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PROJETO DE EDUCAÇÃO FÍSICA REINALDO BARROS

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ANHANGUERA - UNIDERP
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
licenciatura - educação física
REINALDO BARROS DOS SANTOS
PROJETO DE ENSINO
EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA
Jogos Cooperativos 
Cidade
2020
Cidade
2020
Cidade
Miranda (MS)
2020
REINALDO BARROS DOS SANTOS
PROJETO DE ENSINO
EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA
Jogos Cooperativos 
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Anhanguera - Uniderp, como requisito parcial à conclusão do Curso de Educação Física Licenciatura.
Docente supervisor: Prof. Anisio Calciolari Junior 
Miranda (MS)
2020
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	PARTICIPANTES	7
4	OBJETIVOS	9
5	PROBLEMATIZAÇÃO	10
6	REFERENCIAL TEÓRICO	13
7	METODOLOGIA	21
8	CRONOGRAMA	23
9	RECURSOS	25
10	AVALIAÇÃO	26
CONSIDERAÇÕES FINAIS	27
REFERÊNCIAS	28
INTRODUÇÃO
Este material trata de um projeto direcionado para o Ensino da Educação Física e direcionado para os alunos dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, com abordagem temática nos Jogos Cooperativos.
Praticadas em áreas restritas ou livres, o jogo não tem limite de idade e pode ser praticado de forma individual ou coletiva proporcionando entretenimento, lazer, diversão, cooperação assumindo, atribuindo aos participantes o respeito às regras.
Sabe-se que o jogo é uma atividade física e intelectual praticadas por um ou mais participantes em uma competição e ele contribui para o desenvolvimento das habilidades práticas e psicológicas tais como os benefícios à saúde, o raciocínio lógico, coordenação motora entre outros.
Tendo em vista que o jogo deve ser visto como importante recurso pedagógico e integrante no âmbito escolar, o presente trabalho será direcionado especificamente nos Jogos Cooperativos dentro da instituição de ensino levando o participante à pratica de atividades em grupos como brincadeiras e atividades lúdicas, de forma individual ou coletiva. 
Quando comparado com outros jogos, reconhece-se os Jogos Cooperativos como sendo o jogo que visa levar em conta a parceria e não apenas o resultado final pois o intuito é fazer com que os mesmos se vejam como aliados e não como adversários em busca da vitória. 
 Para tanto, o trabalho visa desenvolver/aprimorar, a empatia, o espirito de equipe, a confiança, através de dinâmicas, fazendo com que os mesmos se libertem da competição; estimulem a sua participação nos jogos e trabalhem prol do grupo. 
3
TEMA 
A presente proposta de estudo deste projeto é a abordagem de uma possível utilização de Jogos Cooperativos, como meio para obtenção de possíveis mudanças dos hábitos agressividade, desenvolvidos por partes de algumas crianças durante o período da infância que ficam evidenciados na comunidade escolar e principalmente nas realizações das atividades proposta das aulas de Educação Física. A proposta deste trabalho e ser trabalhada no campo formal e não-formal da Educação Física, em uma Escola Estadual da Rede Municipal de ensino com alunos da 4ª e 5ª série dos anos iniciais do Ensino Fundamental, determinando como concepção inovadora os princípios básicos do Esportes Cooperativos no sistema educacional. Enfatizando esta concepção com a relevância dos valores humanos como a: liberdade de expressão, cooperação, igualdade, justiça, paz e a convivência de todas as expressões humanas e seus movimentos que devem ser discutidos e refletidos com as crianças, jovens, adolescentes, adultos e idosos que participam das atividades esportivas e de lazer, artísticas e musicais na mesma. Estabelecendo ainda, que nada possa ser mais relevante do que a concepção de se realizar uma pesquisa mais aprofundada sobre a metodologia a ser utilizada, no ambiente formal e não formal, para que assim, possam ser solucionados todos os conflitos existentes dentre o grupo do público alvo, que se pretende atingir, neste caso, (crianças de 07 a 09 anos), da unidade escolar da rede pública municipal de ensino, provocando desta forma, transformações e mudanças dos hábitos e das atitudes, no ato de brincar nas aulas de recreações, pois o ato de brincar, apresentam não só situações de aspectos sociais que colaboram para aprendizagem do conhecimento e ajuda muitas vezes as crianças a solucionar certos conflitos interpessoais ou intergrupais e até mesmo intrapessoais. 
Portanto, ao propormos como atividade escolar os Jogos de Cooperação, estamos resgatando a cooperação, a solidariedade e a preocupação com o outro; isso nos ajuda a diminuir atitudes agressivas e a nos aproximar uns dos outros. Tais jogos é uma prática já utilizada nas aulas de Educação Física em outros países, como, por exemplo na Espanha, como podemos ver através de algumas publicações, como por exemplo, “Educação Para Paz” do autor Carlos Velásquez Callado em 2004. Assim, pretendemos fazer uso de tais jogos, em aulas de recreação, com crianças brasileiras, uma vez que em todas as competições coletivas, existe a necessidade da cooperação mútuas entre os participantes. 
JUSTIFICATIVA
O presente projeto sobre a inclusão dos Jogos Cooperativos na Rede Pública Municipal de Ensino, foi realizada através de pesquisas e de investigações e está pautada sobre o tema acima e detém-se sobre o trabalho desenvolvido, nas aulas de educação física, mais precisamente nas aulas de recreação e se baseia nos princípios do Esporte Educacional com ações que busquem promover mudanças sócio-culturais e esportivas tanto no meio escolar, quantos nas comunidades mais carentes do município com baixo índice de Desenvolvimento Humano (IDH). 
Segundo Orlick (1989), como jogamos na sociedade em que vivemos, o jogo serve para criar o que é refletido. Muitos valores importantes e modos de comportamento são aprendidos por meio dessa experimentação.
Os jogos cooperativos nasceram há milhares de anos, quando membros das comunidades tribais se reuniam para celebrar a vida em volta de uma fogueira. Segundo Barreto (apud SOLER,2003, p.21),
Daí a necessidade de se planejar e elaborar um trabalho que oportunize um momento prazeroso, de liberdade, e que ao mesmo tempo proporcione o acesso ao conhecimento, através de jogos diferenciados do tradicional ou popular de sua rotina. Tal momento fundamenta ainda mais a linha de pesquisa que está centrada esta investigação, pois objetivamos diagnosticar como crianças de comunidades carentes conseguem solucionar certos conflitos.
O conceito dos Jogos Cooperativos, é o de procurar ensinar e aprender a rever nossas experiências e reciclar pensamentos, sentimentos, intenções e emoções para que reconheçamos e valorizemos nosso próprio jeito de jogar e respeitar o dos outros, em seus diferentes modos de ser.
Soler (2003, p.23) explica que “os jogos cooperativos são uma abordagem filosófica pedagógica criada para promover a ética da cooperação e a melhoria da qualidade de vida para todos, sem exceção”.
Ainda segundo Soler (2003), os jogos cooperativos, tem várias características libertadoras, coerentes com o trabalho em grupo: 
- Libertam da competição: participação de todos para uma meta em comum. 
- Libertam da eliminação: buscam a integração de todos: 
- Libertam para criar: as regras são flexíveis e, todos podem contribuir para mudar o jogo. 
- Libertam da agressão física: todos trabalham juntos, então não podem brigar. Também podemos desenvolver algumas atitudes nos jogos cooperativos: 
- A empatia: Pôr-se no lugar do outro: 
- A cooperação: trabalhar em prol de uma meta comum: 
- A estima: reconhecer e expressar a importância do outro: 
- A comunicação: Diálogo, intercâmbio de sentimentos, conhecimentos, problemas e perspectivas.
Deste modo a proposta deste projeto e a aplicação de despertar a consciência dos alunos enquanto cidadãos e o pensamento crítico mesmo que já incorporado em outras situações no decorrer de seus estudos e vivências nas aulas de Educação Física, questionando os valores competitivos absorvidos pela sociedade dentro e fora do âmbito escolar. 
PARTICIPANTES
O presente projeto com a temática Jogos Cooperativosé destinado aos alunos dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, mais precisamente para os alunos da 4ª e 5ª séries, onde todas as atividades práticas serão desenvolvidas em áreas diversificadas, de acordo com a necessidade da atividade proposta. 
Para Cortez (1996, p. 8) “as atividades desenvolvidas devem ser orientadas, planejadas e contar com espaço e tempo para suas práxis na escola pois os jogos cooperativos podem reforçar o desenvolvimento e formação do aluno”. 
Desse modo as atividades de caráter lúdico, como por exemplo os jogos cooperativos oferecidos aos professores poderão vir a: 
- Garantir um ambiente livre, alegre e prazeroso, para que os alunos possam se encontrar, brincar, descansar, contar, conversar, aprender, descobrir e conviver alegremente; 
- Proporcionar oportunidades interessantes, variadas, desafiadoras e ricas opções de jogos, onde os professores possam atuar sobre estes jogos, com inúmeros movimentos, integrando-se, entretendo-se, estabelecendo relações e intercambiando vivências; 
- Favorecer e estimular o ensino/aprendizagem das diferentes áreas do saber, integrando-se dinamicamente e evitando a simples justaposição e acumulação com as atividades lúdicas; 
- Estimular atividades fora da escola (meio externo) possibilitando a descoberta do meio físico e social, garantindo liberdade de ação e reflexão, manipulação, experimentação e modificação; 
- Valorizar a iniciativa, desenvolvendo nos educandos um auto-conceito positivo, fortalecendo seu caráter e personalidade;
- Despertar a consciência crítica e criativa ludicamente e conquistar a sua autonomia (liberdade de refletir, falar e fazer) e 
- Levar os educandos a cooperação e solidariedade, respeitando-se e compreendendo-se [...], ( CORTEZ, 1996, p. 8).
Segundo Velázquez (2004), para melhor execução das atividades será estabelecida a seguinte sequência nas aulas: 
* Fase de encontro (Representa o momento da recepção dos alunos para o início das atividades); 
* Fase de animação (Representa o aquecimento da aula, através de um jogo); 
* Fase principal (Jogos mais relevantes de acordo com a fase); 
* Fase de análise grupal (Representa o momento de reflexão das atividades vivenciadas).
Paraná (2006, apud, GOMES; FILHO 2008, p. 12) nos relata em relação aos jogos cooperativos que “[...] há o favorecimento à promoção da autoestima e a potencialização de valores e atitudes que melhoram o desenvolvimento da sociedade [...]”.
OBJETIVOS
Os jogos cooperativos segundo Orlick ( 1978, apud, BROTTO, 1999) devem serem passados aos participantes com cautela, pois como a pouca vivencia com essa nova forma de jogar os participantes levam um tempo para se adaptarem. 
O objetivo dos jogos cooperativos é a colaboração com o outro. Nesse tipo de jogo, normalmente, não há exclusão de quem perdeu ou errou, pois, o objetivo é a aproximação das pessoas. 
Tem como objetivo geral, a analise da relevância dos Jogos Cooperativos para resolução de conflitos entre crianças entre 07 a 09 anos, durante as aulas de recreação, bem como: 
- Desenvolver os Jogos Cooperativos com os alunos nas series iniciais; 
- Observar o comportamento cooperativo e reações dos alunos durante a realização dos jogos Cooperativos; 
- Identificar quais os efeitos dos Jogos Cooperativos no comportamento cooperativo por que as atividades cooperativas são pouco desenvolvidas nas aulas de Educação Física. 
- Possibilitar novas vivências de jogos, aos participantes da pesquisa; 
- Observar os tipos de comportamento e de atitudes desenvolvidos pelas crianças durante a execução dos Jogos Cooperativos; 
- Verificar a forma de como as crianças se organizam para solucionar os desafios propostos, resolução de conflitos; 
- Constatar se é possível alcançar mudanças de comportamento durante ou após as atividades propostas.    
Os jogos cooperativos não são uma invenção atual ao contrário do que podemos pensar, pois tem sua essência nas manifestações tribais, em que os integrantes se uniam para celebrar a vida. 
Segundo (NETO E LIMA, 2002)Os jogos cooperativos são novas formas de jogar em que todos possam “venSer” (o neologismo “venSer” significa vir a ser consigo mesmo e com os outros). A ideia é a partir do jogo para chegar à vida, pois eu jogo do jeito que vivo e vivo do jeito que jogo.
PROBLEMATIZAÇÃO
Segundo Rudio (1978:75). "Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara, compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características. Desta forma, o objetivo da formulação do problema da pesquisa é tomá-lo individualizado, específico, inconfundível".
As afirmações de Orlick (1989), autor nos faz pensarmos no dia-a-dia de muitos profissionais de Educação Física que existem em desenvolver seu conteúdo volta na competitividade atendendo assim, um pequeno grupo considerado habilidoso e deixando para trás uma grande massa de alunos de baixa habilidade.
Segundo Kagan (1994, apud, BROTTO,1999, p. 72) “as crianças não jogam jogos competitivos, elas os obedecem”.
Os jogos cooperativos, assim como outras atividades relacionadas à educação socioemocional, estão pautados no aprendizado através de um desenvolvimento motor-lógico. Os princípios pedagógicos dos jogos cooperativos são de inclusão, coletividade, respeito mútuo e desenvolvimento integral.  
Não é muito fácil introduzir os jogos cooperativos “talvez seja preciso um pouco de paciência para aprender essa nova forma de jogar, principalmente se os participantes jamais jogaram de forma cooperativa antes [...]”(Orlick apud Brotto, 2002, p.62).
Para Oliveira (1998 apud CORREIA, 2006 p. 46-47) os jogos cooperativos são capazes de diminuir as manifestações de atitudes agressivas devido as seguintes características;
* Não valorizam o fato de ganhar ou perder;
* evitam a eliminação de participantes, procurando manter todos incluídos até o fim do jogo;
* procuram facilitar o processo criativo, com a flexibilização das regras;
* procuram evitar estímulos à agressividade e ao confronto individual ou coletivo.
Nesse tipo de jogo cada um terá uma função que será fundamental para o grupo obter sucesso. Eles despertam valores  importantes para uma boa vida em conjunto. E com eles as pessoas se unem em torno de um objetivo e trabalham em conjunto. Isso é fundamental para que uma sala de aula funcione em harmonia e para que uma equipe de uma empresa alcance uma meta desejada. Acima de tudo, os jogos cooperativos representam uma retomada de contato entre pessoa, natureza e espaço, explorando todos os sentidos e estimulando a afetividade. É uma das iniciativas da educação biocêntrica, forma de educar que está centrada na valorização da diversidade humana, da inteligência emocional, da criatividade e do movimento físico. 
Para Reinaldo Soler (2006. P. 38). A Educação Física é um dos instrumentos essenciais para formar o SER HUMANO e desconstruir a violência, que é uma situação atual em nosso país. Para que isso aconteça são necessários profissionais qualificados e compromissados com a causa social.
“O conflito caracteriza-se por ser um tipo de situação em que as pessoas ou grupos sociais procuram ou preservam metas opostas, afirmam valores antagônicos ou têm interesses divergentes”. JARES (1991, P. 108). 
Os conflitos podem ser interpessoais ou intergrupais, referentes a fatores externos e intrapessoais, referentes a fatores internos. Para ainda mais enfatizarmos nossos objetivos, com este estudo, tomando como referência o quadro de Lewin, K. (1935), que aborda os tipos de conflitos intrapessoais: 
Conflitos intrapessoais
	
ATRAÇÃO – ATRAÇÃO
	Escolha entre duas ou mais situações positivas. Por exemplo, o lugar onde passar as férias. 
	
ATRAÇÃO – REJEIÇÃO
	Escolha entre algo que provoca atração e ao mesmo tempo rejeição. Por exemplo, oferecem-lhe um excelente trabalho, que o obriga a separar-se da família por muito tempo. 
	
REJEIÇÃO - REJEIÇÃO
	Escolha entre duas opções que provoquem rejeição. Por exemplo, ordenam-lhe que mateo seu melhor amigo e, se não o fizer, será você quem morrerá.
Fonte: Livro Educação para paz / Velázquez (2004) 
Através da resolução de conflitos, conseguiremos estabelecer mecanismos que proporcionem a busca pelo crescimento pessoal, obtendo assim, atitudes pessoais que possibilitem a utilização de algumas habilidades de comunicação, afirmadas por Almeida, M. T. P. (2008 – a): 
1. Respeito pelos pontos de vista alheios mesmo que o seu não se coincida com o outro; 
2. Tolerância e ajuda para com os membros do grupo que tenham dificuldades ao expressar-se; 
3. Paciência e boa vontade para escutar aos outros; 
4. Autocontrole (não deixar-se levar pela raiva e pelas opiniões adversas); 
5. Confiança (Presumir sempre a honestidade e a sinceridade dos outros); 
6. Honestidade (Dizer sempre a verdade e ser sinceros ao expressar opiniões); 
7. Humildade (Admitir desde o princípio que jamais poderemos ter toda a razão); 
Almeida, M. T. P. (2008 - a), fez uso do estudo sobre os jogos cooperativos como meio para obtenção da resolução de conflitos tomando como referência: 
• Produção de novas idéias; 
•	Estimular cognitivamente as suas capacidades para resolver problemas e buscar soluções. Neste sentido, abre caminhos para o pensamento divergente e criativo; 
•	A tarefa se converte em um processo coletivo de indagações onde as potencialidades cognitivas, motriz, social passam a ser uma só; 
• A transferência da decisão ao grupo durante os conflitos cria oportunidades para compartilhar ideias e confrontá-las com as demais. Deste modo, as conquistas são resultado do diálogo, da negociação e vivência dentro do grupo; 
• A satisfação do êxito é compartilhada coletivamente.
Jares, afirma que para este estudo o conceito de conflito baseia-se na concepção de algo positivo e indispensável para se obter uma organização de ideias, pensamentos e atitudes. Ou seja, algo que contribua para o amadurecimento e desenvolvimento do ser humano. Assim, devemos entender o conflito como um tipo de situação em que as pessoas, grupos ou entidades sociais apresentam interesses incompatíveis. 
REFERENCIAL TEÓRICO
Se os o professor não for bem qualificado e graduado e não tiver o controle absoluto das atividades a serem desenvolvidas em suas aulas, o vivenciaremos nas suas aulas será uma competitividade entre os alunos, o que não terá nenhuma contribuição de valores para os educandos, a não ser contribuir para uma sociedade competitiva, sem limites, sem compaixão e com um único objetivo de vencer o outro. Assim, podemos dizer que vivemos em uma sociedade onde o esporte na sua grande parte é encarado apenas como uma competição acirrada de duelos onde o que importa é vencer o seu adversário. 
“Praticar os Jogos Cooperativos como uma proposta Pedagógica, é antes de mais nada, exercitar a Cooperação na própria vida. É reaprender a lidar com os desafios cotidianos [...]” (BROTTO, 1999, p. 98). Os Jogos Cooperativos surgiram da reflexão do quanto a cultura ocidental principalmente, valoriza excessivamente o individualismo e a competição. 
Ainda segundo BROTTO (2001). Vivenciando os Jogos Cooperativos, pode-se sentir essa diferença e analisar qual situação é mais compensadora, qual postura é mais interessante, tornando-se consciente do fato e optando-se por uma direção. As pessoas buscam seu bem-estar a todo o momento, mesmo quando estão proporcionando o bem-estar ao outro. Os jogos cooperativos foram organizados de maneira a atenderem à necessidade de promoção de habilidades interpessoais e de autoestima, possuindo uma estrutura que favorece o jogo com o outro e não contra o outro.
A maioria dos alunos tem muita dificuldade em se relacionar uns com outros nas aulas de Educação Física, tendo assim problemas como: falta de cooperação nas atividades, muitos palavrões, preconceitos, agressividade verbal, e muitas vezes físico, não aceitam perder sempre achando o culpado pela derrota levando assim o abandono do jogo. O jogo é feito mais antigo que a cultura, pois esta, mesmo em suas definições rigorosas, pressupõe sempre a sociedade humana; mas, os animais não esperaram que os homens o iniciassem na atividade lúdica. 
Seja qual for a maneira como o considerem, o simples fato de o jogo encerrar um sentido implica a presença de um elemento não material em sua própria essência (HUIZINGA, 2001). Desde já encontramos aqui um aspecto muito importante: mesmo em suas formas mais simples, ao nível animal, o jogo é mais do que um fenômeno fisiológico ou um reflexo psicológico. Ultrapassa os limites da atividade puramente física ou biológica. 
Para (BROUGÉRE apud DOHME, 2003).    Os jogos são importantes instrumentos de desenvolvimento de crianças e jovens. Longe de servirem apenas como fonte de diversão, o que já seria importante, eles propiciam situações que podem ser exploradas de diversas maneiras educativas. “A criança deve jogar, mas todas as vezes que você lhe dá uma ocupação que tem a aparência de um jogo, você satisfaz a necessidade e, ao mesmo tempo, cumpre seu papel educativo”.
A capacidade das crianças em cooperar melhora rapidamente com a vivência frequente de atividades que estimulam desenvolvimento. Sendo a cooperação, considerada como uma arte que pode ser desenvolvida quando as forças, habilidades e atitudes de cada criança receber atenção e forem praticadas. Quando se aprende o verdadeiro sentido e o significado da palavra “cooperação” começou assim a perceber que NÓS fazemos parte de um mundo maior e que estamos interligados com toda a humanidade, com a natureza e o cosmos, formamos uma consciência grupal.
ALMEIDA, 2003. Argumentou que as atividades cooperativas aumentam a segurança nas capacidades pessoais e contribuem para o desenvolvimento no sentido do pertencer a um grupo. Nessas atividades ninguém perde ninguém é isolado ou rejeitado porque falhou. 
Já Terry Orlick coloca: “Dar uma contribuição ou fazer alguma coisa bem, simplesmente não exige a derrota ou a depreciação de outra pessoa”. Com os métodos de aprendizagens nos Jogos Cooperativos ninguém é excluído por causa de alguma deficiência de qualquer ordem ou porque cometeu um erro, dentro de uma aprendizagem cooperativa todos ganham e todos participam, onde o elemento fundamental é compartilhar mutuamente o sentimento de responsabilidade social, de respeito, de fraternidade e de solidariedade dentro de um contexto lúdico e prazeroso.
Pode-se ser extremamente competente, tanto física como psicologicamente, sem jamais se prejudicar ou conquistar o outro. (BARRETO, 2007). Este tipo de sentimento leva as pessoas a perceber a interdependência existente entre o tudo e todos. De modo global, a aprendizagem cooperativa faz referência a um conjunto de métodos de organização de trabalho em que todos os alunos ou jogadores participam de forma independente ou coordenada, realizando atividades de caráter educativo, habitualmente planejadas e proposta pelo professor.
De acordo com Erich Fromm existem sociedades pacificas e cooperativas e também existem sociedades destrutivas e competitivas. Não podemos inferir que existe uma natureza humana possível, mas podemos tentar dizer que existem possibilidades humanas. Nós tanto podemos cooperar ou competir isso vai depender de nossa natureza de possibilidades. As regras de um jogo definem seu caráter, da mesma forma que as regras que se usa para viver definem nosso traço distintivo.
Procurando fazer uma interface dos jogos cooperativos com a Pedagogia do Esporte, Brotto propõe uma mudança para tornar o esporte menos competitivo e excludente, ou seja, caracterizando-os como um exercício de convivência fundamental para o desenvolvimento pessoal e para a transformação. Descreve também as características de uma “Ética Cooperativa: contato, respeito mútuo, confiança, liberdade, recreação, diálogo, paciência, entusiasmo e continuidade”. 
Segundo Piaget (1976), os jogos não são apenas uma forma de desafogo ou entretenimento para gastar energia das crianças, mas, meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual. Através dos jogostrabalha se o raciocínio lógico, sendo na brincadeira a forma, mas contextualizada para criança desenvolver seu senso lógico.
Acreditando que coexistem duas naturezas dentro de casa um de nós e o prevalecimento de uma sobre a outra vai depender de nossa vontade, discernimento, atitude pessoal e coletiva e de assumirmos nossa escolha, mesmo que ela seja não escolher ou se deixar escolher pelos outros. (ALMEIDA, 2003).
Salvador e Trotte elegeram os jogos cooperativos como atividades para proporcionar aos alunos a oportunidade de vivenciarem e experimentarem a possibilidade de algumas mudanças comportamentais em relação ao contexto e a realidade em que viviam. Encontraram nos jogos cooperativos uma forma de discutir, nas aulas de Educação Física as formas de relações de poder reproduzidas nas regras, na convivência e no jogar. (CORREIA, 2007),
Se elegermos o egoísmo como forma de concepção do eu e optamos pela competição predatória na qual sempre se busca a vantagem nas relações interpessoais, traçamos uma linha existencial marcada por caráter que privilegia a ambição à solidariedade, à competição, à cooperação. O mesmo pode ser dito em relação ao jogo. Não é sua natureza, mas em regras que mais claramente definem se é mesmo competitivo ou cooperativo. 
E é nesse contexto que se torna imprescindível e imenso o papel do medidor, cabendo a ele imprimir caráter às regras, fará de um jogo terrível veículo de ódio contra outros ou saudável ambiente de ternura e carinho entre as pessoas. Nesse sentido parece importante realçar o papel do educador e as reflexões que desenvolve sobre as regras do jogo que aplica. Importante não é apenas conhecer jogos e aplicá-los, mas essencialmente refletir sobre suas regras e, ao explicá-las, delas fazer ferramenta de afeto, instrumento de ternura, processo de realização do eu pela afetiva descoberta do outro. Com isso entende-se que o jogo é um excelente meio de desenvolver a criança e um excelente fim para ser desenvolvido. (ANTUNES, 2003).
De acordo com (BROTTO apud MAIA, R.; MAIA, J.; MARQUES, 1995), jogar é uma oportunidade criativa para encontrar conosco, com os outros e com todos, e a partir daí o jogo passa a ser uma consequência das visões, ações e relações.
Pela sua função educativa, o professor de Educação Física, tem o compromisso de difundir valores positivos para que seus alunos entendam que a verdadeira vitória, não depende da derrota dos outros, e o importante é que se desenvolva por meio da compreensão das habilidades e potenciais de cada um, para que todos tenham importantes papeis na realização das tarefas conjuntas (FILHO e SCHWARTZ apud MAIA.; R.; MARQUES, 2006).
Segundo (BARRETO apud NETO e LIMA, 2003), os jogos se baseiam em cinco princípios fundamentais: inclusão (trabalhar com as pessoas no sentido de ampliar a participação e a integração delas no processo em curso); coletividade (conquistas e ganhos que somente conseguem coletivamente); igualdade de direitos e deveres (responsabilidade de todos pela decisão e gestão, como a repartição dos benefícios promovidos pela atividade cooperativa); desenvolvimento humano (o aprimoramento do ser humano enquanto sujeito social); processualidade (a cooperação privilegia os meios, cada passo é dado levando-se em conta os anteriores).
Os jogos cooperativos têm várias características libertadoras, coerentes com o trabalho em grupo: libertam da competição (participação de todos para o alcance de uma meta comum); libertam da eliminação (buscam a integração de todos); libertam para criar (as regras são flexíveis e, todos podem contribuir para mudar o jogo); libertam da agressão física (todos trabalham juntos, então não podem brigar) e também podemos desenvolver algumas atitudes nos jogos cooperativos: a empatia (pôr-se no lugar do outro); a cooperação (trabalhar em prol de uma meta comum); a estima (reconhecer e expressar a importância do outro); a comunicação (diálogo, intercâmbio de sentimentos, conhecimentos, problemas e perspectivas).
Segundo Baliulevicius e Macário (2005, p. 52 apud ORLINK, 1982, p. 04)“os Jogos Cooperativos representam uma prática da vida em comunidade. Sua história teve início há milhares de anos, quando membros das comunidades tribais se uniram para celebrar a vida”. 
Sobre isso, Brotto (1999, p. 71) ressalta que “Os Jogos Cooperativos surgiram da preocupação com a excessiva valorização dada ao individualismo e à competição exacerbada na sociedade moderna, mais especificamente, pela cultura ocidental”. Os Jogos Cooperativos têm sido definidos com jogos onde os valores da cooperação são os objetivos que norteiam o ato de jogar em equipe e que tais valores são necessários para a vida em sociedade.
Sabe-se que o ser humano sofre constante influencias em função das suas experiências. Estas experiências ocorrem no contexto familiar, social, profissional e educacional. Desta forma, a escola, por ser um contexto educacional, certamente, em suas práticas aplicadas com os alunos, influenciará significativamente a formação do educando. Ao intervir, o professor escolhe realiza um processo da qual é chamada de ação de planejar. Esta ação envolve os conteúdos, as metodologias e os procedimentos pertinentes aos objetivos almejados. Dentro deste pacote de ação estão valores dos professores que certamente nortearão a linha pedagógica que justifiquem sua proposta de aula.
Referente a isso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 27), quanto aos seus princípios e fundamentos afirma que “Cabe ao campo educacional propiciar aos alunos as capacidades de vivenciar as diferentes formas de inserção sociopolítica e cultural”. 
Ao fazer uma analogia entre os jogos de competição com os princípios acima citados dos jogos cooperativos, o que se percebe é que quando o professor de educação física adota um esporte com cunho de competição, as capacidades como: técnicas em ações motoras, o aperfeiçoamento de movimentos com treinamentos, a busca de vencer o adversário certamente são os parâmetros que norteiam esta prática nas aulas de educação física.
A inclusão é levar o indivíduo a fazer parte do meio que está inserido. É está incluso ao que está sendo vivenciado na escola, sendo apto ou não para o que está sendo aplicado para a formação no processo ensino aprendizagem. Referente a isso, os parâmetros curriculares (1997, p. 34) no seu item em “escola e constituição da cidadania” onde cita: “A escola, por ser uma instituição social com propósito explicitamente educativo, tem o compromisso de intervir efetivamente para promover o desenvolvimento e a socialização de seus alunos. Essa função socializadora remete a dois aspectos: o desenvolvimento individual e o contexto social e cultural. É nessa dupla determinação que os indivíduos se constroem como pessoas iguais, mas, ao mesmo tempo, diferentes de todas as outras. Iguais por compartilhar com outras pessoas um conjunto de saberes e formas de conhecimento que, por sua vez, só é possível graças ao que individualmente se puder incorporar. Não há desenvolvimento individual possível à margem da sociedade, da cultura”.
    A Educação Física Escolar em um sistema de cooperação, pvai além da satisfação e alegria vivenciadas, cada uma das partes e o todo ganham, em consequência da ajuda. Em diversas atividades o resultado alcançado pelo grupo é melhor do que a soma dos resultados pessoais obtidos numa situação de competição. (ALMEIDA, 2003).
    Quando se fala sobre os Jogos Cooperativos, Terry Orlick torna-se a principal referencia em estudos e trabalhos sobre esse tema. Para esse importante pesquisador, os Jogos Cooperativos não são manifestações culturais recentes nem tampouco uma invenção moderna. A essência dos jogos cooperativos começou quando membros das comunidades tribais se uniam para celebrar a vida.
Desde cedo, as crianças aprendiam com os adultos esses princípios e buscavam praticar os diferentes jogos com alegria e companheirismo. A maneira como a criança joga, irá refletir na maneira de encarar a vida, portanto, um jogo cooperativo pode proporcionar muito maisdo que imaginamos na vida de alguém. (MAIA, R. MAIA, J.; MARQUES, 2007).
Os jogos cooperativos são novas formas de jogar em que todos possam “vencer”. A ideia é partir do jogo para chegar a vida, pois eu jogo do jeito que vivo e vivo do jeito que jogo. (NETO e LIMA, 2002).
Devemos compartilhar com os nossos alunos jogos de caráter cooperativo e mostrar para eles que participar do jogo é muito mais importante do que seu resultado final, os jogos cooperativos são ferramentas que os professores de Educação Física, tem em suas mãos para ajudar no desenvolvimento dos seus alunos e na construção de um mundo melhor.
    Com os jogos cooperativos nas aulas de Educação Física: 
a) o aluno jogará pelo prazer de jogar, não para conseguir necessariamente um prêmio, uma vitória, se estimularmos atividades não competitivas, reforçaremos nos alunos à participação e não o fato de conseguir um prêmio: 
b) o aluno se divertirá sem o temor de não alcançar os objetivos desejados, onde em sua grande maioria só são conseguidos por uns pouco: 
c) a participação de todos os alunos será favorecida os mais capazes e os menos capazes, aqueles que sempre ganham e aqueles que sempre perdem. Esses jogos servirão para estimular o aumento da autoestima fazendo desaparecer o medo do fracasso: 
d) os participantes se verão como companheiros de jogo, com relações de igualdades, não como inimigos os quais devem superar e não existirá a necessidade “de passar por cima dos demais” para poder jogar ou vencer: 
e) o aluno tentará superar a si mesmo e não superar os demais, desta maneira ele conhecerá suas próprias aptidões pelo próprio esforço e não por comparações com os demais: 
f) se vivenciará uma atividade coletiva e conjunta, e não individualizada, sem centrar em nenhum aluno ou grupo, mas sim jogando todos juntos estimulando um valor básico humano a solidariedade: 
g) todos os alunos terão um papel importante para desenvolver, todos serão protagonistas do jogo. A rotulação de bons e maus será mínima até deixar existir no grupo.
Nesta proposta visamos à participação de todos para alcançar um objetivo comum, onde a motivação não é perder, a motivação está centrada na participação. Nesse sentido, a proposta educativa tem como interesse principal o processo e não o resultado. (ALMEIDA, 2003).  A inclusão do jogo cooperativo nas aulas de Educação Física deve buscar a participação de todos sem excluir ninguém, independentemente de sua raça, classe social, religião, competências motrizes, habilidades pessoais etc., sempre dentro de um ambiente prazeroso, cordial, amigo e feliz onde as metas do professor e dos alunos estarão centradas na união da soma das suas competências individuais, na busca de resultados que tragam benefícios para todos. 
Encontra-se nos jogos cooperativos uma proposta coerente com as perspectivas de mudança ou de superação do “mito da competição” que a Educação Física Escolar vem buscando. (CORREIA, 2007).
Com os jogos cooperativos sendo um conteúdo nas aulas de educação física os alunos terão a possibilidade de uma consciência grupal onde visa uma cooperação para o sucesso de todos. Apresentaremos abaixo os princípios norteadores dos jogos cooperativos que podem orientar a nossa prática nas aulas de educação física.
· Do Regionalismo: os jogos cooperativos resgatam o conhecimento e as experiências do grupo de participantes, propondo a recreação das diferentes atividades. Também associa e reintegra que é regional ao UNI-VERSAL, manifestando a consciência de que há muitas partes, mas um só TODO.
· Da Co-educação: nos jogos cooperativos os professores de educação física, os recreadores, os pais têm o papel de facilitador incentivando a construção conjunta das regras e estruturas dos jogos, brincadeiras e brinquedos cooperativos. Além disso, crianças, adolescentes, adultos e terceira idade trocam informações que auxiliam no processo de autoconhecimento, transformação e integração social.
· Da Emancipação: cada ser humano envolvido com o jogo cooperativo é motivado a expressar com liberdade e responsabilidade. O exercício da autonomia é promovido pela tomada de consciência e ação criativa que, transformam o jogo, a brincadeira e os brinquedos e as atitudes neles representados.
· Da Participação: no jogo cooperativo todos participam sendo respeitados em suas individualidades. As diferenças de habilidade, sexo, raça, cultura, religião, posição social etc., são considerados como pequenas pontes que servem para ligar e re-unir uns com os outros. Todos são estimulados a serem indivíduos criativos e transformadores.
· Da Totalidade: o jogo cooperativo busca despertar e resgatar a cooperação em três níveis interdependentes: consigo mesmo, com os outros e com o ambiente. Nesse sentido, o jogo cooperativo é um processo dinâmico de percepção e vivencia da íntima relação entre parte – todo, micro – macro e individual – grupal.
    
METODOLOGIA
Após pesquisas referentes aos jogos cooperativos, fiz um estudo sistemático dos princípios que o fundamentam e dos métodos utilizados e baseados nessas definições estabeleci o caminho que deveria traçar para alcançar o objetivo, previamente estabelecido. 
Segundo Almeida, M.T.P. (2008a), a metodologia utilizada, Correia (2006, p. 151) cita que “a Educação Física escolar, influenciada pelo esporte de rendimento, incorpora facilmente a ideia da competição”. Assim, o esporte como conteúdo voltado para o rendimento encaminha para um contexto cuja competição não ajuda de forma alguma para uma formação que a escola objetivo, que é o respeito e tolerância a diversidade. Diante destas duas formas de direcionamento de jogo como conteúdo, quais os benefícios que os jogos cooperativos podem trazer na sua escolha como conteúdo? Para responder tal indagação.
Os métodos de aprendizagem de cooperação, através dos jogos cooperativos, permitem aos participantes potencializar as seguintes características: Satisfação dos Participantes; Autoconceito Positivo; Atribuição Interna; Comunicação; Criatividade; Competência Motriz; Aceitação dos Companheiros e Convivência Intercultural.
Para Amaral (2004) os jogos cooperativos mostram um outro jeito de jogar, pois entre as suas características eles contribuem para a diminuição das agressividades nos jogos como também é um grande transmissor de valores como: sensibilidade, cooperação, comunicação, alegria e solidariedade. Este mesmo autor salienta que através do jogo os participantes estão sempre vivenciando situações de interesse do grupo, no qual é possível os mesmos expor seu ponto de vista como também participar das discussões relacionadas ao jogo.
Este projeto tem como finalidade verificar as possibilidades para desenvolver atividades cooperativas onde os alunos terão a oportunidade de experimentar e vivenciar novas maneiras de jogar, sem a preocupação de ganhar ou perder, mas sim de cooperar e ajudar também expor a importância dos Jogos Cooperativos para a criança, não apenas em seu âmbito escolar, mas em sua vida. Tendo em vista que a aula de Educação Física é o espaço ideal para trabalharem os jogos, cremos que o papel do professor é o de promover valores como autoestima, solidariedade, respeito ao próximo, cooperação, fazendo com que eles sejam transformados em uma ética cooperativa, utilizando a pedagogia da cooperação.
NETO E LIMA, 2002,  afirma que os jogos cooperativos são jogos com uma estrutura alternativa, onde o esforço cooperativo é necessário para se atingir um objetivo comum e não para fins mutuamente exclusivos. Tendo os jogos como um processo, aprende-se a reconhecer a própria autenticidade e a expressá-la espontaneamente e criativamente. Jogando cooperativamente temos a chance de considerar o outro como um parceiro, um solidário, em vez de tê-lo como adversário, operando para interesses mútuos e priorizando a integridade de todos. O jogo cooperativo pretende indicar que nos jogos e esportes, bem como na vida, existem alternativas para jogar além de formas de competição, usualmente sugeridas como única ou a melhor maneira de jogar e viver.Para que isso ocorra munidos de êxito se faz necessário que todos os envolvidos não se baseiem em preconceitos e sim em observações e ações fidedignas à realidade. Com isso conseguimos estabelecer uma parceria com a comunidade (pais dos alunos) e com a Instituição em questão, mostrando a relevância de tal pesquisa para o desenvolvimento de seus filhos/alunos e até mesmo mudanças para comunidade em questão. Quando se tem a mudança de comportamento e atitude consciente dos moradores de um bairro, se tem a mudança da “cultura do bairro”.
CRONOGRAMA
As atividades serão desenvolvidas em áreas diversificadas, de acordo com a necessidade da atividade proposta. Cada aula prática terá duração de 1 hora e serão realizadas duas vezes por semana, das 13:30 as 14:30, em escola pública municipal ou em outro local, que poderá ser cedido pela Prefeitura Municipal, para esta finalidade.
A proposta é que cada aula deve ter a duração de 01h00 e as atividades desenvolvidas sejam divididas em três fases: 
*	Primeira fase: Serão abordados os resultados obtidos com as atividades presentes no dia-a-dia das crianças, onde os participantes vivenciam os jogos tradicionais e as brincadeiras que estão presentes no seu dia-a-dia, ou seja, jogos que vem passando de geração para geração; 
*	Segunda fase: Serão analisados os efeitos causados pelos jogos cooperativos na resolução de conflitos entre e os participantes vivenciam os jogos semi-cooperativos que apresentam uma nova vivência e com alguns elementos dos jogos cooperativos, sem criar uma situação de aversão dos participantes; 
*	Terceira fase: Serão realizadas atividades que possam possibilitar mudanças de atitudes, os participantes irão vivenciar os jogos modificados, que consiste em tentar modificar regras dos jogos tradicionais, colocando regras que possibilitem a vivência de jogos mais cooperativos.
Tipo e exemplos de jogos cooperativos
Existem diversas categorias de jogos cooperativos. A seguir, temos a descrição de três delas.
*	Jogos cooperativos sem perdedores: todos os participantes vencem.
Exemplo: brincadeira na qual cada participante recebe uma folha de jornal, colocada no chão e fica em cima dela.
Os participantes se movimentam pelo espaço em que se desenvolve a brincadeira e, ao comando do guia, devem pisar em cima de uma folha de jornal; entretanto, elas são retiradas uma a uma e os participantes devem cooperar para que todos tenham um espaço na folha para pisar. A brincadeira segue até se ter apenas uma folha.
*	Jogos cooperativos de inversão: são jogos em equipes, mas o resultado depende da participação e do esforço coletivo.
Exemplo: num jogo recreativo de futsal, sempre que um participante marcar gol passará a fazer parte da equipe contrária à sua. Dessa forma, com o desenrolar do jogo não se tem mais a formação inicial das equipes e, portanto, não há apenas uma equipe vencedora.
*	Jogos cooperativos de resultado coletivo: também são jogos que envolvem equipes, com o objetivo de desviar a atenção do resultado para o desenrolar do jogo propriamente dito.
Exemplo: como um jogo de voleibol, porém, toda vez que o jogador passar a bola para o campo contrário ao seu, ele muda de equipe; ou seja, há uma mistura constante dos participantes e o objetivo é focado em não deixar a bola cair.
RECURSOS 
Os jogos cooperativos são uma alternativa para melhorar a qualidade das relações interpessoais, contribuindo para desenvolver um clima harmônico e colaborativo. Além disso, também se constitui como um caminho para a resolução de conflitos entre indivíduos e grupos, uma vez que propõem uma forma de aprendizagem estratégica e afetiva.
Os recursos humanos e materiais utilizados são; A qualificação do profissional de educação física, através de cursos, palestras, pesquisas em website e outros dispositivos de internet, livros, revistas, prática com as atividades propostas para ter o domínio e assim por em prática as atividades, para que prenda a atenção dos alunos e tenham a sua participação em massa. Os materiais, são os disponíveis na unidade escolar ou centro esportivos, onde o professor pretende por em práticas suas atividade sobre os Jogos Cooperativos, tais como: quadra esportiva (corberta ou não) campo de futebol, centro de recreação, piscina, bolas, redes, apitos, cordas, bambolês, aros, cones, coletes (de cores diversas), bexigas, giz colorido, entre outros, que possam ser utilizados. Os jogos cooperativos, assim como outras atividades relacionadas à educação socioemocional, estão pautados no aprendizado através de um desenvolvimento motor-lógico. Os princípios pedagógicos dos jogos cooperativos são de inclusão, coletividade, respeito mútuo e desenvolvimento integral.
AVALIAÇÃO
A avaliação sobre o Projeto “Jogos Cooperativos”, desenvolvido através de pesquisas, teve resultados positivos uma vez que tem a capacidade e podem proporcionar uma resolução para os conflitos nas atividades de educação físicas, para os alunos da 4ª e 5ª série dos anos iniciais do ensino fundamental. Um aspecto relevante às observações foi à divisão das atividades em fases, o que possibilitou uma melhor compreensão no que se passava em cada grupo de atividades.As análises permitiram confirmar a importância e eficácia da utilização dos Jogos Cooperativos como estratégia para resolução de conflitos entre crianças de 07 a 09 anos (das séries 4ª e 5ª do ensino médio), embora sendo encontradas dificuldades nessa perspectiva. 
A relevância dos Jogos Cooperativos tem um papel fundamental no desenvolvimento global dessas crianças, quer contribuindo no seu autoconhecimento, quer auxiliando para que esta criança possa desenvolver sua criticidade e com isso exercer sua cidadania de forma participativa dentro da sua comunidade. 
Podemos agora citar alguns êxitos alcançados com a investigação: 
• Diminuição da agressividade no ato de brincar; 
• Aplicação de alguns valores humanos: respeito, empatia, auto-controle e autonomia; 
• Aumento no número de crianças que desejavam participar da investigação; 
• A saída de um aluno, para morar em outro Estado, e o depoimento de sua tia, que dizia que queria voltar, pois lá não tinha uma Vila Olímpica; 
• A união do grupo; 
• Utilização de poucos materiais na execução de atividades prazerosas e isso possibilitaram o brincar deles na escola, dentro de casa; 
• Participação de um deficiente auditivo. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a finalidade de verificar as possibilidades de desenvolver atividades cooperativas onde os alunos possam ter a oportunidade de experimentar e vivenciar novas maneiras de jogar, sem a preocupação de ganhar ou perder, mas sim pensando apenas em de cooperar e ajudar, estimulando assim o respeito, solidariedade, auto-estima de respeito ao próximo fazendo com que eles sejam transformados em uma ética cooperativa, utilizando a pedagogia da cooperação, sendo o professor uma peça fundamental neste processo. 
A partir do momento em que os Jogos Cooperativos estiverem presentes na vida das crianças, não haverá crianças feridas na sua auto-imagem, e nada mais haverá a temer. As crianças são as que mais se favorecerão com essa experiência, que lhes ajudará a serem crianças mais felizes, a compartilhar, a ter um bom relacionamento com os outros.
Como diz Correia (2004,) através dos jogos cooperativos na Educação escolar é possível entender o ser humano. Os jogos cooperativos são fundamentais para desenvolver a consciência de grupo entre as pessoas. O que mais importa nesses tipos de jogos é a colaboração de cada indivíduo do grupo, e o que cada um tem para oferecer no momento da atividade. 
Nos jogos cooperativos o importante é garantir aos participantes, à diversão do início ao fim, a vitória aqui não interessa, bem como, o trabalho em equipe, que garante a colaboração, a ajuda mútua, o respeito, etc... e a confiança no professor.
Acredito que através das atividades com jogos cooperativos, contribuía para a análise do processo construtivo da socialização entre profissionais de Educação Física e alunos, que tem como base o contexto heterogêneoe dinâmico para poder desempenhar com qualidade as atividades propostas e manter o entusiasmo e a participação dos alunos.
REFERÊNCIAS
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