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ATIVIDADE 01 (PETIÇÃO INICIAL)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ( ª ) VARA CÍVEL DA COMARCA DE FORTALEZA - CE.
 Glauce Silva, menor impúbere, neste ato representada por Amadeu Silva, brasileiro, técnico em informática, RG: 1015 CPF Nº: 045 e Maria Silva, brasileira, vendedora, 1510, CPF Nº: 540 ambos residentes e domiciliados na Rua Leonardo Mota nº: 260 Fortaleza – CE. Vem por meio de seu advogado, conforme procuração em anexo, com escritório localizado (...), onde a partir de então recebe intimações e notificações, para ajuizar, com supedâneo no Art. 5º, inc. X da Carta Política, bem como Art. 186 c/c Art 932, inc. I e IV e Art. 949, estes do Código Civil , ainda , §1º, Art. 25 do CDC a presente
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS
(Cumulado com “preceito cominatório”)
Em face do Colégio (...), pessoa jurídica de direito privado, estabelecida no endereço: (...), inscrito no CNPJ (...) sob o Nº (...) e solidariamente,
Francisco Luis, brasileiro, policial, RG: 2030, inscrito no CPF sob o Nº: 600, residente e domiciliado (...),
 pelos motivos de fato e de direito adiante expostos.
DOS FATOS
A menor, ora autora, de apenas 12 anos, aqui representada por seus genitores, já devidamente qualificados, estuda no Colégio (...), aqui Ré. Atualmente encontra-se matriculada e frequentando o ensino fundamental do aludido colégio.
Com o decorrer deste semestre a autora passou a sofrer agressões verbais em sua maioria xingamentos assim como apelidos e insultos, de forma mais acentuada e frequente por parte do filho do segundo réu, chamado de Ademar. Tudo isso deve-se ao fato da autora ter uma compleição física de uma menina franzina, a qual chegaram até mesmo a levantarem dúvidas a respeito de sua sexualidade.
Almejando resolver tal problema, os pais da autora, por vezes procurou a direção da escola, sem, contudo, lograr êxito. Com total descaso com a situação, sempre alegaram que “eram meras brincadeiras entre os alunos.”. Posteriormente os pais da autora procuraram também o pai do aluno Ademar, o Senhor Francisco Luis o mesmo informou que o filho por ser órfão de mãe sempre foi mal criado e desrespeitador, entretanto acreditou que Amadeu estava exagerando e que tudo não passava de “brincadeiras” e o mesmo se comprometeu em resolver o caso relatado.
Os pais da Autora já não suportaram mais acreditar em tamanho descaso da escola e, mais, observar o estado psicológico que dominou sua filha, em face do desiderato em mira. Os ataques sofridos pela pequena menina, contínuos, verbais, culminaram em fobia social, um repentino desinteresse em ir a escola e sem de vontade de comer.
Como observa-se do enredo fático aqui exposto, sem sombra de dúvidas constata-se a existência do bullying, quando há um dano psicológico ou físico decorrentes das atitudes inconvenientes contra uma menor estudante no ambiente colegial, potencializado pelo alcance em ambiente extra-colegial.
Foram sérios os constrangimentos sofridos pela Autora em face dos aludidos acontecimentos, reclamando a condenação judicial pertinente e nos limites de sua agressão (CC, art. 944).
(2) PRELIMINARES
Requer a tramitação prioritária pela intervenção obrigatória do Ministério Público Federal.
Novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015)
Em seu Art. 178, Inciso I.
(3) DO DIREITO
(3.1.) – DA LEGITIMIDADE PASSIVA DA 1ª RÉ
De boa prudência que evidenciemos, de pronto, fundamentos concernentes à legitimidade passiva da primeira Ré nesta querela.
Delimitou-se que os episódios danosos foram perpetrados dentro da instituição de ensino, a qual figura também no pólo passivo desta querela. Cabe à mesma, segundo a disciplina da Legislação Substantiva Civil, manter a incolumidade físicas e moral de seus alunos, enquanto sob sua guarda temporária:
CÓDIGO CIVIL
Art. 932 – São também responsáveis pela reparação civil:(... )
Inc. IV – os donos de hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos onde se albergue por dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos.
Vejamos, a propósito, as considerações doutrinárias de Sílvio de Salvo Venosa, o qual, tratando sobre o tema de responsabilidade por fato de outrem, e, mais, tecendo considerações acerca da incidência do Código de Defesa do Consumidor à hipótese, destaca que:
“ A responsabilidade dos estabelecimentos de educação está fixada de forma não muito clara no mesmos dispositivo que cuida dos donos de hotéis. O art. 932, IV, estatui que a hospedagem para fins de educação faz com que o hospedeiro responda pelos atos do educando.
Em princípio, deve ser alargado o dispositivo. Enquanto o aluno se encontra no estabelecimento de ensino, este é responsável não somente pela incolumidade física do educando, como também pelos atos ilícitos praticados por este a terceiros. Há um dever de vigilância inerente ao estabelecimento de educação que, modernamente, decorre da responsabilidade objetiva do Código de Defesa do Consumidor. O aluno é consumidor do fornecedor de serviços, que é a instituição educacional. Se o agente sofre prejuízo físico ou moral decorrente da atividade no interior do estabelecimento, este é responsável. Responde, portanto, a escola, se o aluno vem a ser agredido por colega em seu interior. “(In, Direito Civil: Responsabilidade Civil. 12ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 98).
Na mesma trilha de entendimento:
“ Já no que concerne aos educadores, e também aqui ressalvada a incidência da legislação do consumidor, há que ver que a respectiva responsabilidade civil deve restringir-se ao período em que o educando está sob o poder de direção do estabelecimento, ainda que e, atividade de recreação.” (Cezar Peluzo (coord.). Código Civil Comentado: doutrina e jurisprudência. 4ª Ed. São Paulo: Manole, 2010, p. 930)
Neste rumo:
Responsabilidade civil. indenização por danos morais decorrentes do abalo psicológico da filha menor enquanto nas dependências de escola de educação infantil. responsabilidade objetiva, nos termos dos arts. 932 e 933 do cc. indenização por danos morais, juros moratórios fixados desde a data do evento, nos termos da súmula nº 54, do stj. sentença de procedência. recurso dos autores providos. pensão. vítima menor. desnecessidade de comprovação de dependência econômica de seu pai.
(3.2.) – DA LEGITIMIDADE PASSIVA DO PAI
De outro contexto, segundo relatado pela direção da escola, o pai do menor Ademar, autor de agressões psicológicas sofridas pela menor Autora, foram devidamente informados dos atos praticados por seu filho e, mesmo assim, após tal comunicado, os procedimentos ilícitos tornaram a ser repetir, com a mesma freqüências e intensidade. Houve, portanto, omissão dos mesmos em estirpar tais procedimentos do seu filho.
Neste diapasão, reza o Código Civil que:
CÓDIGO CIVIL
Art. 932 – São também responsáveis pela reparação civil:
I – os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia;
A culpa em ensejo, pois, diz respeito ao poder familiar e ao poder-dever, que atrai para si o dever de indenizar.
Frise-se, por oportuno, que mesmo havendo afastamento fático entre os pais e o menor, como sucedeu-se no caso em vertente, ainda assim a responsabilidade civil deste remanesce, porquanto aquele estava sob poder de direção e guarda.
“ Reputa-se, a propósito, que deva responder o pai ou mãe no exercício do poder familiar, portanto dele não destituído, que, no instante dos fatos, tenha o menor sob o seu poder de direção. Ou seja, não poderá o pai ou mãe de quem, a título jurídico, portanto não quando haja afastamento fático, e com freqüência indevido, sobretudo porque é mal exercido o poder familiar, se tenha retirado o poder de direção, por exemplo quando o menor esteja sob a direção do educador, ou quando, separados os pais, esteja em companhia do detentor da guarda, mas não destituído do poder familiar, estiver com o menor sob sua autoridade no momento dos fatos, tal como quando esteja no período de visita do genitor separado ou divorciado. Quer dizer, parece haver a lei, agora, ao aludir à autoridade dos apais,e não a seu poder familiar, tencionado evidenciar que a responsabilidade do genitor se funda em seu direto poder de direção e, pois, de vigilância do filho menor, portanto quando esteja sob seu controle. “(Cezar Peluzo (coord.). Código Civil Comentado: doutrina e jurisprudência. 4ª Ed. São Paulo: Manole, 2010. Págs. 928-929)
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL INDIRETA DOS PAIS PELOS ATOS DOS FILHOS. EXCLUDENTES. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. 1. Os pais respondem civilmente, de forma objetiva, pelos atos do filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua companhia (artigo 932, I, do Código Civil). 2.- O fato de o menor não residir com o (a) genitor (a) não configura, por si só, causa excludente de responsabilidade civil. 3.- Há que se investigar se persiste o poder familiar com todas os deveres/poderes de orientação e vigilância que lhe são inerentes. Precedentes. 4.- No caso dos autos o Tribunal de origem não esclareceu se, a despeito de o menor não residir com o Recorrente, estaria também configurada a ausência de relações entre eles a evidenciar um esfacelamento do poder familiar. O exame da questão, tal como enfocada pela jurisprudência da Corte, demandaria a análise de fatos e provas, o que veda a Súmula 07/STJ. 5.- Agravo Regimental a que se nega provimento. (STJ – AgRg-Ag-REsp 220.930; Proc. 2012/0177273-1; MG; Terceira Turma; Rel. Min. Sidnei Beneti; Julg. 09/10/2012; DJE 29/10/2012) (2.3.) – R.
(3.3.) – RELAÇÃO DE CONSUMO CONFIGURADA
Em se tratando de prestação de serviço cujo destinatário final é o tomador, no caso da Autora, há relação de consumo nos precisos termos do que reza o Código de Defesa do Consumidor:
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produtos ou serviço como destinatário final.
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.§ 1º (…)
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
[... ]
X – são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Por certo, quanto ao agressor, tal desiderato acontecera porquanto não existiam limites no processo educacional no contexto familiar.
A Autora já apresenta sintomas, como afirmado nas linhas iniciais, no quadro fático, que, sem sombra de dúvidas, denotam a existência do sofrimento de Bullying, a saber: tem, hoje, postura retraída; seu rendimento escolar caiu; tem faltado à escola com freqüência, por medo de voltar a acontecer tais fatos; tem depressão e é desinteressada pelas atividades e tarefas escolares. Ademais, seu humor alterou-se demasiadamente, mostrando-se uma menina irritada, com explosões repentinas contra os pais e colegas que a telefonam.
Portanto, estamos diante de uma responsabilidade civil sob o manto dodano de ordem moral. Neste caso, consideremos, pois, o direito à incolomidade moral pertence à classe dos direitos absolutos, encontrando-se positivados pela conjugação de preceitos constitucionais elencados no rol dos direitos e garantias individuais da Carta Magna(CF/88, art. 5º, inv. V e X), erigidos, portanto, ao status cláusula pétrea (CF/88, art. 60, § 4º), merecendo ser devidamente tutelado nos casos concretos apreciados pelo Poder Judiciário.
A moral individual está relacionada à honra, ao nome, à boa-fama, à auto-estima e ao apreço, sendo que o dano moral resulta de ato ilícito que atinge o patrimônio do indivíduo, ferindo sua honra, decoro, crenças políticas e religiosas, paz interior, bom nome e liberdade, originando sofrimento psíquico, físico ou moral
A doutrina já consagrou uma definição e uma classificação, melhor dotada de consensualidade, encontrando-se de certa forma compendiada na lição da insigne Maria Helena Diniz, em seu festejado “Curso de Direito Civil Brasileiro” (São Paulo: Saraiva, 2002, 7º vol., 16. Ed., p. 83), quando discorre sobre a responsabilidade civil, nomeadamente em face do dano moral:
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer-se a vossa excelência:
A designação da audiência de conciliação ou mediação;
A tramitação prioritária pela intervenção obrigatória pelo Ministério Público Federal.
Determinar a citação dos Requeridos, por carta, com AR, instando-os, para, querendo, apresentarem defesa no prazo legal, sob pena de revelia e confissão;
Pede, mais, sejam JULGADOS PROCEDENTES os pedidos formulados na presente ação, condenando os Réus, solidariamente, a pagarem indenização por danos morais sofridos pela Autora, a ser estipulado por Vossa Excelência por equidade;
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a documental, a testemunhal e depoimento pessoal do réu, sob pena de confissão.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$150.000,00 ( cento e cinquenta mil reais).
Nestes termos,
Peço deferimento.
Local: ________________________ Data: ____/____/____
Nome do Advogado: (...)
OAB/CE (...)

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