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OBRIGAÇÕES CIVIS E NATURAIS

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A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. 
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis 
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 
 
 
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Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 
 
Obrigações Civis e Naturais 
- Obrigação civil é a que permite que seu cumprimento seja exigido pelo próprio credor, mediante 
ação judicial. 
Ex.: a obrigação da pessoa que vendeu um carro de entregar a documentação referente ao veículo. 
- Obrigação natural permite que o devedor não a cumpra e não dá o direito ao credor de exigir sua 
prestação. Entretanto, se o devedor realizar o pagamento da obrigação, não terá o direito de requerê-la 
novamente, pois não cabe o pedido de restituição. 
Ex.: Arts. 814, 882 e 564, III do Código Civil. 
"Artigo 814 CC - As dívidas de jogo ou de aposta não obrigam a pagamento; mas não se pode recobrar a 
quantia, que voluntariamente se pagou, salvo se foi ganha por dolo, ou se o perdente é menor ou interdito". 
 
Obrigação Civil X Obrigação Natural 
Obrigação Civil corresponde às modalidades de obrigações existentes no novo código civil, as 
quais possuem todos os seus elementos constitutivos: sujeito, objeto e vínculo jurídico. Este último confere 
ao credor direito de, em face do inadimplemento da obrigação avençada por parte do devedor (ou 
devedores), exigir judicialmente o seu cumprimento. Trata-se de uma garantia maior ao credor, que terá seu 
direito adimplido voluntariamente, ou coercitivamente diante da atividade jurisdicional. 
Partindo desse pressuposto, busca-se aqui diferenciá-la da Obrigação Natural. Esta não possui todos 
os elementos essenciais à uma possível execução judicial. Observa-se a existência do sujeito e do objeto. No 
entanto, o vínculo jurídico não possui aplicabilidade. Diante desta deficiência, o inadimplemento de uma 
obrigação sob a égide de uma obrigação natural, o credor não tem o direito positivado, protegido pela norma 
civil - e portanto, não pode executar-lhe uma ação de cobrança. Trata-se de uma obrigação sem garantia, 
sem sanção, sem ação exigível. 
Desta feita, uma parte não pode sofrer de uma carga desproporcional, tampouco um dano 
demasiado. Nessa modalidade o credor não tem o direito de exigir o cumprimento da prestação, e o 
inadimplente não está obrigado a cumprí-la. Em contrapartida, caso este último, voluntariamente, efetua o 
pagamento, não terá direito de haver o que pagou por restituição. Então a doutrina especializada prevê que 
na obrigação natural não cabe o pedido de restituição da importância, porém, em caso de cumprimento da 
obrigação de forma voluntária por parte do devedor paga em dívida, estando ela prescrita, este não poderá 
requerer a restituição daquilo que fora pago, ainda que sem que ele tivesse a noção de que aquele ato 
corresponderia ao pagamento do mesmo. Aqui não se trata de erro, mas sim um pagamento diverso da 
obrigação, sob a égide da voluntariedade do devedor, o qual fora retido pelo credor como pagamento da 
obrigação havida. 
Observam-se, neste foco, as duas formas de obrigação natural previstas pelo novo Código Civil de 
2002: 
a) art. 882, do Diploma Civil: 
"cumprir obrigação judicialmente inexigível"; 
b) art. 564, inciso III, do mesmo diploma, segundo o qual não se revogam por ingratidão as doações 
havidas em cumprimento de Obrigação Natural. 
Não obstante, dívidas provenientes de jogos de azar - não regulamentados por lei – outrossim, não 
podem ser exigidas. É desprovido de ação o apostador que se tornou credor por qualquer título de crédito, 
emitido para pagamento de dívida de jogo ou aposta. Salvo títulos permitidos e regulamentados pela lei 
brasileira (mega-sena p. e.).

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