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FACULDADE ESTÁCIO DE ALAGOAS – Curso de Nutrição LIPÍDIOS Nut. Ms. Andreza Luna QUÍMICA DOS ALIMENTOS DEFINIÇÃO • São compostos de baixa solubilidade em água e solúveis em compostos orgânicos, como éter, clorofórmio, benzeno, etc. CLASSIFICAÇÃO GERAL SIMPLES COMPOSTOS DERIVADOS SIMPLES • São compostos que por hidrólise dão origem somente a ácidos graxos e álcool. • ésteres de ácidos graxos e glicerol – Acilglicerois GLICERÍDEOS - ÓLEOS E GORDURAS • ésteres de ácidos graxos e mono- hidroxiálcoois. CERÍDEOS - CERAS GLICERÍDIOS • São ésteres obtidos da reação entre o glicerol + os AGs. • São divididos em : • Monoacilglicerol : Glicerol + 1 AG • Diacilglicerol: Glicerol + 2 AGs • Triacilglicerol ou Triglicerídeo: Glicerol + 3 AGs ÓLEOS E GORDURAS • A diferença está na forma física. • Gorduras são sólidas ou pastosa em T ambiente(25°C). • Óleos são líquidos em T ambiente(25°C). • Gorduras: ricas em AG saturados. • Óleos: ricos em AGI. • Exceções: óleo de coco e óleo de palma(azeite de dendê). ÓLEOS E GORDURAS ÓLEOS E GORDURAS NOTA: Azeite é um termo utilizado apenas para óleos provenientes de frutos. Ex: oliva e dênde. Se “todo” TG de origem vegetal é líquido em T° ambiente, o que acontece com a Margarina????? CERÍDEOS • AG + mono-hidroxiálcool • Não possuem glicerol. COMPOSTOS • São compostos que apresentam outros grupos na molécula, além dos ácidos graxos e álcoois. • Fosfolipídios • Glicolipídios • Lipoproteínas FOSFOLIPÍDIOS OU FOSFATÍDIOS • São constituídos de : glicerol+ 2AGs+Fosfatos • Possuem grupos hidrofílico e hidrofóbicos tornando-se bons detergentes. • + Função: constituinte de membranas celulares • Atenção: Os fosfolipídios c/ sua função estrutural ň estão disponíveis como fonte de energia. Mesmo um animal faminto reterá os fosfolipídios necessários para manter a integridade das células. GLICOLIPÍDIOS • Lipídio + carboidrato. • Anfipático. • Normalmente atuam como receptores da superfície celular. LIPOPROTEÍNAS • Lipídios + proteínas. • Transporte DERIVADOS • São compostos produzidos quando lipídios simples ou compostos sofrem hidrólise. • Ácidos graxos • Esteróides • Hidrocarbonetos ÁCIDOS GRAXOS • São ácidos carboxílicos, com cadeia carbônica longa, com mais de 12 carbonos. ESTRUTURA LIPÍDICA • Quanto a insaturação podem ser classificados em: • Saturados: só ligações simples • Insaturados Monoinsaturados(1 insaturação) Poliinsaturados(2 ou+ insaturações) NOMENCLATURA DOS AG • Δ ou α: carbono n 1 é o carbono do grupo carboxílico. • ω ou n: carbono n 1 é o carbono mais distante do grupo carboxílico. AG NATURAIS AG N de átomos de c Saturados Mirístico 14 Palmítico 16 Esteárico 18 Araquídico 20 Insaturados Insaturações Oléico 18 Δ 9 ou n-9 Linoléico 18 Δ 9,12 ou n-6 α-linolênico 18 Δ 9,12,15 ou n-3 ESTERÓIDES • Estrutura química formada a partir de uma série de anéis. • Os esteróides contendo um grupo OH ligado ao anel são chamados ESTERÓIS: O + nos tecidos animais: COLESTEROL ESTERÓIDES • Androgênios, estrogênios e progesterona. • Sais biliares. • Colesterol. • Cortisol. • Ergosterol. • Vitamina D HIDROCARBONETOS • Constituído apenas por C e H. • Terpenos. • Ex: β-caroteno PRINCIPAIS REAÇÕES QUÍMICAS NEUTRALIZAÇÃO SAPONIFICAÇÃO HIDROGENAÇÃO INTERESTERIFICAÇÃO HALOGENAÇÃO LIPÓLISE OXIDAÇÃO NEUTRALIZAÇÃO • Consiste na neutralização do grupamento carboxílico do ácido graxo na presença de uma base forte. • Utiliza-se normalmente NaOH ou KOH, que neutralizam os ácidos livres no meio. • Utilizado para estimar a acidez do óleo/gordura. SAPONIFICAÇÃO • Consiste na desesterificação do triacilglicerídeo, na presença de solução concentrada de álcali forte (NaOH ou KOH) sob aquecimento, liberando sais de ácidos graxos e glicerol. HIDROGENAÇÃO • A adição de hidrogênio (H2) às duplas ligações dos ácidos graxos insaturados em presença de catalisadores. CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O O CH2 CH CH2 O O C C O O CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 CC HH CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C C HH CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 C O O CH2 CH CH2 O O C C O O CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 CH3CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2CH2 Gordura insaturada (óleo vegetal) Gordura Vegetal Hidrogenada 29 H 2 / catalisador ( N i , P d ou P t ) Se “todo” TG de origem vegetal é líquido em T° ambiente, o que acontece com a Margarina????? INTERESTERIFICAÇÃO • É o processo de modificação de óleos a gorduras em que os AG permanecem inalterados, sendo redistribuídos aleatoriamente nas moléculas, criando novas estruturas. HALOGENAÇÃO • É o acréscimo de bromo, cloro, iodo aos AG insaturados. • Utilizada para identificar o grau de insaturação. LIPÓLISE • Conhecida como rancidez hidrolítica. • Hidrólise da ligação éster por lipase ou umidade. • É uma reação de cdeterioração. • Benefícios: maturação de queijos. • Malefícios: odor de ranço (manteiga: ácido butanóico); atua em leite cru, leite de coco, cereais. OXIDAÇÃO • Conhecida como rancidez oxidativa. • Autooxidação: ocorre entre o oxigênio atmosférico e os ácidos graxos insaturados. • É uma reação de deterioração. PROPRIEDADES FÍSICAS PONTO DE FUSÃO CALOR ESPECÍFICO VISCOSIDADE POLIMORFISMO PONTO DE FUMAÇA ÍNDICE DE REFRAÇÃO PONTO DE FUSÃO • Temperatura na qual o último traço de sólido se funde. • Nos TG puros o PF é influenciado por: • do comprimento da cadeia (quanto > o PM > o PF); • das ramificações (AGs lineares têm ponto de fusão > que os ramificados); • do grau de insaturação de seus AGs constituintes (quanto > o grau de insaturação < PF. CALOR ESPECÍFICO • É uma grandeza física que define a variação térmica de determinada substância ao receber determinada quantidade de calor. • Importante para conhecer o comportamento dos lipídios durante os processos tecnológicos. NOTA • Calor específico de gorduras líquidas em TA correspondem ao dobro das gorduras sólidas. VISCOSIDADE • Influenciada por: • ↑ do comprimento da cadeia carbônica : mais viscoso. • ↓ com o aumento da insaturação (↑ com a hidrogenação) : mais viscoso. POLIMORFISMO • É a propriedade de materiais sólidos poderem existir sob forma cristalina. • Lipídios com grande quantidade de insaturações apresentam PF + baixos, pois apresentam menor polimorfismo. PONTO DE FUMAÇA • Temperatura na qual, são constatadas as primeiras fumaças do material sob aquecimento. NOTA: A T de fritura não deve ultrapassar 180°C. ÍNDICE DE REFRAÇÃO • Quanto maior n de C e o grau de insaturação, maior o IR. • Pode ser usado como um procedimento alternativo para controle do processo de hidrogenação. • Pode ser usado para identificar a pureza dos lipídios. REFERÊNCIAS • DAMODARAN, S.; PARKIN, K. L.; FENNEMA, O. R. Química de Alimentos do Fennema. Artmed:São Paulo, 4ª Edição, 2010. • RIBEIRO, E. P.; SERAVALLI, E. A. G. Química de Alimentos. Editora Edgard Blucher: São Paulo, 2ª Edição, 2007. • BOBBIO & BOBBIO. Química do Processamento de Alimentos. Editora Varela. 3ª Edição, 2001. lunaandreza@yahoo.com.br
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