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ANA LUIZA GOMES LIMA DE FRANÇA DANIELA ALMEIDA AZEVEDO ARAUJO FLÁVIA MILENA MESQUITA DE BRITO LOHANNA GONÇALVES BIBIANO DA SILVA PAULA MAIA SOUZA DA SILVA RODRIGO BAHIA DE AGUIAR MENEZES TEMPLO DE LUXOR SALVADOR - BA 2021 1: DADOS GERAIS Nome: Templo de Luxor Área: 416 km² Data de fundação: 1400 a.C (iniciado na época de Amenófis III e concluído pelos povos romanos). Localização: cidade de Luxor, província de Luxor, região do Alto Egito, país Egito. Coordenadas geográficas: 25° 42' N 32° 38' 21" E Região histórica: Tebas (atual cidade de Luxor) Tamanho: 260 metros de largura. Construtores: Amenófis III, Tutancâmon, Horemheb, Ramsés II e Alexandre, O Grande. Estilo Arquitetônico: Arquitetura do Antigo Egito Material: Construído em arenito (rocha sedimentar). Entre os anos de 1400 e 1000 a.c. onde Amenófis III ordenou a construção da parte interior e, posteriormente, Ramessés II a parte exterior. Técnica de construção: Simbolismo e ilusionismo – visto, por exemplo, na entrada contendo dois obeliscos de alturas diferentes, criando uma ilusão, ao olhar humano, de mesma medida. Salas do Templo: Corredor central do templo, Obelisco de granito vermelho, grandes Estátuas do faraó Ramessés II , Salão principal, Avenida das Esfinges, grandes Colunas do Faraó Amenófis III e Santuário. Importância: Fundamental para a relização do Festival de Opet - festa anual de Tebas, onde as estátuas de Amom, Mut e Quespisiquis eram transportadas em uma procissão, do Templo de Amom (em Carnaque) ao Templo de Luxor. O grande destaque do ritual era o encontro das três estátuas: Amom, Carnaque e Luxor. Além disso, ocorria uma re-coroação do Faraó. 2: HISTÓRICO O Templo de Luxor é um dos maiores símbolos da cultura egípcia, utilizado por vários reinados durante o Egito Antigo. Sendo construído no coração da cidade de Luxor (antiga Tebas), ele concede a esta o título de “maior museu a céu aberto do mundo” ou “ao ar livre”. Portanto, é essencial destacar que Tebas manteve-se capital do reino egípcio por centenas de anos, originando, assim, muitos dos templos mais ilustres dos dias atuais. Foi construído em 1400 a.C, durante o novo Reinado do Egito, paralelo à margem leste do grande Rio Nilo, no sul do Egito. O que explica o nome dado à construção que, na língua egípcia, é chamado de ipet resyt, em outras palavras, “santuário do sul”. Foi iniciado no período do Novo Reino (1290-1352 a.C) com o Faraó Amenófis III, um dos mais notáveis construtores do Antigo Egito. Posterior a ele, o Faraó Tutancâmon deu continuidade à estruturação ao longo do seu reinado (1336-1327 a.C). Em seguida, Faraó Horemheb (1323-1295 a.C). E, por último, Ramsés II (1279 – 13 a.C) que, curiosamente, reutilizou muitos dos já existentes monumentos para fortalecer sua influência e estima. Dessa forma, as principais estátuas e esculturas existentes do Templo, atualmente, são alegorias à imagem de Ramsés II. Ademais, houve pequenos acréscimos elaborados por Alexandre, o Grande (como o santuário de granito dedicado a ele, na parte traseira) e os povos romanos. A edificação se destaca por seu imenso potencial preservado, mesmo após tanto tempo. E por, excepcionalmente, não ter sido construído para a adoração de um determinado deus ou deuses, acredita-se que seu objetivo era, na verdade, a dedicação ao rejuvenescimento da realeza. Isto é, diversos reis foram coroados no templo, sendo louvados por estarem “renovando” o reinado. Ao passar das centenas de anos na região do Templo, houve um grande acúmulo de entulho e lixo. Por esse motivo, formou-se um monte artificial, com uma altura aproximada de 15 metros, ocultando o monumento. Inicialmente, o interesse em se descobrir o que havia embaixo do lixo surgiu de Mariette Pasha, que identificou a ocultação de 3 quartos, como também dos pátios e colunatas que constituíam o núcleo da construção. Em vista disso, a escavação da construção só foi iniciada em 1884, pelo professor Gaston Maspero, quando conseguiu uma autorização do Ministro de escavações, dando continuidade aos trabalhos de Mariette. Posteriormente, desaceleraram o ritmo de escavações, acontecendo esporadicamente até meados de 1960. 3: DESCRIÇÃO FÍSICA Material A edificação datada por volta de 1.400 a.C tem como principal componente construtivo o arenito - abundante no Egito e principalmente no Sudoeste deste, local principal do fornecimento da matéria para o Templo. Comumente chamado entre os pesquisadores de “Arenito Núbio”. O Arenito é uma rocha sedimentar clástica (composta por clastos), resultante da deposição de areias que, após um processo de compactação e cimentação, se transformam em rochas. A classificação “núbio” tem tal nomenclatura por causa do seu local de extração, um sistema aquífero do arenito núbio. Por ser uma das rochas sedimentares mais abundantes da crosta terrestre, é amplamente usado em construções desde os primórdios das edificações. No alto Egito diversas estruturas foram construídas através deste material, como por exemplo a Esfinge. Construção O templo demorou cerca de 400 anos para ser finalizado, sendo essa lentidão devido às várias ampliações feitas pelos Faraós em seus reinados. Uma das partes mais tardadas era esculpir os hieroglifos nas paredes, uma vez que essa estrutura, assim como nos pilares, funcionava como meio de comunicação. Ao final de sua construção, o templo abrigava 260 metros de comprimento. A obra foi construída à margem do rio Nilo, possuindo uma organização linear em todo seu comprimento, mesmo havendo uma adaptação por efeito da proximidade das margens do rio. Técnicas empregadas Uma das principais técnicas aplicadas no antigo Egito era a de ilusão óptica, percebida logo na entrada do templo através dos obeliscos. O inusitado aqui é que as duas estruturas de obeliscos não têm a mesma altura, mas para o observador de frente, a ilusão é de que são iguais. Isso é possível graças ao layout de sua construção, pois as distâncias foram aumentadas, fazendo com que as paredes logo atrás dos monumentos, parecerem do mesmo tamanho. Essa técnica, provavelmente, foi utilizada para realçar o caminho de entrada, promovendo uma sensação de magnitude ainda maior. Fachada Os obeliscos foram construídos em quartzo rosa e esculpidos com hieroglifos remetentes a Ramses II. Cada um pesa em torno de 230T e possui 25 m de altura. Atualmente apenas um se encontra no local visto que o outro foi presenteado à França no século XIX. Na sua fachada há uma separação vertical onde é o acesso frontal para o templo. Proporção Áurea A entrada do Templo foi projetada seguindo a proporção áurea, ou número de ouro. Assim todas as formas da entrada são regidas pela constante aplicada em diversas obras durante a história como no Partenon de Atenas. Na geometria, o retângulo de ouro surge do processo de divisão em média e extrema razão, de Euclides. Ele é assim chamado porque ao dividir a base desse retângulo pela sua altura, obtêm-se o número de ouro 1,618. Plantas Na planta acima pode-se observar a relação entre cheios (coloração vermelha) e vazios (coloração amarela). 4: CARACTERÍSTICAS DA ARQUITETURA O Templo de Luxor segue o estilo arquitetônico do Antigo Egito, desse modo, observa-se as características universais de: • Monumentalidade • Estruturação ortogonal • Organização axial e simétrica • Aversão aos espaços internos • Formas pesadas e maciças • Jogo de luz e sombra • Ideia de percurso • Salas preenchidas com colunas • Presença de obeliscos Também eram comuns nos templos a existência de: • Avenida cerimonial: percurso elaborado que leva até a entrada do templo • Pilono: pórtico monumentalsituado à entrada • Peristilo: pátio aberto com colunas • Hipostilo: salão com colunas coberto • Santuário: recinto mais fechado para o Deus Por consequência, todas as salas são de tamanhos decrescentes à medida que se avança. No Templo de Luxor pode-se perceber que tais características arquitetônicas são muito evidentes. Visto que, logo na entrada, encontra-se a avenida das esfinges, que ligava os templos de Luxor e Karnak no passado - trata-se de uma fila de estátuas de esfinges (um ser mitológico com corpo de leão e torso humano) - medindo 3 km. Dessa maneira, este trajeto é denominado de “caminho da procissão” ou, também, chamada de avenida cerimonial. Na entrada, construída por Ramsés II, percebe-se dois pilonos que possuem relevos que narram a batalha de Kadesh, dos egípcios contra os hititas (atual Turquia). Algo bem marcante na entrada são as estátuas sentadas de 15m de altura do faraó feitas de granito cinza. À frente dos pilonos há um obelisco feito em quartzo rosa, mas no passado eram dois, como já dito. Em sua base, encontram-se representados quatro babuínos com as mãos levantadas - sinal de adoração ao deus solar e ao nascer do sol. Logo ao entrar, encontra-se um pátio largo que foi adicionado ao templo antigo por Ramsés II, mostrando o faraó com diferentes divindades e em estátuas colossais. Ao redor, estão as colunas, ao todo 74, no formato de papiro. E, ainda, há 3 capelas dedicadas a Amon (centro), Mut (esquerda) e Khonsu (direita), a trindade divina do Egito antigo. Estátuas das divindades Mut, Amon e Khonsu Estátua de Ramsés II ao lado de uma das divindades À esquerda, encontra-se a mesquita de Abu Al-Haggag que remonta à época dos Fatimidas (996). A mesquita foi construída pelos árabes no século XIII, e os egípcios decidiram preservar. Em seguida, após a mesquita, segue-se para um caminho de colunas, formada por 14 apoios paralelos, de 16 metros de altura, cada chamadas de “colunada processional de Amenhotep III”, ligando o pátio de Ramsés II ao pátio de Amenhotep III. Em seguida, adentra-se no pátio de Amenhotep III, sendo esta mais antiga que a anterior. Então, depara-se com uma série de colunas, marcadas por figuras de deuses, restauradas na XIX Dinastia. À entrada do pátio de Amenhotep III, existem duas estátuas sentadas que representam Ramsés II vigiando o templo. A próxima sala do templo é bem diferente das demais. O que anteriormente era um vestíbulo (antessala do santuário), torna-se uma capela de adoração a Augustus, chamada de quarto do rei divino, posteriormente transformada pelos romanos. Estes fizeram também uma nova decoração nas paredes, por cima dos relevos egípcios, adicionando uma camada de estuque, pintando com figuras de estilo greco-romana. Pinturas greco-romanas desbotadas E, finalmente, adentrado ao santuário, avista-se um verdadeiro labirinto de salas recheadas de relevos e hieróglifos. Em uma das câmaras do santuário, existe o chamado “Presépio de Amenhotep III” - trata-se de relevos que contam a história do nascimento do deus Hórus e que se assemelham muito ao nascimento bíblico de Jesus Cristo. 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