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Plano de Aula Sem. 1 CCJ 0129.

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PORTUGUÊS INSTRUMENTAL - CCJ0129 
Semana Aula: 1 
ABORDAGEM NORMATIVA DA LÍNGUA: ORTOGRAFIA E ACENTUAÇÂO GRÁFICA 
Tema 
Aspectos da escrita: Ortografia e Acentuação Gráfica 
Palavras-chave 
Regras Ortográficas ? Acentuação Gráfica 
Objetivos 
• Conhecer as regras ortográficas da Língua Portuguesa. 
• Reconhecer que a língua portuguesa não mudou: o que ocorreu basicamente foram alterações 
de natureza gráfica. 
• Compreender as regras básicas da acentuação gráfica. 
• Identificar a utilização correta de acentos gráficos na escrita e do sinal gráfico "hífen, 
Estrutura de Conteúdo 
As regras ortográficas da Língua Portuguesa: 
1. O acordo ortográfico vigente. 
2. Mudanças nas regras de acentuação gráfica. 
3. Emprego do hífen. 
4. Uso do porquê: porque, porquê, por que, por quê 
 
Indicação de Leitura Específica 
LEITE,Maria Tereza de Moura e PALADINO, Valquiria da Cunha. Português Instrumental. Rio de 
Janeiro: UNESA, 2014. Capítulo 1 - Aspectos da escrita: ortografia, acentuação e pontuação, p. 10-19, 
116. 
Aplicação: articulação teoria e prática 
 
 
Veja como a colocação do acento modifica o sentido de uma palavra: 
 
 "Uma sábia não sabia onde estava sabiá." 
 
1 - Leia o poema abaixo e acentue corretamente todas as palavras proparoxítonas. 
A rosa de Hiroxima (Vinicius de Moraes) 
 
Pensem nas crianças 
Mudas telepaticas 
Pensem nas meninas 
Cegas inexatas 
Pensem nas mulheres 
Rotas alteradas 
Pensem nas feridas 
Como rosas calidas 
Mas oh não se esqueçam 
Da rosa da rosa 
Da rosa de Hiroxima 
A rosa hereditaria 
A rosa radioativa 
Estupida e invalida 
A rosa com cirrose 
A antirrosa atomica 
Sem cor sem perfume 
Sem rosa sem nada. 
2 - Explique por que as palavras "creem" e "voo" não estão acentuadas na imagem abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 - Todas as placas abaixo reproduzidas possuem palavras que não foram acentuadas de forma correta. 
Identifique-as e reescreva as placas, indicando a regra de acentuação que não foi observada. 
 
 
 
 
 
 
4 - Forme as palavras, aplicando as regras de utilização do hífen. 
pseudo + herói 
auto + aprovação 
ultra + radical 
super + atleta 
anti + caspa 
ante + sala 
ex + aluno 
anti + hemorrágico 
multi + idiomas 
anti + inflamatório 
neo + socialista 
super + mercado 
mega + computador 
auto + retrato 
multi + colorido 
contra + regra 
circum + mediterrâneo 
auto + observação 
co + autor 
semi + integral 
mini + hotel 
micro + ondas 
auto + análise 
pré + natal 
extra + oficial 
pós + data 
contra + cheque 
extra + classe 
inter + regional 
5 - Complete o texto abaixo, utilizando corretamente por que / porque / por quê / porquê. 
 
OS PORQUÊS DO PORQUINHO 
 
 Aconteceu na Grécia! 
 
 Era uma vez um jovem porquinho, belo e bom, muito pequenino, cuja vida foi dedicada à procura dos 
____________________ da floresta. Tal porquinho, incansável em sua busca, passava o dia 
percorrendo matas, cavernas e savanas perguntando aos bichos e aos insetos que encontrava pelo 
caminho todos os tipos de ____________________ que lhes viessem à cabeça. 
 _ ____________________ você tem listras pretas se os cavalos não as têm ? - perguntava 
gentilmente o porquinho às zebras. 
 
 _ Pernas compridas ____________________, se outros pássaros não as têm? - indagava às siriemas, 
de forma perspicaz. 
 
 _ ____________________ isso? ____________________ aquilo? 
 
 Era um festival de ____________________, dia após dia, ano após ano, sem que ele encontrasse 
respostas adequadas aos seus questionamentos de porquinho. 
 
 Por exemplo, sempre que se deparava com uma abelha trabalhando arduamente, ele perguntava 
____________________. E a pergunta era sempre a mesma: 
 
 _ Saberias, por acaso, ____________________ fazes o mel, oh querida abelhinha? 
 
 E a abelha, com seus conhecimentos de abelha, sempre respondia assim ao 
____________________: 
 
 _ Fabrico o mel porque tenho que alimentar a colmeia. 
 Mas a resposta das abelhas não o satisfazia, ____________________ eram os ursos os maiores 
beneficiados com aquela atividade. 
 
 _ Alguma coisa deve estar muito errada, ____________________ eram os ursões que ficavam com 
quase todo o mel, sem ter produzido um pingo.- pensava o porquinho. 
 
 Então, valente como os porquinhos de sua época, seguia pela floresta à procura de ursões, fortes e 
poderosos, ansioso por que eles soubessem a resposta. Quando encontrava um, perguntava: 
 
 _ Senhor, grande e esperto ursão, poderias me dizer a razão e solucionar o ____________________ 
da questão? 
 
 E alguns ursos, mais exibidos, até tentavam responder, ____________________ de mel eles 
entendiam muito, mas sobre trabalho... as respostas eram sempre do senso comum de ursão e não 
resolviam a questão. 
 
 Elas fabricam o mel _____________________ ele é muito gostoso. - diziam uns. 
 
 _ Elas o fabricam ____________________ o mel é delicioso. - diziam outros. 
 Havia aqueles que se limitavam a olhar feio e, ainda, aqueles que até ameaçavam o pobre porquinho 
e iam embora, sem dizer ____________________. Apesar disso, o porquinho seguia em frente. 
 
 Um dia - porque toda história têm um dia especial - o porquinho encontrou um oráculo em seu 
caminho e resolveu elaborar o seu mais profundo ____________________. Afinal, oráculo é para 
essas coisas. Então, ele perguntou com sua voz fininha, mas de modo firme e sonoro 
 _ ____________________ existo? 
 
 Houve um profundo silêncio na floresta e o porquinho pensou que aquele ____________________ 
nunca seria respondido, afinal. 
 Mas de repente, o oráculo falou, estrondosamente, ____________________ era oráculo. 
 _ Procure o Sr. Leão, rei da floresta, e pergunte a ele ____________________ você existe. Só ele 
lhe dará uma resposta adequada. 
 
 Então, feliz, animado e saltitante, lá se foi o porquinho à casa do grande e sábio rei da floresta, 
carregando o seu também grande e sábio ____________________. 
 
 Ao chegar à casa do leão, o porquinho bateu à porta e, quando foi atendido por sua realeza, tratou 
logo de lascar o seu _____________________ mais precioso: 
 
 _ Sr. Leão, rei dos reis, sábio dos sábios, poderia Vossa Alteza me dizer ____________________ 
existo? 
 E o leão, ____________________ era leão, respondeu mais que depressa. 
 Nhac. 
 ____________________ é o da história! 
 Fim 
 (http://www.gentequeeduca.org.br/planos-de-aula/introducao-gramatica-com-o-texto-os-
porques-do-porquinho) 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL 
 
 O texto abaixo “REDASSÃO, UM ATO DE EXCREVER” foi produzido por um candidato em 
prova de vestibular. A linguagem usada pelo estudante está inadequada ao padrão culto da língua. 
Foram cometidos erros de ortografia e de concordância; uso de gírias; ausência ou emprego incorreto 
de sinais de pontuação. Além disso, duas informações estão incorretas (procure no 1º parágrafo) e 
outras afirmativas feitas ao longo da redação não têm fundamento, isto é, os argumentos não têm 
consistência, pois são produtos de uma visão simplista e distorcida da realidade. 
 
REDASSÃO, UM ATO DE EXCREVER. 
 Como eu vejo este problema? Eu não vejo. Num tá com nada quem andou espalhando por aí que 
nós não temos o hábito de leitura. A gente não tem hábito por causa que ninguém escreve pros jovens. 
Uma vez em 1977 eu entrei numa livraria e só tinha livro pra adulto e pra criança. Aí eu pedi um livro 
para mim e o vendedor trouxe um, dum cara chamado RobsonCruzeiro que morava numa ilha deserta 
e teve um caso com um índio. Aí eu disse pro vendedor: escuta meu irmão, isso não tem nada a ver, eu 
moro na Barata Ribeiro e não tem índio em Copacabana. 
 
 Acho que os jovens e os livros transaram um encontro errado: os jovens foram prum lado e os livros 
pro outro. Mas os adultos é que devem responder a essa pergunta. Se vocês, caras, que são adultos não 
sabem, se soubessem não tavam perguntando, que dirá eu que nunca li nem um livro de cheque. Aliás, 
tô achando esse tema muito devagar. Livro num tá com nada. Meu avô me disse que o mundo era 
muito melhor quando não havia livros. Os astecas nunca leram um livro fizeram uma civilização 
porreta. Os incas também nunca entraram numa livraria. Deviam mais era pegar esses caras que se 
metem a escrever livros e jogar na lavoura. Se por cada página de livro fosse plantado um pé de tomate 
tava resolvido o problema da fome. Depois que todo mundo acabasse de comer aí então a gente ia 
fazer a digestão lendo um livrinho que pode ser, deixa ver se me lembro de algum? Ah, sim, podia ser 
o Livro de Ouro da minha avó. 
 
 Acho também que a falta de hábito de leitura é por causa que ler não é fácil. Ler é uma transa muito 
complicada. Tanto é, que no Brasil tem mais de 50 milhões de pessoas que não sabem ler. A gente 
tinha que mudar esse alfabeto. Fazer umas letras e umas palavras que o analfabeto também pudesse 
entender. Esse alfabeto é muito careta, antigão e quadrado. O mundo mudou muito nestas últimas 
décadas só o alfabeto continua o mesmo. Eu não agento mais. A televisão que começou muito depois 
do livro tá mandando ver. Há dez anos que a gente já tem tevê a cores. O livro continua em preto e 
branco. A gente abre, é aquela coisa monótona, as páginas brancas e as letrinhas pretas. Só a capa é 
que é bonita. Por isso eu só gosto de ler capa de livro. Acho que os jovens iam ler mais 
se os livros só tivessem capa. 
 
Propostas de Trabalho 
1ª opção: 
1. Reescrever todo o texto corrigindo os erros cometidos. 
2. Substituir as duas informações erradas pelas corretas. 
3. Identificar uma das afirmações sobre o assunto do tema que carece de fundamento. 
4. Rebater a afirmação identificada com argumentos plausíveis, defendendo o seu ponto de vista. 
2ª opção: 
1. Fazer outra redação a respeito do mesmo tema. 
TEMA: São frequentes os comentários sobre a falta de hábito de leitura dos jovens. Como você vê este 
problema? Que fatores estarão dificultando o encontro dos jovens com os livros? 
 
 
Considerações Adicionais 
O CABOCLO, O PADRE E O ESTUDANTE 
 Luís da Câmara Cascudo 
 Um estudante e um padre vêm de muito longe pelas estradas do sertão, discutindo sobre os mais 
variados assuntos tendo um caboclo como bagageiro. Ao cair da tarde e depois de muito andar, veem 
ao longe, uma casinha onde poderiam descansar e recarregar as energias para continuar a caminhada 
do dia seguinte. 
 
 Ao chegar à casa, uma mulher muito simples lhes oferece uma rede para cada um repousar, uma 
jarra com água e um pequeno e único queijo de cabra. Não sabendo como dividir o queijo, mesmo 
porque daria um minúsculo pedaço para cada um, o padre sugere que todos durmam e o queijo será 
daquele que tiver o sonho mais bonito durante a noite, pensando enganar a todos com seus discursos 
oratórios. 
 Como eles não têm outra opção, aceitam a proposta e dormem. O caboclo, ao ouvir os roncos dos 
companheiros, levanta-se durante a noite, vai até o queijo e come-o por inteiro. 
 
 No dia seguinte, todos se sentam à mesa para contar os sonhos que tiveram. 
 O padre diz ter sonhado com a escada de Jacó e descreveu-se nela brilhantemente. Por ela subia 
triunfantemente para o céu. O estudante então, narra que sonhara já dentro do céu à espera do padre 
que subia. O caboclo então sorri e diz: 
 
 ? Eu sonhei que via Seu padre subindo a escada e Seu doutor lá dentro do céu, rodeado de amigos. 
Eu ficava na terra e gritava: ?Seu doutor, Seu padre, o queijo! Vosmincês esqueceram o queijo? Então 
vosmincês respondiam de longe, do céu: ? Come o queijo, caboclo! Come o queijo, caboclo! Nós 
estamos no céu, não queremos o queijo?. O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, me 
levantei, enquanto vosmincês dormiam, e comi o queijo... 
Adaptado de Câmara Cascudo. Contos tradicionais do Brasil. Rio de Janeiro: Tecnoprint, 1967.

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