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PROCESSO CIVIL II

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AULA 06 
AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO
1 – CONCEITO: É a reunião de caráter processual, realizada nas dependências do Foro competente para processar e julgar a ação, na qual as partes e seus procuradores comparecem perante o juiz para serem ouvidas e apresentarem suas provas.
2 – OBJETIVO: Serve para o juiz instruir e julgar. Instruir o processo significa informá-lo através da oitiva das partes, das testemunhas e dos peritos. Julgar o processo é o ato que o juiz concretiza ao proferir a sentença.
3 – PARTICIPANTES DA AUDIÊNCIA: Participam da audiência, além do juiz, as partes e seus procuradores, as testemunhas, o escrivão e os peritos, estes se a oitiva tiver sido requerida pelas partes. O MP deve ser intimado a participar quando a lei considerar obrigatória sua intervenção.
4 – ORDEM DOS TRABALHOS NA AUDIÊNCIA
A audiência deve ser presidida pelo juiz, e deve seguir a seguinte ordem:
4.1 – Pregão (art. 358, NCPC) – consiste na chamada nominal das partes e seus advogados para início da audiência. É feito por um servidor ou auxiliar do juízo que chamará as partes e seus advogados, alertando-os que a audiência está prestes a começar.
Atraso na audiência (art.362, III, NCPC) – Se houver atraso injustificado do início da audiência em tempo superior a 30 minutos, você poderá requerer o adiamento do ato processual.
4.2 – Local onde as partes sentam – embora não exista nenhuma disposição legal a respeito, é praxe, nas audiências cíveis, que o MP fique à direita do Juiz; o Escrivão, à esquerda; os autores e respectivos advogados, à direita do Juiz; os réus e respectivos advogados, à esquerda do Juiz. 
4.3 – Conciliação prévia (art. 359, NCPC) – Presentes todas as partes e seus advogados, o juiz declarará aberta a audiência e tentará conciliar as partes, mesmo que já tenha ocorrido prévia tentativa de conciliação. O NPC dá ênfase às resoluções pacíficas de controvérsias, privilegiando, sempre que possível, a conciliação e mediação entre os envolvidos.
Havendo acordo, este será tomado por termo, e homologado por sentença, encerrando o processo.
4.4 – Poder de Polícia do Juiz (art. 360, I a III) – Incumbe ao juiz a manutenção da ordem e do decoro na audiência, podendo ordenar a retirada da sala da audiência daqueles que se comportem inconvenientemente, bem como requisitar força policial.
4.5 – Deveres do Juiz (art. 360, IV e V) – ler.
4.6 – Ordem de produção da prova oral (art. 361, NCPC) – Inexistindo conciliação entre as partes, serão produzidas as provas orais. O rito demanda que as provas orais do autor precederão as provas do réu, sendo ouvidas as provas orais preferencialmente na seguinte ordem:
					Peritos e assistentes técnicos, primeiro os do autor, depois os do réu;
					Depoimento pessoal do autor e, em seguida, o do réu;
					Testemunhas arroladas pelo autor e, em seguida, a do réu.
Incumbe a uma parte requerer o depoimento da outra. Em outras palavras, você NÃO pode requerer que seja colhido o depoimento pessoal do seu cliente, mas tão somente da parte contrária. Ler artigo 385.
4.7 – Hipóteses de adiamento da audiência (art. 362) – ler.
Lembre-se que a audiência é una e contínua, só podendo ser cindida excepcional e justificadamente na ausência de perito ou testemunha, desde que haja concordância das partes (art.365, NCPC). Ler 363.
4.8 – Debates orais – Razões finais orais (art. 364, NCPC) – Finda a instrução, o advogado do autor e, em seguida, o do réu, terão a palavra por 20 (vinte) minutos, prorrogável por 10 (dez) minutos para fazer suas alegações finais (razões finais).
Havendo litisconsortes, o prazo será de 30 (trinta) minutos, que serão divididos entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso.
Possibilidade de apresentação de razões finais escritas (364, § 2º) – Se a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, apresentadas primeiro pelo autor e depois pelo réu, no prazo de 15 dias cada.
Portanto, se você não se sente confortável ou tem horror em fazer os debates orais, você tem pelo menos três opções:
pedir que suas razões finais sejam feitas por remissão às suas peças processuais (inicial e réplica, ou contestação);
argumentar a complexidade da causa para pleitear prazo para apresentação das razões finais por escrito ou
vencer o seu medo.
4.9 – Sentença (art. 366) – encerrados os debates ou oferecidos os memoriais, o juiz deve proferir a sentença desde logo ou no prazo de 30 dias. Após publicada a sentença, cabe recurso de embargos de declaração – prazo de 5 dias – e recurso de apelação – prazo de 15 dias.
4.10 – Termo ou Ata da Audiência (art. 367) – só ler.

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