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Direito Civil - Pablo Stolze - Aula 06

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INTENSIVO REGULAR ROTATIVO 
 Disciplina: Direito Civil 
 Aula: 6 
 Prof.: Pablo Stolze 
 Data: 11 e 13.09.2007 
 
 
 
- 1 – 
ÍNDICE 
 
1 – Jurisprudência Vícios do Negócio Jurídico: p.01 
 
 
1. “A moléstia grave de um dos cônjuges ignorada pelo outro à data do consentimento, só seria 
razão jurídica para anulação, se preenchidos os demais requisitos legais: transmissibilidade da 
patologia, e colocação, sob risco de vida e de saúde, do marido, ou da prole” – RT 706/61. 
 
2. “Anula-se o casamento por erro essencial de pessoas, se comprovado ficou que a mulher, no 
casamento, desconhecia ser, o marido, portador de esquizofrenia transmissível por herança 
genética à descendência” – RT 676/149. 
 
3. “A admissão pela vendedora de que transferiu ao comprador lotes impróprios para a 
construção, porque localizados em um banhado, não configura simples hipótese de vício 
redibitório, mas, sim, de vício do ato jurídico, sob a modalidade do dolo, vez que induzido em 
erro o adquirente pelo vendedor, que buscava, assim, proveito indevido. Na melhor das 
hipóteses para o alienante, se estaria frente a erro substancial, por dizer respeito a qualidades 
essenciais que levaram à realização do ato jurídico. E em ambas essas hipóteses o prazo 
prescricional não é o semestral previsto para o vício redibitório, mas o de quatro anos, nos 
termos do art. 178, § 9.º, V, “b”, do CC” – RT 669/172. No mesmo sentido: RT 610/135. No 
mesmo sentido: RT 605/235. 
 
4. “É anulável o ato jurídico por erro substancial, escusável e real, capaz de viciar a vontade de 
quem o pratica (art. 147, II, do CC). Há necessidade, contudo, de ser demonstrado por quem o 
invoca, mas, por ser fenômeno de ordem subjetiva, que muitas vezes não comporta prova direta, 
essa demonstração pode ser feita através de indícios e presunções, devendo ser reconhecido se 
emergir cristalino de elementos objetivos” – RT 666/147. 
 
5. “Improcede ação de anulação de casamento por erro essencial quanto à pessoa do outro 
cônjuge sob a alegação de estar acometido de moléstia grave se a doença não for transmissível, 
o desconhecimento prévio do autor não for comprovado e a insuportabilidade da vida em comum 
não estiver caracterizada” – RT 640/71. 
 
6. “Demonstrado que somente após o casamento veio o marido a conhecer a vida desregrada da 
mulher no ambiente de trabalho e que tal fato tornou insuportável a vida em comum, impõe-se a 
anulação do casamento” – RT 632/89. No mesmo sentido: RT 609/169. 
 
7. “O concubinato anterior ao casamento e a existência de filhos dessa união irregular não são 
motivos suficientes para autorizar a anulação do matrimônio baseada em erro essencial quanto à 
pessoa do cônjuge, mormente se o casal ainda houver convivido durante certo período não 
obstante a descoberta daqueles fatos, que ensejariam, quando muito, uma separação” – RT 
622/177. 
 
8. “O erro fica caracterizado se a mulher se casou apenas para provocar ciúmes no antigo 
amante, que a abandonou para casar-se com outra mulher, não conseguindo, por isso, a esposa 
copular com o marido, em face da aversão sexual que admitiu existir em relação ao cônjuge” – 
RT 614/167. 
 
9. Erro essencial quanto à pessoa do outro cônjuge. “Ignorância por parte de um dos cônjuges 
de condenação criminal do outro por sentença definitiva e decorrente de crime inafiançável 
anterior ao casamento” – RT 614/176. 
 INTENSIVO REGULAR ROTATIVO 
 Disciplina: Direito Civil 
 Aula: 6 
 Prof.: Pablo Stolze 
 Data: 11 e 13.09.2007 
 
 
 
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10. “Caracteriza o induzimento em erro essencial quanto ao caráter, quanto à identidade moral 
do outro cônjuge, o fato de estar a mulher grávida de outrem anteriormente ao matrimônio, 
imputando ao cônjuge varão a paternidade” – RT 612/85. 
 
11. “A diferença de juros e correção monetária não caracteriza “erro substancial”, na exegese 
dos arts. 86 e 87 do CC-16, por não afetar a natureza do ato (error in ipso negotio) nem, 
tampouco, o objeto principal da declaração (in ipso corpore rei). Reputar-se essencial tal erro 
equivale a reviver o instituto da lesão, que não constitui causa de nulidade do ato jurídico”– RT 
596/89. 
 
12. “Provada a impotência instrumental do marido, anula-se o casamento realizado há menos de 
dois anos, dando-se pela procedência da ação intentada pelo outro cônjuge” – RT 596/225. 
 
13. “Recusando-se a mulher ao debitum conjugale, com frustração integral do casamento em seu 
precípuo fim, procede a ação anulatória ajuizada pelo marido, tendo em vista o disposto no art. 
218 do CC” – RT 590/75. “erro substancial”, na exegese dos arts. 86 e 87 do CC-16, por não 
afetar a natureza do ato (error in ipso negotio) nem, tampouco, o objeto principal da declaração 
(in ipso corpore rei). Reputar-se essencial tal erro equivale a reviver o instituto da lesão, que não 
constitui causa de nulidade do ato jurídico”– RT 596/89. 
 
12. “Provada a impotência instrumental do marido, anula-se o casamento realizado há menos de 
dois anos, dando-se pela procedência da ação intentada pelo outro cônjuge” – RT 596/225. 
 
13. “Recusando-se a mulher ao debitum conjugale, com frustração integral do casamento em seu 
precípuo fim, procede a ação anulatória ajuizada pelo marido, tendo em vista o disposto no art. 
218 do CC” – RT 590/75. 
 
14. “O fato de o preço do negócio jurídico ser superior ao valor real das mercadorias não 
constitui erro essencial ou substancial, podendo constituir apenas erro acidental, que não induz à 
anulação do ato” – RT 589/126. 
 
15. “Não há erro essencial sobre a pessoa do outro cônjuge se a autora admitiu, explicitamente, 
em depoimento pessoal, saber da ligação amorosa existente, desde antes do casamento, entre o 
marido e sua concubina, adiantando ter conhecimento de que ambos tinham um filho em comum 
e confessando, igualmente, que o casal viveu bem, nos tempos iniciais” – RT 587/55. No mesmo 
sentido: RT 545/226. 
 
16. “É improcedente a ação de anulação de casamento se a pretensa insuportabilidade da vida 
em comum, alegada pela mulher, não deflui da ignorância, contemporânea às bodas, de vício 
anterior de seu marido, mas sim do comportamento posterior do cônjuge, representado pela 
falta de amparo e maus tratos” – RT 584/114. 
 
17. “Não há se falar em vício redibitório quando não se trata de simples defeito, mas de 
divergência substancial, erro material entre aquilo que se quis adquirir e o que realmente se 
adquiriu. A entrega de um automóvel diverso de pactuado, adulterado na 
montagem de peças e chassi trocado, impõe a rescisão por inadimplemento contratual, com a 
discussão indenizatória em face da impossibilidade da manutenção da posse e utilização do 
veículo” – RT 580/255. 
 
18. “É indisputável que o homossexualismo do marido torna insuportável a vida em comum. 
Entretanto, para justificar a anulação do casamento deve a mulher comprovar que o 
conhecimento do fato foi posterior ao matrimônio” – RT 577/119. 
 INTENSIVO REGULAR ROTATIVO 
 Disciplina: Direito Civil 
 Aula: 6 
 Prof.: Pablo Stolze 
 Data: 11 e 13.09.2007 
 
 
 
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19. “Inocorre erro substancial e fraude se o comprador comprou bens sabendo serem usados. 
Erro acidental juridicamente irrelevante não afeta a validade do negócio. Erro leve não contamina 
o ato (art. 91 do CC).” – RT 550/206. 
 
20. “Anulável é a compra e venda de veículo automotor se o número do chassi não corresponde 
ao da coisa vendida, pois existe errosubstancial” – RT 548/212. 
 
21. “Ao consentir no casamento ignorando a esterilização voluntária do marido, incide a mulher 
em erro essencial quanto à pessoa do outro cônjuge, impondo-se a anulação do casamento” – RT 
547/55. 
 
22. “O erro de direito invalida o ato jurídico, não procedendo invocar contra essa tese o princípio 
do art. 3.º da Lei de Introdução ao CC, pois, no caso não se invoca esse erro para “descumprir” a 
lei” – RT 545/192. 
 
23. “Constitui requisito do erro essencial ser este real e recair sobre o objeto do contrato, e não, 
simplesmente, sobre o nome ou sobre as qualificações” – RT 539/78. 
 
24. “Configurado o erro essencial sobre a pessoa do marido, pode ser pleiteada a anulação do 
casamento, pela esposa que desconhecia ocorrências criminosas em que aquele se envolvera” – 
RT 535/108. 
 
25. “Não constitui erro essencial quando à identidade civil do outro cônjuge, com força anulatória 
do casamento, o fato de alguém fazer-se passar por engenheiro, sem o ser, ter sido apontado 
algum título de cobertura das despesas feitas com cartão de crédito anos antes do casamento 
ou, depois dele, haver emitido dois cheques seriados sem suficiente provisão de fundos, mas 
afinal resgatados” – RT 527/211. 
 
26. “O conhecimento ulterior ao casamento de que o marido, ao casar-se, tinha amante e filhos 
constitui erro essencial sobre a identidade do outro cônjuge, acarretando a insuportabilidade da 
vida em comum, atentos à formação moral, condição familiar e profissional da esposa” – RT 
526/221. 
 
23. “Constitui requisito do erro essencial ser este real e recair sobre o objeto do contrato, e não, 
simplesmente, sobre o nome ou sobre as qualificações” – RT 539/78. 
 
24. “Configurado o erro essencial sobre a pessoa do marido, pode ser pleiteada a anulação do 
casamento, pela esposa que desconhecia ocorrências criminosas em que aquele se envolvera” – 
RT 535/108. 
25. “Não constitui erro essencial quando à identidade civil do outro cônjuge, com força anulatória 
do casamento, o fato de alguém fazer-se passar por engenheiro, sem o ser, ter sido apontado 
algum título de cobertura das despesas feitas com cartão de crédito anos antes do casamento 
ou, depois dele, haver emitido dois cheques seriados sem 
suficiente provisão de fundos, mas afinal resgatados” – RT 527/211. 
 
26. “O conhecimento ulterior ao casamento de que o marido, ao casar-se, tinha amante e filhos 
constitui erro essencial sobre a identidade do outro cônjuge, acarretando a insuportabilidade da 
vida em comum, atentos à formação moral, condição familiar e profissional da esposa” – RT 
526/221. 
 
27. “Uma coisa é vício de consentimento, consentimento defeituoso, e aí, muito diferente, a 
ausência absoluta desse consentimento. Num caso o ato existe, ainda que imperfeito e, no outro 
 INTENSIVO REGULAR ROTATIVO 
 Disciplina: Direito Civil 
 Aula: 6 
 Prof.: Pablo Stolze 
 Data: 11 e 13.09.2007 
 
 
 
- 4 – 
caso, o ato não se constitui, não existe, não se forma, por faltar-lhe a própria “via agens”. Por 
conseguinte, o dispositivo do Código Civil, que apenas prevê o caso de erro, dolo, simulação ou 
fraude, não se pode aplicar no caso em que ocorre a ausência mesma de consentimento” – RT 
724/296. 
 
28. “Caracteriza-se erro substancial quando o contratante pensa estar dando em garantia de 
dívida os seus direitos possessórios, mas firma instrumento por meio do qual aqueles direitos são 
dados em pagamento” – RT 760/392. 
 
29. “Ocorrendo compra e venda de quadro a óleo, de famoso pintor, e posteriormente 
verificado, por renomados peritos europeus, que o quadro não fora pintado pelo referido pintor o 
qual constava seu nome na tela, não restando a menor dúvida sobre o erro essencial a que foi 
conduzido o comprador, que à evidência não teria realizado o negócio se soubesse que o quadro 
era falso, sendo assim, a conseqüência é a anulação do negócio jurídico, com a volta ao statu 
quo ante, nos termos do art. 86 do CC, e ainda com acréscimo das despesas necessárias para a 
verificação da autenticidade do quadro” – RT 735/377. 
 
30. “O desemprego ou a ociosidade do marido não são motivos suficientes a levar à anulação do 
casamento, fundada em erro essencial sobre a pessoa do cônjuge, mormente se a esposa aceitou 
por algum tempo, a indolência do esposo” – RT 779/330.

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