Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
AULA 9: O JOGO TEORIA E PRÁTICA DA RECREAÇÃO E LAZER Teoria e Prática da Recreação e Lazer AULA 9: O JOGO NO CONTEXTO INTERDISCIPLINAR 1 PADRÃO DE ORGANIZAÇÃO 2 3 DIMENSÃO PROCEDIMENTAL 4 TRADICIONAIS E POPULARES PRÓXIMOS PASSOS Conteúdo desta Aula Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogo Simbólico AULA 9: O JOGO Teoria e Prática da Recreação e Lazer A Criança e a Simbologia AULA 9: O JOGO • Entretanto, adiante terá como objetivo do movimento em relação da perspectiva de transformar o ambiente, quando exerce uma ação sobre o mesmo. • Entende-se que a criança tem sempre um objetivo. Portanto, no primeiro momento ela entende que será a transformação do outro. Esse fato ocorre, em especial, na sensibilidade em que ela ainda não domina, totalmente, seu corpo. • Assim sendo, as manifestações ocorrem cheias de simbologia, no momento da união mente e corpo. Na ação do imaginário da criança com o seu mundo primitivo, as imagens têm um forte valor perceptivo, mesmo não ainda totalmente simbolizadas. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogo Simbólico AULA 9: O JOGO • Também ocorre na relação do conteúdo, na percepção de sentir vazio ou cheio, com o seu corpo. • Dessa forma, denota-se que a percepção da presença ou da ausência do outro está vinculada aos primeiros jogos de aparecer e desaparecer. Como exemplo, movimentos de aproximação e de afastamento, de pegar e de largar, com ou sem a presença da outra criança. • Portanto, no jogo simbólico, a criança sofre interferências, quando continua progredindo em seu desenvolvimento, seguindo a intuição e a operação. Assim, em movimentos ou ações imitativas, a criança busca coerência com a realidade. • Nesse momento, a criança está consciente de que está brincado de “faz de conta” e o significado simbólico do objeto se modificará segundo as situações e os diferentes contextos. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogo Simbólico AULA 9: O JOGO • A criança, ao desenvolver a imaginação, pode alterar o seu “faz de conta”, mesmo com atividades corporais, respeitando a realidade concreta e as relações do mundo. • Com o jogo simbólico, além da criança utilizar sua capacidade de pensar, ao saltar, correr etc., também, simbolicamente, representa as capacidades que envolvem suas habilidades motoras. • Alguns autores afirmam que o jogo simbólico aparece, normalmente, entre os 2 e 6 anos. Entre os 7 e 11-12 anos, o simbolismo diminui e começam a desenvolver os desenhos, trabalhos manuais, construções com materiais didáticos, representações teatrais, e outros. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogo Simbólico AULA 9: O JOGO Quando a criança estiver com mais idade, deve-se estimular a diminuição da atividade centrada em si mesma e, nesse momento, vai adquirir o processo de socialização. As características dos jogos simbólicos são: • Liberdade de regras (menos as criadas pela criança); • Desenvolvimento da imaginação e da fantasia; • Ausência de objetivo explícito ou consciente para a criança; • Lógica própria com a realidade; • Assimilação da realidade ao "eu". Atividades sugeridas: situações de imitação, mímica, brincadeiras com materiais confeccionados pelos próprios participantes etc. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO • O esforço cooperativo é necessário para atingir um objetivo comum e não para fins mutuamente exclusivos. • Joga-se para superar desafios e não para derrotar alguém ou conquistar alguma coisa. • Aprende-se a considerar o outro como parceiro e não tê-lo como adversário. • São estruturados para diminuir a pressão para competir e a necessidade de comportamentos destrutivos. • Promovem a interação e a participação de todos e deixam aflorar a espontaneidade e a alegria de jogar. • Joga-se pelo prazer de jogar com os outros. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO • Jogar cooperativamente é jogar com o outro e não contra o outro, todos ganham ou todos perdem juntos, joga-se para superar desafios. • Atividades ou dinâmicas realizadas em grupo que buscam a cooperação dos colegas, para superação de limites coletivos. A ideia é que os membros do grupo, juntos, criem alternativas para superar os obstáculos apresentados na atividade. A característica básica é encontrar soluções por meio da cooperação e não de forma individual. Atividades sugeridas: corrente humana, nó humano etc. Teoria e Prática da Recreação e Lazer A proposta da cooperação é que as pessoas possam fazer as coisas conjuntamente, que possam “com partilhar” situações, sentimentos, sensações, momentos, encontros. Que a cooperação seja também um exercício de “com vivência”, e que tudo esteja sempre dentro de uma “comum unidade”. Abordagem Cooperativa à aprendizagem (Weinberg e Gould, 2000): • Maximizar a participação e as oportunidades de aprender habilidades de esporte e movimento; • Não fazer contagem de pontos; • Aumentar as oportunidades de sucesso; • Oferecer feedback positivo; • Dar oportunidades para os mais jovens jogarem em posições diferentes. Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO Teoria e Prática da Recreação e Lazer Categorias de Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO Jogos de resultados coletivo • Permite a existência de duas ou mais equipes; • O principal objetivo é realizar metas comuns; • Há forte traço de cooperação dentro das equipes e entre elas. Jogos Cooperativos sem perdedores • Todos os participantes formam um único grande time. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Categorias de Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO Jogos Semicooperativos • Indicados para o início dos trabalhos com os jogos cooperativos; • Oferecem a oportunidade de os participantes jogarem em diferentes posições. Jogos de inversão • Enfatizam a noção de interdependência, por meio de aproximação e troca de jogadores que começam em times diferentes; • Rodízio; inversão do goleador; inversão do placar; inversão total. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO Todos Jogam Todos que querem jogar, recebem o mesmo tempo de jogo Todos tocam / Todos passam A bola tem que passar por todos os jogadores do time para que o ponto seja validado. Todos marcam pontos Para que uma equipe vença, é necessário que todos os componentes da equipe tenham marcado ponto. Pode também utilizar critérios de bola na trave, no aro ou tabela, um saque correto. Todas as posições Todos passam pelas diferentes posições do jogo. Passe misto A bola tem que passar alternadamente entre meninos e meninas. Resultado misto Os pontos são convertidos ora por meninos, ora por meninas. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO Jogos Cooperativos e competitivos Segundo Soler (2000), cooperar e competir são possibilidades de agir e ser no mundo. Já se faz necessário acabar com o mito de que a competição é que nos faz evoluir, pois ser competente é muito diferente de ser competitivo. Devemos investir cada vez mais nas competências compartilhadas. Aspectos da competição e cooperação no cenário escolar • A competição reflete os valores importantes na sociedade; • O esporte funciona como um mecanismo de mobilidade social; • O esporte oferece a oportunidade de aprendizagem de diversos papéis sociais; • Relaciona-se com as diferenças de grupos sociais. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO Competição: • É um processo de interação social, em que os objetivos são mutuamente exclusivos, as ações são isoladas ou emoposição umas às outras, e os benefícios são destinados somente para alguns. • Os jogos competitivos propõem um confronto de forma lúdica, que tem como resultado lógico a existência de ganhadores e perdedores. • Os jogos competitivos tendem à burla de regras estabelecidas, a discussões, a críticas, a discriminações, por causa das limitações ou falta de eficácia dos colegas. Cooperação: • É um processo de interação social, em que os objetivos são comuns, as ações são compartilhadas e os benefícios são distribuídos para todos. Definições de Cooperação e Competição segundo Brotto (1999) Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO • A prática esportivo-recreativa será mais educativa se conservar a sua qualidade lúdica, sua espontaneidade e seu poder de iniciativa. • O enfraquecimento do elemento lúdico é a doença mais grave do desporto moderno, ocasionando um afastamento da participação do aluno. Algumas considerações sobre o jogo e a competição: • Nos jogos competitivos a tarefa de educar torna-se mais complicada, mas serão essas oportunidades propícias ao incentivo da ética que deve prevalecer nos naturais confrontos da vida. • Os jogos competitivos constituem-se, portanto, uma atividade lúdica de correção. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO • A prática esportivo-recreativa será mais educativa se conservar a sua qualidade lúdica, sua espontaneidade e seu poder de iniciativa. • O enfraquecimento do elemento lúdico é a doença mais grave do desporto moderno, ocasionando um afastamento da participação do aluno. Algumas considerações sobre o jogo e a competição: • Nos jogos competitivos a tarefa de educar torna-se mais complicada, mas serão essas oportunidades propícias ao incentivo da ética que deve prevalecer nos naturais confrontos da vida. • Os jogos competitivos constituem-se, portanto, uma atividade lúdica de correção. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO Algumas considerações sobre o jogo e a competição: • Tudo dependerá da maneira com que passamos os jogos, se colocarmos que vencer é a única coisa que importa, não interessando os meios utilizados para essa vitória, estaremos reforçando a cultura competitiva, se, em contrapartida, mostramos que a pessoa é mais importante que o jogo, objetivando a diversão centrada em metas coletivas, reforçaremos a cultura cooperativa. • Quando comparadas competição e cooperação, não se deve ter a pretensão de dizer que uma é melhor em detrimento da outra, mas sim, ampliar a visão sobre as duas formas de jogar e viver. Teoria e Prática da Recreação e Lazer Jogos Cooperativos AULA 9: O JOGO Bom jogador: • Saber Ganhar o jogo; • Fazer o maior número de pontos; • Observar o desenvolvimento do jogo ; • Planejar as ações; • Decidir a primeira ação a ser feita; • Definir os critérios de ações mais urgentes; • Analisar as possíveis formas de atingir o objetivo; • Observar atentamente o ambiente do jogo e as ações dos adversários; • Aprender com as jogadas alheias: as táticas, os erros a serem evitados; • Participar mesmo quando não é a sua vez de agir; • Saber o que está acontecendo, acompanhar o jogo. Assuntos da próxima aula: CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA Estafetas; Contestes; Parâmetros procedimentais; Jogos não formal e formal.
Compartilhar