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MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL:54h MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL EXPERIMENTAL:18h A Microbiologia industrial é a área da Microbiologia que utiliza micro-organismos em processos industriais com objetivo de produzir bens e serviços. O interesse da microbiologia industrial está na aplicação de conhecimentos científicos básicos para o uso de micro-organismos com potencial para obter produtos e/ou processos de interesse comercial, ambiental e social, como por exemplo, fármacos, vacinas, componentes para diagnóstico, alimentos, bebidas, polímeros, combustíveis, produtos agropecuários e tratamento de resíduos. A Microbiologia Industrial também pode ser denominada como Biotecnologia Microbiana. + = + = EXEMPLOS MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL: 54h MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL EXPERIMENTAL: 18h - Aulas Teórica: Sala de Aula - Aulas Práticas: AVALIAÇÕES: MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL: (PROVA TEÓRICA 1 + PROVA TEÓRICA 2 + SEMINÁRIO) ÷ 3 = MÉDIA FINAL MICROBIOLOGIA INDUSTRIAL EXPERIMENTAL: RELATÓRIO DAS AULAS PRÁTICAS = 50% BIOREATOR (Projeto + Apresentação do Piloto + Funcionamento do Piloto) ÷ 3 = 35 % EXERCÍCIOS DE LEITURA = 15 % TEMAS PARA SEMINÁRIOS 1 - Produção de solventes 2 – Produção de aminoácidos 3 – Produção de bioinseticidas 4 – Produção de inoculantes agrícolas 5 – Produção de vacinas 6 – Produção de vinagres 7 – Produção de queijos 8 – Produção de leites fermentados e iogurtes 9 – Fermentação lática de hortaliças e azeitonas 10 – Pescado fermentado 11 – Conservação de forragens: silagem + = + = EXEMPLOS Sociedade Paleolítica Colhedores e Caçadores ~ 2 milhões de anos A CRESCENTE FÉRTIL Um dos principais centros de domesticação há 10.000 anos: Einkorn, cevada, trigo, ervilha, grão-de-bico, lentilha, linho, cebola, pêra, tâmara, figo, etc Origem da agricultura Babilônia Polinização de Tâmaras Algeria, Tassili n' Ajjer Colheita de grãos: 5000 - 6000 A.C. Antigo Egito Colheita de grãos: 2000 - 3000 A.C. Inca Plantação de Batatas e Irrigação HISTÓRICO PRODUÇÃO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS POR FERMENTAÇÃO DE GRÃOS DE CEREAIS - SUMÉRIOS E BABILÔNIOS – 8.000 – 6.000 a.C - CHINA – 3000 a.C (vasos de cerâmica com DNA ribossomal de levedura) A biotecnologia e a fermentação...história muito antiga que se confunde com o surgimento da humanidade O alimento e oferenda aos deuses... “Se existe uma via metabólica santa é a fermentação alcóolica, pois Jesus na Santa Ceia brindou os apóstolos com pão e vinho...” FABRICAÇÃO DA CERVEJA E PÃO ( FERMENTO) - Egípcios (4000 anos a.C) fabricavam e degustavam sua cerveja para tratamento de doenças e cerimônias religiosas ou festivas. - Em Sumério, a palavra cerveja significa pão líquido, pois os ingredientes são praticamente os mesmos. Primeira bebida alcoólica desenvolvida pelo homem !!! HISTÓRICO • A cervejaria mais antiga foi descoberta por arqueólogos e data de 5400 a.C. • Durante a idade média (Gregos e Romanos), a produção em maior escala começou a ser difundida na Europa pelos mosteiros. 1. INTRODUÇÃO - Microrganismos • decompositores de alimentos; • fermentação de alimentos e bebidas. - Vinho e vinagre – 5.000 AC; - Cerveja – 5.000 – 6.000 AC - Egito; - Pão – 4.000 – 7.000 AC – Egito; - Queijo e leite fermentado – 5.000 AC - Soja fermentada – 3.000 AC - China Histórico - Alquimista – fórmula modificada na França: medicação – tratamento terapêutico com álcool - Plínio: Al Kuhul – resina de cedro; - Aguardente: Grécia antiga e Roma: ascensão do cristianismo - França: elixir da longevidade: cálice diário de aguardente – Eau de Vie: matéria-prima: frutas e grãos - Árabes apossaram da fórmula romana + equipamentos de destilação: - Arak – aguardente de anis - Europa: Grappa: destilado de uva - Germânia: Kirsh – cereja - Escócia: Whisky – cevada sacarificada - Oriente Médio: usada para aquecimento - Rússia: Vodka – centeio - China e Japão: Sakê e Soyu – arroz Portugal – Bagaceira – uva - Cultura canavieira sacarose açúcar - Consumo brasileiro: Bagaceira e Vinho Português • Pasteur provou que cada tipo de fermentação era realizado por um microrganismo específico e que estes podiam viver e se reproduzir na ausência de ar. • As grandes guerras mundiais motivaram a produção em escala industrial de produtos advindos de processos fermentativos. • A partir da primeira guerra, a Alemanha produz grandes quantidades de glicerol para a fabricação de explosivos. • Neuber desenvolveu processo microbiológico de obtenção álcool e na Inglaterra a acetona para munições. • A produção de antibióticos por Alexander Fleming foi o grande marco de referência na fermentação industrial (1928) com a descoberta da penicilina: muitos tipos de antibióticos foram desenvolvidos no mundo. 1. INTRODUÇÃO Importância dos processos fermentativos na indústria de alimentos: Produtos Microrganismos Queijo Bactérias e fungos Iogurtes Bactérias láticas Manteiga Bactérias láticas Bebidas Leveduras e fungos Produtos de Panificação Leveduras Picles, azeitonas e chucrutes Bactérias lácteas Carnes fermentadas Bactérias láticas Vinagre Bactérias acéticas Aromas Fungos Proteínas unicelulares Fungos, leveduras e bactérias Soja fermentada Fungos, leveduras e bactérias Produtos Enzimáticos * amilases: adesivos, sucos * invertase (sacarose/maltose): cremes, xaropes * proteases: couro, seda, detergentes * pectinases: sucos, linho * condroitinase: recuperação de injúrias da coluna Produto Microrganismo Uso Enzima Microrganismo Aplicações Reações B a c t é r i a s F u n g o s Estreptoquinase Streptococcus spp. Tratamento de pacientes Dissolve fibrina no sangue com ataques cardíacos Glicose isomerase Streptomyces spp.; Produção de xaropes com Converte glicose em frutose Bacillus spp. alto teor de frutose DNA polimerase (Taq) Thermus aquaticus PCR Síntese de DNA Escherichia coli (recombi- nante) Lipase Rhizopus spp. Flavorizante de alimentos Hidrolisa lipídios a glicerol e aumenta poder clareador ácidos graxos de detergentes Celulases Trichoderma reesii Digestivo Hidrolisa celulose a celobiose Glicose oxidase Aspergillus spp.; Remove glicose de ovos Oxida glicose a ácido glucônico Penicillium spp. p/ secagem, remove oxigê- nio de alimentos enlatados, refrigerantes e cerveja; usada também para fabricação de papéis teste para controle diabete Enorme potencial de aplicação das Archaea: indústria do amido, papel e celulose. Exemplos de enzimas e suas aplicações Produtos farmacêuticos Insulina humana: 1º biofármaco produzido pela engenharia genética 1982 - produção nos EUA pela empresa Lilly Microrganismo produtor: Escherichia coli com o gene humano para produção de insulina Insulina Proteína produzida no pâncreas Regulação do metabolismo de carboidratos Produção original Extração a partir de animais: porcos,bois Eficiência de ação Vacina contra hepatite B (HBV): 1982 - Vírus difícil de cultivar em laboratório - Proteína viral HBsAgs (antígeno) altamente imunogênica - Altas doses: rápido e elevado nível de imunidade Microrganismo: Saccharomyces cerevisiae com o gene para a proteína Mecanismo para expulsar o hormônio Hormônio do crescimento humano (GH): 1982 - Escherichia coli com o gene do hormônio de crescimento humano Naldo, 2006 Bacillus thuringiensis cr end Cristais protéicos contendo toxinas com propriedades inseticidas Biocontrole Bacillus thuringiensis Biomineração * Redução das reservas mundiais * Exploração de minérios de baixa qualidade * Poluição causada pelos métodos tradicionais de extração uso de microrganismos mineradores Thiobacillus thioxidans e Thiobacillus ferroxidans ácidos oxidação do minério precipitação Companhia Vale do Rio Doce 1. INTRODUÇÃO Importância dos processos fermentativos na indústria química, farmacêutica e na agricultura: - Etanol: químico, doméstico, carburante; - Ácidos orgânicos: cítrico, lático, acético, etc.; - Solvente: acetona, butanol, etc.; - Enzimas: amilases, proteases, lipases, pectinases, lactase, entre outras; - Vitaminas: ergosterol, ácido ascórbico, etc.; - Antibióticos: penicilina; - Fertilizantes orgânicos. 1. INTRODUÇÃO - Tratamento de resíduos agroindustriais; - Fixadores de nitrogênio – Rhizobium; - Aminoácidos: lisina, triptofano; - Gomas: dextrânio, xantana, etc.; - Controle biológico de pragas; - Silvicultura: fungos ectomicorrízicos - Fertilizantes e compostagem + = + = EXEMPLOS Fermentação: processo metabólico realizado por organismos vivos (fungos, bactérias, animais - fermentos) para obtenção de energia na ausência de oxigênio. Enzimas: grupo de biomoléculas (normalmente proteína) com atividade intra ou extracelular com funções catalisadoras, promovendo reações metabólicas – estudo das enzimas com aplicação industrial: Enzimologia Industrial O processo fermentativo… SUCESSO DO PROCESSO FERMENTATIVO MEIO DE CULTURA CONDUÇÃO DO PROCESSO RECUPERAÇÃO DO PRODUTO MICRORGANISMO São apenas os microorganismos ? TAXONOMIA: sistema formal de organização, classificação e nomemclatura dos seres vivos Baseado em 7 níveis descendentes REINO DIVISÃO CLASSE ORDEM FAMÍLIA GÊNERO ESPÉCIE SUB-ESPÉCIE VARIEDADE (BIOVAR / CULTIVAR) Saccharomyces cerevisiae gênero espécie Saccharomyces cerevisiae Escherichia coli Escherichia coli Os Fungos... Célula eucariótica A célula... FUNGOS Eucarioticos, heterotróficos, não sintetizam clorofila, não realizam fotossíntese, não armazena amido, armazena glicogênio, não tem celulose na parede celular Morfologia: Leveduras: unicelulares, forma esférica, elíptica ou filamentosa Bolores: células multinucleadas, tubos (hifas / micélio) contínuos ou septados Estas características não possuem valor taxonômico Formação de esporos LEVEDURAS - Fungos unicelulares; forma esférica ou oval. REPRODUÇÃO ASSEXUADA FISSÃO BINÁRIA BROTAMENTO OU GEMULAÇÃO Saccharomyces cerevisae MORFOLOGIA DOS FUNGOS MORFOLOGIA DOS FUNGOS FUNGOS FILAMENTOSOS (BOLORES) - consiste de filamentos longos de células conectadas – HIFAS. - Uninucleados ou multinucleados HIFA SEPTADA HIFA CENOCÍTICA Aspergillus niger As Bactérias... Bacilos fusiformes ESTREPTOBACILOS Tamanho Genoma Divisão celular Organelas ligadas à membrana Nutrição Metabolismo de energia Citoesqueleto Movimento intracelular Geralmente pequeno (1- 10mm) DNA sem proteínas histonas, genoma em nucleoide, não envolto por membrana. Fissão, sem mitose Ausente Absorção; algumas realizam fotossíntee Sem mitocôndria, enzimas oxidativas ligadas a membrana plasmática, alta variação no modelo metabólico Ausente Ausente Geralmente grande (5-100mm) DNA formando complexos com histonas e não histonas ; Cromossomo no núcleo com envelope membranoso. Mitose, incluindo fuso mitótico: centríolos em muitas espécies. Mitocôndria, cloroplastos (plantas e algas), retículo endoplasmático, complexo de Golgi, lisossomos (em animais). Absorção, ingestão, fotossíntese em algumas espécies. Enzimas oxidativas localizadas na mitocôndria, maior uniformidade no modelo do metabolismo oxidativo. Complexo, com microtúbulos, filamentos intermediários, filamentos de actina Endocitose, fagocitose, mitose, transporte de vesículas. Característica Célula procariótica Célula eucariótica A EXPRESSÃO GÊNICA EUCARIOTOS versus PROCARIOTOS Fungos versus Bactérias • Eucariotos: transcrição normalmente envolve apenas um gene. • Bactérias / Procariotos: transcrição geralmente envolve mais de um gene, em série. O processo fermentativo… SUCESSO DO PROCESSO FERMENTATIVO MEIO DE CULTURA CONDUÇÃO DO PROCESSO RECUPERAÇÃO DO PRODUTO MICRORGANISMO São apenas os microorganismos ? E o metabolismo celular? A BIOQUÍMICA... O metabolismo ... O metabolismo ... As fermentações... Dois exemplos de fermentação... 2. PROCESSO FERMENTATIVO Matérias-primas Meio de cultura selecionado Esterilização Ar Compressor Esterilização do ar Separação das células Caldo fermentado Recuperação do produto Produto Tratamento de efluentes Biorreator industrial Microrganismo selecionado Preparo do inóculo Preparo do inóculo: etapa industrial Processo Fermentativo Genérico Cultura estoque Crescimento em frascos agitados Pré-inóculo em fermentador Cultura estoque Esterilização Fermentador Principal Separação Concentação Purificação Acabamento “upstream” “downstream” Fermentador ou Biorreator O processo fermentativo… SUCESSO DO PROCESSO FERMENTATIVO MEIO DE CULTURA CONDUÇÃO DO PROCESSO RECUPERAÇÃO DO PRODUTO MICRORGANISMO 2. PROCESSO FERMENTATIVO Os microrganismos de interesse industrial podem ser obtidos das seguintes formas: Isolamento a partir de recursos naturais Muito trabalho experimental; Custo elevado; Descoberta de novos produtos. Biodiversidade 2. PROCESSO FERMENTATIVO Microrganismo Compra em coleções de cultura; Existência de muitas coleções de cultura em vários países; Pode-se citar: Agricultural Research Service Culture Collection (EUA) – NRRL Culture Collection (http:/nrrl.ncaur.usda.gov) – Coleção de culturas tropical (http´:/www.cct.org.br); 2. PROCESSO FERMENTATIVO Microrganismo Obtenção de mutantes naturais: Surgimento de mutantes naturais na proliferação de células; Não são interessantes no que tange ao processofermentativo, mas podem gerar linhagens de interesse; Sua obtenção pode demandar muito tempo. 2. PROCESSO FERMENTATIVO Microrganismo Obtenção de mutantes induzidos por técnicas convencionais: Suspensões de células ou esporos a radiações ultravioleta ou a substâncias químicas mutagênicas; Penicillium chrysogenum – obtenção de penicilina – década de 40 ( 100 unidades / cm3) década de 70 (51.000 unidades / cm3). ESTRATÉGIAS DO MELHORAMENTO MONOPLÓIDE Poliploidia provoca aumento das células e tecidos - Colchicina + Colchicina Colchicina interfere com a formação do fuso causando a duplicação dos cromossomos e produzindo poliplóides 2n 8n 2n 8n 2n 4n 2n 8n ESTRATÉGIAS DO MELHORAMENTO DE PLANTAS MUTAGÊNESE Tratamento de sementes com raios gama ou com etil metil sulfonado: induz mutações gênicas aleatórias Mantêm as características da cultivar. Outras culturas já modificadas: canola, milho, girassol, trigo ATCAGA Mutagênese ATCTGA Susceptível Resistente Tangerina Kuvano Wase: seleção de indivíduos - amadurecimento precoce, baixo porte e gosto Arroz: linhagem resistente a herbicida 2. PROCESSO FERMENTATIVO Obtenção de microrganismos recombinantes por técnicas de engenharia genética: Produção de cefalosporina C por Cephalosporium acremonium; codificação para a síntese de glicoamilase de Aspergillus em células de Saccharomyces cerevisiae. As Bases Moleculares da Genética DNA Estrutura e Função Linguagem Universal: ATCG Prêmio Nobel de Medicina - 1962 DNA Protein structure AA sequence Biological activity Genetic code Phenotype • Anfinsen: 3D structure Aprendendo a Engenharia Genética com as Agrobactérias T7 promoter lacO RBS EK site Ampicillin Sac I Hind III 6X His Stop ori lac I pET102/PROHGCPv 6715 bp HP Thioredoxin Pro region of HGCP-Iv PLASMÍDIOS Etapas da clonagem molecular: Inserto Vetor Vetor com inserto Restrição Ligação 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de microrganismos para aplicação industrial Elevada eficiência na conversão do substrato em produto: matérias-primas incidem significativamente nos custos de produção –70% do custo total (fonte orgânica de carbono). 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de microrganismos para aplicação industrial Permitir o acúmulo do produto no meio, de forma a se ter elevada concentração do produto no mosto/caldo fermentado: Sem sofrer inibição pelo acúmulo – custos de recuperação; Fermentação alcoólica – inibição da levedura em torno de 8 a 10 % (em volume) em etanol. 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de microrganismos para aplicação industrial Não produzir substâncias incompatíveis com o produto: Produção de glicosidase – alguns microrganismos também produzem a transglicosidase; Dificuldade na recuperação do produto. 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de microrganismos para aplicação industrial Apresentar estabilidade quanto ao comportamento fisiológico: conhecimento de suas técnicas de conservação; manutenção da sua produção durante todas as etapas do processo fermentativo; células que privilegiem o crescimento em detrimento do acúmulo de produto. 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de microrganismos para aplicação industrial Não ser patogênico; manipulação sem riscos ambientais, principalmente no término do processo fermentativo; cultivos de patogênicos exigem cuidados adicionais (câmaras assépticas). 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de microrganismos para aplicação industrial Não exigir condições de processo muito complexas: economicidade de produção; microrganismo apresente uma faixa de valores ótimos para produção do produto e não valores pontuais; 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de microrganismos para aplicação industrial microrganismos que apresentem bom desempenho em pequenas concentrações de oxigênio dissolvido; Microrganismos que excretem proteínas – formação de espuma (aumento nos custos de produção – antiespumante). 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de microrganismos para aplicação industrial Não exigir meios de cultura dispendiosos: economia do processo produtivo; mais barato possível estudo e conhecimento das necessidades nutricionais de um determinado microrganismo; 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de microrganismos para aplicação industrial Permitir a rápida liberação do produto para o meio: sem inibição pela retenção do produto; separação do microrganismo (centrifugação ou filtração); As condições de cultivo podem interferir na excreção de um determinado produto – ex: pH na excreção de glicoamilase. O processo fermentativo… SUCESSO DO PROCESSO FERMENTATIVO MEIO DE CULTURA CONDUÇÃO DO PROCESSO RECUPERAÇÃO DO PRODUTO MICRORGANISMO 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de meios de cultivo Auxiliar no controle do processo – variações de pH e formação de espuma: utilizar componentes que auxiliem no controle de pH (uréia, bicarbonato de sódio, etc); Fonte de carbono (glicose, sacarose, frutose, polissacarídeos, etc.); Fonte de nitrogênio (NH4)2SO4, fonte de fósforo e ainda outros elementos (Na, K, Fe...); 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de meios de cultivo Auxiliar no controle do processo – variações de pH e formação de espuma: meios de composição definida ou sintéticos; os meios sintéticos são estáveis e evitam problemas quanto a recuperação dos produtos. 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de meios de cultivo Não provocar problemas de recuperação do produto: utilizar meios de composição definida; utilização de extrato de carne, extrato de malte e de levedura. 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de meios de cultivo Os componentes devem permitir algum tempo de armazenagem: extratos de levedura, carne e peptona de soja – composição variável ao longo do tempo. 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de meios de cultivo Ter composição razoavelmente fixa: matérias-primas naturais – cana-de-açúcar, melaços, farinhas; composição química desconhecida e variável (variedade, solo, safra, clima, etc.); 2. PROCESSO FERMENTATIVO Características desejáveis de meios de cultivo Não causar dificuldades no tratamento final do efluente: Apesar de serem mais baratas, as matérias-primas naturais podem causar problemas adicionais no tratamento de efluentes. Caracteristicas do meio de cultura: 1) Atender as condições nutricionais do microrganismo 2) Ser barato 3) Não provocar problemas de recuperação do produto 4) Auxiliar no controle do processo 5) Componentes podem ser armazenados 6) Ter composição razoavelmente fixa 7) Não causar dificuldades no tratamento do efluente SUCESSO DO PROCESSOFERMENTATIVO MEIO DE CULTURA CONDUÇÃO DO PROCESSO RECUPERAÇÃO DO PRODUTO MICRORGANISMO OK Contagem em Câmara de Neubauer ‘Azul de metileno’ AULA PRÁTICA Meio de cultura e crescimento microbiano • Determinação da biomassa microbiana • Matéria seca; Separação de células por filtração Quantidade de inoculo 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 Tempo X (n o de c el ul as / m l) Curva de crescimento do microrganismo em cultivo descontínuos Fase lag: Adaptacao / latencia Fase log: crescimento Fase estacionaria Fase de morte - Crescimento bacteriano: fissão binária - Crescimento de leveduras: brotamento, fissão ou formação de hifas Reta da fase Log Bactérias: Fissão binária: 15 a 45 min Fungos: Brotamento ou Fissão binária: 45 a 120 min • Fase lag • Rearranjo do sistema enzimático (síntese de enzimas); • Traumas físicos (choque térmico, radiação, entre outros); • Traumas químicos (produtos tóxicos, meio de cultura). Não há variação da concentração de biomassa no tempo, portanto: XocteX Xo = concentração celular no tempo t =0 • Aumento gradativo da concentração celular • Fase log ou exponencial • Células plenamente adaptadas; • Velocidades de crescimento elevadas; • Consumo de substrato; • Interesse prático. • Fase de redução de velocidade • Diminuição da concentração de substrato limitante; • Acúmulo de produto(s) no meio • Fase estacionária •Acúmulo de produtos tóxicos; • Concentração celular constante em seu valor máximo. • Fase de declínio • Redução do crescimento celular; • Consumo de material intracelular (lise). Cinética microbiana Produto 0 50 100 150 200 250 Tempo Pr od ut o Cinética microbiana Substrato 0 100 200 300 400 500 600 1 2 3 4 5 6 Tempo Su bs tra to C o n ce n tr aç ão ( g /L ) Tempo de Cultivo (h) Biomassa Produto Substrato Curvas de biomassa, substrato e produto SUCESSO DO PROCESSO FERMENTATIVO MEIO DE CULTURA CONDUÇÃO DO PROCESSO RECUPERAÇÃO DO PRODUTO MICRORGANISMO OK Processo Fermentativo Fermentador Microrganismo Preparo do inóculo Nutrientes Preparo do meio Esterilização do meio Controles Esterilização do ar Recuperação do produto Ar Tratamento de efluente Produto Resíduo Etapas de um processo fermentativo Processo fermentativo do ponto de vista da Engenharia das Fermentações: - Tipo de condução: contínua, descontínua, em profundidade (submerso) e em superfície (sólido ou semi-sólido) - Modo de cultivo e desenvolvimento do agente microbiano: propiciar formação celular ou produto - Processos aerados ou não aerados O produto é a célula ou o derivado .... FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL Terminologia Mosto Toda mistura destinada a fermentação alcoólica. Brix Porcentagem de sólidos solúveis contidos em uma solução. Exemplos de sólidos sóluveis: sal, açúcar Acidez Utilizada para quantificar o índice de infecção Açúcares Totais ( ART ) Porcentagem em peso de açúcares contido no caldo da cana , compreendendo sacarose, glicose, frutose . CONDUÇÃO DO PROCESSO FERMENTATIVO pH Temperatura Aeração Concentração Agitação FERMENTAÇÃO - DORNAS 04 tipos de processo de fermentação: Tipos de Processo de Fermentação Fermentação Alcóolica Fermentação Continua; Fermentação Descontinua Fermentação em Superfície (sólido ou semi-sólido) Fermentação em Profundidade (submerso) CONDUÇÃO DO PROCESSO FERMENTATIVO pH Temperatura Aeração Concentração Agitação Fermentação Início da fermentação: até 3 horas 2200 L Fermentação Alcóolica Fermentação: 24 horas Pé-de-cuba: malte de milho farelo de arroz CONDUÇÃO DO PROCESSO FERMENTATIVO pH Temperatura Aeração Concentração Agitação Velocidade de Alimentação Ideal : Quanto menor a velocidade menor estresse, menor produção de produtos secundários e maior rendimento. Crítico : Quanto maior a velocidade: Maior a produção de glicerol; Maior a infecção; Maior estresse da levedura; Alto custo da refrigeração; Alto custo de antibiótico. Fatores que causam perdas a fermentação Espumas Floculação O que são as espumas: Bolhas de gás; Aprisionada por película líquida. IDEAL: CÉLULAS ISOLADAS FLOCULAÇÃO CAUSADA POR BACTÉRIAS Características fermentativas desejável espuma floculação CONTAMINAÇÃO BACTERIANA CONTAMINAÇÃO BACTERIANA • Consumo de açúcar e nutrientes • Floculação da levedura • Tempo fermentação • Gasto de ácido • Maior formação de espuma Em anaerobiose, ocorre a fermentação ... Em aerobiose, ocorre a multiplicação celular... Preparo do Mosto: Oxigênio Necessidades Nutricionais Necessitam dos mesmos elementos químicos que as outras formas de vida. Fatores de Crescimento Necessitam de determinados fatores de crescimento tais como vitaminas FERMENTAÇÃO - FISIOLOGIA DAS LEVEDURAS Temperatura Temperatura ideal ºC. pH Aceita-se em geral que as leveduras crescem melhor em meios ácidos e bactérias em meio básico FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL INTRODUÇÃO Aquecimento da água e mosto: • Garante uma maior velocidade na multiplicação da levedura e provoca inibição de microorganismos não interessantes ao processo. • Temperatura ideal. Princípios Fundamentais: Multiplicação FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL INTRODUÇÃO Brix de alimentação: Faixa ideal de operação: de 6° a 15° Brix. Para Brix maiores que 10° a velocidade de multiplicação da levedura é menor. Utilização de antibióticos: Necessário para inibir o crescimento de bactérias. Princípios Fundamentais: Multiplicação FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL INTRODUÇÃO Utilização de nutrientes: São importantes também para favorecer a multiplicação rápida da levedura ou bactéria. Os mais utilizados são: • fontes de nitrogênio (sulfato de amônio); • fontes de magnésio (sulfato de magnésio); • fontes de potássio . • e outros (zinco, fósforo, cálcio etc.) A aplicação é necessária até atingir 5% de fermento dentro das dornas. Princípios Fundamentais: Multiplicação FERMENTAÇÃO - DORNAS São tanques construídos geralmente em aço carbono ou inoxídavél com capacidade variável de acordo com o processo. Podem ser fechadas ou abertas: Abertas: apresentam perda acentuada pois, com a eliminação de gases da fermentação, haverá um arraste de produto. Dornas de Fermentação TIPOS DE PROCESSO DE FERMENTAÇÃO Fermentação Descontinua Fermentação Descontinua ou Batelada : várias dornas geralmente com capacidade menor que as do processo continuo, neste tipo de processo são realizadas várias pequenas fermentações, pois as dornas são cheias, fermentadas e processadas uma a uma. FERMENTAÇÃO - DORNAS BATELADA COM CENTRIFUGAÇÃO (MELLE BOINOT) ÁGUA ÁCIDO DORNA ÁGUA TROCADOR DE CALOR TANQUE PULMÃO VINHO BRUTO VOLANTE DE VINHO TURBINADO CENTRÍFUGA CUBA FERMENTO TRATADO MOSTO TIPOSDE PROCESSO DE FERMENTAÇÃO Fermentação Batelada DESTILAÇÃO Fermentação Batelada FERMENTAÇÃO - DORNAS Características deste processo : Alto custo de instalação e automação; Alto custo de manutenção; Facilidade no controle microbiológico; Limpeza das dornas com maior frequência . TIPOS DE PROCESSO DE FERMENTAÇÃO Fermentação Descontinua FERMENTAÇÃO - DORNAS TIPOS DE PROCESSO DE FERMENTAÇÃO Fermentação Continua: Neste processo utiliza-se dorna de grandes dimensões, sendo que o processo é ininterrupto operando da seguinte forma: 1º - O mosto é misturado a levedura na primeira dorna; 2º - Passará para as demais num processo continuo até chegar a ultima dorna onde a concentração de açúcares estará menor possível podendo assim considerar a dorna como morta; 3º - O vinho bruto desta ultima dorna é enviado para centrifugação; 4º - O vinho centrifugado é enviado para o aparelho de recuperação de produto. Fermentação Continua CENTRÍFUGA DESTILAÇÃO ÁGUA ÁCIDO TRATAMENTO DO FERMENTO MOSTO TIPOS DE PROCESSO DE FERMENTAÇÃO Fermentação Continua Centrifugação separadora do levedo do vinho-saída do vinho por pressão pelo centro superior - Fermentação Contínua FERMENTAÇÃO - DORNAS TIPOS DE PROCESSO DE FERMENTAÇÃO Características deste processo : • Facilidade e custo baixo de automação; • Custo baixo de instalação de equipamentos ( menor n° de dornas ); • Difícil controle microbiológico; • Dificuldade de limpeza das dornas. Fermentação Continua Processo Fermentativo Fermentador Microrganismo Preparo do inóculo Nutrientes Preparo do meio Esterilização do meio Controles Esterilização do ar Recuperação do produto Ar Tratamento de efluente Produto Resíduo Etapas de um processo fermentativo Fatores que influenciam o processo de fermentação Temperatura da Fermentação Nesta temperatura a levedura se multiplica menos, e aumenta o rendimento. se conseguir manter a contaminação sob controle. Temperatura Ideal de 33,0º a 34ºC, sendo a máxima 35ºC isto é... Exemplo Velocidade de Alimentação Ideal : Quanto menor a velocidade menor estresse, menor produção de produtos secundários e maior rendimento. Crítico : Quanto maior a velocidade: Maior a produção de glicerol; Maior a infecção; Maior estresse da levedura; Alto custo da refrigeração; Alto custo de antibiótico. Fatores que causam perdas a fermentação Espumas Floculação O que são as espumas: Bolhas de gás; Aprisionada por película líquida. IDEAL: CÉLULAS ISOLADAS FLOCULAÇÃO CAUSADA POR BACTÉRIAS Fermentação em Superfície (sólido ou semi-sólido) - Matéria orgânica com umidade específica ao microorganismo; - Aeróbio estrito (bolores, micetos), não podem ser conduzidos de forma contínua; - Importância: lixo, resíduos agropecuários, agroindustriais, queijos, levedurização do pão, biofertilizante – vem ganhando importância; - Composição da matéria sólida ou semi-sólida é bastante distinta dos meios líquidos: fonte de carbono não é composto de baixo peso molecular e sim proteínas, lipídios, fibras – requerem enzimas extracelulares. Vista da Usina de Compostagem Pode-se mecanizar o sistema... Fermentação em Profundidade (submerso) - Crescimento do microorganismo e formação do produto (meio líquido nutritivo) – escala laboratorial; - Agitação (aeração do meio) para obter produtos metabólicos (frascos agitados para suprir oxigênio); - Escala industrial: borbulhamento de ar ou agitação mecânica; - Produção de ácidos cítrico, penicilina, vitamina: submerso, agitado e aerado. PROVA... (Volume II: 2, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 13 ) Principais etapas de um processo biotecnológico: Os bioreatores ou Reatores ou Fermentadores ou Biodigestores ou ...dornas de fermentação ou ... Dimensionamento: altura, largura, aeração, agitação, saída, entrada, espuma...etc Processos Fermentativos EQUIPAMENTOS Construção de equipamento de fermentação (cap. 20.) Agitador magnético Agitador horizontal em facas A maioria dos biorreatores em uso são de tanque agitado (STR) Bioreator para hidrólise Bioreator: fermentação em estado sólido Dornas abertas e fechadas em aço-inoxídável para fementação descontínua Um biorreator pode ter inúmeras concepções Bioreator para produção de biogás Bioreator para produção de biogás Biogás MEIO Composição (substratos, nutrientes) • Fonte de carbono • Fonte de nitrogênio • Fonte de fósforo • Outros elementos (Na, K, Ca...) • Vitaminas Laboratório Industrial (matéria-prima) • Tipos AMILÁCEAS, SACARÍNEAS, CELULÓSICAS, GLICOSE e FRUTOSE MEIO • Definição/ Escolha • Tipos - Sacaríneas Caldo de cana-de-açúcar Melaço Suco de frutas Leite Soro de leite Licor sulfídrico Vinhoto ou vinhaça MEIO Matéria-prima • Tipos - Amiláceas Grãos/cereais: Trigo, Milho, Cevada, centeio, arroz Raízes/Tubérculos: Mandioca, Batata, Batata doce MEIO Matéria-prima • Tipos - Amiláceas Hidrólise: Uso de enzimas Ligações (α-amilase, β-amilase) Ligações α-1,6 (exopululanases, pululanases e isoamilases) Ligações α-1,4 e α-1,6 (glucoamilases) Produtos: glicose, maltose, dextrinas Matéria-prima • Tipos - Celulósicas Subprodutos da indústria de madeiras Bagaços Casca de frutas Sabugo de milho Resíduos agrícolas MEIO Matéria-prima • Tipos - Celulósicas Hidrólise: Aquecimento com ácidos orgânicos (70 ou 150 ºC) ou pressão/temperatura Uso de enzimas do complexo celulítico (endo e exoglucanases, βglicosidase) Produtos: glicose, celobiose, oligossacarídeos PAREDE CELULAR Substâncias pécticas com pontes de Ca++ Microfibrilas celulósicas Hemiceluloses Proteínas estruturais Pontes de H+ com outras moléculas celulósicas Celulose: polímero linear de glicose com ligações -1,4 Glicosídicas (quimicamente muito estáveis) Glicogênio e amido são polímeros de glicose com ligações -1,4 e -1,6 Glicosídicas, que produzem ramificações no carbono 6 CELULOSE- Moléculas lineares e unidas (pontes de H+ ) formam as microfibrilas compactas. AMIDO- Ramificação limita nº de pontes de H+, o que o torna menos compacto que a celulose. GLICOGÊNIO-Muito rami- ficado, logo, é ainda menos compacto que o amido CELULOSE AMIDO E GLIGOGÊNIO A indústria... Localização da indústria - Situada próxima da fonte da zona produtora de matéria- prima: diminuir gastos com transporte de matéria-prima - Próximo aos pontos de escoamento da produção - Topografia acidentada e declividade perfeita para construção das instalações industriais em três níveis - representação - Disponibilidade de água para processo industrial (diluição do mosto, lavagem, caldeira, refrigeração do destilador e limpeza, etc) Decantação Padronização do mosto Fermentação Destilação Cachaça de Coração 38º a 48º GL, a 20º C Filtração Envelhecimento em tonéis de madeira Engarrafamento Comercialização VinhotoMoagem Cana-de-açúcar Fertilizante REQUISITOS DE INSTALAÇÃO E ORGANIZAÇÃO A SEREM PREENCHIDOS PARA OBTER A FORMALIZAÇÃO Formalização legal Municipal, Estadual e Federal Fase inicial: - Consulta formal junto a Secretaria Estadual do Meio Ambiente para verificar se a área está de acordo com as exigências legais de proteção ao meio ambiente - Consulta formal junto a Prefeitura Municipal para verificar se a área está dentro das leis e posturas (Lei de Uso de Solo) ELABORAR O PROJETO Fatores técnicos e produtivos devem ser trabalhados e sistematizados antes e durante o projeto arquitetônico e instalação da estrutura comercial, obedecendo exigências estabelecidas por lei e as recomendações de Boas Práticas de Fabricação (BPF) e Análise de Perigo e Pontos Críticos de Controle (APPCC) Necessário elaboração de projeto arquitetônico – engenheiro ou arquiteto credenciado no CREA: planta baixa e cortes transversais e longitudinais da fábrica e da engarrafadora. Planejamento do Processo Produtivo - Compra ou produção de matéria-prima - Recepção e moagem/trituração/desintegração - Decantação/filtragem/separação - Diluição - Fermentação - Recuperação: Destilação, Filtração, Decantação, Purificação, etc. - Descanso (específico) - Distribuição Plantas de indústrias de fermentação Plantas de indústrias de fermentação Plantas de indústrias de fermentação Plantas de indústrias de fermentação Plantas de indústrias de fermentação - Prédio: amplo, espaçoso, com forro, piso impermeável com inclinação para escoamento de água, seções com divisórias, cobertas, com tinta impermeável e lavável; - Seção de moagem/preparação da matéria-prima : destinada ao recebimento e moagem, outros, coberta e piso resistente e impermeável; - Seção de Preparação do Mosto e Fermentação: destinado a fermentação, fechada, piso com camada resistente, lisa ou adequada e impermeável, com inclinação suficiente para perfeito escoamento das águas e proteção que impeça o acesso de insetos e animais (telas) - Seção de Destilação: destinada à destilação, paredes de alvenaria lisa, lavável e impermeável, com área mínima de 20m2 e pé-direito mínimo de 3 m. - Equipamentos (tubulações, balanças, moendas , dornas de fermentação, destiladores, alcoômetro, dornas para estocagem e/ou envelhecimento); - Instalações sanitárias; - Seção de Acondicionamento: destinada ao enchimento e fechamento de vasilhames, com área mínima de 25 m2, e paredes revestidas até a altura de 2 m, no mínimo, com azulejos de cores claras ou outro material impermeável, liso, resistente e inócuo; - Seção de Lavagem: destinada exclusivamente a realizar as operações de lavagem dos vasilhames (pé direito mínimo de 3,5 m e área inferior a 25 m2) apenas para alambiques que trabalham com embalagens reutilizadas; - Caixa de Descarte do Vinhoto: destinada ao armazenamento de vinhoto ou vinhaça, deve ser impermeável, distante pelo menos 25 m, distante pelo menos 300 m de mananciais de águas, com capacidade de três vezes a produção mensal. Ex: Produção diária de 100 l vinhoto Produção mensal de 2200 l de vinhoto Capacidade da caixa: 6600 l de vinhoto - Seção de envelhecimento: destinada ao armazenamento e ao envelhecimento da aguardente, quando necessária. Deve ser úmido e silencioso FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL Terminologia Mosto Toda mistura destinada a fermentação alcoólica. Brix Porcentagem de sólidos solúveis contidos em uma solução. Exemplos de sólidos sóluveis: sal, açúcar Acidez Utilizada para quantificar o índice de infecção Açúcares Totais ( ART ) Porcentagem em peso de açúcares contido no caldo da cana , compreendendo sacarose, glicose, frutose . Aparelhos Usados Brix: Teor de sólidos solúveis (açúcares e sais sólidos) - Sacarímetro de Brix – escalas: 0-10; 10-20; 0-30 (porcentagem) Teor de açúcares totais Refratômetro – maior custo (porcentagem) - Brix Aplicações: uso no campo / cana Termômetros – escala 0-100º C Aplicações: caldo, fermentação, destilação Cultura da cana-de-açúcar - cultivo orgânico - 18 meses - corte sem queima inflorescência Chochamento ou isoporização . Obtenção do caldo de cana-de-açúcar: lavagem Obtenção do caldo de cana-de-açúcar: moagem Moenda Esteira para bagaço Moenda de três ternos Grandes Usinas / Destilarias de Álcool : capacidade de extração 90% - Número de ternos de moendas, preparo de cana, embebição, controle de alimentação de cana na esteira, reguladores de pressão das moendas, etc. Esquema de conjunto de quatro ternos de moendas – adiciona-se água no bagaço que passa pela 2ª e 3ª moenda / melhor extração: embebição Cana desfibrada ou desfiada Cana desfibrada (preparo de moagem) Preparação do mosto Caixa de decantação Caixa de diluição, aquecimento e controle de pH - 12 a 15º Brix - até 30ºC - pH Correção do Mosto: -Decantação: Decantador - impurezas grosseiras – terra, areia, bagaço, bagacilho, etc Preparo do Mosto - Após extração o caldo, deve ser decantado: caldo “limpo”. - Impurezas causam: contaminação, compromete qualidade, incrusta destiladores, tubulação de caldo deverá ter inclinação suficiente ou removível para impedir que caldo fique retido, parado, dando condições para desenvolvimento de microorganismos e formação de compostos secundários (furfural, acidez) – lavagem diária com água das tubulações e semanalmente água com cloro (3-5%) por algumas horas ou tubulação cheia Preparação do mosto Caixa de decantação Caixa de diluição, aquecimento e controle de pH - Diluição: evitar fermentação incompleta – caldo deve ter controle de Brix - Temperatura: aquecimento no inverno e resfriamento no verão - Acidez do Mosto: reação neutra ou alcalina favorável a bactérias. Uso de ácido fosfórico, ácido sulfúrico, limão, ou bases... - Adição de sais minerais: pé-de-cuba e periodicamente nas dornas de fermentação - Adição de Sulfato de Amônio: 1 g/l - Superfosfato simples: 20 g /1.000 litros de caldo - Desinfestante: uso no mosto de fermentação, ação efetiva sobre bactérias (fluoreto de sódio, sulfato de cobre) - Antibióticos: cloranfenicol e penicilina (dose: 500 a 1000 UI/l de mosto) - Vitaminas: 50 g de vitaminas do complexo B / 1000 l de mosto / farelo de arroz (vitaminas B1 e B6 e ácido pantotênico) – adição feita dentro dos sacos de algodão de malha grossa. Salles (2002) – vitamina B e sais de amônio apresentaram resultados mais expressivos que isoladamente e em relação a outras combinações Escada, tubulações e dornas em aço inox Sala de fermentação da USP - Piracicaba Fermentação Início da fermentação: até 3 horas Fermentação Alcóolica Fermentação: 24 horas Destilação: alambique de cobre de três corpos Pré-aquecedor Destilador 1200 L Condensador Torre: 84-90ºC Panela: 84-90ºC Caixa de amostragem Amostras de cachaçaEnvelhecimento Quercus spp. Planejamento do Processo Produtivo - Compra ou produção de matéria-prima - Recepção e moagem/trituração/desintegração - Decantação/filtragem/separação - Diluição - Fermentação - Recuperação: Destilação, Filtração, Decantação, Purificação, etc. - Descanso (específico) - Distribuição CONTROLES NA INDÚSTRIA DE FERMENTAÇÃO Características fermentativas desejável espuma floculação Cap. 18 CONTAMINAÇÃO BACTERIANA CONTAMINAÇÃO BACTERIANA • Consumo de açúcar e nutrientes • Floculação da levedura • Tempo fermentação • Gasto de ácido • Maior formação de espuma Cap. 18 Parâmetros controlados no processo de fermentação: - volume de mosto - pH do mosto ao longo do processo - temperatura do ambiente, do mosto no início e término da fermentação – medidor térmico de vazão mássica - tempo de alimentação da dorna de fermentação - concentração do substrato (ex.sacarose) e produto (ex.teor alcoólico) do mosto fermentado - tempo de fermentação - Pressão /medição da vazão gasosa - medição das vazões - velocidade da agitação - medição da espuma – antiespumante - cheiro TABELA DE CONTROLE DA FERMENTAÇÃO (EXCEL) Cap. 18 e 19 Medidas físico-química de controle no processo de fermentação: - Acidez (pH; acidez fixa, volátil e total) - Oxigênio dissolvido (pO2) no meio e Oxigênio na fase gasosa - CO2 na fase gasosa (desce) Medidas de biomassa - Turbidez do meio - Contagem de inóculo - Massa do inóculo Cap. 18 Determinação de substratos e produtos na fase líquida - Métodos bioquímicos - Cromatografia líquida, gasosa, líquido-sólida, troca catiônica Análises físico-químicas do produto final Exemplo para etanol e bebida destilada: - teor alcoólico real - aldeídos totais - furfural - hidroximetilfurfural - ésteres totais - cobre - álcool metílico - álcoois superiores - acidez total, fixa e volátil - extrato seco -Fundamental: CORRELAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E O BIOPROCESSO UTILIZADO Análises estatísticas - Variáveis que interferem na produtividade, rendimento, qualidade físico-química e sensorial do produto final - traçar as relações entre as variáveis e seu ponto ideal para alta qualidade - análise de regressão linear simples, - análises de resíduos - análises de diferenças significativas entre valores dentro das variáveis através da ANOVA e Teste de Médias Tukey EXEMPLO Resultados y = 710,13x + 125,03 R 2 = 0,42 80 100 120 140 160 180 200 220 240 00:50 01:18 01:47 02:16 02:45 03:14 03:42 C o r a ç ã o ( L b a te la d a ) Tempo de alimentação (h) Análise de regressão linear (2005-2006-2007): concentração de sacarose e etanol – diversidade e dinâmica de sucessão microbiana Exemplo Resultados y = 56,566Ln(x) + 210,84 R 2 = 0,2497 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 24 30 34 38 41 Temperatura inicial do mosto (oC) C or aç ão (L / ba te la da ) Análise de regressão linear (2005-2006-2007): tempo de alimentação e temperatura do mosto para aumentar coração 0 2 0 4 0 6 0 8 0 10 0 12 0 14 0 10 0 % a t e mp e rat ura inic ia l d o c a ld o d iluí d o 10 0 % a 3 0 o C 4 0 % a t e mp e rat ura inic ia l d o c a ld o d iluí d o + 6 0 % a 3 0 o C Temperatura do mosto És ter es (m g / 10 0 m L) Efeito da temperatura inicial do mosto sobre a produção de ésteres totais – composição lipídica e fluidez da membrana da levedura Exemplo Resultados y = 46,023Ln(x) + 42,233 R 2 = 0,9816 0 20 40 60 80 100 120 140 160 1 2 3 4 5 Tempo de alimentação da dorna de fermentação (h) É st er es (m g / 1 00 m L ) Safra 2005 Safra 2006 Safra 2007 Média entre safras Log. (Média entre safras) Sinergismo entre temperatura do mosto e tempo de alimentação da dorna de fermentação Exemplo Resultados Operações de instalações industriais de fermentação - Diferentes exigências: ex: tratamento de esgoto, destilaria e produção de vitaminas e sais minerais ► Condições Gerais (controle): - Matéria-prima (composição e conservação: cana, madeira, melado, etc) - Preparo do substrato (em condições de pH, oC, acidez, assepsia) – hidrólise, sacarificação, diluição, etc - Inoculação (1 inóculo : 10 substrato; conservação - repicagem de culturas puras, micoteca - Processo fermentativo: assepesia total, características da sala de preparação do mosto e fermentação. Cap. 19 BIOPROCESSOS: ESCALAS E EQUIPAMENTOS Construção de equipamentos e otimização do bioprocesso
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