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EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) HISTÓRIA DA ARTE E ARQUITETURA I– PROF.ª CLARISSA BORGES Teresina, agosto de 2017 EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) AULA DE HOJE ... PARTE I: Complexo funerário de Djocer e Amehotep PARTE II: Templos Egípcios e suas características PARTE III: Moradias e objetos PARTE IV: Produção de mapa mental em dupla. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) CONDIÇÕES DE LOCALIZAÇÃO DAS CONSTRUÇÕES A observação do percurso do rio e dos ciclos naturais de cheias e vazantes para orientação: Longitudinal sul-norte (o percurso do rio) Transversal leste-oeste (o percurso do sol). Usaram a margem direita do rio, a leste para construir as cidades onde os vivos moravam, e a margem esquerda do rio, a oeste, para a edificação das cidades dos mortos. Assim, Tratava-se de eventos metafísicos - uso da orientação da natureza com finalidades simbólicas e sagradas. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.1 Complexo funerário de Djocer e Amehotep DJOCER, Zhoser ou Geser (c. 2649 a 2575 a.C.), segundo faraó da Terceira Dinastia do Império Antigo. Reinou durante quase duas décadas (19 anos). Foi responsável pela construção do primeiro edifício monumental em pedra do mundo, a Pirâmide de Degraus de Saqqara, idealizada pelo seu arquiteto IMHOTEP. Até então, os governantes eram sepultados nas mastabas, uma construção retangular de apenas um piso. Escultura de Djocer EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.1 Complexo funerário de Djocer e Amehotep Construído por Amehotep a nordeste da cidade de Mênfis , constituía de um edifício piramidal (pirâmide em degraus) dentro de um grande complexo formado também por uma muralha e amplo pátio cercado por estruturas como “elementos decorativos cerimoniais.” Complexo de Saqqara ou Complexo Funerário de Djocer EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.1 Complexo funerário de Djocer e Amehotep 1- Entrada 2- Pátio aberto 3-Pirâmide escalonada 4- Casa do Norte 5-Casa do Sul 6- Pátio de Hebsed 7- Colunata 8- Frisos de cobras 9- Túmulo meridional 7 8 9 1 2 5 4 6 3 PERSPECTIVA EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.1 Complexo funerário de Djocer e Amehotep 1- ENTRADA Entrada da estreita porta do Complexo de Saqqara, simbolizando que a pessoa apenas com a sua alma pudesse nele penetrar, com ela em seu interior se manifestar e ali ficar “no além” – ou, ficar no limiar com a terra dos vivos. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.1 Complexo funerário de Djocer e Amehotep 2 e 8 - PÁTIO ABERTO E FRISOS DE COBRAS Grande pátio sul é uma zona aberta do tamanho de um campo de futebol, situado na frente da pirâmide e com destaque os frisos de cobras. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.1 Complexo funerário de Djocer e Amehotep 6 – PIRÂMIDE ESCALONADA Amehotep inovou ao contruí-la escalonada e com pedra calcária. Os seus quatro lados (cada um com cerca de sessenta e seis metros), estão alinhados segundo os pontos cardeais, com o sentido de harmonizar o monumento com a ordem cósmica. Pirâmide escalonada de Djocer EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.1 Complexo funerário de Djocer e Amehotep 6 - PÁTIO DE HEBSED É uma zona aberta do tamanho de um campo de futebol (95x18m), situado na frente da pirâmide. Este pátio estava relacionado com um ritual onde o faraó renovava seu governo, além de ser uma área importante de cerimonial que incluía celebrações nas “capelas” dos deuses. Pátio de Hebsed, grande pátio sul com restos de pavilhões. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.1 Complexo funerário de Djocer e Amehotep COLUNATAS INTERNAS Formavam um espaço, logo após a estreita porta (fenda). Este ambiente era único no complexo de Saqqara contendo 40 colunas (vinte à direita e vinte à esquerda), que formavam dentro deste “corredor” um poderoso campo de força e que ampliavam os sentimentos daqueles que por ele passavam. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.1 Complexo funerário de Djocer e Amehotep 7- COLUNATAS EXTERNAS E MURO Muro de pedra com cerca de 10 metros de altura que circundava o complexo de Saqqara. Era composto por reentrâncias cuja sincronicidade geravam pórticos em intervalos constantes. Tinha 14 portas falsas e apenas uma verdadeira. Detalhe do muro externo com colunatas e reentrâncias EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios Estavam localizados no Vale fértil do Nilo entre desertos e montanhas. Grandiosos e suntuosos eram usados para culto aos deuses e celebração dos faraós. Nesses locais eram realizados rituais como oferendas, encenação de suas atividades mitológicas através de festivais entre outras. Reprodução da entrada do templo de Luxor EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios De modo geral, um santuário. Haviam salões fechados, pátios abertos e uma alameda de acesso que continha esfinges de ambos os lados para o percurso das procissões durante os festivais. Era ainda cercado por um muro externo e dentro do qual, eram edificados outros edifícios de usos secundários. O QUE CONTINHAM OS TEMPLOS ? Templo de Horus - Sala Hipostila EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios Apresentavam forma tripartida composta por um Peristilo, uma Sala Hipóstila e o Santuário. A sequência de cômodos e espaços ficava mais escura e menor, como na superfície e altura, ou seja, a arquitetura refletia a progressão da vida à vida após a morte. Peristilo: Se assemelha-se um corredor coberto que circunda lateralmente um pátio aberto através de uma ou mais fileiras de colunas. Sala Hipóstila : Grande sala com colunas que sustentam o teto, sendo que os vãos entre as colunas são chamados de nave Santuário: pequena sala contendo a imagem do deus ao qual o templo é destinado O QUE CONTINHAM OS TEMPLOS ? EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios Marcavam a entrada do templo uma alameda de acesso ladeada por esfinges e os obeliscos. Esfinges: Grandes esculturas em pedra com cabeça de homem e corpo de leão. Obeliscos: Monumentos comemorativos. Sua principal função era de cunho religioso, como homenagem aos faraós ou deuses, sobremaneira à Rá, o deus do sol na mitologia egípcia. O QUE CONTINHAM OS TEMPLOS ? EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios Obeliscos: É uma pedra monolítica, muitas vezes de granito extraído da região. Possui base quadrangular que vai se afunilando a medida que alcança o topo e é finalizado e arrematado por uma pequena pirâmide. Assentado na vertical é decorado com inscrições hieroglíficas gravadas nas superfícies laterais. O QUE CONTINHAM OS TEMPLOS ? EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios 1- Obelisco 2- Pilono 3- Sala hípetra 4- Sala hipóstila 5- Câmara de Deus 6- Santuário PERSPECTIVA 6 5 4 3 2 1 ESFINGES LADEANDO A ENTRADA EGITO: ALTO EBAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios QUEM TINHA ACESSO A ESSAS ÁREAS? 6 5 4 3 2 1 1, 2 e 3: o povo 4 : os altos dignatários 5 e 6: dependências reservadas aos sacerdotes. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios Seus elementos construtivos imitavam a natureza, e se utilizam da decoração de acordo com variados padrões de simbolismo religioso. Motivos decorativos: palmeiras, papiros e flores de Lótus entre outros. ELEMENTOS CONSTRUTIVOS Capiteis com palmeira e flor de Lótus EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios 1- Colunas para sustentação da arquitrave (viga) : baseadas em formas naturais, seus fustes quase sempre remetiam a ideia de feixes de cana de papiro amarrados. 2- Capitéis (elemento de apoio da arquitrave) eram decorados com símbolos do alto e do baixo Egito . Alto Egito: flores de lótus Baixo Egito: papiro ELEMENTOS CONSTRUTIVOS EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios TIPOS DE COLUNAS Divididas em base, fuste e capitel, que por sua vez, variam de acordo com cada tipo da coluna: 1- Palmiforme: inspirada na palmeira branca típica daquela região do norte da África. 2- Protodórica: Não possui base, o fuste possui caneluras e seu capitel é formado por um suporte quadrangular. Palmiforme Protodórica. Entrada do complexo funerário de Djoser em Sakkara EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios TIPOS DE COLUNAS 3- Lotiforme: Não possui base, o fuste é composto de ranhuras que lembram um feixe de caules de lótus, como se estivessem amarrados e o capitel é uma flor de lótus com corolas fechadas e estilizadas geometricamente. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios TIPOS DE COLUNAS 4- Papiriforme: Seu fuste é fasciculado (em forma de feixe), com arestas vivas e seu capitel tem forma de campânula que representa a flor do papiro. É a mais luxuosa e decorativa. Pode ser aberta e fechada Papiriforme aberta EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios TIPOS DE COLUNAS Papiriforme fechada em Abu-Sinbel - Egito EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios VARIAÇÕES DE COLUNAS Coluna Hatórica Colunas fasciculada e de capitel estriado EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios PADRÕES Padrões de cores e formas dos capiteis e colunas EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios TEMPLOS DE LUXOR E KARNAK Ruínas do Templo de Luxor Luxor e Karnak ficavam próximos a cidade de Tebas às margens do Rio Nilo. Luxor foi iniciado em 1.200 a.C. e era ligado ao templo de Karnak por uma longa alameda ladeada por centenas de esfinges, com 3,5 km de extensão. Na verdade, fazem parte de um complexo de templos dedicados a várias divindades egípcias: EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios TEMPLOS DE LUXOR E KARNAK 1. Templo de Amón-Rá 2. Templo de Mut. 3. Templo de Khonso 4.Templo de Ipyt (no canto sul) 5. Templo de Petah 6. Templo de Osíris 7. Templo de Atón (foi destruído, estava construído no lado leste de Karnak) 8. outros santuários e capelas espalhadas. Série de colunas papiriformes do Templo de Luxor EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios TEMPLOS DE LUXOR E KARNAK Ruínas da fachada com a alameda de esfinges e as colunas papiriformes do Templo de Karnak. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA A ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios TEMPLOS DE LUXOR E KARNAK Hieróglifos dos templos de Luxor e Karnak 1- Luxor | 2- Karnak 1 2 EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios TEMPLO DE ABU SIMBEL Entrada ladeada por grandes esculturas d Ramsés II esculpidas nas rochas. Construído numa encosta íngreme da montanha na Núbia perto da fronteira com o Sudão no Baixo Egito em Abu-Simbel. Trata-se de um complexo arqueológico composto por dois templos talhados e escavados na rocha construídos entre 1.279 e 1.212 a.C. por Ramsés II. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios TEMPLO DE ABU SIMBEL Esculturas de Ramsés II e sua esposa preferida, Nefertari esculpidas nas rochas. Colossos de Ramsés II EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 3. A ARQUITETURA PARA ETERNIDADE 3.2 Os Templos Egípcios TEMPLO DE ABU SIMBEL Na década de 1960 a UNESCO arrecadou $40,000,000 para retirar o templo do seu local original e levá-lo para um local seguro, longe das enchentes provocadas pelas represas já existentes no Nilo. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 4. A ARQUITETURA CIVIL MORADIAS Representação de uma casa egípcia simples http://vkarquitetura.blogspot.com.br/2014/ 05/casas-egipcias.html Os egípcios mais pobres utilizavam madeira e juncos de papiros para construir suas casas. Apesar de pequenas e sem conforto algum, elas supriam a necessidade básica do abrigo. Como em toda a sociedade egípcia, o tamanho e a qualidade do material usado dependiam da classe social à qual a família pertencia EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 4. ARQUITETURA CIVIL MORADIAS Representação de uma vila com casas nobres http://vkarquitetura.blogspot.com.br/2014/ 05/casas-egipcias.html A principal-matéria prima para a construção da maioria das casas e até de palácios era o adobe – tijolo de barro – seco ao sol. Utilizavam pedras para servir de base nas colunas que eram basicamente feitas de madeira. EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 5. OBJETOS EGÍPCIOS JÓIAS E ADORNOS Jóias ou adornos Cruz ansata, representava a vida eterna EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) 5. OBJETOS EGÍPCIOS MÓVEIS EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) Máscara e urnas funerárias 5. OBJETOS EGÍPCIOS OBJETOS FUNERÁRIOS E DE RITUAIS EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) Vasos CANÓPICOS eram utilizados para guardar as víceras do morto durante o processo de mumificação. Os vasos eram colocados nos túmulos orientados para cada um dos pontos cardeais, sendo cada um deles associados a uma deusa tutelar: Ísis, Néftis, Neit e Serket. 5. OBJETOS EGÍPCIOS VASOS FUNERÁRIOS EGITO: ALTO E BAIXO (CONTINUAÇÃO) ATIVIDADE DE CLASSE Produção de mapa mental sobre a arquitetura dos Templos Egípcios (Em dupla). Obrigado!
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