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Habbeas Corpus - Prática V

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EXMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL D EJUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO.
	ADVOGADO (Nome completo) OAB/RJ n.º___, com escritório (endereço completo), para fins do artigo 77, V do Código de Processo Civil, em favor da paciente MATILDE (nome completo), nacionalidade, estado civil, profissão, Identidade n.º ___, CPF n.º ___, endereço eletrônico, domicílio, residência, vem impetrar
HABEAS CORPUS PREVENTIVO
Contra ato praticado pelo juiz de direito da 10ª Vara de Família da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro, pelos fatos e fundamentos a seguir:
I - DOS FATOS
	No último dia..., o Sr. ..., Delegado de Polícia, ora autoridade coatora, em entrevista à rádio local, determinou, aos seus a gentes, a prisão d e todas as meretrizes que circularem na Capital, pois os “bons costumes” deveriam ser “restabelecidos”. Após ouvir a notícia, a paciente, que garante o seu sustento na qualidade de acompanhante, suspendeu o exercício da prática, pois passou a temer a ação da polícia, que vem, de fato, cumprindo a determinação da autoridade policial. 
II – FUNDAMENTOS
Resta nitidamente cabível a impetração do remédio constitucional de Habeas Corpus, no caso em tela, diante do artigo 5º, LXVIII, da CRFB/ 88 que afirma que conceder-se-á “ habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
O habeas corpus pode ser considerado como remédio constitucional ou ação constitucional, pois sua gênese está no texto da Constituição Federal de 1988, conforme artigo 5º, inciso LXVIII, como um direito e garantia fundamental. 
É encarado como cláusula pétrea e não pode ser suprimi do bojo da Constituição, nem mesmo por emenda constitucional (artigo 60, § 4º, da CRFB/88). 
Nesse s entido a ameaça perpetrada p elo ato ilegal da autoridade coatora “fere de morte” o principio da Dignidade da Pessoa Humana, previsto no artigo 1º, III, da CRFB/88, sendo este principio constitucional base do estado Democrático de Direito. A liberdade de locomoção é um direito fundamental de primeira geração que se goza em defesa d a arbitrariedade do Estado no direito de ingressar, s air, permanecer e se locomover no território brasileiro. Este direito encontra-se acolhido no art. 5º, XV, CF onde prevê que é livre a loco moção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. A liberdade de locomoç ão é um desdobramento do direito de liberdade e não pode ser restrin gido de forma arbitrária pelo Estado, de forma que deve-se resp eitar o devido processo le gal para que h aja esta privação. O devido processo legal é um princípio explicito na Constituição Federal cujo objetivo é criar procedimentos para as relações jurídicas oferecendo aos governados uma segurança jurídica quanto aos seus direitos Art. 5º, LIV. Ademais, a privação desta liberdade deve se dar, estritamente, por ordem escrita e fundamentada, nos termos do Art. 93, IX, CF.
IV - DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer: 
Que se suspenda o ato administrativo demissional da impetrante com a consequente reintegração da mesma ao cargo público de professora da Universidade Federal;
Notificação da autoridade coatora, para que, querendo, no prazo legal de 10 dias, preste as devidas informações que entender pertinentes; 
Seja intimado o Ministério Público; 
Que se dê ciência ao órgão de representação judicial a qual a pessoa jurídica está vinculada;
Julgar PROCEDENTE o pedido para reintegrar em definitivo a impetrante ao cargo de professora da Universidade Federal;
Condenação do Impetrado em custas judicias, conforme Sumula 105 STJ / 512 STF e artigo 25 da Lei n.º 12.016/09.
V – DAS PROVAS
	Segue em anexo, prova documental da lesão do direito líquido e certo.
VI – DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se o valor à causa de R$....
Termos em que se pede deferimento
Local, Data
Adv/OAB
Aluno: Vitor Mondaini