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hidroterapia para pacientes com dpoc

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XXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e 
VII Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 
 
1 
HIDROTERAPIA NO AUXÍLIO DA REABILITAÇÃO DOS PACIENTES COM 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
Balmant, AJ; Rangel, AGR; Abreu, ÉG; Formigoni, KK; Ychi, L; Eleotério, SV; 
Napoleone, FMGG. 
 
Universidade do Vale do Paraíba/Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento, Avenida Shishima Hifumi, 
2911, Urbanova - 12244-000 - São José dos Campos-SP, Brasil, elidaabreug@gmail.com; 
anneeerangel@gmail.com; juliabalmant@gmail.com; kassilaformigoni@hotmail.com; 
stephanieleoterio@gmail.com; leticiaychi@gmail.com; napoleone@univap.br 
 
Resumo 
 
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é a denominação para doenças no qual, seu 
principal sintoma é a obstrução ao fluxo aéreo. Sendo assim o presente estudo teve como objetivo 
realizar uma revisão bibliográfica sobre a técnica de hidroterapia no tratamento da DPOC. A 
Hidroterapia que é fundamentada basicamente na imersão total ou parcial do corpo em água, este tipo 
de tratamento traz inúmeros benefícios ao paciente. A pressão hidrostática da água atua no tórax 
submerso de diversas formas, causando alterações no sistema respiratório, diminuindo o volume da 
reserva expiratória e fortalecendo os músculos que são responsáveis pela respiração, além de 
proporcionar uma respiração mais plácida. 
 
Palavras-chave: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Imersão; Reabilitação; Hidroterapia; 
 
Área do Conhecimento: Fisioterapia 
 
Introdução 
 
A DPOC é considerada a forma mais frequente de doença pulmonar crônica, incapacitante e de alta 
mortalidade englobando também uma série de patologias respiratórias. (KASE 2002; FERREIRA, 
ALMEIDA, SALLES, 2012 e MESQUITA, 2014). 
A prevalência da DPOC no Brasil pode atingir 12% da população com mais de quatro décadas. Ela 
ocupou da 4ª à 7ª posição entre as principais causas de morte nos últimos anos, representando um 
custo econômico e social significativo. A incidência da DPOC tem aumentado em todo o planeta, devido 
à permanente exposição das pessoas aos fatores de risco como o tabagismo e a poluição em lugares 
abertos e fechados, principalmente. Esses fatores, associados à maior expectativa de vida da 
população, fizeram com que a OMS (Organização Mundial da Saúde) considerasse a DPOC uma 
epidemia, estimando que, para o ano de 2020, possa ser a terceira maior causa de mortalidade e a 
quinta doença em prevalência. 
O diagnóstico da DPOC se baseia em elementos obtidos na história clínica, exame físico e exames 
complementares. Os principais sintomas que os pacientes apresentam são: dispneia aos esforços, 
sibilos e tosse geralmente produtiva. Por ser essa uma patologia crônica e progressiva, o portador de 
DPOC diminui sua atividade física e global devido à piora progressiva da função pulmonar como 
consequência de qualquer forma de esforço físico por ele realizado. 
A DPOC tem tratamento, que pode ser realizado de três formas: educação do paciente, tratamento 
farmacológico e tratamento não farmacológico. A educação do paciente pode ajudar a melhorar as 
aptidões, a habilidade de lidar com a patologia e a qualidade de vida. O tratamento farmacológico pode 
melhorar e prevenir os sintomas, reduzir a frequência e a gravidade das exacerbações, melhorar a 
condição de saúde e aumentar a tolerância aos exercícios. Já os tratamentos não farmacológicos 
englobam uma série de exercícios de reabilitação pulmonar, tais como a hidroterapia, que será 
abordada nos próximos parágrafos. 
A hidroterapia vem sendo utilizada por fisioterapeutas para tratamento e reabilitação das mais 
diversas patologias. Com o desenvolvimento e estudos feitos na área recentemente pode-se abordar 
novas técnicas. 
 
 
XXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e 
VII Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 
 
2 
O conceito do uso da água para fins de reabilitação tem diversos nomes como: hidrologia, 
hidroterapia, terapia pela água, sendo mais utilizado a hidroterapia (do grego: “hydor”, “hydatos” = água/ 
“therapeia” = tratamento). 
Existem várias formas de utilizar a água como elemento terapêutico. O termo hidroterapia 
compreende todas elas, porém podem ser diferenciadas de acordo com algumas formas distintas na 
utilização da água, tais como: 
1- Compressas úmidas 
2- Hidroterapia por via oral 
3- Duchas quentes, frias ou mornas 
4- Crioterapia 
5- Balneoterapia 
6-Hidromassagem 
7-Hidrocinesioterapia ou fisioterapia aquática. 
A utilização da água para fins terapêuticos vem sendo descrita desde a civilização grega (por volta 
de 500 a. C). Escolas de medicinas foram criadas próximas a fontes de água, desenvolvendo assim as 
técnicas aquáticas com seus tratamentos distintos. Usavam a hidroterapia para pacientes com 
patologias reumáticas, neurológicas, também em espasmos musculares e recuperação de atletas. 
No Brasil a hidroterapia cientifica deu em início em meados de 1922, na Santa Casa do Rio de 
Janeiro, naquela época a entrada principal era banhada pelo mar. 
 
Efeitos fisiológicos e terapêuticos da água: 
Ao adentrar no meio aquoso, o organismo é submetido a múltiplas forças físicas, o que gera uma 
série de adaptações fisiológicas. 
O sistema pulmonar é profundamente afetado pela imersão do corpo no nível do tórax, isso ocorre 
pelo deslocamento sanguíneo das extremidades para as regiões centrais do tórax, e pela compressão 
da caixa torácica pela água (BATES; HANSON, 1998). 
O centro de equilíbrio do paciente, pelo simples fato de entrar na piscina é alterado no mesmo 
momento através do trabalho postural conseguido por meio da água, onde o paciente para manter-se 
em pé, faz uma correção entre as forças atuantes – propriedades físicas da água e o seu próprio centro 
de gravidade. (CARREGARO e TOLEDO, 2008, p.24). 
Do ponto de vista fisiológico, incontáveis respostas são desencadeadas pela ação de um corpo 
imerso na água, os efeitos obtidos variam a partir do exercício que cada paciente pratica: 
Melhora na capacidade aeróbica 
Melhora nas trocas gasosas 
Reeducação respiratória 
Aumento no consumo de energia 
Auxílio no retorno venoso 
Melhoria na irrigação sanguínea, resultado na estabilidade de pressão arterial no retardo do 
aparecimento de varizes. 
Um dos benefícios que a água quente pode oferecer é a analgesia e relaxamento, devido aos 
possíveis efeitos associados as propriedades físicas da água, tais como: densidade relativa, tensão 
superficial, pressão hidrostática, dentre outras. 
 
 Metodologia 
 
Procedeu-se a uma revisão bibliográfica, onde os critérios de inclusão foram: publicações no período 
de 2012 a 2017 em língua portuguesa, ou inglesa, envolvendo seres humanos, sem distinção de idade 
ou gênero, com aplicação do método da Hidroterapia como tratamento para DPOC. Já os critérios de 
exclusão foram: artigos publicados antes do ano de 2012, que não foram publicados na língua 
portuguesa ou inglesa, e não analisaram diretamente os efeitos da Hidroterapia como tratamento para 
DPOC. Foram selecionados entre artigos científicos e dados das plataformas de pesquisa PEDro, 
SCIELO, BIREME e PUBMED. As publicações, incluídas no presente estudo, abordavam os efeitos da 
Hidroterapia sobre a patologia. Os seguintes descritores foram utilizados: Doença Pulmonar Obstrutiva 
Crônica; Imersão; Reabilitação; Hidroterapia; Fortalecimento. 
 
 
 
 
XXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e 
VII Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 
 
3 
 
Resultado 
 
Segundo dados do artigo¸ (SEVERINO, MORANO e SOUSA, 2012), foi efetuada uma avaliaçãocom 10 pacientes, das quais segue o perfil dos mesmos, entre os quais 8 do sexo masculino e 2 do 
sexo feminino, com média de idade de 62,2 ² 16,21 anos, sendo o grupo 1 formado por homens com 
média de idade de 58,4 ² 19,60 anos e o controle, grupo 2, formado por homens e mulheres, com média 
de idade de 66 ² 13,07 anos, todos com diagnóstico de DPOC grave ou moderado (Tabela I). 
 Tabela I: Características dos pacientes avaliados segundo o grupo de alocação. Fortaleza, 2006. 
 
 
 
O resultado das avaliações dos pacientes, após três meses de tratamento, independente do 
protocolo escolhido, demonstrou que houve condicionamento físico. Porém, os pacientes do grupo 1 
obtiveram resultados melhores que os do grupo 2 para a f, SatO2. e FC. A f e a FC, durante o esforço, 
diminuíram mais que as do grupo 2, mantendo uma SatO2.dentro dos padrões de normalidade, 
mostrando, assim, um maior condicionamento destes pacientes (Tabela II). 
 
(RP 
+ 
H): 
reabilitação pulmonar associada a hidroterapia; RP; reabilitação pulmonar isolada. 
 
Conclusão 
 
Baseado nos cinco artigos estudados, concluímos que o exercício à base de água em comparação 
a reabilitação pulmonar isolada, nota-se uma melhora aparente em todos parâmetros analisados na 
tabela acima. 
Com esse estudo é possível ver uma melhora significativa da qualidade de vida dos pacientes em 
relação a patologia e o método de reabilitação associada ao meio aquático. 
A água é a substância mais abundante que temos em nosso corpo e no planeta, poderíamos listar 
inúmeros benefícios que ela traz para nossa saúde, um deles é o auxílio e melhoria importante da 
qualidade de vida e bem-estar desses pacientes que sofrem constantemente com essa doença. 
 
 
 
 
XXI Encontro Latino Americano de Iniciação Científica, XVII Encontro Latino Americano de Pós-Graduação e 
VII Encontro de Iniciação à Docência – Universidade do Vale do Paraíba. 
 
4 
Referências 
 
-AMORIM DC, TAUCHERT G, BRAGANHOLO P, CORDEIRO RRS, REZENDE AAB, 
MOREIRA RF, RODRIGUES ESR. A reabilitação na água como modalidade terapêutica para as 
doenças cardiopulmonares: estudo de revisão. Revista Amazônia Science & Health 2014. 
 
-BATES; HANSON, 1998. 
 
-CARREGARO e TOLEDO, 2008, p.24. 
 
-COSTA RMP. Hidroterapia e empreendedorismo médico: o "feitiço hídrico" de Ricardo Jorge 
Dynamis vol.37 no.1 Granada, 2017. 
 
-KASE 2002; FERREIRA, ALMEIDA, SALLES, 2012 e MESQUITA, 2014. 
 
-LOTTERMANN, P. C.; SOUSA, C. A. de; LIZ, C. M. de. Programas de exercício físico para pessoas 
com DPOC: uma revisão sistemática. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, Umuarama, v. 21, n. 1, p, 65-75, 
2017. 
 
-PEREIRA RP, BARBOSA LA, SOUSA ICS. Avaliação da eficácia da intervenção fisioterápica em 
pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). 
 
-POSADA WS, MONKS JF, CASTRO MS. Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica: uma revisão sobre os 
efeitos da educação de pacientes. Rev Ciênc. Farm. Básica Apl., 2014; 
 
-ROCETO LS, TAKARA LS, MACHAEDO L, ZAMBOM L, SAAD IAB. Eficácia da reabilitação pulmonar 
uma vez na semana em portadores de doença pulmonar obstrutiva. Ver. Brass Fisioter 2007. 
 
-SALICIO VMM, BITTENCOURT WS, SILVA ETB, RODRIGUES NEL E SALICIO MA. Função 
Respiratória em Idosos Praticantes e não Praticantes de Hidroterapia. Jounal of Health Scienses, 2015.

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