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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Semana Aula: 1
Crédito tributário.
Tema
Crédito tributário. Conceito. Teorias sobre o nascimento. Lançamento tributário. Natureza jurídica. Modalidades e princípios.
Palavras-chave
Crédito tributário. Lançamento
Objetivos
Ao final da aula, o Aluno deverá:
- saber conceituar o crédito tributário, 
- identificar sua natureza e sua inseparabilidade da obrigação tributária 
- conhecer as teorias sobre o nascimento do crédito tributário
- entender o conceito, o conteúdo e o papel do lançamento tributário;
-  aplicar os princípios que regem o lançamento;
- identificar as modalidades de lançamento tributário e aplicá-las aos impostos;
Estrutura de Conteúdo
1. Crédito tributário.
 1.1 Conceito de crédito tributário 
 1.2. Teorias sobre o nascimento do crédito tributário
  1.3. Lançamento tributário
  1.3.1. Conceito
   1.3.2. Natureza do lançamento
  1.3.3. Modalidades de lançamento
  1.3.3.  Princípios do lançamento 
Procedimentos de Ensino
Aula expositiva, com interatividade, buscando exemplificar e relacionar os temas dela objeto com fatos do cotidiano, de conhecimento dos Alunos.
A aplicação entre teoria e prática ocorrerá por meio do caso concreto:
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução do caso, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno postará o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente ratifique a entrega.
3- Após a discussão e solução do caso em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes ao caso concreto.
 
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
Projeção de slides utilizando retroprojetor ou datashow (transparências ? WORD e apresentações ? POWER POINT disponíveis no site e no material distribuído).
Uso da lousa branca e caneta Pilot.
 
 
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso Concreto
José Manuel contratou um contador para fazer a sua declaração de imposto de renda. O contador lhe solicitou todos os documentos e informações necessários e conferiu todos os dados, com base em possíveis cruzamentos de informações. Como resultado da declaração apresentada, restou apurado o dever de recolher pouco mais de três mil reais. O contador entrega a José Manuel a declaração impressa e em versão digital, acompanhada da guia de recolhimento da primeira parcela, dentro do prazo legal e orienta ele a recolher as demais parcelas. José Manuel recebe e paga a primeira parcela, mas se esquece de fazer qualquer pagamento nos meses seguintes. 
José Manuel se habilita em um certame público para prestar serviços públicos como temporário em virtude de grande evento esportivo que ocorrerá em sua cidade, conduzido pelas forças armadas. Para isso, lhe é solicitada a entrega de certidões que comprovem sua regularidade fiscal. José Manuel solicita este documento à receita federal e recebe a informação de que em seu nome consta dívida ativa inscrita pelo não pagamento de imposto de renda declarado. 
Insurge-se e entra em contato com seu contador que lhe relembra que deveria pagar as demais parcelas pela declaração feita recentemente, mas ele reclama pois a RFB inscreveu seu nome sem sequer lhe notificar antes. 
Indaga-se:
1) o caso concreto trata de que espécie de lançamento? 
2) A inscrição é regular ou deveria haver alguma notificação prévia? 
Questão objetiva
A alíquota do ITR, em 1995, era de 1,5%; em 1996, de 2%; e em 1997, de 1%. Durante o ano de 1997, o Fisco Federal, verificando que Joaquim de Souza não pagara o ITR de 1995, efetuou o lançamento à alíquota de 2% e promoveu a notificação. Joaquim entende que a alíquota aplicável é de 1%. Na verdade:
( ) a. Joaquim está com o entendimento correto, pois 1% era a alíquota do exercício em que ocorreram o lançamento e a notificação;
( ) b. o entendimento do Fisco é correto, pois, no caso, deve prevalecer a alíquota maior;
( ) c. a alíquota aplicável é a de 1%, por consequência do princípio in dubio pro reo;
( ) d. a alíquota correta é a da data da ocorrência do fato gerador, ou seja, 1,5%;
( ) e. a alíquota correta é a de 1,5%, por representar a média das três alíquotas, em face do princípio da razoabilidade.
Avaliação
 
CASO CONCRETO
Sugestão de Gabarito: 
O caso deve ser trabalhado com base no conceito de lançamento e das espécies de lançamento. 
1) trata-se de um exemplo clássico de lançamento por homologação, como descrito no art. 150 do CTN. 
2) O STJ editou as súmulas 436 e 446 consolidando o entendimento de que o tributo declarado e não pago legitima o fisco a proceder atos de cobrança sem qualquer notificação do contribuinte. Súmula 436 do STJ: A entrega de declaração pelo contribuinte, reconhecendo o débito fiscal, constitui o crédito tributário, dispensada qualquer providencia por parte do Fisco. Súmula 446 do STJ: Declarado e não pago o débito tributário pelo contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou positiva com efeito de negativa. Isto reacendeu a discussão sobre o uso da expressão auto lançamento, que não é técnica mas parece ter alguma aplicação diante desta interpretação do STJ.
 
OBJETIVA
D
	
	 
	 
	 
Considerações Adicionais
 
Bibliografia:
TORRES, Ricardo Lobo.  Curso de Direito Financeiro e Tributário.  18 ed.  Rio de Janeiro: Renovar, 2011.  Capítulo XV  Seções I e II.
MACHADO, Hugo de Brito.  Curso de Direito Tributário. 32. ed.  São Paulo: Malheiros, 2011.  2ª Parte  Capítulo V, itens 1 e 2.
ROSA JR., Luiz Emygdio F. da.  Manual de Direito Financeiro & Direito Tributário. Rio de Janeiro: Renovar, 2009.  Capítulo XIV, itens I e II.
https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/15a048e6bceb1213 – Aula sobre crédito tributário do Programa Saber Direito
http://www.fiscosoft.com.br/main_online_frame.php?page=/index.php?PID=234735&key=4772958 – Artigo do Prof. Kiyoshi Harada sobre a Súmula 436 do STJ
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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Semana Aula: 2
Suspensão do crédito tributário
Tema
Suspensão da exigibilidade do crédito tributário. Conceito. Efeitos. Causas legais.
Palavras-chave
Suspensão, Moratória, Depósito, Impugnação e recursos, Liminares, Parcelamento.
Objetivos
Ao final da aula, o Aluno deverá:
- entender a suspensão da exigibilidade do crédito tributário; 
- identificar quais são os efeitos das causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário;
- conhecer as causas de suspensão da exigibilidade.
Estrutura de Conteúdo
2. Suspensão da exigibilidade do crédito tributário
 2.1. Conceito e denominação
 2.2. Efeitos
 2.3. Causas
Procedimentos de Ensino
Aula expositiva, com interatividade, buscando exemplificar e relacionar os temas dela objeto com fatos do cotidiano, de conhecimento dos Alunos.
 
A aplicação entre teoria e prática ocorrerá por meio do caso concreto:
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução do caso, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno postará o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente ratifique a entrega.
3- Após a discussão e solução do caso em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes ao caso concreto.
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
Projeção de slides utilizando retroprojetorou datashow (transparências ? WORD e apresentações ? POWER POINT disponíveis no site e no material distribuído).
Uso da lousa branca e caneta Pilot.
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO: 
 
Diante de ato de autoridade pública supostamente eivado de ilegalidade, CREMILDO BULGAR impetra Mandado de Segurança com pedido de liminar para suspender a exigibilidade do crédito tributário referente ao imposto de renda, que monta em R$ 20.000,00. Deferida a liminar, o Juízo de Primeiro Grau leva 3 anos para julgar o mérito, e, ao fazê-lo, denega a segurança. O contribuinte, então, interpõe Apelação, acreditando que, ao ser recebida no duplo efeito, esta preservará os efeitos da liminar. A Fazenda, por sua vez, ajuíza a competente execução fiscal para a satisfação do seu crédito, que a esta altura já alcança R$ 24.000,00, por estar acrescido de juros de mora e devidamente corrigido monetariamente. Na execução, o contribuinte alega que a mesma deve ser extinta em face da existência de mandado de segurança ainda não transitado em julgado. Pergunta-se:
a) Nas condições apresentadas, a Execução Fiscal deve ser extinta sem resolução de mérito?
b) Quais os efeitos da sentença denegatória da segurança?
c) No caso em tela é cabível a incidência de juros e correção monetária?
Questão objetiva:  
 
O depósito do montante integral, previsto no art. 151, II do Código Tributário Nacional é:
a) concedido pelo Julgador desde que o interessado preencha os requisitos legais;
b) condição de procedibilidade para o processamento da Ação Anulatória de Lançamento;
c)direito subjetivo da parte concedido por lei;
d) causa de suspensão da exigibilidade do crédito tributário desde que, concomitantemente seja deferida liminar.
 
Avaliação
CASO CONCRETO
Sugestão de Gabarito: 
O caso deve ser trabalhado relacionando a liminar como causa de suspensão da exigibilidade mas a controvérsia sobre os reflexos desta suspensão da exigibilidade sobre os juros de mora. 
a) A liminar em Mandado de segurança, nos termos do art. 151 IV do CTN suspende a exigibilidade do crédito tributário, e, em razão disto, deve ser extinta a execução – já que ao suspender a exigibilidade, impedidos estão quaisquer atos de cobrança.
b) A sentença que denega a segurança produz efeitos imediatamente e eventual apelação é, em regra, recebida apenas no efeito devolutivo. Por isto, a denegação afasta a suspensão da exigibilidade imediatamente. 
c) A Lei 9430/96 em seu art. 63 §2º dispõe que “A interposição da ação judicial favorecida com a medida liminar interrompe a incidência da multa de mora, desde a concessão da medida judicial, até 30 dias após a data da publicação da decisão judicial que considerar devido o tributo ou contribuição.” Contudo, tal dispositivo trata da multa de mora. O CARF adotou o entendimento consagrado em sua Súmula 5 de que São devidos juros de mora sobre o crédito tributário não integralmente pago no vencimento, ainda que suspensa sua exigibilidade, salvo quando existir depósito no montante integral. No STJ, havia controvérsia, até que a Fazenda Nacional opôs embargos de divergência e consolidou seu entendimento no sentido de que no período compreendido entre a concessão de medida liminar e a denegação da ordem incide correção monetária e juros de mora ou a Taxa SELIC, se for o caso, no ED no REsp839.962-MG. 
OBJETIVA
C
	 
	
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
Considerações Adicionais
TORRES, Ricardo Lobo.  Curso de Direito Financeiro e Tributário.  18 ed.  Rio de Janeiro: Renovar, 2011.  Capítulo XV  Seção III.
MACHADO, Hugo de Brito.  Curso de Direito Tributário. 32. ed.  São Paulo: Malheiros, 2011.  Capítulo V, item 3.
ROSA JR., Luiz Emygdio F. da.  Manual de Direito Financeiro & Direito Tributário. Rio de Janeiro: Renovar, 2009. 
https://www.youtube.com/watch?v=au90HcFIJtY – Aula do Prof. Anderson Madeira sobre suspensão da exigibilidade do crédito tributário
http://jota.info/colunas/pauta-fiscal/suspensao-da-exigibilidade-credito-tributario-19012017 – Artigo sobre a suspensão da exigibilidade do crédito tributário e o CPC/2015
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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Semana Aula: 3
Extinção do crédito tributário
Tema
Extinção do crédito tributário. Conceito. Causas. Enfoque especial em compensação e restituição.
Palavras-chave
Pagamento, Compensação, Transação, Remissão, Conversão do depósito, Homologação do lançamento, Consignação em pagamento, Decisão Administrativa, Decisão Judicial, Dação em pagamento.
Objetivos
Ao final da aula, o Aluno deverá:
- conhecer as causas extintivas da obrigação e do crédito tributários previstas ou não expressamente no CTN
- identificar os requisitos e efeitos gerais de cada uma das causas de extinção previstas no Código, exceto a decadência e a prescrição. 
- conhecer os requisitos e controvérsias acerca da compensação de créditos tributários
- identificar os requisitos e restrições à repetição de indébito tributário, como a restituição de tributos indiretos e de tributos objeto de substituição tributária.
Estrutura de Conteúdo
3. Extinção do crédito tributário
 3.1. Visão geral. 
   3.1.1. Conceito e efeitos. 
   3.1.2. Extinção de crédito x extinção de obrigação. 
  3.1.3. Causas de extinção não expressas no art. 156 do CTN
  3.2. Causas legais. 
   3.2.1. Visão geral sobre os requisitos e efeitos das causas extinção exceto decadência e prescrição. 
   3.2.2. Compensação de crédito tributários. 
    3.2.2.1. Conceito
    3.2.2.2. Requisitos e restrições
  3.2.2. Repetição de indébito tributário
   3.2.2.1. Relação de indébito 
   3.2.2.2. Restrições
Procedimentos de Ensino
Aula expositiva, com interatividade, procurando resgatar o conhecimento dos Alunos acerca da Disciplina e das Disciplinas relacionadas, bem assim dos temas da aula, utilizando exemplos e links com fatos da realidade recente.
 
A aplicação entre teoria e prática ocorrerá por meio do caso concreto:
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução do caso, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno postará o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente ratifique a entrega.
3- Após a discussão e solução do caso em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes ao caso concreto.
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
Projeção de slides utilizando retroprojetor ou datashow (transparências ? WORD e apresentações ? POWER POINT disponíveis no site e no material distribuído).
Uso da lousa branca e caneta Pilot.
Aplicação: articulação teoria e prática
 
Caso Concreto
Durante os anos de 1989 a 1994 o Governo Federal, através do extinto DAC (Departamento de Aviação Civil) tabelou os preços das passagens aéreas que as empresas cobrariam dos passageiros, e na composição daquele preço o ICMS não foi incluído. Não obstante, os Estados cobravam das Cias aéreas uma vultosa quantia a título de ICMS. Posteriormente, aquele ICMS veio a ser considerado inconstitucional, sendo possível, em tese, o pedido de restituição. Imediatamente a CIA AÉREA VOE BEM - tempestivamente - pleiteou a restituição, via ação de repetição de indébito, em dobro, do ICMS indevidamente recolhido. A Fazenda Estadual, no entanto, contestou o pedido alegando, em preliminar, a ilegitimidade da CIA AÉREA, por descumprimento do art. 166 do CTN, uma vez que o ICMS é imposto indireto, no qual ocorre a transferência do encargo financeiro, bem como ocorreu a prescrição.  No mérito, sustenta a impossibilidade de devolução do valor pago em dobro.
Enfrente todos os argumentostrazidos pelas partes e aborde, com fundamento na doutrina, na legislação e na jurisprudência, se são procedentes ou improcedentes as alegações apresentadas.
Questão objetiva
João realizou pagamento a maior do IPVA relativo ao fato gerador ocorrido em 2007. Tendo consultado o valor do imposto em relação ao fato gerador ocorrido em 2008, o contribuinte identificou que o valor pago a maior em 2007 é suficiente para quitar o tributo devido em 2008. Diante disso, pretende requerer a seu Estado a utilização do excesso pago em 2007 para liquidar o imposto de 2008. Considerando que inexiste lei específica disciplinando a matéria no Estado, marque a alternativa correta:
 
a. ( )    João deverá proceder ao pagamento do IPVA/2008 e requerer a restituição do IPVA/2007 pago a maior.
b. ( )   João poderá compensar o IPVA/2007 com o IPVA devido em 2008.
c. ( )    O pedido de compensação deverá ficar sobrestado até que sobrevenha lei estadual específica.
d. ( )   O pedido de compensação será indeferido porque o IPVA/2007 pago a maior só pode ser utilizado na compensação de débitos de exercícios anteriores.
Avaliação
CASO CONCRETO
Sugestão de Gabarito: 
De fato, o art. 166 do CTN afirma que nos impostos em que ocorra a transfere^ncia do encargo financeiro, a legitimidade do contribuinte de direito para pleitear uma eventual devoluc¸a~o dependera´ de expressa autorizac¸a~o do terceiro a quem foi transferido o encargo, que e´, afinal, o contribuinte de fato, ou quem efetivamente suportou o o^nus do tributo. Contudo, o pro´prio CTN faz a ressalva da possibilidade de o contribuinte de direito prescindir dessa autorizac¸a~o caso na~o tenha havido o repasse do imposto, ou seja, caso o valor do imposto na~o tenha sido embutido no prec¸o da mercadoria ou do servic¸o. Assim, como o enunciado da questa~o afirma textualmente que o prec¸o tabelado pelo DAC na~o considerou o ICMS, e sendo esse o prec¸o praticado pelas companhias de forma coercitiva, conclui-se que o valor do ICMS na~o foi repassado aos consumidores. Logo, a empresa esta´ legitimada para pleitear a restituic¸a~o, independentemente de autorizac¸a~o de terceiro:
Resp 902.327 1a. Turma. Rel. Min. Jose´ Delgado. DJ 10/05/2007.
A jurisprude^ncia do STJ e´ no sentido de que o art. 166 do CTN conte´m refere^ncia clara ao fato de que deve haver, pelo inte´rprete, sempre identificac¸a~o se o tributo, por sua natureza, comporta a transfere^ncia do respectivo encargo financeiro para terceiro ou na~o, quando a lei, expressamente, na~o determina que o pagamento da exac¸a~o e´ feito por terceiro, como e´ o caso do ICMS e do IPI. Esse entendimento consolidou-se por se considerar que o art. 166 do CTN so´ tem aplicac¸a~o aos tributos indiretos, isto e´, que se incorporam explicitamente aos prec¸os, como e´ o caso do ICMS, do IPI, etc. Ha´ que se notar a natureza do tributo, se direta ou indireta, para fins de se verificar a transfere^ncia do respectivo encargo financeiro para terceiros.
No caso especi´fico dos autos, ha´ a certida~o na qual consta registro de que, na composic¸a~o dos custos das empresas ae´reas (concessiona´rias de servic¸os pu´blicos de transporte), inclusive nos anos de 1989, 1990, 1991, 1992, 1993 e 1994, o ICMS na~o foi inclui´do. No peri´odo em que foi inconstitucionalmente exigido da recorrente o recolhimento do ICMS, o prec¸o dos servic¸os de transportes ae´reos era controlado pelo Governo Federal (Departamento de Aviac¸a~o Civil), ficando a recorrente sem campo de ac¸a~o para estabelecer qualquer crite´rio de fixac¸a~o de sua remunerac¸a~o. Na~o ha´, in casu, formac¸a~o da base tarifa´ria nem possibilidade do repasse de qualquer tributo aos usua´rios.
Na~o ha´ como o transportador ae´reo repassar ao consumidor final (o passageiro ou o expedidor de cargas) eventual tributo exigido pelo Fisco. Tais empresas na~o desempenham atividades mercantis geradoras do ICMS, sendo, portanto, inaplica´vel o art. 166 do CTN.
Recurso especial provido.
INTERDISCIPLINARIEDADE COM O DIREITO CIVIL: No Direito do Consumidor: ?O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito a` repetic¸a~o do inde´bito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correc¸a~o moneta´ria e juros legais, salvo hipo´tese de engano justifica´vel?(o artigo 42 da Lei 8.078/1990), ja´ no Direito Tributa´rio e´ o contribuinte ou responsa´vel quem efetua o pagamento de forma indevida, e tera´ direito a devoluc¸a~o do valor que pagou a maior ou indevidamente com juros e correc¸a~o moneta´ria, nos termos do artigo 167 do Co´digo Tributa´rio Nacional.
Na~o ocorreu a prescric¸a~o tendo em vista que da data de 1994 ate´ 2008 na~o ultrapassaram 10 anos: Tese dos 5 + 5 anos do STJ. A tese dos 5 + 5 para a restituic¸a~o do inde´bito nos tributos lanc¸ados por homologac¸a~o ficou consagrada no STJ. Segundo essa teoria, a interpretac¸a~o do art. 168 do CTN levava a concluir que o contribuinte teria 5 anos para pleitear a restituic¸a~o, a contar da extinc¸a~o do cre´dito. Por sua vez, a extinc¸a~o - no caso de tributos lanc¸ados por homologac¸a~o - so´ ocorreria quando se desse a homologac¸a~o, fosse ela expressa ou ta´cita. Como na maioria dos casos a homologac¸a~o se da´ com decurso do prazo previsto no art. 150, §4°do CTN (ou seja, e´ ta´cita), a partir dai´ e´ que teria ini´cio o prazo de 5 anos previsto no art. 168 do CTN. Para acabar com esse entendimento - que inegavelmente era bene´fico aos contribuintes, a Fazenda fez inserir no texto da Lei Complementar 118/05 o art. 3°que pretendia interpretar o art. 168, I do CTN, afirmando que a extinc¸a~o do direito a` restituic¸a~o, no caso de lanc¸amento por homologac¸a~o na~ mais
teria termo a quo na data da homologac¸a~o, mas sim na data do pagamento. Com isso, na~o mais haveria o 5 + 5. E mais, ao afirmar que era um dispositivo meramente interpretativo, o referido dispositivo poderia ter aplicac¸a~o retroativa nos termos do art. 106, I do CTN. Assim, a nova “interpretac¸a~o” poderia alcanc¸ar o caso da Irma~os Ltda. Ocorre que o STJ vem entendendo que na~o se trata de dispositivo meramente interpretativo, mas sim dispositivo que traz novas regras, logo, na~o poderia ser aplicado retroativamente, mas apenas da LC 118/05 em diante: REsp 749.593 ? 1a. Turma.Rel. Min. Teori Albino Zavascki. DJ 08/10/2007.
1. Sobre a prescric¸a~o da ac¸a~o de repetic¸a~o de inde´bito tributa´rio de tributos sujeitos a lanc¸amento por homologac¸a~o, a jurisprude^ncia do STJ (1a Sec¸a~o) assentou o entendimento de que, no regime anterior ao do art. 3o da LC 118/05, o prazo de cinco anos, previsto no art. 168 do CTN, tem ini´cio, na~o na data do recolhimento do tributo indevido, e sim na data da homologac¸a~o ? expressa ou ta´cita do lanc¸amento. Assim, na~o havendo homologac¸a~o expressa, o prazo para a repetic¸a~o do inde´bito acaba sendo de dez anos a contar do fato gerador.
2. A norma do art. 3o da LC 118/05, que estabelece como termo inicial do prazo prescricional, nesses casos, a data do pagamento indevido, na~o tem efica´cia retroativa. E´ que a Corte Especial, ao apreciar Incidente de Inconstitucionalidade no Eresp 644.736/PE, sessa~o de 06/06/2007, DJ de 27.08.2007, declarou inconstitucional a expressa~o ?observado, quanto ao art. 3o, o disposto no art. 106, I, da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 ? Co´digo Tributa´rio Nacional?, constante do art. 4o, segunda parte, da referida Lei Complementar.
Processo
REsp 1105349
Relator(a)
Ministro LUIZ FUX
Data da Publicac¸a~o
Page 9 / 57
20/08/2009
Decisa~o
RECURSO ESPECIAL No 1.105.349 RJ (2008/02628910)
RELATOR : MINISTRO LUIZ FUX
RECORRENTE : TAM LINHAS AE´REAS S/A
ADVOGADO : JOSE´ MANOEL DE ARRUDA ALVIM NETTO E OUTRO(S)
RECORRIDO : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROCURADOR : GUSTAVO DO AMARAL MARTINS E OUTRO(S)
DECISA~O
TRIBUTA´RIO. RECURSO ESPECIAL. AC¸A~O DE REPETIC¸A~O DE INDE´BITO. ICMS. PASSAGENS AE´REAS. PREC¸O CONTROLADO PELO GOVERNO FEDERAL (DAC). PROVA DE NA~OREPERCUSSA~O DO ENCARGO. ART. 166 DO CTN. LEGITIMIDADE ATIVA DO CONTRIBUINTE DE FATO. SU´MULA07/STJ. VIOLAC¸A~O DO ART. 535 DO CPC NA~O CONFIGURADA.
1. O Recurso Especial na~o e´ servil ao exame de questo~es que demandam o revolvimento do contexto fa´tico probato´rio encartado nos autos. em
face do o´bice erigido pela Su´mula 7 do STJ.
2. In casu, o Tribunal local analisou as questo~es sub examine a` luz do contexto fa´tico probato´rio engendrado nos autos, consoante se infere do voto condutor do aco´rda~o hostilizado (fls. 800/801), verbis:
"O ICMS e´ imposto indireto. A restituic¸a~o e´ feita a quem provar que o pagou. Aplicac¸a~o do artigo 166, do Co´digo Tributa´rio Nacional, verbis:
(...) A autora na~o comprova ter arcado com o o^nus de recolher o tributo sem acresce^-lo ao prec¸o da passagem."
3. O art. 535 do CPC resta inco´lume se o Tribunal de origem, embora sucintamente, pronuncia-se de forma clara e suficiente sobre a
questa~o posta nos autos. Ademais, o magistrado na~o esta´ obrigado a rebater, um a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os fundamentos utilizados tenham sido suficientes para embasar a decisa~o.
4. Recurso especial a que se nega seguimento.
Trata-se de recurso especial interposto pelo ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, com fulcro no art. 105, III, "a" e "c", do permissivo constitucional, em face do aco´rda~o prolatado pelo Tribunal de Justic¸a do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado:
EMBARGOS INFRINGENTES. AC¸A~O DE REPETIC¸A~O DE INDE´BITO. ICMS. NA~O INCIDE^NCIA DO TRIBUTO SOBRE TRANSPORTE AE´REO. TRIBUTO INDIRETO. APLICAC¸A~O DO ARTIGO 166, DO CO´DIGO TRIBUTA´RIO NACIONAL. ALEGAC¸A~O DE RECOLHIMENTO INDEVIDO. INEXISTE^NCIA DE PROVA. REPASSE AO CONSUMIDOR. AUSE^NCIA NA~O COMPROVADA. EMBARGOS CONHECIDOS E PROVIDOS.
Foram opostos embargos declarato´rios, os quais restaram rejeitados. Noticiam os autos que a empresa ae´rea ajuizou ac¸a~o, objetivando a condenac¸a~o do Estado do Rio de Janeiro a` repetic¸a~o de inde´bito relativa ao ICMS incidente sobre o transporte ae´reo interestadual no peri´odo de maio/89 a maio/94, porquanto na~o haveria configurac¸a~o da hipo´tese de incide^ncia tributa´ria, dada a declarac¸a~o de inconstitucionalidade na ADIN 10891 pelo STF.
Sobreveio sentenc¸a de improcede^ncia do pedido.
O TJ/RJ deu provimento a` apelac¸a~o da autora e julgou prejudicada a da Fazenda Pu´blica, nos termos da seguinte ementa: Ac¸a~o de repetic¸a~o de cre´dito tributa´rio. ICMS incidente sobre transporte interestadual de carga e passageiros. Declarac¸a~o de inconstitucionalidade pelo STF. Autora que busca a repetic¸a~o dos valores recolhidos a ti´tulo de ICMS incidente sobre o transporte interestadual de carga e passageiros, apo´s a declarac¸a~o da inconstitucionalidade de tal cobranc¸a pelo STF. Tributo de cara´ter indireto por excele^ncia, no qual o contribuinte de direito repassa ao consumidor final o valor a ser recolhido. Restituic¸a~o que deve cumprir os requisitos estabelecidos pelo artigo 166 do CTN, plenamente recebido pela atual ordem constitucional, ou seja, o efetivo recolhimento do tributo e a sua na~o repercussa~o, vale dizer, a na~o transfere^ncia dos seus valores ao consumidor final, contribuinte de fato. O laudo pericial acostado e as demais provas documentais evidenciam o recolhimento de valores relativos ao ICMS pela autora no peri´odo em questa~o e que essas quantias na~o compunham elemento de constituic¸a~o dos prec¸os das passagens ae´reas dome´sticas, de modo que na~o houve o seu repasse ao consumidor final do servic¸o. Autora que faz jus ao ressarcimento pleiteado, em face do recolhimento indevido realizado, ja´ que foi declarada a inconstitucionalidade de sua cobranc¸a. Sentenc¸a que se reforma. Vencido o Des. Maldonado de Carvalho.
Foram interpostos embargos infringentes, os quais restaram providos, nos termos da ementa retro transcrita.
Nas razo~es recursais, sustentou a empresa recorrente violac¸a~o aos arts. 535 do CPC, 165 e 166 do CTN, bem assim a existe^ncia de dissi´dio jurisprudencial. Alegou, em suma, a desnecessidade de comprovac¸a~o da ause^ncia de repercussa~o financeira do ICMS nas hipo´teses em que os prec¸os sejam tabelados ou controlados, de alguma forma, pelo governo.
Foram apresentadas contrarrazões ao apelo, que restou admitido na insta^ncia de origem.
O Ministe´rio Pu´blico manifestou-se pela procede^ncia do presente
E´ o relato´rio.
Preliminarmente, na~o reu´ne condic¸o~es de admissibilidade o presente apelo.
Com efeito, na~o assiste raza~o a` recorrente no que tange a` violac¸a~o ao artigo 535 do CPC, vez que o Tribunal apreciou plenamente a demanda, como se extrai das razo~es expendidas no aco´rda~o proferido nos embargos de declarac¸a~o, do qual na~o se afere qualquer omissa~o, obscuridade ou contradic¸a~o.
Cinge-se a controve´rsia a` necessidade de prova da ause^ncia de repercussa~o financeira do ICMS sobre passagens ae´reas, como requisito essencial a` procede^ncia da ac¸a~o de repetic¸a~o de inde´bito ajuizada pela empresa de transporte ae´reo, em raza~o da declarac¸a~o de inconstitucionalidade, pelo STF, do Conve^nio ICMS 66/88. Deveras, e´ cedic¸o que o reexame do contexto fa´tico probato´rio deduzido nos autos e´ vedado a`s Cortes Superiores posto na~o atuarem como terceira insta^ncia revisora ou tribunal de apelac¸a~o reiterada, a teor do verbete da Su´mula 7 deste Superior Tribunal de Justic¸a ("A
pretensa~o de simples reexame de prova na~o enseja recurso especial.").
In casu, conforme se colhe do aco´rda~o recorrido, em relac¸a~o a` ause^ncia de comprovac¸a~o da na~o repercussa~o financeira, necessa´ria se mostra a ana´lise de mate´ria fa´tico probato´ria, de modo a infirmar os fundamentos expendidos no voto condutor, in verbis:
"O ICMS e´ imposto indireto. A restituic¸a~o e´ feita a quem provar que o pagou. Aplicac¸a~o do artigo 166, do Co´digo Tributa´rio Nacional, verbis:
(...) A autora na~o comprova ter arcado com o o^nus de recolher o tributo sem acresce^-lo ao prec¸o da passagem."
Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao presente recurso especial. Publique-se.
Intimac¸o~es necessa´rias.
Brasi´lia (DF), 15 de junho de 2009. MINISTRO LUIZ FUX Relator
OBJETIVA
C
	
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
Considerações Adicionais
TORRES, Ricardo Lobo.  Curso de Direito Financeiro e Tributário.  18 ed.  Rio de Janeiro: Renovar, 2011.  Capítulo XV  Seção IV.
MACHADO, Hugo de Brito.  Curso de Direito Tributário. 32. ed.  São Paulo: Malheiros, 2011.  Capítulo V, item 4.
ROSA JR., Luiz Emygdio F. da.  Manual de Direito Financeiro & Direito Tributário. Rio de Janeiro: Renovar, 2009.  
https://www.youtube.com/watch?v=_Ea54Oui_MA – Palestra do Advogado Robson Maia sobre compensação tributária
http://www.esinf.com.br/texto-de-apoio-detalhes/?id=11 – artigo sobre a contagem de prazo para repetição de indébito tributário
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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Semana Aula: 4
Decadência e prescrição tributárias
Tema
Decadência e prescrição do crédito tributário. Distinção. Características e peculiaridades. Modalidades de prescrição. 
Palavras-chave
Decadência, Prescrição, Prescrição intercorrente.
Objetivos
Ao final da aula, o Aluno deverá:
- distinguir decadência de prescrição do crédito tributário;
- identificar o termo inicial e final de cada um dos prazos;
- conhecer as causas de impedimento, suspensão e interrupção dos créditos tributários; 
- identificar o momento de ocorrência da prescrição intercorrente.
Estrutura de Conteúdo
4. Decadência e Prescrição do crédito tributário
 4.1. Decadência. 
   4.1.1. Conceito e função
  4.1.2. Termo inicial da decadência em cada um dos tipos de lançamento 
   4.1.3. Interrupção do prazo decadencial 
  4.2. Prescrição. 
   4.2.1. Conceito e função
   4.2.2. Termo inicial da prescrição 
   4.2.3. Suspensão ou impedimento da prescrição
  4.2.4. Interrupção da prescrição
  4.2.5. Prescrição intercorrente 
Procedimentos de Ensino
Aula expositiva, com interatividade, procurando resgatar o conhecimento dos Alunos acerca da Disciplina e dasDisciplinas relacionadas, bem assim dos temas da aula, utilizando exemplos e links com fatos da atualidade.
 
A aplicação entre teoria e prática ocorrerá por meio do caso concreto:
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução do caso, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno postará o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente ratifique a entrega.
3- Após a discussão e solução do caso em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes ao caso concreto.
 
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
Projeção de slides utilizando retroprojetor ou datashow (transparências ? WORD e apresentações ? POWER POINT disponíveis no site e no material distribuído).
Uso da lousa branca e caneta Pilot.
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso Concreto
Em 10/05/2010, a fiscalização estadual lavrou auto de infração e notificou a empresa COMÉRCIO DE BRINQUEDOS EDUCATIVOS ABC LTDA. para recolher ICMS relativo a fatos geradores ocorridos no período de 01/06/2008 a 31/12/2008. Este tributo deveria ter sido recolhido, conforme legislação estadual até o dia 10 do mês subsequente à data da ocorrência do fato gerador. A notificada impugnou, sem sucesso, a autuação e recorreu tempestivamente ao Conselho de Contribuintes, em 20/06/2010.
Em face da sobrecarga de processos na 2a. instância administrativa, o recurso restou paralisado, sem qualquer despacho nem petição das partes, até 20/09/2010, vindo a ser julgado, também desfavoravelmente ao contribuinte, em 10/10/2010.  Publicada a decisão (e o aresto unânime) em 15/10/2010, foi a sociedade dela notificada, esgotando-se o prazo para pagar o débito em 22/10/2010.  
Não advindo pagamento nem pedido de parcelamento, foi o crédito tributário inscrito em dívida ativa, em 22/11/2016, vindo, contudo, a execução fiscal a ser ajuizada somente em 29/11/2016.  Citada, a executada ofereceu bens suficientes à penhora e, efetuada esta, ajuizou embargos à execução, alegando haver ocorrido a decadência e, ad argumentandum, a prescrição.
Pergunta-se:   
a) Procede a alegação de decadência?  Se positivo, quando ocorreu?  
            b) Procede a alegação de prescrição?  Se positivo, em que data teria ocorrido?
            c) Quais as causas de suspensão e as de interrupção do prazo prescricional da ação de cobrança do crédito tributário?  (Mencione os dispositivos legais)
            d) Esgotado o prazo prescricional dessa ação, o que se extingue?
            e) A  prescrição pode ser reconhecida de ofício pelo juízo?
Respostas fundamentadas.
Questão objetiva
(FGV-2016) Em dezembro de 2015, a pessoa jurídica X efetuou a entrega da declaração do imposto sobre a renda pessoa jurídica (IRPJ), relativo a fatos geradores ocorridos no mês de julho de 2015, na qual reconheceu o débito fiscal, na sua integralidade. 
No entanto, a pessoa jurídica X não realizou o pagamento do IRPJ, vencido em dezembro de 2015. 
Sobre a hipótese, é correto afirmar que a União Federal deverá 
A (  ) constituir o crédito, por meio de lançamento, até julho de 2020.
B (  ) constituir o crédito, por meio de lançamento, até janeiro de 2021.
C (  ) inscrever o crédito em dívida ativa, até julho de 2020.
D (  ) ajuizar execução fiscal, até julho de 2020.
E ( ) ajuizar execução fiscal, até dezembro de 2020.
 
Avaliação
Sugestão de Gabarito: 
O Aluno deverá demonstrar conhecimentos básicos sobre os institutos versados (decadência do direito de o Fisco lançar tributo e prescrição da ação de cobrança do crédito tributário), e concluir:
a) Não se consumou a caducidade, pois o lançamento se deu antes de esgotado o quinquênio (CTN, art.173).  (Desnecessário abordar a divergência jurisprudencial surgida no STJ  e já superada  sobre a contagem do prazo nos tributos sujeitos a lançamento por homologação, como o ICMS, pois, aqui, segundo qualquer das duas correntes, é induvidoso não ter havido decadência).
b) Ocorreu prescrição, nos termos do artigo 174, caput do Código Tributário Nacional, já que entre a data da notificação da decisão definitiva do Conselho de Contribuintes e o ajuizamento da execução fiscal, transcorreram mais de cinco anos.
c) Causas de suspensão: CTN, art. 151; Lei 6.830, art. 2o., § 3o., e art. 40).  Causas de interrupção: CTN, art. 174, p. único; Lei 6.830/80, art. 8o., § 2o , c/c CTN, art. 174, p. único (LC 118/05).
d) Segundo a opinião majoritária, a prescrição tributária extingue a ação e o próprio crédito, ou seja, o direito processual e o direito material (CTN, art. 156, V).
e) Nos termos do art. 921 §5º do CPC/2015, é possível o reconhecimento de ofício da prescrição. 
OBJETIVA
E (conforme súmula 436 do STJ)
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
 
Considerações Adicionais
Bibliografia:
 
TORRES, Ricardo Lobo.  Curso de Direito Financeiro e Tributário.  18 ed.  Rio de Janeiro: Renovar, 2011.  Capítulo XV  Seção IV.
MACHADO, Hugo de Brito.  Curso de Direito Tributário. 32. ed.  São Paulo: Malheiros, 2011.  Capítulo V, item 4.
ROSA JR., Luiz Emygdio F. da.  Manual de Direito Financeiro & Direito Tributário. Rio de Janeiro: Renovar, 2009.  
https://www.youtube.com/watch?v=F1f50FJ4bRY ? Palestra da Advogada Alexandra Machado Brandão Teixeira sobre prescrição intercorrente
http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/decad%C3%AAncia-no-direito-tribut%C3%A1rio-brasileiro ? Artigo de José Fabiano Matos de Andrade sobre a decadência tributária
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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Semana Aula: 5
Exclusão do crédito tributário
Tema
Exclusão do crédito tributário. Visão geral. Isenção – conceito, institutos afins, classificação e revogação. Anistia: conceito, institutos afins e classificação. 
Palavras-chave
Isenção, Anistia.
Objetivos
Ao final da aula, o Aluno deverá:
- compreender a complexidade do instituto da exclusão do crédito tributário;
- identificar o conceito e natureza da isenção;
- distinguir a isenção de institutos afins que também resultam no não pagamento de tributos;
- conhecer as classificações de anistia e os efeitos sobre sua revogação;
- identificar o conceito e a natureza da anistia;
- distinguir a anistia de institutos afins que possam conceder perdão e/ou atingir sanções;
- conhecer a classificação da anistia.
Estrutura de Conteúdo
5. Exclusão do crédito tributário
 5.1. Críticas à denominação e inclusão de institutos distintos em um mesmo grupo
 5.2. Isenção 
   5.2.1. Conceito e função
   5.2.2. Institutos afins
  5.2.3. Classificações
  5.2.4. Revogação
  5.3. Anistia
   5.3.1. Conceito e função 
   5.3.2. Institutos afins 
   5.3.3. Classificações
Procedimentos de Ensino
Aula expositiva, com interatividade, procurando resgatar o conhecimento dos Alunos acerca da Disciplina e das Disciplinas relacionadas, bem assim dos temas da aula, utilizando exemplos e links com fatos da atualidade.
 
A aplicação entre teoria e prática ocorrerá por meio do caso concreto:
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução do caso, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno postará o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente ratifique a entrega.
3- Após a discussão e solução do caso em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes ao caso concreto.
 
Estratégias de AprendizagemIndicação de Leitura Específica
Recursos
Projeção de slides utilizando retroprojetor ou datashow (transparências ? WORD e apresentações ? POWER POINT disponíveis no site e no material distribuído).
Uso da lousa branca e caneta Pilot.
Aplicação: articulação teoria e prática
 
Caso Concreto
Em 2013, determinado Município concedeu isenção do ISSQN, por 10 (dez) anos, para as empresas prestadoras de serviços que viessem se instalar naquele território, gerando, em cada uma delas 25 (vinte e cinco) empregos diretos.
Várias dessas empresas, atraídas por esse incentivo fiscal, lá se instalaram. E no ano de 2016, surgiu uma outra norma jurídica revogando  essa isenção do ISSQN.
Responda:
a) Este caso concreto refere-se a qual espécie de isenção?
b) Pode esta isenção ser revogada? Qual(is) princípio(s) deve(m) ser observado(s)?
c) É possível o ajuizamento de alguma ação para evitar a revogação da isenção mencionada no caso concreto? Caso positivo, qual(is)?
Questão objetiva
O Tribunal de Contas
( ) a. auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na apreciação de renúncia de receitas.
(  ) b. é subordinado ao Poder Legislativo, ao qual auxilia no exercício do Controle Externo.
(  ) c. integra o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional.
(  ) d. não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula pétrea constitucional.
(  ) e. tem a titularidade do exercício do controle externo e suas decisões de que resultem multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo.
 
Avaliação
Sugestão de Gabarito: 
a) Considerando várias classificações, o caso concreto trata de isenção: subjetiva, onerosa, por prazo certo, condicionada a despacho da autoridade administrativa. O art. 178 estabelece certamente a mais importante regra sobre isenção fiscal dentre as poucas constantes no CTN que consagra o reconhecimento de que as isenções onerosas concedidas por prazo certo geram direito adquirido à fruição do benefício, pelo prazo estipulado, para aqueles que cumpram as condições na lei previstas.
É isso que o CTN quer dizer quando afirma que as isenções podem ser revogadas, salvo se concedidas por prazo certo e em função de determinadas condições.
b) Isso, entretanto, não significa, de forma nenhuma, que a lei não possa ser revogada. A lei que conceda isenção fiscal sempre pode ser revogada.
O que ocorre é que, se a isenção concedida por essa lei for onerosa e por prazo certo, aqueles sujeitos passivos que, antes da revogação da lei, tiverem cumprido os requisitos exigidos, para a fruição do benefício, terão direito a gozá-lo pelo prazo estabelecido, mesmo depois de a lei haver sido revogada.
É o que ocorreu com essas empresas, que passaram a ter direito à isenção e, por isso, poderão fruí-la durante o prazo previsto na lei, mesmo tendo sido revogada ou modificada antes de concluído esse prazo.
O entendimento do legislador ( CTN) é o mesma dos doutrinadores, ou seja, é a da observância do princípio da anterioridade pela norma que revoga a isenção. O STF tem decidindo que a revogação da isenção tem eficácia imediata, vale dizer, ocorrendo a revogação da isenção, o tributo pode ser cobrado no curso do mesmo exercício, sem ofensa ao princípio da anterioridade da lei. Entretanto, a posição firmada pelo STF, de que não há obrigatoriedade de observância do princípio da anterioridade, no caso de revogação de isenções, não significa e jamais pode significar, que disciplina mais benéfica não possa ser estabelecida para o contribuinte.
Com o princípio da anterioridade da lei, porque a revogação de uma lei que concede isenção equivale à criação de um tributo.
 
c) É possível ser impetrado mandado de segurança com pedido de liminar, já que a matéria não está relaciona com a simples expectativa de direito, mas sim com o direito adquirido das empresas, tornando, portanto, a revogação inválida, não observando a Súmula do STF de n° 544: Isenções tributárias concedidas, sob condição onerosa, não podem ser livremente suprimidas, vez que as mesmas geram direito adquirido.
O argumento que embasaria o meu ato seria o de que a isenção concedida por prazo certo e sob condições não pode ser revogada a qualquer tempo, porque ofende a segurança das relações jurídicas, sustentado, inclusive, pelo STF.
OBJETIVA
C 
Considerações Adicionais
TORRES, Ricardo Lobo.  Curso de Direito Financeiro e Tributário.  18 ed.  Rio de Janeiro: Renovar, 2011.  Capítulo XV Seção V.
MACHADO, Hugo de Brito.  Curso de Direito Tributário. 32. ed.  São Paulo: Malheiros, 2011.  Capítulo V, item 5.
ROSA JR., Luiz Emygdio F. da.  Manual de Direito Financeiro & Direito Tributário. Rio de Janeiro: Renovar, 2009.
 https://www.youtube.com/watch?v=dPum4EREW1I&t=340s ? Aula do Prof Juliano Colombo sobre isenção 
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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Semana Aula: 6
Privilégios, Administração e Sigilo
Tema
Garantias e privilégios do crédito tributário. Preferências do crédito tributário. Sigilo.
Palavras-chave
Garantias, Privilégios, Preferências, Administração Tributária, Sigilo.
Objetivos
Ao final da aula, o Aluno deverá:
- identificar a distinção entre garantias, privilégios e preferencias;
- conhecer as garantias, privilégios e preferências do crédito tributário
- conceituar a administração tributária e sua função - reconhecer os sigilos a que tem direito o cidadão diante do fisco
Estrutura de Conteúdo
6. Privilégios. Administração Tributária. Sigilos.
 6.1. Garantias, privilégios e preferências 
  6.1.1. Conceito e legislação
  6.1.2. Hipóteses legais 
  6.2. Administração tributária 
   6.2.1. Conceito 
   6.2.2. Legislação e função
 6.3. Sigilo
  6.3.1. Legislação
  6.3.2. Espécies
Procedimentos de Ensino
Aula expositiva, com interatividade, procurando resgatar o conhecimento dos Alunos acerca da Disciplina e das Disciplinas relacionadas, bem assim dos temas da aula, utilizando exemplos e links com fatos da atualidade.
 
A aplicação entre teoria e prática ocorrerá por meio do caso concreto:
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução do caso, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno postará o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente ratifique a entrega.
3- Após a discussão e solução do caso em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes ao caso concreto.
 
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
Projeção de slides utilizando retroprojetor ou datashow (transparências ? WORD e apresentações ? POWER POINT disponíveis no site e no material distribuído).
Uso da lousa branca e caneta Pilot.
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso Concreto
Em dificuldade para saldar seus débitos, inclusive tributários, a sociedade comercial Irmãos Tavares & Cia. Ltda., decidiu cerrar suas portas sumariamente, deixando de dar baixa regular em seus registros e obrigações comerciais e fiscais. Tomando conhecimento do fato, fiscais da Receita Federal verificaram não ter sido recolhido o Imposto de Renda dos dois últimos exercícios, tendo em consequência procedido ao lançamento. Notificada regularmente a empresa, na pessoa de seu sócio-gerente, deixou de defender-se administrativamente, correndo o processo administrativo-fiscal à revelia e culminando com a inscrição do crédito tributário em dívida ativa e imediato ajuizamento da execução fiscal. Alertado por seu antigo contador, o sócio-gerente aliena vários bens sociais. Pergunta-se:
a) São válidos esses atos de alienação? Em que circunstâncias?
b) Pode a Fazenda Pública requerer a falência da sociedade? 
c) É possívelao fisco determinar à instituição bancária que lhe forneça os dados das movimentações da sociedade e do sócio gerente para buscar identificar as irregularidades, independente de autorização judicial? 
Questão objetiva
Em processo de falência, a ordem de preferência do crédito tributário constituído antes da decretação da falência de determinado contribuinte que deve também créditos trabalhistas anteriores à quebra, equivalentes a vinte mil reais; créditos trabalhistas anteriores à quebra, cedidos a terceiros, equivalentes a quinze mil reais; crédito garantido com hipoteca até o limite do valor do bem gravado; remuneração devida ao administrador judicial equivalente a cinco mil reais, corresponderá ao 
A (  ) primeiro pagamento.
B (  ) segundo pagamento.
C (  ) terceiro pagamento.
D (  ) quarto pagamento.
E (  ) quinto pagamento.
Avaliação
 
	 
	 
	 
	 
	 Sugestão de Gabarito: 
O caso deve ser trabalhado com ênfase nas garantias do crédito tributário e no sigilo da administração pública tributária. 
No que tange à letra a, a resposta deverá fundar-se no art. 185 e seu parágrafo do CTN, que estabelece a presunção de fraude à execução dos atos de alienação e oneração de bens do sujeito passivo da obrigação tributária, praticados após a inscrição do respectivo crédito em dívida ativa, salvo se remanescerem bens ou rendas suficientes para garantir a execução fiscal.  Assim, os atos do sócio-gerente alienando bens sociais são nulos de pleno direito, a não ser que haja reservado outros bens sociais bastantes para assegurar a execução.
No que tange à letra b, o entendimento predominante é de que a Fazenda Pública não tem nem legitimidade nem interesse. Na linha da legislação tributária e da doutrina especializada, a cobrança do tributo é atividade vinculada, devendo o fisco utilizar-se do instrumento afetado pela lei à satisfação do crédito tributário, a execução fiscal, que goza de especificidades e privilégios, não lhe sendo facultado pleitear a falência do devedor com base em tais créditos. Afigura-se impróprio o requerimento de falência do contribuinte comerciante pela Fazenda Pública, na medida em que esta dispõe de instrumento específico para cobrança do crédito tributário. Ademais, revela-se ilógico o pedido de quebra, seguido de sua decretação, para logo após informar-se ao Juízo que o crédito tributário não se submete ao concurso falimentar, consoante dicção do art. 187 do CTN. (STJ, REsp 287.824/MG). Ademais, o Enunciado 56 da I Jornada de Direito Comercial do CJF diz que “a Fazenda Pública não possui legitimidade ou interesse de agir para requerer a falência do devedor empresário”. 
No que tange à letra c, deve trabalhar a decisão do STF sobre a constitucionalidade da LC 105/2001, no sentido de que a norma não resulta em quebra de sigilo bancário, mas sim em transferência de sigilo da órbita bancária para a fiscal, ambas protegidas contra o acesso de terceiros. A transferência de informações é feita dos bancos ao Fisco, que tem o dever de preservar o sigilo dos dados, portanto não há ofensa à Constituição Federal. (RE 6 01314, ADIs 2386, 2390, 2397 e 2859)
OBJETIVA
D
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
Considerações Adicionais
TORRES, Ricardo Lobo.  Curso de Direito Financeiro e Tributário.  18 ed.  Rio de Janeiro: Renovar, 2011.  Capítulo XV  Seções VI e VII.
MACHADO, Hugo de Brito.  Curso de Direito Tributário. 32. ed.  São Paulo: Malheiros, 2011.  Capítulo V, item 6 e Capítulo VI.
ROSA JR., Luiz Emygdio F. da.  Manual de Direito Financeiro & Direito Tributário. Rio de Janeiro: Renovar, 2009.  
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=310670 – notícia sobre a quebra de sigilo bancário pelo fisco e o posicionamento do STF
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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Semana Aula: 7
Dívida ativa
Tema
Dívida ativa. Execução Fiscal. Medida Cautelar Fiscal. Arrolamento Administrativo. Defesas do executado e de terceiros.
Palavras-chave
Dívida ativa, Execução Fiscal, Medida cautelar fiscal, arrolamento, defesas do executado e defesas de terceiros.
Objetivos
Ao final da aula, o Aluno deverá:
- compreender o conceito e a função da dívida ativa
- identificar as espécies de certidão de situação fiscal
- conhecer o procedimento da execução fiscal
- identificar os mecanismos de garantia processual e administrativa de garantia do crédito tributário
- compreender as defesas do executado e de terceiros.
Estrutura de Conteúdo
7. Dívida ativa
 7.1. A dívida ativa
  7.1.1. Conceito
  7.1.2. Espécies de certidão
  7.2. Medida cautelar fiscal
  7.2.1. Função
  7.2.2. Procedimento
 7.3. Arrolamento administrativo 
   7.3.1. Conceito e função 
   7.3.2. Críticas 
 7.4. Execução fiscal
  7.4.1. Conceito e função
   7.4.2. Procedimento 
 7.5. Defesas do executado
   7.5.1. Espécies 
   7.5.2. Procedimento
Procedimentos de Ensino
Aula expositiva, com interatividade, procurando resgatar o conhecimento dos Alunos acerca da Disciplina e das Disciplinas relacionadas, bem assim dos temas da aula, utilizando exemplos e links com fatos da atualidade.
 
A aplicação entre teoria e prática ocorrerá por meio do caso concreto:
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução do caso, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno postará o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente ratifique a entrega.
3- Após a discussão e solução do caso em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes ao caso concreto.
 
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
Projeção de slides utilizando retroprojetor ou datashow (transparências ? WORD e apresentações ? POWER POINT disponíveis no site e no material distribuído).
Uso da lousa branca e caneta Pilot.
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso Concreto
João Guimarães é sócio da empresa Imobiliária Irmãos Guimarães Ltda. e recebe uma citação em execução fiscal em razão de ser sócio gerente desta. O fiscal pediu o redirecionamento da execução fiscal por haver identificado que o que levou ao não pagamento do tributo foi escrituração fiscal irregular atribuída ao sócio gerente, responsável por este ato de gestão. João, depois de garantido o juízo, oferece embargos alegando a indispensabilidade de incidente de desconsideração da personalidade jurídica para redirecionamento da execução fiscal com fulcro no art.  135 do CTN. É necessário o incidente de desconsideração da personalidade jurídica?
Questão objetiva
Determinado contribuinte, devedor de tributo, obtém parcelamento e vem efetuado o pagamento conforme deferido.  Apesar disso, sofre processo de execução fiscal para a cobrança do referido tributo.  Nos embargos de devedor, o executado poderá alegar:
(  ) a. a carência da execução fiscal, em face da novação da dívida, que teria perdido a natureza tributária pelo parcelamento.
(  ) b. a improcedência da execução fiscal, por iliquidez do título exequendo, em face de parte da dívida já estar paga.
( ) c. o reconhecimento do direito apenas parcial à execução fiscal, por parte do Fisco, em face da existência de saldo devedor do parcelamento.
(  ) d. a carência da execução fiscal, em face da suspensão da exigibilidade do crédito tributário.
Avaliação
Sugestão de Gabarito: 
O caso deve ser trabalhado analisando-se inicialmente se o caso concreto trata de hipótese de desconsideração da personalidade jurídica, apresentando-se a divergência sobre o assunto. Ademais, importante fazer referência ao Enunciado 53 da Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira(Enfam): “O redirecionamento da execução fiscal para o sócio-gerente prescinde do incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto no artigo 133 do CPC/2015.” O tema é bastante controverso. 
OBJETIVA
D
Considerações Adicionais
Bibliografia: 
CAMPOS. Dejalma.  Direito Processual Tributário.  Prática Administrativa e Judicial. São Paulo: Rideel, 2006.
MADEIRA, Anderson Soares.  Lei de execução fiscal sob e égide jurisprudencial do STJ.   Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
SABBAG. Eduardo de Moraes.  MAZZA. Alexandre. Prática Forense  Prática Tributária. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
https://www.youtube.com/watch?v=R4ZcBY4CHR4 – palestra sobre execução fiscal pela Advogada Juliana Cordeiro de Faria
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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Semana Aula: 8
Processo Administrativo Tributário
Tema
Processo administrativo tributário. Princípios constitucionais aplicáveis. Legislação. Procedimento e órgãos julgadores. Processo de consulta.
Palavras-chave
Processo administrativo tributário, Impugnação Administrativa, Processo de consulta.
Objetivos
Ao final da aula, o Aluno deverá:
- ter visão panorâmica ordenada sobre os princípios constitucionais e infraconstitucionais aplicáveis;
- conhecer o procedimento contencioso tributário
- ter noção do procedimento de consulta em matéria tributária.
Estrutura de Conteúdo
8. Processo administrativo tributário
 8.1 Princípios constitucionais
 8.2 Legislação aplicável
8.3. Procedimento do processo administrativo contencioso tributário
  8.3.2 Os órgãos julgadores
 8.4 O processo de consulta. 
Procedimentos de Ensino
Aula expositiva e  interativa.
 
A aplicação entre teoria e prática ocorrerá por meio do caso concreto:
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução do caso, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno postará o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente ratifique a entrega.
3- Após a discussão e solução do caso em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes ao caso concreto.
 
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
Projeção de slides utilizando retroprojetor ou datashow (transparências  WORD e apresentações  POWER POINT disponíveis no site e no material distribuído).
Uso da lousa branca e caneta Pilot.
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO
 Irmãos Souza & Cia. Ltda., grande atacadista de gêneros  alimentícios, foi autuada em novembro/2008 pela fiscalização do ICMS, por recolhimentos insuficientes do imposto durante os anos de 2005 e 2006, tendo o auto de infração totalizado créditos tributários (principal, multas, juros e atualização monetária) no valor de R$ 5 milhões.  Impugnado tempestivamente, o lançamento veio a ser mantido, em fevereiro/2009, pela Junta de Revisão Fiscal. Dessa decisão, recorre voluntariamente a  empresa para o Conselho de Contribuintes, deixando contudo de efetuar depósito de 30% da quantia em discussão, bem assim de, alternativamente, oferecer fiança bancária, conforme prevê a legislação de regência, para “garantia de instância”.
O processo administrativo fiscal é encaminhado ao Presidente do Conselho de Contribuintes, que detém o juízo preliminar de admissibilidade do recurso; que se vier a ser admitido, será distribuído a uma das Câmaras, a qual poderá rever a decisão vestibular de admissibilidade.
Como deve o Presidente do Conselho de contribuintes proceder? Deve exigir o mencionado depósito prévio administrativo? Responda de acordo com o entendimento atual do Supremo Tribunal Federal. 
 
QUESTÃO OBJETIVA
Pessoa física, contribuinte do Imposto sobre a Renda, apresenta sua declaração anual de ajuste, entendendo fazer jus à restituição de R$ 10.000,00. Processada a declaração pela Secretaria da Receita Federal durante quase três anos, é finalmente intimado o contribuinte, por via postal, de que suas deduções foram glosadas, ocasionando a expedição de notificação de lançamento do imposto pela autoridade administrativa, com penalidades e acréscimos legais, por entender o Fisco que as despesas eram indedutíveis, sendo, consequentemente, indeferida sua restituição. O contribuinte, dois dias depois de haver recebido a intimação pelo Correio, busca assistência profissional de um advogado. Indique a providência INCORRETA e que não seria tomada pelo advogado: 
(  ) a. Aguardar a inscrição do crédito tributário em dívida da União e o ajuizamento da execução para, garantido o Juízo, opor embargos de devedor 
(  ) b. Solicitar à autoridade administrativa que calcule o alegado débito do cliente. Em sequência, propor ação anulatória do ato declarativo da dívida precedida do depósito do montante integral do alegado crédito da Fazenda Pública, com penalidades, acréscimos legais e demais encargos, tal como calculados pela autoridade administrativa, a fim de elidir sua inscrição em Dívida Ativa da União e o ajuizamento da execução fiscal, ficando a exigibilidade do crédito tributário suspensa pelo depósito 
(  )  c. Impugnar a exigência representada pela notificação de lançamento, 60 (sessenta) dias depois da data em que tiver sido feita a intimação da exigência ao cliente, isto é, da data de recebimento, pelo cliente, da intimação por via postal 
(  )  d. Depois de examinar os fatos e a legislação aplicável, dar parecer escrito ao cliente no sentido de que efetivamente não fazia jus à restituição que pleiteou, sendo, portanto, procedentes a glosa das despesas e o lançamento; informar ao cliente, ainda, que o seu débito poderá ser pago à vista, ou ser parcelado, havendo nessas duas hipóteses possibilidade de redução da multa até o fim do prazo de impugnação 
 
Avaliação
Sugestão de Gabarito: 
A resposta deverá mostrar conhecimento sobre os princípios constitucionais e legais colidentes, a serem objeto de ponderação e o entendimento atual do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL: Súmula Vinculante 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.
OBJETIVA
C
Considerações Adicionais
Bibliografia: 
CAMPOS. Dejalma.  Direito Processual Tributário.  Prática Administrativa e Judicial. São Paulo: Rideel, 2006.
CARNEIRO. Cláudio.  Processo Tributário: Administrativo e Judicial. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010.
https://www.youtube.com/watch?v=DAG_bOpVpiU – palestra sobre Impugnação e Recursos Administrativos de Marcelo Braga Rios
http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=7320 – artigo da Cátia Cristina de Oliveira Berthonico sobre “As fases e a dinâmica do Processo Administrativo Tributário”
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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Semana Aula: 9
Processo judicial tributário I
Tema
Processo judicial tributário I. Ação Declaratória de inexistência da obrigação tributária. Ação anulatória em matéria tributária. Mandado de segurança em matéria tributária. Momentos para propositura de cada demanda. Peculiaridades no processo tributário. 
Palavras-chave
Ação declaratória, ação anulatória, mandado de segurança.
Objetivos
Ao final da aula, o Aluno deverá:
- identificar as hipóteses de cabimento das medidas judiciais de defesa do contribuinte;
- compreender a função e o procedimento da Ação declaratória
- conhecer a função e o procedimento da ação anulatória
- distinguir as peculiaridades do procedimento do mandado de segurança em matéria tributária
Estrutura de Conteúdo
9. Processo judicial tributário I. 
 9.1. Ação Declaratória de inexistência da obrigação tributária. 
  9.1.1. Objeto
  9.1.2.Natureza
  9.1.3. Procedimento
  9.1.3. Medidas de urgência
 9.2. Ação anulatória em matéria tributária. 
  9.2.1. Objeto
  9.2.2. Natureza
  9.2.3. Procedimento
  9.2.3. Cumulação com execução fiscal
 9.3. Mandado de segurança em matéria tributária
  9.3.1. Objeto
  9.3.2. Natureza
  9.3.3. Liminares
Procedimentos de Ensino
Aula expositiva e interativa.
 
A aplicação entre teoria e prática ocorrerá por meio do caso concreto:
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução do caso, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno postará o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente ratifique a entrega.
3- Após a discussão e solução do caso em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes ao caso concreto.
 
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
Projeção de slides utilizando retroprojetor ou datashow (transparências  WORD e apresentações  POWER POINT disponíveis no site e no material distribuído).
Uso da lousa branca e caneta Pilot.
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso Concreto
Em março de 2014, o Estado A instituiu, por meio de decreto, taxa de serviço de segurança devida pelas pessoas jurídicas com sede naquele Estado, com base de cálculo correspondente a 3% (três por cento) do seu faturamento líquido mensal. A taxa, devida trimestralmente por seus sujeitos passivos, foi criada com o objetivo de remunerar o serviço de segurança pública prestado na região. A taxa passou a ser exigível a partir da data da publicação do decreto que a instituiu.
Dez dias após a publicação do decreto (antes, portanto, da data de recolhimento da taxa), a pessoa jurídica PJ Ltda. decide impugnar o novo tributo, desde que sem o risco de suportar os custos de honorários advocatícios na eventualidade de insucesso na demanda, tendo em vista que pretende participar de processo licitatório em data próxima, para o qual é indispensável a apresentação de certidão de regularidade fiscal, a qual será obstada caso a pessoa jurídica deixe de pagar o tributo sem o amparo de uma medida judicial.
Considerando a situação econômica do contribuinte, indique a medida judicial adequada para a impugnação do novo tributo e a garantia da certidão de regularidade fiscal necessária à sua participação na licitação, considerando a desnecessidade de dilação probatória e indicando todos os fundamentos jurídicos aplicáveis ao caso.
Questão objetiva
O Tribunal de Contas
( ) a. auxilia o Legislativo na fiscalização da aplicação de subvenções e na apreciação de renúncia de receitas.
(  ) b. é subordinado ao Poder Legislativo, ao qual auxilia no exercício do Controle Externo.
(  ) c. integra o Poder Legislativo, por força de disposição constitucional.
(  ) d. não integra nenhum dos Poderes, condição assegurada por cláusula pétrea constitucional.
(  ) e. tem a titularidade do exercício do controle externo e suas decisões de que resultem multa ou imputação de débito tem a natureza de título executivo.
Avaliação
Sugestão de Gabarito: 
A questão foi objeto de prova da OAB, apenas destacamos a desnecessidade de elaborar a peça. A peça apropriada é o Mandado de Segurança, uma vez que se trata de direito líquido e certo e a medida não comporta condenação em honorários advocatícios (Súmula 512 do STF, Súmula 105, do STJ, e Art. 25, de Lei nº 12.016/2009). Deve ser apresentado pedido de liminar para assegurar que o novo tributo não poderá impedir o impetrante de obter a certidão de regularidade fiscal da pessoa jurídica. Para tanto devem ser demonstradas a presença dos requisitos essenciais à liminar, quais sejam o fumus boni iuris (plausibilidade do direito alegado) e o periculum in mora (risco na demora da prestação jurisdicional, em decorrência da proximidade da licitação).
Quanto ao mérito, deve ser alegada a inconstitucionalidade da taxa em razão da violação do princípio da legalidade (Art. 150, I, da Constituição) e ao princípio da anterioridade (tanto a anterioridade do exercício financeiro quanto a anterioridade nonagesimal – Art. 150, III, b e c, da CF). Também deve ser apontada a inconstitucionalidade do fato gerador da taxa não corresponder a serviço público específico e divisível, uma vez que o serviço de segurança pública possui caráter geral e indivisível (Art. 145, II, da Constituição). Vale destacar, ainda, que a taxa é um tributo contraprestacional/vinculado e a base de cálculo instituída pelo decreto não reflete o custo despendido pelo Estado para a prestação da atividade.
OBJETIVA 
B
Considerações Adicionais
CAMPOS. Dejalma.  Direito Processual Tributário.  Prática Administrativa e Judicial. São Paulo: Rideel, 2006.
ROCHA LOPES, Mauro Luís.  Execução Fiscal e Ações Tributárias.  Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
SABBAG. Eduardo de Moraes.  MAZZA. Alexandre. Prática Forense  Prática Tributária. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
https://www.youtube.com/watch?v=s7HLWsWpDfA – Palestra do Prof. Leonardo Grecco sobre O Novo CPC e o processo tributário 
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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Semana Aula: 10
Processo judicial tributário II
Tema
Processo Judicial tributário II. Ação de consignação em pagamento. Ação de repetição de indébito tributário. Compensação de créditos judiciais. Execução contra a Fazenda Pública. 
Palavras-chave
Ação de consignação, ação de repetição, execução contra a fazenda pública.
Objetivos
Ao final da aula, o Aluno deverá:
- conhecer a Ação de consignação em pagamento e suas hipóteses de cabimento
- identificar o procedimento e os requisitos específicos da ação de repetição de indébito tributário
- compreender o procedimento para a compensação de créditos judiciais ou execução contra a Fazenda Pública.
Estrutura de Conteúdo
10. Processo judicial tributário II
 10.1. Ação de consignação em pagamento
  10.1.1. Hipóteses
  10.1.2. Procedimento
  10.1.3. Efeitos
 10.2. Ação de repetição de indébito tributário
  10.2.1. Objeto
  10.2.2. Requisitos
  10.2.3. Tributos indiretos e substituição tributária
 10.3. Compensação de créditos judiciais
  10.3.1. Objeto
  10.3.2. Procedimento
 10.4.  Execução contra a Fazenda Pública.
  10.4.1. Objeto
  10.4.2. Procedimento
Procedimentos de Ensino
Aula interativa, com o exame de casos que os Alunos deverão ter estudado previamente. 
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
Projeção de slides utilizando retroprojetor ou datashow (transparências  WORD e apresentações  POWER POINT disponíveis no site e no material distribuído).
Uso da lousa branca e caneta Pilot.
Aplicação: articulação teoria e prática
CASO CONCRETO
A União, por não ter recursos suficientes para cobrir despesas referentes a investimento público urgente e de relevante interesse nacional, instituiu, por meio da Lei Ordinária nº 1.234, publicada em 01 de janeiro de 2014, empréstimo compulsório. O fato gerador do citado empréstimo compulsório é a propriedade de imóveis rurais e o tributo somente será devido de maio a dezembro de 2014. 
Caio, proprietário de imóvel rural situado no Estado X, após receber a notificação do lançamento do crédito tributário referente ao empréstimo compulsório dos meses de maio a dezembro de 2014, realiza o pagamento do tributo cobrado. 
Posteriormente, tendo em vista notícias veiculadas a respeito da possibilidade desse pagamento ter sido indevido, Caio decide procurá-lo(a) com o objetivo de obter a restituição dos valores pagos indevidamente.
 
QUESTÃO OBJETIVA:
Um contribuinte do Município, inconformado com a imposição de um auto de infração do ISS, decidediscutir em juízo a incidência ou não do tributo, ingressa com a ação judicial que considera oportuna e efetua o depósito integral e em dinheiro do valor do crédito tributário em discussão. Nesse caso:
A (  ) o depósito judicial é condição inafastável para o regular processamento da ação;
B (  ) com a decisão definitiva do processo contrária ao contribuinte, a quantia depositada deverá ser convertida em renda da Fazenda, suspendendo a exigibilidade do crédito tributário;
C (  ) o depósito da quantia questionada, integral ou parcial, suspende a exigibilidade do crédito tributário;
D (  ) com a decisão definitiva do processo contrária ao contribuinte, a quantia depositada deverá ser convertida em renda da Fazenda, extinguindo o crédito tributário;
E (  ) o depósito judicial é desnecessário, pois o mero ajuizamento da ação suspende a exigibilidade do crédito tributário.
Avaliação
CASO CONCRETO
Sugestão de Gabarito: 
A questão foi objeto da Prova prático-profissional do Exame de Ordem da Ordem dos Advogados do Brasil. Aqui desconsidera-se apenas a elaboração da peça. O gabarito da banca é o seguinte: 
O examinando deverá elaborar a petição inicial de uma Ação objetivando a Repetição de Indébito, uma vez que se pretende a restituição do empréstimo compulsório pago indevidamente. A ação declaratória não satisfaz o interesse do cliente, visto que o objetivo não é evitar o lançamento do crédito tributário. Na hipótese, não há mais lançamento a ser realizado, visto que o tributo só seria devido pelo período de maio a dezembro de 2014. Tampouco é cabível a ação anulatória, visto que não há lançamento a ser anulado.
A ação de repetição de indébito deverá ser endereçada à Vara Federal da Seção Judiciária do Estado X.
O autor da ação é Caio e a ré, a União.
No mérito, o examinando deverá demonstrar que o empréstimo compulsório é inconstitucional, uma vez que este tributo deve ser instituído por lei complementar, conforme o Art. 148, caput, da CRFB/88, e não por lei ordinária como na hipótese do enunciado. 
Ademais, o examinando deverá indicar a violação ao princípio da anterioridade, uma vez que o empréstimo compulsório referente a investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional somente pode ser cobrado no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei, no caso somente em 2015, conforme o Art. 148, inciso II c/c o Art. 150, inciso III, alínea b, ambos da CRFB/88.
Por fim, deve o examinando requerer a procedência do pedido para que os valores pagos indevidamente lhe sejam restituídos.
 
RESPOSTA DA QUESTÃO OBJETIVA:
LETRA D
Considerações Adicionais
CAMPOS. Dejalma.  Direito Processual Tributário.  Prática Administrativa e Judicial. São Paulo: Rideel, 2006.
ROCHA LOPES, Mauro Luís.  Execução Fiscal e Ações Tributárias.  Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
SABBAG. Eduardo de Moraes.  MAZZA. Alexandre. Prática Forense  Prática Tributária. 3. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2011.
https://www.youtube.com/watch?v=_-evfZs_52A – Aula da Profa. Juliana Frederico sobre repetição de indébito tributário
http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-consignacao-em-pagamento-no-direito-tributario,53671.html – Artigo do Procurador Marcio Tadeu Martins dos Santos sobre a Ação de Consignação em Pagamento em matéria tributária
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DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO II - CCJ0031
Semana Aula: 11
Impostos no comércio exterior
Tema
Impostos no comércio exterior. Imposto sobre a importação. Impostos sobre a exportação.
Palavras-chave
Imposto de importação, imposto de exportação. II. IE
Objetivos
Ao final da aula, o Aluno deverá:
- compreender a tributação sobre o comércio exterior;
- conhecer os princípios específicos e a competência do imposto sobre a importação e a exportação;
- apreender os elementos da obrigação tributária relativos aos impostos sobre a importação e a exportação.
Estrutura de Conteúdo
11. Impostos sobre o comércio exterior
 11.1. Princípios constitucionais
  11.1.1. Extrafiscalidade
   11.1.2. Exceções a princípios constitucionais 
  11.2. Imposto sobre a importação 
   11.2.1. Competência
   11.2.2. Elementos da obrigação tributária 
   11.2.3. Lançamento
 11.3. Imposto sobre a exportação 
   11.3.1. Competência
   11.3.2. Elementos da obrigação tributária 
   11.3.3. Lançamento
Procedimentos de Ensino
Aula expositiva, com interatividade, procurando resgatar o conhecimento dos Alunos acerca da Disciplina e das Disciplinas relacionadas, bem assim dos temas da aula, utilizando exemplos e links com fatos da atualidade.
 
A aplicação entre teoria e prática ocorrerá por meio do caso concreto:
1- O aluno deverá, antes de cada aula, desenvolver pesquisa prévia sobre os temas objeto de estudo de cada semana, envolvendo a legislação, a doutrina e a jurisprudência e apresentar soluções, por meio da resolução do caso, preparando-se para debates em sala de aula. 
2- Antes do início de cada aula, o aluno postará o material relativo aos casos pesquisados e pré-resolvidos, para que o docente ratifique a entrega.
3- Após a discussão e solução do caso em sala de aula, com o professor, o aluno deverá aperfeiçoar o seu trabalho, utilizando, necessariamente, citações de doutrina e/ou jurisprudência pertinentes ao caso concreto.
 
Estratégias de Aprendizagem
Indicação de Leitura Específica
Recursos
Projeção de slides utilizando retroprojetor ou datashow (transparências ? WORD e apresentações ? POWER POINT disponíveis no site e no material distribuído).
Uso da lousa branca e caneta Pilot.
 
Aplicação: articulação teoria e prática
Caso Concreto
O governo federal, com o objetivo de proteger a indústria nacional fabricante de aço, publicou, em 15 de fevereiro do ano de 2015, um decreto que aumentava de 15% para 20% a alíquota do imposto sobre a importação de produtos siderúrgicos, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei formal. O decreto previu que o aumento já valeria para aquele mesmo exercício financeiro. Face a essas alterações a Importadora Siderúrgica Ltda. havia adquirido em janeiro de 2015 alguns produtos siderúrgicos de uma indústria chinesa. Os produtos tiveram seu registro de importação realizado em 14 de fevereiro de 2015 e ingressaram no território nacional em 20 de fevereiro do mesmo ano, tendo sido desembaraçados no dia 25 de fevereiro. 
Considerando a hipótese acima, responda aos itens a seguir.
A) A majoração da alíquota do imposto de importação poderia se dar por meio de um ato do Poder Executivo? 
B) O governo federal agiu legalmente ao exigir a alíquota majorada do imposto de importação no mesmo exercício financeiro?
C) Neste caso concreto, qual seria a alíquota aplicável? Indique sempre todos os fundamentos. 
Questão objetiva
Sobre o Imposto de Importação, é incorreto afirmar que:
A ( ) o imposto não incide sobre mercadoria estrangeira em trânsito aduaneiro de passagem, acidentalmente destruída.
B (  ) para efeito de cálculo do imposto, considera- se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação de mercadoria submetida a despacho para consumo.
C (  ) para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data do registro da declaração de importação, inclusive no caso de despacho para consumo de mercadoria sob regime suspensivo de tributação e de mercadoria contida em remessa postal internacional ou conduzida por viajante, sujeita ao regime de importação comum.
D (  ) são contribuintes do imposto o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no Território Nacional, o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente e o adquirente de mercadoria entrepostada.
E (  ) o representante, no País, do transportador estrangeiro é responsável subsidiário pelo imposto.
Avaliação
CASO CONCRETO
Sugestão de Gabarito: 
No caso devem ser trabalhados os princípios constitucionais aplicáveis

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