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UNIVERSIDADE PAULISTA Adriel Henrique Z. dos Santos R.A.: T25211-6 Fernanda Lizandra Rocha Novaes R.A.: C23DDI-7 Elen Cristina Mendonça R.A.: C12IJA-7 Marcos Vinicius S Cezário R.A.: C20268-1 Willian Neves de Avila R.A.: C08IEJ-2 TURMA: EC5Q18/P18 APS Alvenaria Estrutural RIBEIRÃO PRETO 2016 AGRADECIMENTOS Gostaríamos de salientar que esta visita realizada ao Edifício em construção Villa de Salamanca, foi essencial para o desenvolvimento desta Atividade, mostrando na pratica todo o desenvolvimento do projeto. O Responsável Técnico Dr. Engenheiro Civil Paulo Brant nos reservou um horário do seu precioso tempo, especialmente para a visita a obra, recepcionando de forma ímpar, muito atencioso, sanando duvidas, orientando todos os alunos responsáveis na elaboração desta atividade. Profissional competente, responsável, espelho para todos que almejam seguir a profissão de engenheiro e a sonhada graduação em Engenharia Civil. Agradecemos nosso Orientador Coordenador e Mestre Dr. Fernando Brant, excelente supervisão e indicação da obra a ser visitada. SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO..............................................................................................03 2- ALVENARIA..................................................................................................04 2.1- Alvenaria estrutural..................................................................................06 2.1.2- Patologia em Alvenaria Estrutural...................................................08 2.2 - Alvenaria convencional........................................................................14 2.3- Diferença entre Alvenaria Convencional e Alvenaria Estrutural.......15 2.4- Concreto armado....................................................................................19 2.4.1- Aspectos Positivos e Negativos das Estruturas de Concreto......20 2.5- Alvenaria de vedação...............................................................................22 2.5.1- Vantagens Competitivas da Alvenaria de Vedação..........................22 2.5.2- Desvantagens da Alvenaria de Vedação........................................24 3- AMARRAÇÃO................................................................................................25 4- TIPOS DE BLOCOS E TIJOLOS...................................................................26 4.1- Blocos cerâmicos....................................................................................26 4.2- Blocos de concreto..................................................................................27 4.3- Tijolos cerâmicos face lisa......................................................................28 4.4- Tijolos cerâmicos face ranhurada..........................................................28 4.5-Tijolos cerâmico modulação “25“...........................................................28 5- VISITA TÉCNICA............................................................................................29 5.1- Informações técnicas da obra visitada...................................................31 5.2- Fotos do Edifício em Construção Villa de Salamanca..........................33 6- CONCLUSÃO.................................................................................................35 7- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA....................................................................36 3 1- INTRODUÇÃO Saber qual dos métodos construtivos adotarem na estrutura da casa é um passo importante, que deve ser dado de acordo com a topografia, o projeto de arquitetura, o tipo de solo entre outros fatores. A definição do sistema construtivo deve vir de um projeto técnico, porém saber a diferença entre alvenaria estrutural e convencional é fundamental para que o proprietário possa participar ativamente desta escolha. Sendo assim elaboramos uma comparação entre os dois sistemas construtivos mais comuns. O objetivo geral desta Atividade Pratica Supervisionada é analisar os sistemas construtivos utilizados, a construção com blocos de concreto estrutural e alvenaria convencional com blocos cerâmicos, através da visita realizada no Edifício em Construção Villa de Salamanca, supervisionado pelo responsável técnico Dr. Engenheiro Paulo Brant, Rua Iguape, 400 | Jardim Paulista | Ribeirão Preto/SP. 4 2- ALVENARIA A Alvenaria é a construção de estruturas e de paredes utilizando unidades unidas entre si por argamassa. Estas unidades podem ser blocos (de cerâmica, de vidro ou de concreto e pedras). O termo alvenaria vem de alvenel ou alvanel - pedreiro de alvenaria -, do árabe al-banná. Fala-se alvenaria insossa à construção com pedras justapostas sem argamassa, e alvenaria gorda é a alvenaria cuja argamassa é feita com abundância da cal em contraposição à alvenaria magra cuja argamassa é feita com pouca cal ou com pouco cimento.A alvenaria pode servir tanto como vedação ou como estrutura de uma edificação. Neste segundo caso, assume o nome de alvenaria estrutural. Pode ser construída com blocos de cerâmica que é conhecida pelo seu isolamento térmico. A alvenaria é comumente usada em paredes de edifícios, muros de arrimo e monumentos. Os blocos mais comuns são os cerâmicos e os de concreto. Os blocos cerâmicos (também conhecidos como tijolos) podem ser maciços ou vazados. Os blocos de concreto são sempre vazados. Os componentes que compõem a alvenaria, estão sujeitos a variações de temperatura (sazonais e diárias), que provocam variações dimensionais nos elementos da construção; são eles, dilatação ou contração. Os movimentos de dilatação e contração são influenciados por diversos fatores que envolvem os componentes, podendo gerar tensões que poderão provocar o aparecimento de fissuras. As movimentações térmicas de um material estão relacionadas com as suas propriedades físicas, tais como coeficiente de dilatação térmica, massa específica, coeficiente de condutibilidade térmica e absorbância, dependendo da intensidade da variação da temperatura; a grandeza das tensões desenvolvidas é decorrente da intensidade da movimentação e das propriedades elásticas do material. As fissuras podem também surgir por movimentações diferenciadas que ocorrem em função da junção de matérias com diferentes coeficientes de dilatação 5 térmica, sujeitos a mesma variação térmica. A exposição dos elementos a diferentes valores de temperatura ao longo de um mesmo componente também é uma causa das movimentações diferenciadas. É fundamental não só observar a amplitude da movimentação, como também à rapidez com que ela ocorre. Caso a movimentação diferenciada seja gradual e lenta, o material pode absorver esse movimento, o mesmo pode não ocorrer se a movimentação for brusca. Por outro lado, os materiais podem sofrer rompimento pela ação de ciclos alternados de tração e compressão. A principal forma de promover a variação térmica é por meio da radiação solar, que é absorvida pela alvenaria e transformada em calor que irá alterar a temperatura dos componentes da construção. Esse aumento na temperatura da superfície da alvenaria ocasiona a dilatação térmica, já na situação onde há a diminuição da temperatura ocorre à contração das paredes. A amplitude e a taxa de variação da temperatura dos componentes expostos a radiação solar são influenciadas pela atuação combinadados seguintes aspectos: Intensidade da radiação solar: Absorbância da superfície à radiação solar: quando um componente é exposto à radiação solar, a energia absorvida faz com que sua temperatura superficial seja superior à temperatura do ar ambiente. A absorbância depende principalmente da cor da superfície, as superfícies de cores escuras apresentam maiores coeficientes de absorção da radiação solar e, por isso, nas mesmas condições de insolação, alcançam temperaturas mais elevadas que as superfícies de cores claras. Emitância da superfície: Este fator é particularmente importante no caso das coberturas, elas refletem grande parte da radiação solar absorvida para o céu e para as superfícies que se encontram nas proximidades. Essa reflexão dos raios solares é composta predominantemente por raios infravermelhos de ondas longas, fora da faixa espectral visível. Condutância térmica superficial: as trocas de calor entre a superfície da alvenaria e o ar ambiente dependem não só da diferença vigente entre as temperaturas dos mesmos, como também de outras condições (rugosidade da superfície, velocidade do ar, posição geográfica, orientação da superfície). A 6 influência conjunta desses fatores pode ser traduzida pelo coeficiente de condutância térmica superficial. Para verificarem-se as movimentações sofridas por um componente, além de suas propriedades físicas, deve-se conhecer o ciclo de temperatura a que esteve sujeito e a velocidade de ocorrência das mudanças térmicas. 2.1- Alvenaria estrutural Obra com bloco cerâmico estrutural, a principal característica deste sistema é que todas as paredes têm a função de suportar o peso da laje ou da cobertura. Não há pilares e vigas, a estrutura é formada pelas paredes e lajes. Desta forma a boa execução das paredes é fundamental. Deve-se ao máximo evitar cortes nos blocos, e por isso este sistema é chamado de racionalizado. A racionalização está em evitar medidas de paredes fora do padrão dos blocos e executar a hidráulica e elétrica junto com o assentamento dos blocos para evitar cortes futuros. A alvenaria pode ser feita de blocos de concreto estruturais ou de blocos cerâmicos estruturais. Os blocos cerâmicos possuem peso menor, o que aumenta a velocidade da execução, e também possibilitam um conforto térmico 3 vezes melhor do que os blocos de concreto. Principais vantagens: menor tempo e custo de execução em relação ao concreto armado. Desvantagens: não permite reformas futuras, requer mão de obra especializada, não permite portas e janelas fora do padrão, e não pode ser utilizado em qualquer tipo de projeto, pois as possibilidades são limitadas ao padrão dos blocos. 7 2.1.2- Patologia em Alvenaria Estrutural Inicialmente pesadas, de grande espessura e rígidas, as alvenarias foram evoluindo, ganhando novos materiais, elementos vazados e de menor peso, menores custos, mais continuam atendendo aos aspectos de residência, vedação as intempéries e acústicas. A alvenaria estrutural, apesar de ser bastante parecida com a alvenaria convencional, sofre basicamente dos mesmos tipos de anomalias, que são em sua maioria fissuras, por se tratar de um elemento estrutural, que resiste a 8 tensões, esses problemas são agravados, surgindo a necessidade de estudos específicos para a alvenaria estrutural. Nota-se que com algumas alterações construtivas e uma pequena melhora na qualidade de sua execução, pode ser corrigida grande parte da anomalias que correm nas alvenarias estruturais. Os riscos de Edificações são inúmeros, os problemas patológicos que afetam as edificações, sejam eles residenciais, comerciais ou institucionais, particularmente importante é o problema das trincas, devido a três aspectos fundamentais: o aviso de um eventual estado perigoso para a estrutura, o comprometimento do desempenho da obra em serviço, e o constrangimento Psicológico que a fissuração da edificação exerce sobre seus usuários. Do ponto de vista físico uma edificação nada mais é do que a interligação racional entre diversos materiais e componentes. As patogenias são problemas que se instalam nas edificações e que a tornam doentia. Na sua evolução, pode ocorrer uma deterioração das partes afetadas e até mesmo a ruptura, comprometendo a estabilidade da edificação. Em outras palavras, às vezes, uma simples mancha ou uma pequena trinca pode ser o sinal de que algo grave está acontecendo com o prédio. Muitas das patogenias originam-se durante a elaboração do projeto. Profissionais mal preparados ou com formação em outro país não conhecem as características climáticas, de insolação e regime dos ventos do Brasil onde encontramos uma variedade climática muito diversificada. Além disso os materiais e os processos construtivos diferem muito, nosso cimento é muito diferente do europeu, nossas casas são construídas com tijolos ou blocos e nos EUA as casas e sobrados são todas de madeira e assim por diante existem muitas diferenças. Outras patogenias surgem ao longo da vida do prédio - materiais como madeira apodrecem, ficam fracos e caem. Até o concreto, dependendo das circunstâncias, apodrece. Vamos tomar o cuidado de não chamar de "patologia" qualquer problema no prédio. Patologia de prédio é o estudo das patogenias (doenças) que se instalam no prédio e que precisam receber uma profilaxia (tratamento) para 9 serem erradicadas. Da mesma forma com que uma pessoa com o braço quebrado não está "doente", uma viga trincada não é patogenia e muito menos uma patologia. Não existe nenhum material infinitamente resistente; todos eles irão trincar-se ou romper-se sob ação de um determinado nível de carregamento, nível este que não deverá ser atingido no caso de não se desejar na edificação componentes trincados ou rompidos. Fissuras: é o estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta aberturas finas e alongadas na sua superfície; em geral, a fissura não representa sinal de gravidade na estrutura; em alguns casos, porém, podem ser o sinal de uma possível rachadura em alguma peça estrutural (laje, viga ou pilar); ex: A aplicação de uma argamassa rica em cimento, após a cura, muitas fissuras em direções aleatórias; as fissuras são, geralmente, superficiais e não implicam, necessariamente, em diminuição da segurança de componentes estruturais; As fissuras podem ser causadas por: movimentações térmicas; movimentações higroscópicas; atuação de sobrecargas; deformabilidade excessiva de estruturas de concreto armado; recalques de fundação; retração de produtos à base de cimento; alterações químicas dos ateriais de construção As fissuras são muito comuns, mas isto não significa que são normais; portanto não devem ser aceitas passivamente; muitas vezes são bem pequenas, quase invisíveis, mas podem ser sintomas de algo muito grave que está acontecendo com a estrutura da sua edificação; em diversos casos de desabamentos de prédios, moradores já haviam desconfiados de trincas que teriam aparecido dias antes do desabamento, mas que não tinha sido dada a importância que o caso merecia; se tivessem feito a evacuação preventiva do prédio muitas mortes poderiam ser evitadas; 10 Trincas: é o estado em que um determinado objeto ou parte dele se apresenta partido, separado em partes;ex: A parede está trincada, isto é, está separada em duas partes; em muitas situações a trinca é tão fina que é necessário o emprego de aparelho ou instrumento para visualizá-lo; as trincas, por representarem a ruptura dos elementos, podem diminuir a segurança dos componentes estruturais de uma edificação, de modo que mesmo que seja quase imperceptível deve ter as causas minuciosamente pesquisadas. As trincas, em geral, são ocorrências muito comuns nas casas e prédios; surgem em função de muitas causas diferentes e são conhecidas também como fissuras ou rachaduras; entretanto, existe uma diferença conceitual entre fissura, trinca e rachadura; Antes de pensar em “tampar” uma trinca, é importante descobrir e 11 eliminar a causa, isto é, aquilo que está causando a trinca, pois a trinca é apenas uma consequência, um sintoma de alguma coisa ruim que está acontecendo com a sua casa ou prédio; São muitas as causas que provocam o aparecimento de trincas; as mais comuns são: –RETRAÇÃO : A argamassa de revestimento, a tinta e outros materiais que são aplicados úmidos, diminuem de tamanho (retração) ao secar; –ADERÊNCIA: As pinturas e os revestimentos que precisam ficar bem "grudados" na parede, por algum motivo, apresentam perda de aderência e começam a descascar; –DILATAÇÃO : Os materiais aumentam e diminuem de tamanho em função da variação da umidade do meio ambiente; –MUITO CIMENTO: A argamassa de revestimento, quando tiver um alto teor de cimento, sofre uma grande retração e fica toda fissurada; -AMARRAÇÃO: As paredes devem ficar bem "amarradas" na estrutura do prédio; –RECALQUE: O excesso de peso, a acomodação do prédio, a fraqueza do material ou do terreno fazem com que a peça se deforme ou afunde; 12 –CAPACIDADE: Por erro de cálculo ou por deficiência na hora da confecção, as peças podem ficar fracas; –MUDANÇA DO USO: Um prédio que foi projetado para uso residencial, está sendo usado como comércio, por exemplo; –VIZINHANÇA: Construíram um "baita" prédio de 30 andares que alterou o fluxo de água subterrânea da região; –ERRO DE PROJETO: Por falha na concepção da estrutura do prédio, há partes em desarmonia com o resto; –INFILTRAÇÃO: Água e outros elementos podem se infiltrar causando danos; –MANUTENÇÃO: Falhas, imperícias, falta de conhecimento; –CORROSÃO –CIMENTO Obs.: A recuperação de componentes trincados só deverá ser procedida em função de um diagnóstico seguramente firmado, e somente após ter-se pleno conhecimento da implicação das trincas no comportamento da edificação como um todo. Rachaduras: é o estado em que um determinado objeto ou parte dele apresenta uma abertura de tal tamanho que ocasiona interferências indesejáveis; ex: pela rachadura da parede entra vento e água da chuva; as rachaduras, por proporcionarem a manifestação de diversos tipos de interferências, devem ser analisadas caso a caso e serem tratadas do seu fechamento; Corrosão de armaduras: As reações de corrosão, independentemente de sua natureza, produzem óxido de ferro, cujo volume é muitas vezes maior do que o original do metal são; essa expansão provoca o fissuramento e o lascamento do concreto nas regiões próximas às armaduras; Destacam-se como meios agressivos ao concreto: ambientes marinhos (ricos em íons cloro), solos com elevado teor de matéria orgânica em decomposição (presença de ácido carbônico), solos contaminados, atmosferas poluídas de grandes cidades (íons enxofre provenientes da queima de combustíveis de motores a explosão) e diversas atmosferas industriais (refinarias de petróleo, indústrias de 13 papel e celulose, cerveja, etc.); também as paredes de galerias de esgotos domésticos são bastante suscetíveis de ataque, particularmente acima do nível do efluente; nesse caso, o gás sulfídrico que se desprende do esgoto combina-se com o hidrogênio do ar, transformando-se sucessivamente em ácido sulfuroso e ácido sulfúrico. Na vistorias de corrosão das armaduras, deve ater-se mais às regiões da estrutura que estiverem submetidas a ciclos de molhagem e secagem, à estrutura voltada para a fachada, lajes descobertas, pés de pilares e locais confinados, como as garagens; muitas vezes existe a necessidade de remoção e do concreto para melhor visualização da manifestação patológica. A vistoria em edificações deve levar em consideração aspectos importantes como infiltrações de água, corrosão de armaduras, fissuras e deformações em elementos estruturais, fissuras em alvenarias, descolamentos nos revestimentos; deve ser feito o registro por meio de fotografias e croquis; Os leigos, por terem dificuldade de compreenderem os fenômenos físicos e mecânicos relacionados com os diversos componentes construtivos preferem diferenciar as aberturas dizendo que fissura é uma abertura bem pequenina, que trinca é uma abertura mediana e rachadura uma abertura bem grande; Estruturas Colapsadas: são estruturas que, por algum motivo, deixaram de atender às funções para as quais foram construídas apresentando, eventualmente, risco para usuários residuais, ou mesmo, nos casos emergenciais, para as ações de resgate. 14 2.2 - Alvenaria convencional É formada por pilares, vigas e lajes de concreto, sendo que os vãos são preenchidos com tijolos cerâmicos para vedação. Neste caso, o peso da construção é distribuído nos pilares, vigas, lajes e fundações e, por isso, as paredes são conhecidas como “não-portantes”. Entre as vantagens da estrutura convencional estão à possibilidade de criação de um projeto mais arrojado e a utilização de portas e janelas fora das medidas padronizadas. Apesar de ser mais caro que a alvenaria estrutural, é possível realizar qualquer tipo de reforma. Para a construção de elementos como pilares e vigas são usados aço estrutural e formas de madeira. Depois da construção das paredes, é preciso “rasgá-las” para embutir as instalações hidráulicas e elétricas. Em seguida, deve ser iniciada a etapa de revestimento, caracterizada pela aplicação do chapisco, massa grossa, massa fina e pintura. A alvenaria convencional utiliza o sistema de vigas e pilares para sua estruturação. Além do aço e do concreto que são necessários em maior quantidade, é necessária a construção de formas e a dobra das barras de aço, o que requer um maior número de funcionários e/ou maior tempo de execução. 15 2.3- Diferença entre Alvenaria Convencional e Alvenaria Estrutural Construção convencional vs. alvenaria estrutural: qual método é mais barato? Que materiais utilizar? Quais as vantagens de cada um? A principal característica da construção convencional é sua função primária de vedação (ou fechamento), separando ambientes e fachadas. O emprego de vigas e pilares moldados por formas de madeira também é grande, sendo este o método construtivo mais utilizado pelos brasileiros. Na questão da mão de obra, exige-se mais dos profissionais dedicados à alvenaria estrutural. O projeto ser deve feito por um arquiteto, acompanhado por um calculista e executado por pedreiros muito familiarizados com alvenaria estrutural, que não permite retrabalho. O custo dos materiais também depende da execução. De primeiro momento, umbloco de alvenaria estrutural custa mais do que um tijolo cerâmico de vedação (convencional). No entanto, a necessidade de quebrar blocos na construção convencional exige mais material, que pode tender a prejuízo quando comparada com a estrutural. 16 Alvenaria apoiada sobre vigas com reforço Alvenaria apoiada em laje com reforço Alvenaria apoiada em laje sob viga com reforço Há dúvidas se um tijolo específico – de barro maciço – serve para os dois métodos. Alguns arquitetos afirmam que o material aguenta a carga da função estrutural, fazendo paredes duplas para que o material comporte canos e fios. Já o tijolo de solo-cimento definitivamente não pode ser usado em alvenaria estrutural. A tabela abaixo tende a priorizar a alvenaria estrutural, mas é um bom comparativo para levar em conta na hora da escolha, junto com os fatores de reforma e amplitude de portas e janelas, mais apropriadas em construções convencionais. 17 ALVENARIA CONVENCIONAL ALVENARIA ESTRUTURAL Separação entre estrutura e vedação: – Estrutura: vigas,pilares e lajes em concreto armado com ferragem; – Vedação: tijolos comuns, blocos cerâmicos vazados. Maior rendimento da mão de obra para execução de alvenaria. O profissional executa uma maior área quadrada por dia. Retirada de formas e escoramentos após o mínimo de 21 dias. A maioria das formas é feita dentro das próprias canaletas dos blocos, eliminando formas de madeira e diminuindo a quantidade de aço utilizada. Para a execução da alvenaria, leva uma quantidade maior de massa de assentamento. Para execução de alvenaria, leva menos massa de assentamento, pois a medida do bloco é maior. São necessárias formas de madeira para pilares e vigas. A obra como um todo é modulada de acordo com o tamanho do bloco, o que diminui o risco de erro de medidas. As tubulações elétricas e hidráulicas são instaladas após a alvenaria ser executada, o que leva à necessidade de se cortar as paredes para embutir As tubulações elétricas e hidráulicas são instaladas enquanto se levanta a alvenaria, o que gera economia e evita o desperdício de mão de obra e materiais. 18 ALVENARIA CONVENCIONAL ALVENARIA ESTRUTURAL a tubulação, o que gera desperdício de materias, mão de obra e maior quantidade de entulho. Necessita de chapisco interno e externo para execução de reboco. Não necessita de chapisco interno, o que possibilita a aplicação de gesso nas paredes e pintura logo após. Em comparação ao reboco, é uma alternativa mais econômica, pois além dos materiais empregados para o reboco serem mais caros que o gesso, ainda é preciso aplicar massa corrida para se obter o mesmo resultado final. Porém, nas áreas revestidas com azulejos ou similares, há a necessidade de chapisco. Tem menor percentual de industrialização/racionalização e maior uso de mão de obra, o que leva mais tempo. Revestimentos com baixas espessuras devido ao perfeito esquadrejamento dos blocos e da obra como um todo. Maior racionalização e industrialização, o que gera maior rendimento da mão de obra, possibilita a programação de gastos em cada etapa e diminui e desperdício. 19 Ao decidir, lembre-se que toda reforma deve ser acompanhada por um arquiteto ou engenheiro, e isso é mais do que uma recomendação formal, mas uma nova regra da ABNT 2.4- Concreto armado Obra com concreto armado é o método construtivo mais adotado no Brasil. Funciona como um “esqueleto” formado a partir da combinação de pilares, lajes e vigas. As paredes servem apenas como fechamento e separação de ambientes. Todo o peso é absorvido pelo sistema pilares, lajes e vigas, e por isto pode-se dizer que as paredes não possuem função estrutural. Um ponto forte é que não há restrição quanto às medidas do projeto, o que permite maior liberdade criativa, não há limites para futuras reformas, e podem ser especificadas esquadrias fora do tamanho padrão. Como ponto fraco, este método possui um tempo de execução um pouco maior e um custo mais elevado em comparação com o sistema de alvenaria estrutural. 20 2.4.1- Aspectos Positivos e Negativos das Estruturas de Concreto Dependendo do tipo de finalidade da obra, as estruturas podem ser construídas em concreto, aço, madeira ou alvenaria estrutural. A definição do material da estrutura depende da sua disponibilidade e de alguns fatores, como Custo: os componentes do concreto estão disponíveis em quase todas as regiões do Brasil. É importante calcular o custo global da estrutura considerando- se o custo dos materiais, da mão de obra e dos equipamentos, bem como o tempo necessário para a sua elevação. Adaptabilidade: as estruturas de concreto permitem as mais variadas formas, porque o concreto no estado fresco pode ser moldado com relativa facilidade, o que favorece o projeto arquitetônico. A estrutura, além de resistir às diversas ações atuantes, pode compor também a arquitetura. O concreto pré- moldado pode ser uma opção estrutural e arquitetônica à estrutura de concreto convencional. Resistência ao fogo: uma estrutura deve resistir às elevadas temperaturas devidas ao fogo e permanecer intacta durante o tempo necessário para a evacuação de pessoas e permitir interromper o incêndio. As estruturas de concreto, sem proteção externa, tem uma resistência natural de 1 a 3 horas. Resistência a choques e vibrações: as estruturas de concreto geralmente tem massa e rigidez que minimizam vibrações e oscilações, provocadas pelas ações de utilização e o vento. Os problemas de fadiga são menores e podem ser bem controlados. Conservação: desde que o projeto e a execução tenham qualidade, as estruturas de concreto podem apresentar grande resistência às intempéries, aos agentes agressivos e às ações atuantes. Geralmente, os fatores mais importantes são a resistência do concreto e o correto posicionamento das armaduras, obedecendo os cobrimentos mínimos exigidos. Impermeabilidade: o concreto comum, quando bem executado, apresenta muito boa impermeabilidade. 21 Os principais aspectos negativos das estruturas de concreto são os seguintes: Baixa resistência à tração: a resistência do concreto à tração é baixa se comparada à sua resistência à compressão, cerca de apenas 10 %, o que o sujeita à fissuração. A armadura de aço, convenientemente projetada e disposta, minimiza esse problema, atuando de forma a restringir as aberturas das fissuras a valores aceitáveis, prescritos pelas normas de modo a não permitir a entrada de água e de agentes agressivos, e não prejudicar a estética e a durabilidade da estrutura. O Concreto Protendido pode ser uma opção ao Concreto Armado, especialmente no caso de ambientes muito agressivos, por possibilitar o projeto de peças sem fissuras, ou fissuras que possam surgir apenas sob carregamentos menos frequentes ao longo do tempo de vida útil da estrutura. Fôrmas e escoramentos: a construção da estrutura de concreto (moldado no local) requer fôrmas e escoramentos que necessitam ser montados e posteriormente desmontados, acarretando custos elevados de material e de mão de obra. Como opção, o concreto pré-moldado elimina a necessidade de escoramentos, reutiliza as fôrmas e diminui o tempo de construção da estrutura. Baixa resistência do concreto por unidade de volume: o concreto apresenta baixa resistênciacomparativamente ao aço estrutural, e elevada massa específica (2.450 kg/m3 ), o que resulta na necessidade de estruturas com elevados volumes e consequentemente pesos próprios muito elevados, caracterizando-se no principal aspecto negativo das estruturas de concreto. Por exemplo, considerando um aço estrutural com resistência de 250 MPa e massa específica de 7.850 kg/m3 , o concreto deve ter resistência de 78 MPa para apresentar a mesma relação resistência/massa. Como a resistência dos concretos utilizados situa-se geralmente na faixa de 25 a 50 MPa, a elevada massa específica do concreto torna-se um aspecto negativo. Alterações de volume com o tempo: o concreto pode fissurar sob alterações de volume provocadas pela retração e pela fluência12, o que pode dobrar a flecha num elemento fletido. 22 2.5- Alvenaria de vedação Na alvenaria de vedação, como o próprio nome sugere, o objetivo das paredes é fechar a estrutura da obra entre colunas e vigas sem contribuir de forma direta para a estrutura do projeto. Esta característica não dispensa a utilização de tijolo cerâmico com tecnologia e dimensionados para atender com praticidade as diferentes exigências de cada projeto. A alvenaria de vedação pode ser definida como a alvenaria que não é dimensionada para resistir a ações além de seu próprio peso. O subsistema vedação vertical é responsável pela proteção do edifício de agentes indesejáveis (chuva, vento etc.) e pela compartimentação dos ambientes internos. A maioria das edificações executadas pelo processo construtivo convencional (estrutura reticulada de concreto armado moldada no local) utiliza para o fechamento dos vãos de paredes de alvenaria. 2.5.1- Vantagens Competitivas da Alvenaria de Vedação Desempenho funcional da parede de alvenaria como vedação de bom a excelente 23 Bom isolamento térmico; Bom isolamento acústico; Boa estanqueidade à água; Excelente resistência ao fogo; Excelente resistência mecânica. Durabilidade superior a de qualquer outro material Componentes cerâmicos- durabilidade pode ser considerada infinita (>1000 anos); Outros componentes- durabilidade superior a 100 anos, sem proteção e sem manutenção; Argamassa de assentamento- durabilidade >>100 anos, em condições normais Excelente Flexibilidade e Versatilidade Componente de alvenaria é o pré-fabricado de menor módulo- máxima flexibilidade; Facilidade de composição de elementos de qualquer forma e dimensão; Versatilidade de uso do componente- de piso à cascas de cobertura, de blocos de fundação a painéis protendidos; Sem limitações de uso em relação às condições ambientais; Facilidade e baixo custo de produção dos componentes (85 à 98% da alvenaria, em volume) Baixa inversão de capital na produção; Total disponibilidade de matérias primas, em qualquer região de terra; Produção não-poluente, sem geração de resíduos prejudiciais ao meio ambiente; Relativamente baixo consumo energético; Facilidade de produção por montagem ou conformação. Manuseabilidade- baixa massa por unidade, formato paralelepipídico; Transporte e estocagem com poucos danos e sem necessidades específicas, Baixa complexibilidade no planejamento e gestão de serviços, etc; Maior aceitação pelo usuário, maior aceitação pela sociedade 24 É a primeira opção de compra do mercado. “O sonho da casa de alvenaria”; Não existem quaisquer restrições em ralação a sanidade das construções de alvenaria; Não polui o meio ambiente quando descartado. Se necessário é 100% reaproveitado Síntese Requer mão de obra especializada para sua execução; Baixa produtividade na execução (elevado consumo de mão de obra); 2.5.2- Desvantagens da Alvenaria de Vedação A alvenaria de vedação tradicional, que são usual nas edificações, apresenta as seguintes características: Como não se utiliza projeto de alvenaria, as soluções construtivas são improvisadas durante a execução dos serviços; A mão-de-obra pouco qualificada executa os serviços com facilidade, mas nem sempre com a qualidade desejada; O retrabalho: os tijolos ou blocos são assentados, as paredes são seccionadas para a passagem de instalações e embutimento de caixas e, em seguida, são feitos remendos com a utilização de argamassa para o preenchimento dos vazios; O desperdício de materiais: a quebra de tijolos no transporte e na execução, a utilização de marretas para abrir os rasgos nas paredes e a frequência de retirada de caçambas de entulho da obra evidenciam isso Falta de controle na execução: eventuais problemas na execução são detectados somente por ocasião da conferência de prumo do revestimento externo, gerando elevados consumos de argamassa e aumento das ações permanentes atuantes na estrutura; Elevada massa por unidade de superfície; 25 Necessidade de revestimentos adicionais para ter textura lisa; Domínio técnico centrado na mão da obra executora Com a necessidade e o uso de paredes cada vez mais altas, tem surgido vários problemas patológicos, causados por diversos fatores, tais como: Utilização de balanços com vãos grandes e seções transversais reduzidas; Falta ou inadequação de vergas e contra vergas nas regiões dos vãos; Qualidade deficiente dos materiais utilizados (tijolos, blocos e argamassas) e da execução; Problemas da ligação da estrutura com a alvenaria (ligação pilar/parede e encunhamento). 3- AMARRAÇÃO Amarração é o engastamento entre os planos de paredes. O projeto de paginação da alvenaria já prevê este engaste. Como se trata de uma alvenaria estrutural a amarração é de suma importância, quando esta se encontra fora do eixo do bloco tende-se a reduzir a resistência da alvenaria. 26 4- BLOCOS E TIJOLOS 4.1- Blocos cerâmicos Os tijolos devem ser bem conformados, isentos de saliências ou reentrâncias anormais, rachas e fissuras, não devem possuir inclusões calcárias e devem ter um toque sonoro quando repercutidos com uma peça metálica. Os tijolos devem ser marcados com a identificação do fabricante. Os tijolos cerâmicos são sujeitos a ensaios de compressão. As faces de contato dos tijolos com os pratos de compressão, são regularizadas com uma camada de argamassa e os tijolos são mergulhados em água para saturação. A resistência mecânica obtida deve ser superior a 15 kgf/cm2. De acordo com as necessidades do projeto e a disponibilidade técnica e econômica pode-se especificar o material cerâmico de vedação dentro de uma vasta oferta de tipos de tijolos encontrados no mercado. Os de uso mais comum atualmente são tijolos de 4, 6 e 8 furos e ainda, em menor freqüência, os tijolos de 2 furos e maciços. Alvenarias de tijolo cerâmico são constituídas por paredes executadas com blocos cerâmicos furados, de seis, oito ou dez furos, de furos redondos ou quadrados, que proporcionam paredes mais econômicas, por apresentarem custo inferior ao do maciço, bem como, sendo maiores e mais leves, propiciam maior rapidez de execução. Os blocos furados têm também um bom comportamento quanto ao isolamento térmico e acústico, devido ao ar que permanece aprisionado no interior dos seus furos. 27 UTILIZADOS NO EDIFICIO VILLA DE SALAMANCA 4.2- Blocos de concreto É possível que a alvenaria possua somente a função de vedação e divisão de ambientes, mas em alguns casos ela pode ser utilizada, também, comoelemento estrutural. Diante do atual aquecimento da construção civil e da necessidade de uma construção com máxima eficácia, a alvenaria estrutural com blocos de concreto é uma das técnicas mais utilizadas no Brasil. Os materiais com os quais o bloco de concreto é fabricado, são basicamente cimento Portland, agregados e água. Em algumas fábricas, muitas das fases do processo de industrialização são bastante automatizadas. O processo envolve a moldagem de concreto em moldes com as dimensões pré-estabelecidas, compactação, vibração, cura e armazenagem. 28 4.3- Tijolos cerâmicos face lisa Tijolos cerâmicos de vedação mais robustos, com paredes mais espessas indicados para obras de alto padrão. Ideal para a aplicação de acabamentos em gesso e aparente. 4.4- Tijolos cerâmicos face ranhurada Tijolos cerâmicos de vedação mais leves, porém com alta resistência. Indicado na maioria das obras onde o acabamento será em chapisco, emboço e reboco, podendo também em gesso. 4.5-Tijolos cerâmico modulação “25“ 29 Além do tijolo cerâmico básico para alvenaria vedação especialmente desenvolvida para aplicações especiais, proporcionando assim uma agilidade maior na obra. Tijolos que possuem marcações em seu corpo (bizoteio) que facilitam o corte do material, evitando assim a quebra desnecessária e consequentemente desperdício de material tijolos como tijolo “SECCIONADO“ desenvolvido especialmente para preenchimento de vãos que são facilmente cortados em divisões de 1/2, 1/4 e 3/4 de sua altura. Já visando facilitar a passagem de tubos hidráulico e conduites elétricos, tijolos que trazem marcações (bizoteio) para remoção de até duas de suas paredes, visando passagem de tubos de até 3/4 por secção. O tijolo “Elétrico“ desenhado para acomodar caixa padrão 4x2 e 4x4. A “CANALETA“ desenvolvida para facilitar a passagem de ferragens e concreto, evitando trincas em portas, janela e lajes. Material que proporciona melhor isolação térmica e acústica, possibilitam a aplicação direta de gesso. 5- VISITA TÉCNICA A obra visitada foi Edifício em Construção Villa de Salamanca com a supervisão do engenheiro Paulo Brant, onde explicou sobre a diferença de uma obra estrutural e uma obra convencional, qual método é mais barato, que materiais, utilizar, quais as vantagens de cada um. A construção civil é uma das áreas que mais vem crescendo no país. Esse crescimento veio acompanhado também pela geração de resíduos assim a indústria de construção civil , além de ser a que mais cresceu foi também a que mais empregou e a que mais gerou resíduos sólidos ,e a que mais sofre com acidentes de trabalho, inclusive na obra que visitamos o engenheiro Paulo, nos contou sobre um pequeno incêndio na sua obra por conta das faíscas da parte de carpintaria , mais não houve nenhum ferido por isso são medidas imprescindíveis adotadas pelo engenheiro Paulo o investimento de medidas de segurança e os 30 impactos ambientais , bem como seu dever e responsabilidade para aqueles que interferem diretamente e indiretamente na sua obra. Nessa vista o engenheiro Paulo nos ensinou também a principal característica da construção convencional é sua função primária de vedação (ou fechamento), separando ambientes e fachadas. O emprego de vigas e pilares moldados por formas de madeira também é grande, sendo este o método construtivo mais utilizado pelos brasileiros. Para estruturar um projeto desse tipo, é preciso contar com materiais como o concreto armado, juntas, estrutura e vedação dão diversas possibilidades estéticas a um projeto e deixam as reformas mais flexíveis, embora possam conter vícios construtivos de fora de prumo, nível e esquadro, além de ficarem mais suscetíveis a “gambiarras” e improvisos. Por outro lado, a alvenaria estrutural, também chamada de alvenaria/parede portante, exige planejamento e profissionais qualificados. Isso acontece porque esse método de construção tem função estrutural em um projeto, e é indispensável para a sua estabilidade. Funciona como 2 em 1, juntando as funções de estrutura e vedação em um só sistema racionalizado, que utiliza medidas padrões de elementos construtivos, como blocos concretos e cerâmicos, acrescidos de elementos compensadores para uma melhor modulação. Tudo é previamente organizado para que as peças se encaixem de forma alternada, instalando de forma simultânea todos os sistemas elétricos e hidrossanitários. Quando devidamente planejada, a alvenaria estrutural deve ser capaz de suportar todas as cargas; a de seu próprio peso, lajes, coberturas. Além disso, é resistente a intempéries externas, como chuvas e ventos. O método diminui os custos, otimiza o tempo e é frequentemente encontrado em pequenos sobrados. Considerado um dos métodos construtivos mais antigos do mundo, a alvenaria estrutural vem evoluindo e é capaz de sustentar projetos residenciais de 3 a 20 pavimentos, ambientes comerciais e prédios públicos. 31 As limitações se aplicam a prédios com muitas fachadas em vidro, portas e janelas muito amplas ou divisórias internas móveis, já que o fator de carregar estrutura + vedação torna a alvenaria estrutural difícil de ser modificada, restringindo a liberdade de reformas e alterações no projeto. Qualquer mudança deve ser prevista ainda na fase de projeto e bem coordenada na execução, principalmente as amarras com vergas e contravergas, que podem ser feitas com aço e concreto e podem causar rachaduras se não forem feitas nos pontos corretos. Nessa visita aprendemos também, de forma pratica sobre as leis, as normas que uma obra deve ter para estar correta com a legislação da construção civil, analisamos os possíveis riscos presente no canteiro de obras. Os tipos de riscos encontrados, queda de altura, corte por material, ponte aguda cortante, por se tratar de uma obra em andamento onde o prédio já está 70% concluido, apesar de todas as medidas tomadas por ele, os riscos elementares não podem ser completamente anulados. Finalizamos então a visita onde o engenheiro Paulo nos mostrou a sua aérea de trabalho, onde ele não costuma deixar fechada, pois como exemplo ele que mostrar a todos os funcionários que eles têm liberdade de acesso à sua sala e ao projeto da obra, nos ensinou também como devemos lidar com as pessoas pois não possamos esquecer que seremos o grande responsável e temos uma grande responsabilidade pois tudo que acontece na obra tem que ser passado antes de ser executado. 5.1- Informações técnicas da obra visitada Responsável técnico: dr. Eng. Paulo Brant Edifício Villa De Salamanca 88 Apartamentos de 82M² 04 Apartamentos por andar 32 09 Lojas Comerciais De 70M² 22 Andares 03 Elevadores 02 Vagas por apartamento 19.300 M² de área construída Construção em alvenaria convencional 30 Lajes Fundação Tubulão Solo argiloso Cimento utilizado Portland cp32e Nessa obra foi aplicado isopor na argamassa tornando-se mais flexível evitando trincas devido dilatação. Viga embutida na alvenaria Contrapiso feito sempre com talisca Acabamento em gesso - economia e estética Equipamentos de segurança: Capacete, bota, cinto de segurança (após a grade de segurança o cinto deve estar fixo) evitando acidentes e extintores Fachada do Empreendimento 33 5.2- Fotos do Edifício em Construção Villa de Salamanca 3435 6- CONCLUSÃO Com a elaboração desta atividade concluímos a importância da construção civil e seus tipos de elaboração. Tipos de alvenarias que nos proporcionam um leque de alternativas, a fim de escolher o melhor tipo de construção a ser adotada de acordo com o tipo de projeto em questão. Visita importantíssima acrescentando a todos o conhecimento sobre como é a obra na sua pratica, materiais e componentes utilizados, regras de segurança a serem seguidas, projetos entre outros. 36 7- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/concreto1/Introducao.pdf http://www.comunidadedaconstrucao.com.br/sistemas- construtivos/1/caracteristicas/o-sistema/1/caracteristicas.html http://www.forumdaconstrucao.com.br/ http://www.fkcomercio.com.br/alvenaria_convencional.html
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