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Aula 7 – Alavancagem operacional e financeira

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Aula 7 – Alavancagem operacional e financeira
Já estudamos várias técnicas de análise das demonstrações financeiras e agora veremos duas importantes ferramentas representadas pelas Alavancagens Financeira e Operacional.
Essas análises avaliam a empresa e permitem uma contribuição direta para o aumento do resultado operacional e do resultado líquido de uma organização, além de possibilitar a identificação dos fatores que fazem com que os resultados tenham suas tendências identificadas.
A alavancagem operacional relaciona a margem de contribuição com o lucro líquido ou pode utilizar o impacto da variação das receitas com os resultados para fornecer importantes informações para as empresas.
Já a alavancagem financeira permite ter uma ideia de como o endividamento influi na rentabilidade de seus empresários e propicia a separação dos resultados obtidos entre operacionais e aqueles decorrentes de decisões de financiamento.
Alavancagem operacional
Para iniciar nosso estudo, analisaremos com mais detalhes a alavancagem operacional, que verifica o impacto da alteração nos resultados de uma entidade quando ocorre variação no seu nível de receitas.
Imaginemos a seguinte situação:
Agora, imagine se alguém lhe perguntasse em qual das duas empresas você irá investir seu dinheiro, o que você responderia?
De posse dos dados que vimos anteriormente, a resposta mais provável seria "tanto faz". No entanto, a partir de agora, verificaremos que informações adicionais serão necessárias para tomar uma decisão mais acertada com relação à alavancagem.
Se tivermos somente as informações da tabela anterior, não será possível tomar decisão acertada sobre qual empresa deve ser investida.
Vamos melhorar a qualidade das informações apresentadas
Com essas informações adicionais você saberia decidir qual empresa deve receber os investimentos? Clique no ícone e descubra!
As informações ainda não são suficientes para uma tomada de decisão eficaz.
Percebe-se que o valor dos custos totais foi desmembrado, de maneira que podemos identificar a parte variável e a parte fixa dos custos incorridos.
Entretanto, isso ainda não é suficiente, embora já dê alguns direcionamentos em relação ao que deve ser feito em relação a investimentos futuros.
A alavancagem operacional pode ser calculada de duas maneiras distintas:
Relacionada à margem de contribuição com o lucro líquido;
Relacionada à variação das receitas com a variação dos resultados.
Cálculo do Grau de Alavancagem Operacional (GAO) pela margem de contribuição pelo lucro
O Grau de Alavancagem Operacional (GAO) das empresas A e B pode ser calculado pela fórmula da margem de contribuição pelo lucro.
Você conhece essa fórmula? Vejamos:
GAO = MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
 LUCRO
A empresa A tem um GAO de 2,50 (5.000/2.000) e a empresa B tem um GAO de 4,00. Pode-se dizer que a variação nas receitas da empresa A gera uma variação 2,5 vezes maior nos seus resultados.
Já para a empresa B, a mesma variação na receita gera uma variação 4 vezes maior nos lucros alcançados.
A empresa A tem um GAO de 2,50 (5.000/2.000) e a empresa B tem um GAO de 4,00. Pode-se dizer que a variação nas receitas da empresa A gera uma variação 2,5 vezes maior nos seus resultados.
Já para a empresa B, a mesma variação na receita gera uma variação 4 vezes maior nos lucros alcançados.
Nota-se que houve variação percentual nas receitas e nos custos e despesas variáveis, mas não houve qualquer variação nos custos e despesas fixos.
É fácil explicar essa situação, pois alguns custos fixos são obrigatórios para as empresas e não variam mensalmente, mesmo que suas produções sofram oscilações dentro da normalidade operacional.
Como exemplo, podemos citar o aluguel da estrutura fabril ou da estrutura administrativa. Ambos são fixos, independentemente do nível de produtividade alcançado, desde que este não cresça o bastante para demandar mais estrutura fabril.
Podemos perceber que, no caso da empresa A, com uma variação percentual de 10% para mais nas vendas e nos custos e despesas variáveis, houve um aumento percentual de 25% (de 2.000 para 2.500). Essa variação de R$500,00 comparada à situação inicial de R$2.000,00 explica os 25%.
Cálculo do Grau de Alavancagem Operacional (GAO) pela variação das receitas com a variação dos resultados
A outra maneira de se calcular o GAO é fazendo a relação das variações percentuais entre lucratividade e receitas. Vamos ao cálculo da empresa A e B?
No caso de ter as duas empresas alcançando níveis de vendas crescentes, no decorrer de um período de tempo, a empresa B seria mais viável, pois seus lucros seriam mais alavancados do que os da empresa A.
Pensando em potenciais diminuições no ritmo de vendas, a empresa A seria preferível, pois penaliza menos os resultados por variações nos níveis de venda.
Atenção
Você conseguiu identificar de quem é a culpa das variações nos níveis de venda?
A culpa é dos custos e despesas fixos que, de maneira mais geral, estão associados à quantidade de ativos fixos que uma empresa possui, gerando gastos com depreciação, considerados fixos pela terminologia aplicada a custos empresariais.
Comparando as empresas A e B, podemos verificar que aquela que mais gera custos e despesas variáveis é a empresa A, menos alavancada, com GAO de apenas 2,50. Com variações negativas em suas vendas, será menos prejudicada nos seus resultados.
A empresa B, com GAO de 4,00, é mais alavancada, pois possui mais ativos fixos. Aqui está a chave para a nossa compreensão. Quanto mais bens imobilizados uma empresa gere, mais custos e despesas fixas possuirá, aumentando sua alavancagem operacional.
Escolha da empresa
Agora que já estudamos os impactos da alavancagem operacional dentro das operações das entidades, qual das duas empresas deve ser escolhida por um investidor com dúvidas?
Não existe uma resposta única para esta pergunta. Todas podem estar certas, tanto a empresa A quanto a empresa B. Vejamos o porquê:
-Situação 1: Por exemplo, se o cenário for otimista, ou seja, se o mercado e o país/região da empresa estiverem em franca expansão com aumento esperado no consumo, a empresa B deverá ser a escolhida, pois com um maior GAO, tenderá a ter mais lucratividade.
-Situação 2: No entanto, se nos depararmos com um cenário de expectativa de recessão e baixa nos níveis de venda, a empresa a ser escolhida será a A, que tem um GAO menor, arriscando menos os níveis de lucratividade.
A consequência natural pode ser o raciocínio de que a melhor situação seria um GAO de 1,00, em que a entidade teria a mesma variação na lucratividade que tem nas receitas. Entretanto, matematicamente isso é possível, mas na prática, isso é impossível.
Atenção
Imagine a seguinte situação: para uma entidade ter um GAO de 1,00, ela deverá ter a margem de contribuição igual ao lucro. Neste caso, ela não poderia ter qualquer custo ou despesa fixos. Hipoteticamente, uma entidade pode apresentar custo e despesa fixos totais iguais a zero, mas na prática não existe empresa que apresente tal situação.
Definimos, então, que não há GAO de 1,00 e que as empresas sempre terão um GAO diferente desse valor. O GAO poderá ser negativo, situação em que os resultados
Alavancagem financeira
A partir de agora, falaremos sobre a alavancagem financeira, que possui outro foco. Ela resulta da participação dos recursos obtidos junto a terceiros na estrutura do capital de uma entidade.
Como uma forma de análise desta alavancagem, podemos dizer que o endividamento é aceitável desde que seu custo seja menor que o retorno que ele pode produzir na aplicação dos recursos.
Vamos ver um exemplo?
-Algumas pessoas dizem que as dívidas não são boas para nenhuma empresa. No entanto, se uma entidade pega um empréstimo de R$1.000,00 com uma instituição financeira, pagando 8% de juros ao ano e tem uma rentabilidade do ativo de R$15% no mesmo período, ela conseguirá transformar esses R$1.000,00 em R$1.150,00.
-Quando chegar o momento de liquidaras obrigações adquiridas, ela desembolsará R$1.080,00 dos R$1.150,00 obtidos, ficando com R$70,00 livres em sua estrutura financeira.
-Esses R$70,00 ingressam e permanecem na entidade sem gerar risco para os proprietários, pois eles vieram dos cofres de uma instituição financeira e foram integralmente devolvidos. No entanto, o endividamento deve ser muito bem planejado para que nenhuma decisão equivocada seja tomada. Os R$70,00 geram um ganho adicional e não esperado nas operações da empresa, chamado de alavancagem financeira.
Quando a entidade toma recursos emprestados e os sócios não conseguem cobrir a taxa de retorno, o custo do endividamento supera o retorno do mesmo, onerando os resultados operacionais da entidade e gerando uma diminuição da taxa de retorno.
Dessa maneira, é possível definir a alavancagem financeira como sendo a capacidade que os recursos obtidos junto a terceiros possuem de aumentar os resultados líquidos dos donos das entidades.
Cálculo do Grau de Alavancagem Financeira (GAF)
O Grau de Alavancagem Financeira (GAF) pode ser calculado através de duas fórmulas:
Essa fórmula revela a alteração percentual no lucro líquido (aquele que pode ser distribuído os sócios/proprietários) obtido pela variação no lucro operacional.
A alavancagem também pode ser explicada pelas variações ocorridas. O GAF de 1,50 que uma entidade possui indica que para cada 10% de variação em seu resultado operacional, ela tem uma variação de 15% no lucro líquido.
Isso ocorre porque a entidade obtém passivos mais baratos se comparados à capacidade de geração de lucros que ela possui, o que promove aumento desproporcional no retorno disponibilizado aos sócios/proprietários.
Vamos ver uma situação hipotética, a fim de compreendermos melhor a alavancagem financeira nas empresas? Clique aqui.
Imposto de Renda na alavancagem financeira
Depois de analisarmos o lucro líquido, devemos examinar os impactos dos impostos incidentes sobre o resultado, por isso estudaremos a consequência do imposto de renda na alavancagem financeira.
Consideremos o mesmo exemplo que vimos anteriormente, mas admitamos uma alíquota de imposto de renda para a pessoa jurídica na ordem de 25%.
Vamos à demonstração com os devidos valores:
Atenção: Os juros ajudam a empresa a elevar o lucro líquido, porque o grau de alavancagem operacional é superior a 1,00. Além disso, como os juros são dedutíveis para efeitos fiscais, eles diminuem a carga de impostos incidentes sobre a renda, porque fazem com que a base tributável seja diminuída. Com isso, podemos verificar que as organizações podem escolher trabalhar com mais recursos de terceiros e menos recursos próprios, aumentando alguns índices, tais como participação de capitais de terceiros e, como consequência, a rentabilidade do ativo e do patrimônio líquido.
Efeitos das alavancagens financeira e operacional
As situações citadas anteriormente consideram um cenário mercadológico favorável, quer dizer, aquele que apresenta potenciais de mudanças positivas no lucro operacional bruto.
A alavancagem financeira afeta de maneira nociva quando a empresa gera resultados operacionais negativos, fazendo com que o retorno dos sócios seja diminuído.
Quanto mais alavancada financeiramente uma entidade for, mais os sócios/proprietários ficarão satisfeitos, pois o resultado operacional não precisa melhorar muito para que o resultado líquido se eleve bem mais. Quanto maior for o nível de crédito de uma empresa, maior poderá ser esse benefício para os sócios/proprietários.
No caso de uma empresa começar a enfrentar problemas relacionados a restrições de mão de obra, de matéria-prima ou de maquinário disponível para a produção, os resultados poderão ser afetados de maneira drástica, restando um passivo financeiro elevado com juros que são muito onerosos para qualquer entidade.
Por fim, deve ser enfatizado que nem todas as empresas se adéquam à situação de grau de alavancagem financeira elevado, porque elas necessitam de mais ativos fixos, o que normalmente gera um endividamento que não está associado à atividade principal, pois nem todos os ativos fixos são necessariamente utilizados na área produtiva das entidades.
Atenção: Na análise dos melhores valores a serem praticados de Grau de Alavancagem Financeira e Operacional, um bom gestor financeiro deve ter intimidade com a empresa, com a atividade principal que ela desempenha, além de deter conhecimentos de economia, sobre os mercados externos e, acima de tudo, possuir pleno conhecimento dos impactos que podem ser gerados por atitudes governamentais, pois estas influenciam diretamente as atividades operacionais e não possuem qualquer poder de gerência desses gestores.
Fazer
-Atividade Proposta
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