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Fisio aula 14

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Processo digestivo em aves
As aves têm adaptações no trato digestivo de acordo com o que comem, de acordo com seu hábitat. A ave faz a apreensão do alimento pelo bico. Algumas, em função do formato do bico, têm condição de dilacerar o alimento. Outras quebram seu alimento. Muda a característica da secreção: menos aquosa. Há os plexos intramurais, inervação simpática e parassimpática, é igual.
Há um segmento do esôfago pré-papo = pré-inglúvio. As células oxíntico-pépticas são produtoras do HCl, muco. Se retiramos o papo de um frango cirurgicamente. Eu deixo alimentação à vontade, o frango não perde no desenvolvimento corporal. Já se eu ofereço comida só pela manhã e tarde, há um menor desenvolvimento corporal. No papo não há digestão, mas há fermentação microbiana, uma pequena fermentação. O alimento sofre um amolecimento em função da secreção.
Em pombos, há secreção do leite do papo. Há a regurgitação do alimento na boca da prole. Essa regurgitação não é evidente nas aves domésticas. Esse produto, denominado leite do papo, é rico em proteínas e é estimulado por um hormônio que está presente na fase pós-eclosão dos ovos. É hormônio do circuito hipotalâmico e hipofisário, e é tão semelhante à prolactina, que deu-se o nome de prolactina. É semelhante quanto à molécula, local de produção, etc. A prolactina é um hormônio de mamíferos, e tem como função estimular a produção láctea. Está mais presente nas fêmeas, em pouca quantidade em machos. A prolactina está presente nos mamíferos fêmeas no final da gestação e pós-parto. Na pomba, esse momento de necessidade de alimentar a prole, é pós-eclosão dos ovos, é correspondente ao pós-parto nos mamíferos. O hormônio aparece nesse momento. A prolactina, fisiologicamente, está sempre inibido. O controle da prolactina difere de todos os hormônios. Uma mulher pode passar toda a sua vida sem instalar um processo de lactação, entretanto, é possível induzir a lactação a qualquer momento, desde que desligue o mecanismo inibidor que é dominante, prevalente. Quem desliga isso fisiologicamente são os hormônios que aparecem no final da gestação e no pós-parto, inibe o inibidor. 
A prolactina é responsável nas aves pelo comportamento do choco. Uma galinha choca está apresentando sua habilidade materna. A prolactina manda na habilidade materna. Há a produção do leite do papo, que aumenta a secreção do papo, no intuito de regurgitar aquilo para o filhote. 
Após o papo, o alimento chega em uma pequena dilatação, que é o estômago verdadeiro, estômago químico, onde há ação do HCl e da pepsina. Pepsina: quebra das grandes proteínas, sem produzir aminoácidos livres. Essa pequena dilatação é denominada pró-ventriculo. 
O segmento seguinte é a moela = ventrículo = estomago muscular. Tem um componente muscular forte, um componente mais fibroso. É muito resistente. É aqui que se faz a substituição por a ave não ter dentes. O conteúdo é triturado por um processo de esmagamento. É comum encontrar pequenas pedras no interior da moela, que ajudam a triturar o alimento. Verificaram que a digestibilidade fica comprometida com ausência dos pedriscos. É comum, na oferta de ração para galinhas hospedeiras, adicionar areia grossa, para proporcionar os pedriscos. 
Depois do estomago há o duodeno. O pâncreas é disperso, espalhado na região mesentérica próxima ao duodeno. Há vesícula biliar. Parte do fígado drena para uma vesícula, parte do fígado drena direto para o duodeno. Existem aves que não têm vesícula. Há o divertículo de Meckel, que é correspondente ao apêndice. Aves possuem dois cecos. As aves que se alimentam de fibra vegetal fazem no ceco fermentação de fibra. As aves insetívoras ingerem insetos que têm a carapaça rígida de quitina, isso já não seria de fácil digestão. O intestino grosso absorve mais água e eletrólitos. O tubo digestivo termina na cloaca, que é uma abertura onde ocorre também a abertura do sistema urinário e reprodutor. 
É possível que um pouco da secreção urinária volte e caia no intestino grosso.
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Como o organismo controla a ingestão de alimento? Fome vs saciedade. Centro da fome: hipotálamo lateral. Centro da saciedade: hipotálamo ventro-medial. Isso foi muito bem mapeado, varia de acordo com espécie o tamanho. 
Existem mapas cerebrais para várias espécies. Quando há destruição do centro lateral, o hipotálamo lateral, esse animal entre em estado de hipofagia, com quadro de anorexia, ele não tem fome. Quando há destruição do ventro-medial, o animal come muito. 
A saciedade influencia negativamente sobre o centro da fome. Existe odores que me dão fome mesmo não estando com fome, e existem aqueles que, mesmo eu estando com fome, não vou querer comer. 
Em alguns indivíduos, fatores emocionais podem exacerbar ou diminuir a fome. O centro da fome é cronicamente ativo. Se desliga o centro da saciedade, fico com fome. 
O reflexo da mastigação é um estimulante do centro da saciedade. A deglutição é outro fator. A distensão do estômago, a presença física do alimento no estomago, ativa o centro da saciedade. Após o alimento ser degradado, os produtos dessa digestão, como a glicose, além dos fatores mecânicos, há fatores endócrinos e metabólicos. Os centros superiores conseguem entender as variações metabólicas. Teoria glicostática: a glicose influencia os centros superiores. Quem estimula a saciedade e inibe a fome, não é a concentração de glicose, mas é a diferença entre o que tem no sistema arterial e no venoso. No estado de jejum, a glicemia está baixa. Nesse estado, a artéria não está levando tanta glicose. A diferença artério-venosa de glicose é bem pequena. Essa diferença é entendida como falta de glicose no organismo. O centro da fome da está despolarizando em uma freqüência que é entendida por nós como fome. Após a alimentação, a glicemia vai aumentar, a diferença vai ser maior. Contudo, não pode aumentar muito essa glicemia, mesmo após a alimentação, senão os rins vão jogar glicose fora. O sistema venoso fica com uma concentração de glicose menor que o arterial, pois o arterial levou glicose, os tecidos captaram, o venoso volta com menos glicose. Isso é interpretado como alimentado. Essa diferença estimula a saciedade, inibindo a fome. 
No caso do diabetes, a glicose está alta, mas a diferença entre a arterial e a venosa é pequena, já que os tecidos não estão captando glicose de forma eficaz. Assim, o individuo sente mais fome, come mais, diminui mais ainda a diferença, sente ainda mais fome. 
Em situações de queda de temperatura (frio), a ingestão de alimentos é aumentada, de forma a facilitar a regulação da temperatura. Por isso, seria necessário colocar os animais de produção em ambientes de temperatura neutra, para que não haja grandes gastos energéticos com a manutenção da temperatura corporal.
A leptina é uma molécula de origem lipídica (localizada no tecido adiposo). O tecido adiposo consegue enxergar se ele está acumulando mais gordura ou não; os excedentes alimentares de lipídeos fazem exceder os depósitos corporais, de forma a produzir um sinal endócrino do tecido adiposo para quem comanda esse centro, na tendência de reduzir esse acúmulo. Dessa forma, a leptina cai na corrente sanguínea e estimula a saciedade. Ex. um determinado tipo de obesidade ocorre em decorrência de não desenvolvimento de leptina – ocorre em humanos e outros animais. Nesses casos, a leptina artificial pode ser usada como forma de tratamento da obesidade; depois descobriu-se que: o tecido adiposo com defeito genético produz uma leptina defeituosa e que existem quadros de obesidade em que o tecido adiposo produz leptina não defeituosa (normal), mas pode haver a possibilidade de um defeito no receptor dela. Então, apesar da ministração de leptina, ela pode não causar efeito nesses animais. 
O comportamento da fome é controlado por um circuito neuronal produtor de um peptídeo, chamado neuropeptídeo Y – nocentro da fome (hipotálamo). Dessa forma, essa região do hipotálamo também pode interferir em questões da saciedade. 
GH relina: é produzido no estomago. Após a alimentação, há geração de sinais metabólicos, hormonais, que regulam o centro da saciedade. Peptídeo orexigeno = peptídeo da fome. A leptina do tecido adiposo entra como peptídeo anorexígeno. 
O hormônio do crescimento é hiperglicemiante, sobra glicose para o tecido nervoso. Quando estamos em jejum e com fome, esse hormônio pode aparecer na circulação. A grelina é liberada quando a fome está estabelecida a algum tempo.

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