou a análise do Fluxo de Caixa Descontado (FCD)” VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO ELEMENTOS Tempo ( n ) Principal ( P ) Valor Presente = ( VP ) Montante ( M ) Valor Futuro = ( VF ) Taxa = ( i ) Juro ( J ) TAXA DE JUROS 1% = 1 / 100 = 0,01 JUROS RISCO: Probabilidade de o tomador do empréstimo não devolver o dinheiro DESPESAS: Operacionais, contratuais e tributárias Perda do poder aquisitivo da moeda INFLAÇÃO: Fixado em função das demais oportunidades de investimento ( “custo de oportunidade” ) GANHO: 0 1 2 3 4 Entradas de caixa (+) Saídas de Caixa ( - ) (Tempo) DIAGRAMA DO FLUXO DE CAIXA Demonstram como os juros são formados e incorporados ao capital no decorrer do tempo Neste regime, a taxa de juros incide somente sobre o capital inicial. Os Juros Simples são também conhecidos como: Juros Lineares. CAPITALIZAÇÃO SIMPLES Neste regime, a taxa de juros incide ao final de cada período de capitalização, sobre o capital inicial acrescido dos juros acumulados até o período anterior. Os Juros Compostos são também conhecidos como: juros exponenciais (Juros sobre Juros). CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA REGRAS BÁSICAS vire NAS FÓRMULAS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA: Tanto o prazo da operação como a taxa de juros devem necessariamente estar expressas na mesma unidade de tempo. As taxas de juros deverão sempre estar expressas na forma unitária. FÓRMULAS DE JUROS COMPOSTOS M = P (1 + i) n A partir desta expressão genérica, por transformação algébrica calculamos as outras fórmulas: P = M (1 + i) n i = M P n - 1 i = M P - 1OU 1 n n = log M P log (1 + i) Diferença Entre Juros Simples e Juros Compostos Período (em dias) Montante Juros Simples Juros Compostos P = 1.000 i = 10% a.m. 08 1.026,67 1.025,74 12 1.040,00 1.038,86 15 1.050,00 1.048,80 30 1.100,00 1.100,00 60 1.200,00 1.210,00 90 1.300,00 1.331,00 Para um período menor que o primeiro período de capitalização: JS > JC Para um período igual ao primeiro período de capitalização JS = JC Para um período maior que o primeiro período de capitalização JS < JC CONCLUSÃO Representação Gráfica dos Juros Simples e Juros Compostos Montante M 1 P M = Juros Compostos M = Juros Simples Períodos 1º Período de capitalização TAXAS NOMINAIS: Uma taxa de juros é nominal, quando o período de capitalização não coincide com o período da taxa. 24% a.a. , capitalizada mensalmente TAXAS EFETIVAS: Uma taxa de juros é efetiva, quando o período de capitalização coincide com o período da taxa. 24% a.a. , capitalizada anualmente TAXAS EQUIVALENTES Duas ou mais taxas são equivalentes se, quando aplicadas sobre o mesmo principal durante o mesmo período, produzem o mesmo montante no regime de juros compostos. Fórmula Genérica Id = ( 1 + ic) - 1 nd nc id = Taxa a determinar ic = Taxa conhecida nd = período em dias da taxa a determinar nc = período em dias da taxa conhecida Sendo: INFLAÇÃO De maneira genérica podemos caracterizar a inflação como sendo um processo contínuo e generalizado de aumento de preços na economia. TAXA REAL x TAXA NOMINAL (APARENTE) ÍNDICES DE PREÇOS Os índices de preços são utilizados para calcular a variação de preços (inflação) de um período a outro. I= 𝑷𝒏 𝑷𝒏 −𝒕 − 𝟏 Sendo: I = Taxa de Inflação P = Índice de Preços n, n – t = respectivamente, data de determinação da taxa de inflação e o período anterior considerado. ÍNDICES DE PREÇOS O QUE SÃO? São números que agregam e representam os preços de determinada cesta de produtos e serviços. Sua variação mede, portanto, a variação média dos preços dessa cesta. Os índices mais difundidos são os índices de preços ao consumidor, que medem a variação do custo de vida de segmentos da população (taxa de inflação ou deflação). ÍNDICES DE PREÇOS Metodologia de cálculo Determinará como combinar em uma única medida estatística a variação do preço do conjunto de bens e serviços pesquisados. São comuns as metodologias de Laspeyres e a de Paasche. EXERCÍCIOS Calcular a inflação pelo IGP-Di MÊS MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ IGP-Di 650 703 800 904 1010 1153 1354 1576 a) A inflação do 2º semestre: b) A inflação do 4º trimestre: c) A inflação de outubro: TAXA APARENTE (NOMINAL) E TAXA REAL A Taxa Nominal de juros é aquela adotada normalmente nas operações correntes. Taxa Real ( r ) = 1 + taxa nominal ( i ) 1 + taxa de inflação ( I ) - 1 A FÓRMULA GENÉRICA PARA APURAÇÃO DA TAXA REAL É: A Taxa Real de juros é obtida descontando-se da taxa nominal os efeitos inflacionários. EXERCÍCIO – FLUXOS DE CAIXA MOEDA CORRENTE VERSUS MOEDA CONSTANTE ANO 01 02 03 04 ∆ % Lucro Nominal (Fluxo de caixa moeda corrente) Lucro Real (Fluxo de caixa moeda constante) ano 01 Lucro real (Fluxo de caixa moeda constante) ano 04 IGP – DI 650 728 859 1031 5.000 5.750 6.610 7.600 Observações: 1) O Fluxo de Caixa em moeda corrente (inclui a inflação). São nominados também de preços correntes. Cada um desses valores expressam o poder aquisitivo da moeda em cada uma de suas respectivas datas. 2) O FC em moeda constante (exclui a inflação) e expressa o poder de compra em uma única data. São também nominados de preços constantes. Quando ambos os fluxos estiverem na mesma data, os fluxos nominais e reais são os mesmos. Resp: 19X6 19X7 19X8 Inflação 220% 400% Um fluxo de caixa representa uma série de pagamentos ou de recebimentos que se estima ocorrer em um determinado intervalo de tempo FLUXOS DE CAIXA CLASSIFICAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Período de Ocorrência Postecipados Periodicidade Periódicos Não-Periódicos Antecipados Diferidos Duração Valores Constantes Variáveis Limitados (Finitos) Ilimitados (Infinitos) As perpetuidades representam um caso especial de anuidades, uma vez que os seus fluxos de caixa se estendem indefinidamente. PERPETUIDADES CÁLCULO DE PERPETUIDADES i FC PV 1 VP de uma perpetuidade com taxa de crescimento zero Obs:. O Fluxo de Caixa é o Fluxo de Caixa que vai ocorrer exatamente daqui a um período (as séries são postecipadas) CÁLCULO DE PERPETUIDADES gi FC PV 1 VP de uma perpetuidade com taxa de crescimento constante Obs:. O Fluxo de Caixa é o Fluxo de Caixa que vai ocorrer exatamente daqui a um período (as séries são postecipadas) Perpetuidade Crescente (um caso específico) Suponhamos que queiramos criar uma perpetuidade de crescente a 2%a.a. e então invistamos $100 em um investimento que paga 5%a.a. de juros. Ao final de um ano, teremos $105 no banco. Se sacarmos apenas $3, teremos $102 para reinvestir (2% a mais do que a quantiaque tínhamos inicialmente). Esta quantia crescerá, então, para $102 x 1,05 = $107,10 no ano seguinte, e poderemos sacar $3 x 1,02 = $3,06, o que nos deixaria com um principal de $104,04. Observe que $102 x 1,02 = $104,04. Isto é, tanto a quantia que sacamos quanto o principal que reinvestimos crescem a 2%a.a., a cada ano. 0 1 2 3 ∞ $100 $105 $107,10 $109,242 $ 3 saca $102 $ 3,06 saca $ 3,1212 saca $104,04 $106,12 Observações: Convenção das Perpetuidades crescentes: a) O primeiro pagamento ocorre no final do primeiro período b) O primeiro pagamento não cresce Diagrama de Fluxo de Caixa Dois ou mais capitais são equivalentes a uma dada taxa de juros, numa determinada data focal, se os seus valores forem iguais nessa mesma data focal. EQUIVALÊNCIA FINANCEIRA DE CAPITAIS SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Tratam, essencialmente, da forma pela qual o principal e os encargos financeiros são restituídos ao credor do capital. SISTEMA FRANCÊS DE AMORTIZAÇÃO (PRICE) Este sistema consiste em um plano de amortização de uma dívida em prestações periódicas, iguais e sucessivas. Ano Saldo Amortização Juros Prestação Devedor 0 100.000,00 1 83.620,25 16.379,75 10.000,00 26.379,75 2 65.602,53 18.017,72 8.362,03 26.379,75 3 45.783,03 19.819,50 6.560,25 26.379,75 4 23.981,58 21.801,45 4.578,30 26.379,75 5 23.981,58 2.398,16 26.379,75 Total 100.000,00 31.898,74 131.898,74 Amortização Juro Prestação Períodos SISTEMA FRANCÊS Sistema de Amortização Constante ( SAC) Este sistema consiste em um plano de amortização de uma dívida em prestações periódicas, sucessivas e decrescentes em progressão aritmética Ano Saldo Amortização Juros Prestação Devedor 0 100.000 1 80.000 20.000 10.000 30.000 2 60.000 20.000 8.000 28.000 3 40.000 20.000 6.000 26.000 4 20.000 20.000 4.000 24.000 5 20.000 2.000 22.000 Total 100.000 30.000 130.000 Amortização Juro Prestação Períodos SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE www.insper.edu.br
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