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Revisão P1 de DIP

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Revisão de DIP
Meios Auxiliares: 
São instrumentos/técnicas que auxiliam o juiz internacional a determinar a norma jurídica aplicável para resolução do caso concreto. Não são fontes do DIP, não criam direitos e obrigações para os sujeitos de DIP.
*Art. 38 # 1 -> os meios auxiliares (doutrina e jurisprudência) têm previsão expressa no Art. 38.
Os meios auxiliares são:
 Jurisprudência Internacional: conjunto de decisões judiciais constante, sobre um determinado assunto/tema e no mesmo sentido, como por exemplo: não cobrar matricula em escolas públicas.
*O que significa a expressão “decisões judiciárias” do art. 38 # 1 do Estatuto da CIJ? O Estatuto está se referindo as decisões dos tribunais internacionais e não as são as decisões dos tribunais nacionais. A jurisdição é internacional. Logo, não estão incluídas as decisões proferidas pelos tribunais nacionais, só em casos excepcionais.
 Doutrina: é o conjunto das obras dos jurisconsultos (dos autores) de renome no âmbito do DIP. A obra dos autores auxilia os juízes internacionais a encontrarem uma norma aplicável para resolver o caso concreto. Também não é fonte do DIP. É um instrumento auxiliar para resolução de casos concretos.
Meio de completude: 
Preenche lacunas do DIP. É quando temos a falta de uma norma que solucione o caso de forma justa. 
Os meios de completude são:
 Equidade: consiste na aplicação de da norma jurídica existente ao caso concreto, observando-se os valores de justiça e igualdade. É um valor abstrato que corresponde a noções de justiça e igualdade. Ele não é fonte do DIP, nem meio auxiliar. É um instrumento de completude (função complementar) porque a equidade é aplicada quando a norma jurídica existente é ineficaz para solucionar o caso concreto com o mínimo de justiça ou igualdade. 	
Expressão “ex aequo et bono art” (conforme o válido e o correto) – “A presente disposição não prejudicará a faculdade da Corte de decidir uma questão ex aequo et bono, se as partes concordarem”.
O juiz só poderá aplicar a Equidade se ambas as partes em conflito, estiverem de acordo, se ambas quiserem o juiz é obrigado a aplicar.
 Analogia: consiste na aplicação a determinada situação de fato de uma norma jurídica aplicada a caso semelhante anterior. Não é fonte do DIP, possui uma função complementar e não está prevista no Art. 38 do Estatuto da CIJ.
*Quando não há norma internacional para aplicar no caso, o juiz se vira para normas internas.
Fábrica de Chorzou: pós 1ª GM, uma das mais graves sanções para a Alemanha foi perder parte de seu território e todos os bens que estavam nele também foi perdido. Havia na cidade de Chorzou uma fábrica de produtos químicos que era de propriedade de uma empresa alemã, e ela perde a propriedade para a Polônia. Então, essa empresa pede para Alemanha demandar internacionalmente uma reparação para essa empresa, um direito de indenização. A CIJ não encontra uma norma aplicável ao caso (lacuna), então o juiz internacional se vira para o direito interno e na jurisprudência interna ele encontra uma norma, o Princípio de Reparação Integral ao Dano, um PGD. Nesse caso a fonte utilizada para resolver o caso foi um PGD. O meio auxiliar foi a jurisprudência interna (isso é excepcional, é raro). O meio de completude foi a analogia. 
OBS: esse princípio antes de ser utilizado no caso não era um PGD. 
Novas fontes do DIP: 
surgem pós 2ª Guerra Mundial, no DIP contemporâneo, por isso, não estão previstas no art. 38 (que foi criado em 1945). São verdadeiras fontes do DIP, ou seja, criam direitos e obrigações para os sujeitos do DIP. São elas:
Atos unilaterais (atos estatais): são manifestações de vontade inequívoca formuladas publicamente por um Estado, com a intenção de produzir efeitos jurídicos nas suas relações com os demais sujeitos do DIP. Exemplos:
 - Discursos oficiais (se o chefe do Estado discursa condenando uma conduta, isso gera uma obrigação ao Estado que passa a atuar de modo que não cometa a mesma conduta errônea).
 - Notas oficiais da chancelaria (chancelaria: é o órgão que cuida das relações internacionais do Estado – no Brasil é o Itamarati e Ministério das Relações Exteriores MRE).
 - Atos normativos internos (é um caso excepcional, é muito raro. Uma lei nacional, interna, gerando efeito lá fora).
Para ser um ato unilateral, fonte do DIP, é preciso reunir todas as características abaixo: 
 a) Emanar de um único sujeito do DIP (de um único Estado);
 b) Produzir efeitos jurídicos internacionais;
 c) Não contrariar o DIP; 
 d) Imputabilidade do ato ao Estado (o estado deve fazer esse ato de forma livre, da sua vontade).
Esses atos unilaterais tem a capacidade de obrigar os Estados, pois são fontes do DIP, logo, gera direito e obrigações aos Estados. Disso decorre um princípio fundamental para a segurança jurídica no plano internacional: Princípio do Estoppel: princípio segundo o qual os Estados não podem voltar atrás em suas declarações formuladas expressa e inequivocamente, ficando obrigados ao conteúdo daquilo que publicamente manifestaram. Isso em nome da segurança jurídica das relações internacionais entre os Estados. Os sujeitos do DIP não podem voltar atrás com suas ações.
Atos (ou decisões) de Organizações Internacionais: são atos institucionais emanados de uma organização internacional que não expressam a vontade dos seus Estados membros, mas sim a vontade da própria organização. Surge na 2ª fase do DIP, que foi a fase em que surgiram as OIS. Não tem previsão no Art. 38 do Estatuto da CIJ, são novas fontes do DIP. Exemplos: ONU, OEA, MERCOSUL, OIT, OMC e etc.
Não é todo ato que emana de uma OIS que é fonte do DIP, para ser fonte do DIP tem que haver as características abaixo:
 a) Devem ser atos unilaterais (emanar de uma única organização internacional);
 b) Deve produzir efeitos internacionais ou externa corporis (produzir direitos e obrigações para os sujeitos do DIP);
 c) Deve ser um ato que possui um fundamento convencional (atos normativos derivados de um tratado) – o ato deve ter previsão no tratado fundacional/constitutivo da organização. 
*Uma OI é criada sempre com base em um tratado internacional, que recebe um nome, pode ser tratado fundacional ou constitutivo. Ex.: Tratado de Assunção, é o tratado fundacional do MERCOSUL. Carta da ONU é o tratado fundacional da ONU.
Exemplos de atos de OIS:
 - Resoluções da Assembleia Geral da ONU: não são obrigatórias, são recomendações de ação para os países membros da ONU (soft Law);
 - Decisões do Conselho de Segurança (CS) da ONU (art. 25 da Carta da ONU).
 - Recomendações da OIT (soft Law – não tem força jurídica, só força moral).
Soft Law: são normas de DIP destituídas de coercitividade jurídica e por isso, deixam aos seus destinatários, uma margem de liberdade para serem cumpridas ou não. É um direito flexível ou elástico. São atos finais de encontros internacionais (resoluções da Assembleia da ONU). É nova fonte do DIP resultante das transformações da sociedade internacional. É uma fonte do DIP que não é dotada de coercitividade jurídica, é destituída de obrigatoriedade jurídica. Logo, quem viola o soft law, não sofre sanção jurídica perante Tribunal Internacional, a sanção é restrita ao campo da moral, da política. Ela gera direitos e obrigações, mas não jurídicos, e sim, morais. Surgem principalmente na década de 1980. Não está prevista no art. 38 do Estatuto da CIJ, pois é uma fonte nova. Os estados a cumprem se quiserem, ela não gera uma sanção jurídica e sim uma sanção moral. Elas dão respostas mais rápidas e agis ao desafios internacionais.
*Apesar do conteúdo não jurídico são de grande relevância para o DIP (efeitos morais e extrajurídicos).
*Estabelecem programas de ação (conteúdo programático). 
Exemplos: 
 - Resoluções da Assembleia Geral da ONU (é soft law, não é obrigatória, é uma regra moral, exceto a Declaração Universal dos DH – DUDH, que é onde estão estabelecidos os principaisdireitos da pessoa humana. DUDH é hardlaw, direito rígido, dotado de coercitividade jurídica, imperativa, contra qual nenhuma vontade do estado se sobrepõe a ela (jus cogens);
 - Agendas: são documentos que listam várias sugestões de ação internacional dos Estados em prol do meio ambiente. É uma norma programática, soft law. São declarações de princípios feitas no final de conferencias internacionais, sobretudo, ligadas ao meio ambiente.
Jus Cogens: normas imperativas de DIP que se sobrepõe a vontade dos estados e só podem ser modificadas por norma de mesma estrutura hierárquica. É nova fonte de DIP e surgem na década de 1960. 
Exemplos:
 - Princípio da autodeterminação dos povos;
 - Proibição da agressão ( invasão de um estado ao território do outro é crime internacional);
 - Proibição do genocídio, da escravidão e da descriminação étnica (apartheid);
A regulamentação das normas de jus cogens são feitas pela CVDT no Art. 53 e nele diz que todo tratado que for contra a uma jus cogens será nulo.
O Art. 54 da CVDT diz por exemplo, que se um tratado assinado entre dois países proíbe o casamento gay e depois de dois anos desse tratado ter sido ratificado, surge uma jus cogens falando sobre ir contra casamentos gays, o tratado desses países se tornará nulo.
Direito dos tratados: 
Os tratados internacionais são a principal fonte de DIP, pois é uma norma escrita, segura e fácil de comprovar. E por ele ser assim, resolveram fazer a Codificação do Direito Internacional Público que é a tendência de incorporar normas costumeiras em tratados internacionais, e essa codificação gerou o surgimento de vários tratados, ela causou um ploriferação de tratados. E devido a essa ploriferação surgiu à necessidade de codificar também a técnica e a prática dos tratados internacionais, e para fazer isso é criada a CVDT.
CVDT (Convenção de Viena sobre os Direitos dos Tratados): é o conjunto de regras referentes à técnica e a pratica dos tratados concluídos entre estados. Ele é o tratado dos tratados, pois nele foram codificadas as técnicas e as praticas sobre os tratados. Ele foi assinado em 1969, mas só entra em vigor em 1980, demorou, pois é preciso um numero mínimo de estados ratificadores para que ele entre em vigor. A CVDT vincula inclusive os Estados que dela não são partes, vista que ela é aceita como costume internacional.
Não há hierarquia entre a CVDT e os demais tratados internacionais, salvo na parte que ela falar de jus cogens.
*A Convenção de Viena sobre os tratados entre organizações internacionais ou entre estados e organizações internacionais, ainda não entrou em vigor, pois só conseguiu até agora 29 ratificações e ele precisa de 35.
Aplicação supletiva da CVDT as normas da CVDT somente serão aplicadas caso o tratado regulado por ela, não dispuser de forma diversa, como por exemplo: um tratado entre Brasil e EUA que traz em suas regras que o tratado só pode ser modificado pelas partes após o seu terceiro ano em entrada em vigor. Esse tratado é regulado pela CVDT, que diz em seu Art. 39 que o tratado poderá ser modificado por acordo entra as partes, salvo na medida em que o tratado dispuser diversamente. Esse tratado do exemplo dispõe, então prevalecerá a regra dele. A CVDT trás regras gerais, então quando um tratado dizer algo sobre as normas, prevalece o que ele estabelece.
Ratificação da CVDT pelo Brasil:
O Brasil deu o aceito provisório em 1969, mas só enviamos ao Congresso em 1992, pois estávamos vivenciando a Ditadura Militar, então só pode ser enviado na época da redemocratização. 
A ratificação ocorreu em 2009, mas mesmo antes de ratificar ele já estava vinculado as normas do CVDT, pois as normas são costumeiras. 
Conceito de Tratada Internacional segundo a CVDT (Art. 2º, § 1º, “a” da CVDT):
É uma concepção formalista, pois não importa o tema do assunto e sim que ele preencha os elementos necessários listados no artigo. Os elementos essenciais são:
Acordo internacional: um tratado internacional é um acordo a partir da vontade dos estados. É um elemento volitivo (vontade das partes).
*animus contrahendi = vontade livre de contratar+obrigações mútuas entre as partes.
Celebrado por escrito: são acordos essencialmente formais e isso traz mais clareza e segurança ao acordo. A CVDT não regula os tratados que não são escritos, mas esses tratados existem em uma minoria.
Concluído entre estados: tem que ser negociado e assinado entre estados. Os estados surgem para proteger nossos direitos, ele é constituído por povo, território e soberania, que é não admitir interferência externa. Os estados não independentes (colônias e protetorados) não podem celebrar tratados, pois não são estados. Eles só celebram se a sua metrópole autorizar e se isso acontecer a CVDT não regula. Os estados-membros de uma federação também não podem, pois eles só são autônomos e não soberanos, então não são estados que possam celebrar tratados.
*No Brasil e nos EUA, os estados membros não podem celebrar tratados, mas na Alemanha os estados membros podem, mas a CVDT não regula.
OBS: tratados internacionais são totalmente diferentes de acordos internacionais. Acordos internacionais são acordos entre uma pessoa jurídica de direito público e uma pessoa jurídica de direito privado. O art. 52, V CRFB/88 já gerou muitas dúvidas, pois o direito tributário dizia que nele estava dizendo que os membros da federação poderiam realizar tratados. O caso chegou ao STF que determinou que a parte que confundiam fazia referência a um contrato e não a um tratado internacional.
Regido pelo DIP: tem que ser regulado por normas internacionais e não por normas nacionais.
Celebrados em instrumento único ou dois ou mais instrumentos anexos: o texto principal pode vir acompanhado de protocolo adicionas ou anexos (os anexos detalham temas tratados no texto principal) ou pode ter só o texto principal.
Ausência da dominação específica: tratado é a expressão genérica e com isso possui espécies, como por exemplo: estatutos, concordata (versam sobre a religião católica) e acordo (seu objeto específico é assunto comercial). O importante é o preenchimento dos elementos essenciais e não a dominação que é atribuída ao ato, ou seja, não importa o nome que se dá e sim que eles cumpram os elementos.
Classificação dos tratados internacionais:
São três critérios:
Quanto ao procedimento utilizado para a sua conclusão eles podem ser: 
 stricto sensu ou bifásicos: são aqueles que para a sua formação é necessário um procedimento complexo formado de duas fases. A primeira fase comporta as negociações até a assinatura e a segunda fase que é a partir da assinatura até a ratificação. As maiorias dos tratados seguem esse modelo bifásico. Temos como exemplo a carta da ONU, a CVDT.
 Tratados em forma simplificada ou monofásicos: são aqueles que para a sua conclusão é preciso apenas a primeira fase. Negocia-se, assina e já entra em vigor de forma imediata. Eles dispensam a aprovação parlamentar e a aprovação do presidente. Os temas tratados são sobre cooperação cultural ou técnica e outros. Temos como exemplo os acordos executivos que tratam de temas secundários do direito internacional.
Quanto a sua natureza jurídica eles podem ser:
 Tratados-lei: tratados que fixam normas gerias e abstratas válidas para todas as partes contratantes. Regulam situações futuras, com efeito erga-omnus. Temos como exemplo CVDT, art. 53 e carta da ONU.
 Tratado contrato: estipulam direitos e obrigações específicas entre as partes de modo a regular uma situação jurídica concreta e particular. Como por exemplo: tratados em Brasil e França para compra e venda de fuzis.
*Diferença entra tratado contrato e do contrato internacional: as partes no TC são os estados e no CI são pessoas jurídicas do direito publico ou privado. E os direitos no TC é a CVDT e no CI é o direito interno de uma ou de ambas as partes.
Quanto à possibilidade de adesão posterior eles podem ser:
 Abertos: são os tratados internacionais que permitem a entradade outros estados que não foram suas partes signatárias originais, como por exemplo: Carta da ONU, CVDT/69, Protocolo de Kyoto... Eles podem ser de adesão limitada, quando só um grupo de países pode aderir (ex: Mercosul, só quem pode aderir são os países que foram membros da Aladi). OU podem ser de adesão ilimitado, quando qualquer país pode aderir esse tratado (ex: Carta da ONU, OMC)
 Fechados: são aqueles que não permitem a entrada posterior de outros estados, como por exemplo: NAFT, Tratado de Cooperação Amazônica, etc. 
Condições de validade de um tratado (condições para que o tratado seja legal):
Capacidade das partes para ser válido, as suas partes devem possuir a chamada capacidade jurídica internacional, ou seja, ter a capacidade de assumir direitos e obrigações perante o DIP, como por exemplo: o direito de apresentar queixa perante o tribunal internacional, o direito de celebrara tratados, de enviar embaixador, declarar guerra ou paz. 
Art. 6° CVDT – “Todo Estado tem capacidade para concluir tratados.”
Devida habilitação dos agentes signatários o estado é um agente abstrato, então ele não pode assinar, quem faz isso são os agentes signatários que são os indivíduos autorizados a representar o seu estado num processo de conclusão de um tratado internacional. A gente sabe quem são essas pessoas por dois motivos:
 1º) apresentação da carta de plenos poderes (o individuo que detém essa carta é chamado de plenipotenciário). A carta de plenos poderes é o documento escrito que autoriza que a pessoa nele designada pode representar o seu estado no processo de conclusão de um tratado internacional.
 2º) pelo cargo que a pessoa exerce, pela função. É o Princípio da publicidade que diz que é público, é notório que as pessoas elencadas no art. 7º, II CVDT, podem representar o seu país num processo de conclusão de um tratado. São eles: presidente da república, reais ou rainhas, primeiro ministro, ministros das relações exteriores...
*O que ocorre se uma pessoa atua fora nessas hipóteses? (art. 8º CVDT) Se a pessoa assinar, a assinatura não será válida, salvo se a assinatura for confirmada posteriormente pelo Estado.
*O que acontece se o plenipotenciário ultrapassar os poderes que lhe são conferidos pela autoridade competente? (art. 47 CVDT) Se a pessoa só esta autorizada a negociar e não a assinar e ela assina, a assinatura é válida, salvo se o estado tivesse aviso antes a todos os outros que a pessoa não pode assinar.
OBS: o plenipotenciário não pode ratificar o tratado. A ratificação é ato de competência exclusiva do chefe do poder executivo, ou seja, não é passível de delegação.
Consentimento mútuo para que o tratado seja válido o consentimento de suas partes deve ser livre, ou seja, não viciado por ameaça ou coação. O Art. 11 CVDT, diz as formas pelas quais o estado pode expressar o seu consentimento, que são: assinatura, ratificação e adesão.
Objeto lícito e possível o objeto do tratado internacional deve ser lícito: aquele que não viola as regras do DIP; e possível: aquele que tem faculdade de ser realizado. 
Tratados que possam ser nulos: tratados que defende as plantas, é impossível; e tratado entre Turquia e Grécia que permitem o genocídio, é ilícito. 
Fases do processo de formação dos tratados:
Primeira fase: negociação e assinatura
Segunda fase: aprovação parlamentar, ratificação e publicação. 
Negociação: é o momento em que as partes discutem sobre o conteúdo do futuro tratado. É o momento inicial. Quem tem competência para negociar um tratado em nome do país são os plenipotenciários e as pessoas vinculadas no art. 7º, II CVDT.
Assinatura: é o sinal aposto ao final do tratado internacional pelo representante do estado com a finalidade de registrar o seu conhecimento e anuência provisória com aquele documento. A assinatura gera obrigações jurídicas que são:
 a) as partes se comprometem a continuar o processo de celebração sobre a base do texto adotado. Tem como consequência que após a assinatura são proibidas quaisquer modificações no tratado, salvo com a abertura de novas negociações com todos de acordo.
 b) obrigação de não frustrar (art. 18 “a” CVDT): as partes não devem atentar contra o objeto e finalidade do tratado antes da sua entrada em vigor. Essa é a principal obrigação.
A assinatura é um ato precário, ou seja, é um aceite provisório do conteúdo tratado internacional. A única exceção é a assinatura com efeito de ratificação dos tratados monofásicos.
Ratificação: é um ato unilateral por meio do qual o estado exprime de forma definitiva no plano internacional sua vontade de obrigar-se pelo tratado. Está prevista no art. 14 CVDT. Ratificar significa confirmar. Você confirma o acordo feito no momento da assinatura, o chefe do executivo confirma o aceite provisório. É o aceite definitivo, o estado se vincula juridicamente com o tratado. 
Os fundamentos da ratificação são:
 - conteúdo do tratado deve ser examinado pelo chefe do executivo.
 - é o momento de controle da ação exterior dos plenipotenciários.
 - o intervalo entre a assinatura e a ratificação serve para reflexão quanto à convivência do acordo.
OBS: se depois do aceite provisório, depois do legislativo aceitar, o executivo não quiser mais ratificar, ele não precisa ratificar.
Não basta o ato de ratificação para o tratado entrar em vigor, é preciso a troca ou depósito dos instrumentos de ratificação, que é a comunicação formal que uma parte faz à outra que aceito obrigar-se definitivamente com o tratado, ou seja, as outras partes precisam saber formalmente que o estado ratificou tal tratado. 
*Troca é diferente de deposito a troca ocorre em tratados bilaterais e o depósito ocorre em tratados multilaterais. O depositário está no Art. 78 CVDT, e pode ser um país ou uma organização internacional eleita pelas partes para receber as cartas de ratificação. A ONU é a depositária dos grandes tratados.
ATENÇÃO: na ultima fase internacional da conclusão dos tratados há duas operações distintas. Uma é a ratificação e a outra é a troca ou depósito da carta de ratificação. E é somente a partir da troca ou depósito dos instrumentos da ratificação que o tratado entra em vigor no plano internacional.
As características da ratificação são:
 - é um ato externo (pois produz efeitos jurídicos internacionais que é a entrada em vigor do tratado no plano internacional)
 - é um ato de governo (pois é um ato exclusivo do chefe do executivo)
 - é um ato político discricionário ( pois o executivo tem a liberdade de decidir ratificar ou não o tratado, mas tem como consequência a ausência do prazo para a ratificação, salvo a disposição expressa no tratado)
 - é um ato irretratável (uma vez que ratifica o tratado, o estado não pode mais voltar atrás, é o princípio do stpoel, que tem como fundamento a boa-fé e a segurança jurídica. Só há duas exceções pro estado poder voltar atrás (art. 1 “a” e “b” CVDT): a primeira é a denuncia do tratado (é a retirada unilateral do estado para com um tratado) e a segunda é quando a entrada em vigor do tratado é retardada de forma proposital por uma das partes para prejudicar outra.
A ratificação é um ato expresso, ela não se presume. Não há ratificação tácita.
A ratificação é um ato irretroativo, ou seja, ela não retrocede a data da assinatura do tratado.
Ratificação condicional:diz que a entrada em vigor de um tratado é condicionada ao número determinado de ratificações, como por exemplo: Art. 84, I CVDT: 35 ratificações e Art. 126, I ESTATUDO DE ROMA: 60 ratificações.
Adesão (art. 11 CVDT): é a manifestação da vontade do estado que exprime sua vontade de participar de um tratado do qual não foi parte originária.
A semelhança entra adesão e ratificação é que os dois são modos que os estados consentem em participar de um tratado internacional. E a diferença é que na ratificação o estado é parte originária e na adesão o estado não é parte originária, ele chega depois.
*Nem todo tratado admite adesão! Os tratadosfechados não admitem, mas os abertos sim.
Para haver adesão é necessária a previsão expressa no tratado.
Reservas: na formação de um tratado multilateral é comum que o estão não esteja de acordo com a integralidade do texto, ou seja, tem problemas com uma parte do tratado e para que ele não tenha que sair do tratado por causa de uma parte existe a reserva. Então a reserva é a declaração unilateral do estado feita por ele ao assinar, ratificar, aprovar ou aderir a um tratado, com o objetivo de modificar ou excluir efeitos jurídicos de determinadas disposições convencionais do tratado. 
A reserva pode ocorrer quando tem a contrariedade com o direito interno do país ou quando houver contrariedade com o interesse nacional do país.
Os momentos em que o estado pode apresentar reservas (art. 2º, § 1º da CVDT) no momento da assinatura, da ratificação, da aprovação ou adesão do tratado. Após a entrada em vigor do tratado, o estado não pode apresentar reserva. 
A formulação de reservas é admitida quando o próprio tratado prevê tal possibilidade ou quando o tratado não diz nada a respeito, quando ele se silencia.
O tratado não admite reerva quando o próprio tratado veda tal possibilidade (ex: art. 120 estatuto da Roma) e quando o tratado admite reservas, mas elas são incompatíveis com o objetivo e a finalidade do tratado (art. 19 CVDT).
*são inválidas as reservas que vão contra uma norma de jus cogens.
A retirada de reserva pode ser feita a qualquer momento (art. 22 CVDT), por isso é algo benéfico. 
O art. 23 CVDT diz que a formulação, aceitação ou objeção a uma retirada de reserva a um tratado devem ser por escrito.
Emendas: são alterações a redação do tratado internacional. O art. 39 CVDT diz que as emendas dependem única e exclusivamente da vontade dos estados partes.
Se para a ratificação foi necessário a aprovação parlamentar, para a ratificação de uma emenda também será necessário.
O acordo de emenda é um outro tratado internacional
*O poder legislativo pode propor reservas ,as ele não pode propor emendas, o único que pode propor emendas é o executivo.

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