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PROCESSO CIVIL III

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PROCESSO CIVIL III - EXECUÇÃO
Prof: Bruno Coelho
 Aluno:__________________________
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO			(Aula 10/08)
Nulla executio sine título (do título)
Patrimonialidade
Resultado (desfecho único)
Utilidade
Menor onerosidade
Contraditório
Lealdade e boa-fé
Principio do titulo. 
Não há execução sem título, que deve demonstrar pelo menos a probabilidade de existência da obrigação de forma a conferir ao julgador segurança para que determine a prática de atos executivos contra o executado.
OBS.: Se não há título não tem como executar
E além disso, só será título aquilo que estiver previamente definido na lei como tal, portanto existe um rol taxativo de títulos executivos.
Principio da patrimonialidade. 
A execução só atinge o patrimônio do devedor, não atinge a pessoa do devedor.
Principio do resultado (desfecho único).
A execução vai ter sempre como finalidade o cumprimento da obrigação da forma mais parecida possível com o cumprimento voluntário.
Principio da utilidade.
Significa que não serão praticados atos desnecessários que tenham como finalidade apenas prejudicar o devedor.
Principio da menor onerosidade
Os atos executórios serão sempre praticados com a finalidade de cumprir a obrigação. Entretanto, observando a forma menos prejudicial para o executado.
OBS.: Não inviabilizar a vida do executado. Aplicar medidas menos gravosas para o executado.
Principio do contraditório
Toda postulação será submetida a parte contrária antes da decisão judicial se pronunciar.
Princípio da lealdade e boa fé
Atos praticados pelas partes, juízes, auxiliares da justiça, todos devem respeitar a lealdade e boa-fé. Atuar sob pena de serem responsabilizados pelas condutas que configurem ato atentatório a dignidade da justiça e ou má-fe.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EXECUÇÃO	 (Aula 17/08)
Requisitos
Regimes gerais de processamento da execução
Sujeito ativo
Sujeito passivo
Intervenção de terceiro na execução
Responsabilidade patrimonial
Sincretismo: processo sincrético. Lei 6830/80 – execução fiscal.
Requisitos
– TITULO: que esteja previsto na lei como executivo e que represente uma obrigação líquida, certa e exigível. 
Dizer que a obrigação é líquida significa que ela está quantificada e qualificada;
Dizer que a obrigação é certa significa que não pode está condicionada;
Dizer que a obrigação é exigível significa que ela não está condicionada nem a termo e nem a condição.
– Alegação de inadimplemento:
Obs. A previsão dos requisitos está no art. 786 do CPC
Regimes gerais de processamento da execução
2.1 – Cumprimento de sentença: judicial, ou seja, quando se tratar de um título judicial.
2.1.1 – Fase
2.1.2 – Processo autônomo: não nasce num juízo cível, só para executar. Exemplo: arbitragem: processo autônomo de cumprimento de sentença.
2.2 – Execução propriamente dita/processo de execução: extrajudicial, ou seja, quando se tratar de um titulo extrajudicial.
Obrigações: Pagar, fazer, não fazer e entregar coisa/dar.
Existem três regimes de processamento da execução, o primeiro é o cumprimento de sentença oriunda de processo que tramitou perante órgão judicial brasileiro com competência cível. Nestes casos, trata-se apenas de mais uma fase do processo. 
O segundo, é o processo autônomo de cumprimento de sentença que tenha sido decorrente de atividade diversa da cível, seja por que o processo tramitou perante o juízo criminal, perante o órgão estrangeiro ou perante arbitro.
O terceiro, processo autônomo de execução, aplicável aos títulos executivos extrajudiciais. Por fim, para que seja determinado a sistemática processual aplicável é também necessário que se identifique a natureza da obrigação, ou seja, se ela é de pagar, fazer, não fazer ou entregar coisa.
Sujeito ativo: art 778 do CPC
Os sujeitos ativos estão previstos no art 778 do cpc, sendo, regra geral: o credor ou seus sucessores.
Sujeito passivo: art. 779 do CPC
Os sujeitos passivos estão previstos no art 779 do CPC, sendo regra geral: o devedor reconhecido como tal no título executivo, o espólio, os herdeiros ou sucessores do devedor. No caso dos herdeiros e sucessores a execução ficará limitada ao quinhão.
IMPORTANTE: STF entende que o que importa é o acréscimo patrimonial.
Também o novo devedor no caso de assumir, com consentimento do credor, a obrigação resultante do título extrajudicial;
O fiador do débito constante em título extrajudicial;
O responsável titular do bem vinculado para garantia real ao pagamento do débito.
O responsável tributário.
Intervenção de terceiro na execução
Não são admitidas a denunciação da lide e o chamamento ao processo na execução. 
Alguns doutrinadores entendem ser possível a assistência.
Responsabilidade patrimonial ou responsab. Executiva.
É o estado de sujeição do patrimônio do devedor ou de determinados terceiros às providencias executivos voltadas às satisfação da prestação devida.
Em tese há a possibilidade de sujeição de todos os bens do executado à execução.
A doutrina clássica chamada de unitarista entende que não há necessidade de separar obrigação de responsabilidade, por outro lado a teoria dualista entende ser relevante a separação para demonstrar que pode haver responsabilidade sem obrigação, daí surgem os entendimentos sobre resp. primária e resp. secundária.
Responsab. Patrimonial não é responsabilidade da pessoa, mas sim do patrimônio.
A responsabilidade primária recai sobre os bens do devedor ainda que não estejam mais compondo o seu patrimônio ou que ainda não irão compor. Exemplo: art. 789, 790,I, III, V e VI do CPC
A responsabilidade secundária insidirá sobre os bens de terceiros não obrigados quando a resp. se desprende da obrigação e vai recair sobre terceiro, como por exemplo o cônjuge ou o sócio, conforme art. 790, II, IV, VII do CPC
Obs.: a responsabilidade secundária não exclui a responsabilidade primária, ou seja, em caso de inadimplemento serão responsáveis o devedor principal e eventual terceiro previsto em lei.
Respons. Subsidiária: benefício de ordem
De acordo com o art 789 do CPC todos os bens do devedor, incluindo aqueles que passaram a integrar seu patrimônio após ter assumido a obrigação ficam sujeitos a execução.
O art. 790 obrigação reipersecutória. Direito de sequela.
Em relação à resp. primária, o art. 790, I do CPC prevê a responsabilidade do sucessor a título singular, ou seja, aquele que recebe patrimônio individualizado, por exemplo: o legatário.
Também de acordo com o 790, II responderão por uma execução: bens do devedor que estejam em poder de terceiro em decorrência por exemplo de um contrato de locação ou de comodato “empréstimo”.
De acordo com o art. 790, V também ficarão sujeitos à execução bens do devedor alienados mediante fraude.
As situações de fraude resultam na possibilidade de anulação ou de invalidação de um negócio jurídico e com isso que o patrimônio transferido seja atingido pelos atos executivos.
Quanto a responsabilidade secundária
De acordo com o art. 790, IV: bens que pertencem ao cônjuge próprio (que não se comunicam com o devedor) ou correspondentes a sua parte da meação poderão ser executados, sendo considerados para isso o tipo de dívida cobrada e o regime de bens adotado.
Identificar se tais bens respondem ou não pela obrigação: é relevante, pois determinará a defesa a ser utilizada pelo cônjuge do devedor.
Quando houver o reconhecimento de que os bens respondem pela obrigação, deverá ser utilizada a impugnação ou os embargos a execução. Por outro lado quando se entender que os bens não respondem pela obrigação, deverá ser utilizado os embargos de terceiro.
Por fim, conforme o art. 790, II o sócio pode responder pelas obrigações assumidas pela pessoa jurídica, em regra, é o patrimônio desta que será atingido, mas em hipóteses excepcionais que a depender da forma de constituição desta pessoa jurídica os bens dos sócios também poderão ser atingidos.
O art. 795, parágrafo primeiro: o sócio quando tiver que responderpelas obrigações assumidas pela pessoa jurídica poderá invocar o chamado benefício de ordem, para isso precisará indicar bens situados na mesma comarca livres e desembargados bastante para pagamento do débito com a finalidade que sejam atingidos pela execução antes dos seus.
O sócio que pagar dívida da empresa, poderá executar a sociedade nos próprios autos.
A inclusão do sócio no processo depende da instauração do incidente de desconsideração da personalidade jurídica, previsto no art. 133 e 134 do cpc.
Obs.: O fiador por se obrigar juntamente com o devedor também é responsável, sendo assim sua responsabilidade é primária. Também terá direito ao benefício de ordem, conforme art. 794, do CPC.
ELEMENTOS OBJETIVOS (AULA 31/08)
TITULOS EXECUTIVOS
Título executivo é documento que certifica um ato jurídico normativo que atribui a alguém um dever de prestar líquido, certo e exigível ao qual a lei atribui o efeito de autorizar a instauração da atividade executiva.
TAXATIVIDADE
Somente pode ser considerado título executivo aquele documento ao qual a lei assim considerou. Portanto, o art. 515 dispõe sobre os chamados títulos executivos judiciais. Por outro lado, o art 784 dispõe sobre os chamados títulos executivos extrajudiciais.
ATRIBUTOS DA OBRIGAÇÃO CONTIDA NO TÍTULO
Para que seja viável a execução é necessário que a obrigação contida no título tenha três atributos, tais quais:
A certeza: ou seja, que demonstre sem dúvidas a existência da obrigação. 
A liquidez: que significa a determinação quanto a natureza e a extensão do objeto da obrigação.
Exigibilidade: a obrigação precisa ser atual
Observação: Cheque é ordem de pagamento à vista, não correto o cheque pré datado/pós datado.
TITULOS EXECUTIVOS JUDICIAIS: Art. 515 do CPC
São aqueles títulos criados pelo poder judiciário e pelo juízo arbitral.
Em relação ao I do 515 qualquer espécie de decisão é titulo executivo judicial;
As decisões podem ser de caráter: constitutivo, condenatório e meramente declaratório. Conforme doutrina majoritária decisões de conteúdo meramente declaratório também podem ser objeto de execução.
Nos casos dos II e III do 515, a decisão que homologa o acordo judicial ou extrajudicial é sentença, na forma do art. 487, III do cpc;
Em relação ao IV, 515 trata-se de decisão proferida no processo de inventário que possui força executiva para as partes envolvidas neste processo.
Os créditos dos auxiliares da justiça, desde que referendados para decisão judicial, V, 515 CPC. Ex.: Perito.
Conforme VI do 515, a parte cível de uma sentença penal condenatória deverá ser cumprida perante o juízo cível;
VII, sentença arbitral: o arbitro não possui competência executiva, portanto proferida a sentença arbitral o cumprimento da obrigação ali consignada será feito através do processo de cumprimento de sentença;
VIII e IX – decisões do estrangeiro: a decisão proferida no estrangeiro para ser cumprida no Brasil deverá passar pelo crivo do STF, a análise não é em relação ao conteúdo, devendo se restringir aos requisitos formais e não pode afrontar a Constituição a mencionada decisão. O cumprimento será feito pelo juízo de competência cível da justiça.
Obs1.: Nas hipóteses dos incisos VI a IX o cumprimento de sentença será feito através de um processo autônomo.
Obs1.: Em relação aos títulos executivos judiciais a execução será sempre chamada de cumprimento de sentença.
TÍTULOS EXECUTIVOS EXTRAJUDICIAIS: Art. 784 do CPC
Buscando facilitar o cumprimento forçado de determinadas obrigações, o CPC trouxe a previsão no art. 784 de documentos que apesar de não terem passado pelo poder judiciário, possuem uma obrigação que autoriza a instauração do procedimento executivo.
O inciso I, 784 – prevê como títulos executivos extrajudiciais os chamados títulos de crédito, documentos particulares produzidos pelas partes que representam a obrigação de pagar. Cheque, duplicata, letra de cambio, nota promissória e debênture.
II – qualquer documento público assinado pelo devedor ou escritura pública (ou seja, aquele que é produzido por uma autoridade pública, desde que contenha a assinatura do devedor)
III- o documento particular assinado por duas testemunhas. Trazendo executividade ao documento particular a assinatura das testemunhas. Porém, conforme o código de ética, o contrato celebrado entre o advogado e o cliente não precisa das duas assinaturas das testemunhas para trazer executividade (pegadinha da prova). Outro quesito importante é que a testemunha, de acordo com a doutrina deve ter presenciado a celebração do negócio e não deve se sujeitar às restrições para testemunhar em juízo.
IV – Também será titulo executivo o instrumento de transação referendado pelas autoridades previstas neste inciso. MP, Defens. P., Advocacia Púb., pelos advs dos transatores (...)
O código também estabelece no inciso V, 784 um contrato que esteja garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou caução.
VI – o contrato de seguro de vida em caso de morte. * prêmio é a parcela paga ao seguro, seja mensal ou anual. Enquanto que o valor que o beneficiário irá receber é chamado de indenização, será em relação a esta o titulo executivo extrajudicial.
VII – crédito decorrente de foro ou laudêmio: são tributos pagos diante da enfiteuse. Foro: é pago anualmente e laudêmio é pago a cada alienação, podendo ser objeto de execução.
VIII- Crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios desde que tenham sido previamente pagos pelo locador.
IX – Certidão de dívida ativa da Fazenda Pública é a representação documental de que um determinado tributo não foi pago e está hábil para ser executado.
X – O crédito referente as taxas condominiais ordinárias ou extraordinária 
XI – Também será título extrajudicial o documento emitido por cartório para a cobrança de emolumentos e taxas de serviços por eles praticados.
XII – todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa. Ex.: 7347/85 – estabelece como título extrajudicial o compromisso de ajuste de conduta firmado pelo MP.
§1º - A propositura de ação relativa ao débito constante no título não inibe a execução.
§ 2º/3º - Os títulos extrajudiciais produzidos no estrangeiro não precisam de homologação para o seu cumprimento, devem apenas serem traduzidos, respeitar os requisitos exigidos pela lei brasileira e ter como lugar do cumprimento da obrigação o Brasil.
Obs.: A adoção do procedimento executivo não é uma opção do credor, assim caso deseje, poderá adotar o processo de conhecimento que dará mais segurança ao cumprimento da obrigação.
EXECUÇÃO
Considerações Gerais:
Para determinar o procedimento a ser adotado para cumprimento de uma obrigação a primeira coisa a ser analisada é qual o título executivo. Depois, identificado o título será preciso determinar a natureza da obrigação a ser executada: pagar; fazer, não fazer ou entregar coisa/dar, tais características definirão o procedimento a ser adotado. 
Fases: (4 fases)
1º Fase: Postulatória, sendo esta a que irá determinar o procedimento a ser adotado.
2º Fase: Constritiva, na qual o juiz adotará medidas executivas se colocando na posição de devedor e cumprindo a obrigação em seu lugar, chamada de medida executiva direta ou impor penalidades ou conceder benefícios para que haja o cumprimento da obrigação pelo próprio devedor.
3º Fase: Expropriatória: na qual o juiz vai alienar bens do devedor para que seja cumprida a obrigação.
4º Fase: Satisfativa: em que o juiz irá entregar ao exequente o objeto da obrigação.
Espécie (classificação)
Pode ser COMUNS ou ESPECIAIS. Especiais são aqueles que possuem regras próprias (execução de alimentos, execução contra a fazenda pública e ____________________)
É possível a cumulação de execuções ainda que tenham como base títulos diferentes desde que seja o mesmo executado (s) e o juízo seja competente. No entanto, é vedada a cumulação de execuções quando o procedimento for diferente, por exemplo: uma execução especial e uma comum.As execuções podem se classificadas em definitiva ou provisória: na definitiva é ir até a entrega do bem da vida sem exigências adicionais para o credor exeqüente. A provisória pode até ir até a entrega do bem da vida, mas precisará em regra da apresentação de garantias.
Também é possível identificar espécies de medidas executivas que podem ser diretas e indiretas.
Nas medidas executivas diretas ocorre as chamada subrogação, ou seja, o juiz ocupa a posição do devedor em relação ao seu patrimônio. 
Podemos identificar três medidas executivas diretas. A primeira chamada de desapossamento, utilizada nas obrigações de entregar coisa, por exemplo: a busca e apreensão. A segunda é a transformação: ocorre quando uma obrigação de fazer, não fazer ou entregar coisa é convertida em obrigação de pagar. O terceiro é expropriação consistente na conversão de bens do devedor em dinheiro três meios adjudicação; a alienação por leilão ou alienação por iniciativa particular.
Em relação as medidas indiretas a execução será promovida com a “colaboração” do executado, exemplo: prisão, multa, desconto no pagamento de honorários e custas. O juiz tenta incentivar o cumprimento da execução.
CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DE SENTEÇA
(AULA DIA 14/09/2017)
 CONCEITO E FINALIDADE
Trata-se de meio de cumprimento de uma decisão judicial que permite ao credor efetivar esta decisão ainda que tenha sido impugnada para recurso, portanto tem a finalidade de evitar que recursos meramente protelatórios atrapalhem o cumprimento da decisão
REQUISITOS
De acordo com o art. 520 do CPC para que seja possível o cumprimento provisório é necessário que haja uma decisão judicial e que contra ela tenha sido interposto recurso sem efeito suspensivo.
IMPORTANTE
OBS. Olhar os recursos novamente para relembrar os efeitos.
OBS. Por mais que o código fale em sentença o cumprimento provisório pode se referir a qualquer decisão
RESPONSABILIDADE
De acordo com o inciso I do art. 520 do CPC ao promover a execução provisória o exeqüente assume a responsabilidade pelos danos que o executado tiver sofrido caso a decisão exeqüenda, ou seja, que está sendo executada seja reformada. Além disso, a liquidação e cobrança dos prejuízos será feita nos próprios autos.
Reformada a decisão exeqüenda ficará sem efeito a execução provisória promovida e as partes retornarão no desfazimento os atos executivos praticados. Sendo impossível a devolução de um bem objeto de penhora, a situação se resolverá em perdas e danos.
Obs. Se a reforma da decisão for parcial, o cumprimento provisório de sentença ficará sem efeito exclusivamente em relação a parte reformada.
CAUÇÃO
De acordo com o art. 520, IV o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real ou dos quais possa resultar em graves danos ao executado dependem de caução suficiente e idôneo a ser arbitrado pelo juiz e prestada nos próprios autos. 
O art. 521 do CPC por outro lado estabelece que a caução PODERÁ ser dispensada quando:
1º - O crédito for de natureza alimentar;
2º - O credor for hipossuficiente;
3º - O recurso pendente de julgamento ou o agravo que serve destrancar recurso especial ou extraordinário previsto no art. 1042 do CPC;
4º - A decisão estiver baseada precedente obrigatório
DEFESA
Na execução provisória a defesa será a impugnação ao cumprimento provisório de sentença, previsto no art. 525 do CPC
MULTA E HONORÁRIO
De acordo com o art 520 §2º quando se tratar de cumprimento provisório de sentença relativa a obrigação de pagar, o executado será intimado na forma do art. 523, § 1º para pagar no prazo de 15 dias, ultrapassando este prazo sem pagamento sobre o valor devido incidirão multa e honorários advocatícios de 10%.
Obs. O depósito tempestivo do valor devido servirá para afastar a incidência da multa e dos honorários, mantendo-se para a parte o direito de recorrer.
OBRIGAÇÃO DE FAZER, NÃO FAZER E ENTREGAR COISA
Quando o cumprimento provisório tiver como objeto a obrigação de fazer, não fazer ou entregar coisa, aplicam-se as regras do cumprimento definitivo com as restrições já tratadas no cumprimento provisório.
PROCEDIMENTO
OBS. A execução depende da iniciativa do exeqüente que deverá fazê-lo mediante petição apresentada ao juízo competente e instruída com cópias do documento previstas no art. 522 do CPC
A execução provisória tramitará perante o primeiro grau, sendo autuada em autos apartados e apensada aos autos principais quando estes retornarem após o julgamento definitivo.
IMPORTANTE
OBS.: Não é possível fazer execução provisória de títulos extrajudiciais, de sentença penal condenatória, de sentença arbitral e de sentença estrangeira homologada pelo STJ

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