Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Avaliaçã� Nutriciona� n� prátic� clínic� ● Estado Nutricional: Condição de saúde influenciada pelo consumo e utilização dos nutrientes somado a informações de estudos físicos, bioquímicos (como exames de urina, fezes etc), clínico e dietético. Importância para o paciente hospitalizado: ❖ Verificar a Vulnerabilidade ao desenvolvimento da desnutrição iatrogênica* * Se desenvolve por fatores não clássicos por “culpa” da equipe do hospital, como por exemplo jejum por muito tempo. ❖ Detectar precocemente o risco nutricional. ❖ Minimizar complicações clínicas* * Infecções, dependência de ventilação etc. Isso ajuda no prognóstico do paciente. É útil fazer medição de circunferência em pacientes com cirrose? Não, pois o paciente terá o estômago mais elevado por causa da doença, interferindo no resultado. Através da avaliação nutricional, é possível identificar quais pacientes precisam de suporte nutricional, sendo eles: ➔ Suplementos ➔ Cateter na veia (Parenteral) ➔ Sondas (enteral) ● Avaliação antropométrica (medidas do corpo): Esse tipo de avaliação é simples e segura, além de ser barata. Através dela conseguimos analisar o grau dos estágios de desnutrição e obesidade, limites e valores de risco do mesmo. Parâmetros Antropométricos: ❖ Peso corporal: ➔ Peso usual: Peso que a pessoa normalmente tem. ➔ Peso atual: Peso que a pessoa está na hora da medição. ➔ Peso teórico: Peso ideal ➔ Peso ajustado: (Peso ideal - Peso atual) x 0,25 + Peso atual.* * Mais utilizado em pacientes obesos. OBS: Em pacientes com cirrose edemaciados, para calcular o VET, o peso atual não vale de nada, sendo assim, considerar o peso teórico. Em casos de pacientes com edemas. (Desconta de acordo com o grau e local atingido). ❖ Perda de peso recente: É importante saber o peso usual e o peso atual, mas principalmente saber o TEMPO, pois, dentro de um período de 6 meses, essa perda é relevante. OBS: Em termos de hospital, a perda de peso é mais importante para a gravidade do paciente. Para alguns casos, o ganho de peso é até bom (por exemplo pacientes de hemodiálise). O paciente não pode fazer o exame prático por algum motivo, então é necessário: ➔ Circunferência do braço ➔ Circunferência da panturrilha ➔ Altura do joelho ➔ Dobra cutânea subescapular *Para altura do joelho, idade é importante para a fórmula. *A estatura recumbente (deitada) envolve a medida do comprimento do indivíduo, do topo da cabeça até a planta do pé. Partes como dedos ou pés, por exemplo, são irrelevantes, mas outras partes do corpo não e, por isso, deve-se fazer essa correção. Para calcular IMC é o peso do paciente somado ao peso do membro e para VET apenas o peso do paciente. Circunferência (perímetro) Prova: ★ Como estimar a parte adiposa por antropometria? Dobra Cutânea tricipital ★ Como estimar a parte muscular por antropometria? Circunferência muscular do braço (CMB) ● Circunferência do braço: mais usado em pessoas muito magras ou que estão tendo grande perda de peso. ● Perímetro da Cintura: Estima a quantidade de gordura visceral*. Sendo mais específico para quem tem obesidade. *É a gordura que está envolvendo as vísceras, ou seja, é a que está circulando fígado, peritônio, estômago. Esse tipo de gordura causa a geração de mais ácidos graxos no sangue, que pode acabar gerando um infarto por exemplo. ➔ “Quando se tem muito ácido graxo livre circulante é como se o seu fígado parasse de usar glicose e começasse a captar AG livre, e ao fazer isso ele sintetiza VLDL, e já que não está captando glicose, a mesma vai subir no sangue o que pode levar a diabetes. E ao sintetizar VLDL o fígado está liberando-o para a corrente sanguínea, e com o VLDL aumentado no sangue, o LDL aumenta e consequentemente o HDL é reduzido. Então, a relação da gordura abdominal com a doença cardiovascular, por exemplo, é porque a mesma é mais facilmente mobilizada, gerando AG livres, fazendo com que o fígado sintetize VLDL e LDL, ocasionando dislipidemia, acarretando em um aumento do processo inflamatório. Cintura aumentada = risco cardio metabólico O ponto de corte escolhido vai depender do objetivo. Quanto maior for o ponto de corte, menos pacientes serão especificados, entrando apenas os de MUITO risco. Entretanto, se o ponto de corte for menor, mais exatidão você terá nos resultados e por consequência, mais pacientes entrarão. OBS: Usar relação cintura/quadril não é muito bom, pois esconde casos, melhor usar apenas cintura. ❖ Lipodistrofia: Perda de gordura periférica* e ganho de gordura visceral**. (Braços e pernas diminuem e barriga aumenta) *A gordura periférica é menos hipertrofiada, com adipócitos menores e, por isso, ainda tem a capacidade de aumentar. Além disso, é mais responsiva à insulina (o que torna mais difícil mobilizar gordura). ** A gordura visceral é mais hipertrófica, com adipócitos mais saturados, sendo menos responsiva à insulina e mais responsiva a receptores adrenérgicos. Sendo mais fácil a lipólise, consequentemente o risco cardio metabólico é maior. Maior risco de placas de ateroma, maior colesterol, sangue mais viscoso. Diâmetro sagital: ● Perímetro do pescoço: ● Dobra cutânea: A dobra bicipital e a suprailíaca isoladas não servem para nada (dentro da clínica, na academia pode até ser útil). ❖ Densidade corporal: Calcula-se a partir do somatório das dobras cutâneas tricipital, subescapular, bicipital e suprailíaca. Usando a tabela: OBS: NÃO ESQUECER DE DIVIDIR O RESULTADO POR 1000 ❖ Estimativa de gordura pela densidade corporal: Pega-se o resultado da Densidade Corporal e coloca nas fórmulas: Quanto maior a densidade, menos gordura vai ter, mais gordura magra no corpo. Não vai usar com todo mundo, por exemplo paciente com cirrose desnutrido não vai importar estimativa de gordura corporal, é preferível usar a dobra cutânea tricipital isolada que estima reservatório de gordura. Útil: pacientes com diabetes, hipertensão, obesidade ou pessoas saudáveis em academia. ● Bioimpedância: ESTUDAR PELO RESUMO DA JULIANA!!! Mas só pra constar: Não se trabalha bioimpedância em pacientes desidratados ou com edemas. Pois a bioimpedância tem o princípio de que a corrente elétrica deve passar pelo tecido hidratado. OBS: Quanto mais água, maior é a passagem elétrica. Quanto mais gordura, mais resistência da passagem elétrica. ● Avaliação laboratorial: ❖ Outra forma de se fazer Avaliação Nutricional: ➔ Estado Proteico: Somático* e Visceral** *Estado proteico somático conta com dois indicadores importantes: Creatinina altura, que é muito utilizado em CTI e Balanço Nitrogenado (muito difícil de se realizar na enfermaria).. OBS: A proteína somática pode ser avaliada também através de um método antropométrico: Circunferência Muscular do Braço (CMB) Prova: ★ Como eu posso avaliar o estado protéico somático por meio de indicadores antropométricos e laboratoriais? Antropométrico: CMB. Laboratorial: Creatinina altura e Balanço Nitrogenado. Pacientes que fazem hemodiálise, por exemplo, a gente nunca usa a creatinina urinária como indicador, Alguns fatores temos como “ludibriar” (marcar uma consulta fora da época menstrual da paciente é um exemplo), porém outros não tem como (diabetes, idade etc). Se essa creatinina estiver elevada demais, significa que está perdendo proteína somática, que é a que está na musculatura. CORREÇÃO: BN = {(Ptn (g)/6,25) - (uréia (g)/2,14 +4)} Resultado negativo = perda de proteína somática (perda de músculo). ** Estado proteico visceral são as proteínas plasmáticas. A mais utilizada é a ALBUMINA, por ser mais barata, mais prática e não sofrer interferência da anemia. Concentração aumentada = Mais albumina no sangue = Hemoconcentração (mais soluto, menos liquido). *NA GRAVIDEZ: Concentração reduzida = Hemodiluição = aumenta o volume de sangue circulante. Em gestantes o indicador da albumina baixo não significa um resultado ruim, pode estar hemodiluída (menos soluto, mais líquido) OBS: Qualquer doença renal grave não se deve usar albumina, pois não serve para nada. Pacientescom cirrose também, pois a albumina é feita no fígado, então pacientes com doenças hepáticas GRAVES não usam albumina como indicador pois o órgão está com problema. ➔ Estado de Ferro: Se eu tenho muito ferro circulante, a transferrina fica saturada e tem baixo sítio de ligação. Na anemia ferropriva, temos baixa saturação e alta capacidade de ligação (muito sítio vazio) A Ferritina é o primeiro estágio de depleção de Ferro, ele é mobilizado para manter o ferro circulante adequado. Se o Ferro da hemoglobina está baixo, o Ferro da transferrina com certeza já está depletado. Por esse motivo, quando você quer medir anemia ferropriva, não é comum medir a Ferritina. A Transferrina é o segundo estágio e a hemoglobina, no hemograma, é o terceiro estágio. Que é o que caracteriza a anemia. ● Índices Nutricionais: CORREÇÃO: INH = (0,91 x Alb (g/dL)) - (1,00 x HCT) – (1,44 x sepse) + (0,98 x diagnóstico clínico) – 1,09 Onde: HCT (2 (não reator - anérgico), 1 (enduração > 5 mm)); sepse (ausente = 1 e presente = 2); Diagnóstico clínico (câncer = 1, outras doenças = 2). Interpretação: Sobrevida de 25% - menor ou igual -1 Sobrevida de 90% – maior ou igual 2,5 Sobrevida de 50% - 0 (Harley et al, 1981; Gibson, 2005) ● Hemograma: ESTUDAR PELO RESUMO DA JULIANA!!! Dar atenção aos linfócitos ● Avaliação clínica: OBS: Ler o livro de semiologia nutricional Quando a carência nutricional de algo é vista clinicamente a olho nu (pelo exame físico) é porque já está bem desenvolvida. OBS: Você nunca deve indicar uma carência se você ver um problema só. A gente precisa de pelo menos TRÊS sinais e sintomas para sugerir uma carência. ➔ Cabelo: O mais importante é o arrancamento, a queda de cabelo. Que pode significar carência proteica ou de zinco (essas são as principais, mas anemia ferropriva e hipovitaminose A também resultam na queda do cabelo.) ➔ Face: Olha a musculatura temporal (observar se está mais depletada que o normal). Se houver consumo da musculatura temporal, ela é um indicador clínico do estado proteico somático. Outra coisa que temos que olhar é a bola gordurosa de Bichart (bochecha), o consumo dessa bola gordurosa significa depleção adiposa. Palidez também deve ser observada, mas é mais difícil, devendo observar mais a palidez conjuntiva e na cavidade da boca ou na palma da mão (carência de complexo B, B12, proteína e principalmente Ferro). ➔ Olhos: Observar a palidez da conjuntiva (carência principalmente de Ferro). Além disso, olhar se há ressecamento dos olhos (o paciente tem a sensação de areia nos olhos), que pode ser um sinal de desidratação, não necessariamente uma carência nutricional. ➔ Lábios: Olhar se tem ressecamento (pode ser desidratação), olhar se tem feridas avermelhadas no canto da boca, que chamamos de estomatite angular, que pode estar associada a algumas doenças de tipo infecção ou associada a carência de complexo B, principalmente B2 (Riboflavina). E queiloses, que são bolinhas meio calcificadas. ➔ Língua: Pedimos ao paciente para levantar a língua para ver se está tendo produção de saliva, caso não, o paciente pode estar desidratado. Caso a língua esteja pálida e/ou muito lisa pode ser deficiência de Ferro. Língua magenta, meio arroxeada ou muito edemaciada pode ser carência de vitamina B2, B12. OBS: Tem que tomar cuidado ao fazer esse exame no hospital, pois, por exemplo um paciente que faz quimioterapia acaba já tendo sua língua ferida, avermelhada e inchada, não tendo a ver com carência de complexo B e por isso a necessidade de ler o prontuário. ➔ Gengiva: A gengiva, principalmente na deficiência da vitamina C, ela fica sangrante e esponjosa, bem edemaciadas (lembra um pouco o escorbuto). ➔ Dentição: É importante que se pergunte ao paciente se é completa e funcionante, pois às vezes a dentição pode parecer perfeita, entretanto o paciente não consegue usá-la e pode acontecer o contrário também (exemplo do paciente da professora que tinha apenas 2 dentes e conseguia comer até bife). Importante também perguntar se o paciente tem dificuldade para engolir, o nome disso é DISFAGIA e se ele tiver dor para engolir, chamamos de ODINOFAGIA (Prova). ➔ Clavícula: Observar a musculatura supra e infraclavicular, que se estiver consumida é sinal de depleção proteico calórica. . ➔ Braços e pernas: Avaliar o pinçamento da pele, se pegar a pele da pessoa e ela não voltar, principalmente do idoso, pode significar desidratação. É muito difícil ver consumo da musculatura no braço só no olho, a gente observa mais o pinçamento. E, também, olhamos a formação de cacifos (marcas de edemas depois de ser pressionado) (pressiona 4x em 4 lugares diferentes, se tiver um cacifo você diz “uma cruz em quatro cruzes”, comum esse tipo de frase em prontuários). ➔ Mãos: Olhar o consumo interosseo, que é indicador de depleção proteico somática. Pela palma da mão observamos a palidez que é indicador de carência de Ferro. E observamos as unhas, que podem estar quebradiças, podem estar côncavas, ter estrias (principalmente carência de Zinco, Vitamina A e Ferro) . ➔ Abdômem: Fazemos o exame ectoscópico (que é só olhar sem colocar as mãos) para dizermos se é globoso (pessoa com ascite ou obesidade), plano (paciente eutrófico) ou escavado (pessoa desnutrida com depleção do compartimento adiposo e muscular). Após esse exame, coloca-se a mão no paciente, fazendo palpação superficial para analisar se o paciente está com gases ou se está constipado. E também faz a ausculta sem esteto (coloca os dois dedos - médio e indicador - da mão esquerda em cima da barriga e bate em cima desses com os mesmos dois dedos da mão direita). Se o barulho for oco significa que ou você está com fome kkkk ou normotimpânico (quantidade de gases normal), mas se estiver hipertimpânico é que tem gases. ➔ Pés: Não vale a pena olhar as unhas. Nos pés olhamos mais para ver se tem feridas (importante em idosos e pacientes com diabetes, que tem má circulação e qualquer ferida ou frieira pode levar a amputação). ● Avaliação dietética: ESTUDAR PELA MATÉRIA DE AVALIAÇÃO DO PERÍODO PASSADO!!! ● Modificações da dieta normal para enfermos: ESTUDAR PELO SLIDE PQ ELA SÓ LEU BASICAMENTE ELE!!!!!!!!!!!!!!! ● Terapia Nutricional Enteral: O alimento é administrado dentro do trato gastrointestinal, seja por via oral, via sonda ou osteomia. ❖ Objetivos: ➔ Prevenir ou tratar as deficiências de macro e micronutrientes; ➔ Fornecer a quantidade de nutrientes compatíveis com o metabolismo; ➔ Evitar complicações da doença; ➔ Diminuir o tempo de hospitalização. ❖ Atribuições do Nutricionista: OBS: É preciso tomar cuidado com a dieta para que não gere um underfeeding* e overfeeding**. *Underfeeding é quando o paciente recebe uma oferta de energia insuficiente, déficit calórico e proteico. ** Overfeeding já é quando o paciente recebe uma oferta energética excessiva, podendo ocasionar uma hiperglicemia por exemplo. ❖ Quando a dieta enteral é indicada? ➔ Aparelho gastrointestinal total ou parcialmente funcional. ➔ Impossibilidade de alimentação por via oral. ➔ Ingestão insatisfatória de nutrientes e energia. ❖ Contra indicações da via enteral: ➔ Doença terminal ➔ Síndrome do intestino curto (ressecção maciça) ➔ Vômitos incoercíveis, Diarréia refratária ➔ Fístula intestinal (médio jejuno e de alto débito) ➔ Isquemia intestinal ➔ Instabilidade hemodinâmica ➔ Disfunção do trato gastrointestinal ou condições que requerem repouso intestinal ➔ Obstrução intestinal; Peritonite severa ➔ Refluxo gastroesofágico intenso ➔ Íleo paralítico intestinal ➔ Sangramento digestivo maciço ❖ Via de acesso, qual é? ➔ Acesso por sonda com inserção oral ou nasal ➔ Acesso por sonda implantada no estômago ou intestino delgado Desnutriçã� Estado patológico causado pela falta de ingestão ou absorção (pode acrescentar ainda o mau aproveitamento dos nutrientes absorvidos. Pode estar absorvendo, mas o metabolismo elevado e aquilo não é o suficiente para o paciente.) de nutrientes. Dependendo da gravidade, a doença pode ser dividida em primeiro, segundo e terceirograu. OBS: Magreza ≠ Desnutrição, pois pessoas abaixo do ponto de corte de normalidade podem não ter albumina baixa, por exemplo. ❖ Fatores etiológicos: É multifatorial, ou seja, normalmente não é causada por apenas um fator. Na saúde coletiva, geralmente a desnutrição é causada pelo fator clássico: a fome. Já no paciente hospitalizado tem uma amplitude de fatores causais. *Fatores secundários: - Anorexia no slide não é a doença e sim a falta de apetite (usado no hospital) por diversos fatores como horários, tipo de alimentos, ambiente, medicamentos, quimioterapia, radioterapia, dor, etc. - Má absorção como por exemplo a diarréia grave, o paciente está ingerindo, mas não tem tempo de absorver. Outro exemplo é o paciente com uma síndrome absortiva como a doença de Crohn, doença celíaca, retocolite ulcerativa, são doenças que causam má absorção. O próprio paciente que vem de um quadro de uma doença grave já com uma desnutrição de longa data, essa má absorção já vai agravando, pois as vilosidades intestinais tem uma regeneração celular e precisam de ptn e energia para formar novas células na mucosa, então quando o paciente está com deficiência ou insuficiência de ingestão de nutrientes, pode acontecer algum problema nas vilosidades intestinais e causar má absorção. Além disso, há a má digestão também acontece na diarréia grave, também em pacientes com algumas cirurgias no trato digestório, como por exemplo cirurgia bariátrica. - Maior excreção, a diarréia* acaba aumentando a excreção de nutrientes também. *A diarréia dentro do hospital pode ser causada por n fatores: remédios por exemplo. - Maior gasto energético, como febre, sepse, queimadura, cirurgia de grande porte que o paciente está com requerimento aumentado de energia para cicatrizar (tudo isso é fator de injúria, que temos que acrescentar pra calcular o gasto energético). - Metabolismo intermediário anormal, que é muito comum na doença hepática, onde a síntese gliconeogênese, glicogênese está tudo alterado. ❖ Desnutrição iatrogênica É a desnutrição que acontece dentro do hospital, que pode ser causada por vários fatores como a própria doença, descuido da equipe, etc. - Não vigiar o paciente; - Não comunicação entre a equipe e prontuários mal feitos; - Não realizar inquéritos dietéticos; - O ideal é que o paciente melhore da desnutrição antes de realizar a cirurgia, caso não, pode ter como consequências: maior risco de infecção por causa da depleção imunológica, tendo mais risco, podendo perder mais peso, provavelmente vindo a óbito. Tem risco de não cicatrizar adequadamente, porque falta caloria e ptn pro processo cicatricial. Corre mais risco de diarréia, pois está com as vilosidades não regeneradas totalmente. Além disso, pós cirurgia causa injúria, então o paciente no pós operatório vai aumentar seu gasto energético; - Falta de avaliação nutricional pode levar a isso, por exemplo paciente com queimadura, em estado hipercatabólico, devendo ser adicionado isso no final para os cálculos; - Esquece de tirar do soro; Quando a reserva acaba, você passa a ter anemia. ----> Pensando na desnutrição: A pessoa está ingerindo pouca ptn, mas ela tem uma reserva muscular, vai chegar um momento que essa reserva vai exaurir ou reduzir muito, então passa a ter uma redução plasmática de ptn (que é albumina, transferrina, ptn ligadora de retinol) e aí começa a ter alterações bioquímicas, aparecendo os sinais e sintomas. Ingestão de ptn reduzida causa redução de hematopoiese. Por isso, é muito difícil avaliar a desnutrição isolada quando o paciente tem anemia e vice-versa, porque normalmente a formação das células é reduzida para poupar o aminoácido, por exemplo redução de hemoglobina e hematócrito. Diminui o número de hemácias totais e hemoglobina. Lembrar de crianças apáticas e que cansam rápido (hematopoiese reduzida causa diminuição de ar no organismo, dificuldade de oxigenação tecidual), pois o corpo faz isso como forma de se adaptar, poupar energia. Normalmente (em condições normais) se tem uma depleção de proteína somática (massa magra) e no segundo momento depleta a ptn visceral. Por exemplo se a gente faz uma dieta para perder peso, mantemos nossa ptn visceral intacta e utilizamos músculo, mas se a pessoa está perdendo peso por conta de uma doença como queimadura grave, não dá tempo da massa magra repor e aí acontece a depleção da massa magra visceral, causando desnutrição proteico calórica. Se você oxida proteína muscular para gerar energia você produz mais corpos cetônicos (exemplo: paciente com anorexia nervosa ou paciente com perda extrema de peso é paciente que tem hálito cetônico, pois está com excesso de produção de corpos cetônicos decorrente de um balanço nitrogenado negativo). Os minerais, na maioria das vezes, são preservados, a gordura diminui drasticamente, a massa magra em termos percentuais até se mantém, mas se olharmos o valor absoluto, pode-se ver essa perda de massa magra e a água extra celular acaba aumentando. Essa água aumenta decorrente da perda de massa magra. Dieta hipocalórica: Toda vez que a gente promove um balanço energético negativo drástico, a gente perde muita massa magra. Por isso é comum quando uma pessoa faz dieta muito hipocalórica perder peso rápido, porque ela está perdendo, além de massa adiposa, massa celular e água. E como ela perde massa muscular, seu gasto energético cai muito, por isso que muitas pessoas passam por aquele “efeito sanfona”. Por mais disciplinada que seja a perda de peso, 10% é perda de massa livre de gordura, por isso se não ocorrer a intervenção no paciente, ele poderá sair de desnutrição calórica para desnutrição protéico calórica. Principalmente quando é protéico calórico falta carboidrato para manter homeostase glicêmica, diminuindo a concentração de aminoácidos disponíveis via alimentação. Com isso, o pâncreas diminui a produção do hormônio anabólico insulina e aumenta proporcionalmente a produção de glucagon, hormônio com efeito catabólico. Diminui o T3 anabólico e aumenta o hormônio de crescimento e catecolaminas (catabólicos). = Balanço energético negativo estimula o catabolismo em detrimento do anabolismo. O que na obesidade é interessante, mas na desnutrição não é, pois eu quero formar tecido e nesse caso, vai fazer uso do glicogênio hepático, fazer glicólise para manter homeostase glicêmica no sangue, vou utilizar a reserva de glicogênio hepático (gliconeogenólise), vou fazer lipólise (mobilizar lipídio como fonte de energia aumentando corpos cetônicos), vou mobilizar aminoácidos da massa magra e tentar na medida do possível preservar as ptn viscerais. Quanto mais drástica a perda de peso, que acontece quando está associada à doença, mais difícil é preservar a ptn visceral. Quando se tem depleção das ptn viscerais têm desnutrição proteico calórica. Então, esse órgãos são importantes (pâncreas - insulina e glucagon, a tireóide - T3, tecido renal e suprarenal - catecolamina) para essas alterações endócrinas de adaptação. Todas essas alterações são alternativas do metabolismo para manter o corpo vivo. O coração diminui de tamanho (principalmente na desnutrição infantil isso é grave), de acordo com a evolução da desnutrição a massa celular do coração vai diminuindo. Com isso, o coração bombeia pouco sangue por minuto (muitas vezes o médico não consegue achar pulso no paciente desnutrido), chamado de débito cardíaco - capacidade que o coração tem de ejetar sangue para o corpo - (que diminui) e, nessa tentativa de adaptar, o coração aumenta a frequência cardíaca, como o volume dele está reduzido e a capacidade dele de aumentar o volume sanguíneo para o corpo também, ele começa a bombear mais vezes (coração acelerado). Por conta da redução do débito cardíaco, ocorre a redução da pressão arterial e hipotensão postural (às vezes estamos fazendo a avaliação antropométrica do paciente com desnutrição e pedimos para o mesmo levantar para ir a balança, por exemplo, sendo que vamos a frente dele, ele tem muito hipotensão postural e pode cair). Diminuiçãodo fluxo sanguíneo renal (sobrecarga pro nefron, que provoca falência múltipla de órgãos, o rim para de funcionar, porque está faltando suporte energético pro coração, que está diminuindo de tamanho e consegue irrigar pouco o tecido renal) e da taxa de filtração glomerular. Assim como o coração, o músculo do pulmão também atrofia, diafragma atrofiado e o indivíduo tem dificuldade respiratória, tendo que fazer uma força respiratória muito grande para puxar o ar, pois essa força está reduzida, principalmente porque não tem ajuda do diafragma. E se o pulmão está com esse problema na força respiratória, a capacidade vital e a oxigenação dos tecidos ficam prejudicados. Como estamos com falta de aminoácidos para a produção adequada de proteínas, nós temos redução das ptn, enzimas e secreção gástricas, as protolíticas, amilases, no caso das pancreáticas também vai haver redução e consequentemente o paciente não vai digerir tudo o que demos a ele, ou seja, em algumas situações vamos dar uma dieta pré hidrolisada. Com a diminuição de vilosidades, a área absortiva diminui, pois o que dá absorção para o corpo são as vilosidades, que estão enrugadas em grande volume. (suplementos imunomoduladores para ajudar nessas vilosidades e, assim, aumentar a absorção.) Supercrescimento bacteriano que pode ser causado por uma diarréia ou infecção ou até mesmo pela dificuldade de renovação tecidual. Quando a mucosa intestinal não está intacta, nós temos uma perfusão muito aumentada de bactérias ruins, o que facilita esse supercrescimento e translocação dessas bactérias para a corrente sanguínea por exemplo. Má absorção de lipídios e dissacarídeos pode conversar com esteatorréia, que é a diarréia com gotículas de gordura, muito comum em pacientes desnutridos e pacientes que fazem cirurgia bariátrica. (essa esteatorréia pode ser por causa de falta de lipases??? PESQUISAR). Quantidade de lipídio menor, então vai diminuir beta oxidação, menor síntese de lipoproteínas, com isso, tem dificuldade de levar esses lipídios decorrentes do metabolismo hepático para a corrente sanguínea na forma de LDL e VLDL. Então, esse lipídio gerado via beta oxidação vai ficar acumulado dentro do fígado. O fígado vai aumentar sua síntese de lipídios e gordura, com isso, acumular gordura no fígado. Na desnutrição proteica é muito comum acontecer esteatose hepática. Se estou com um hemograma de um paciente desnutrido, baixo linfócito pode significar uma alteração de adaptação imunológica que o paciente está passando. Muitas vezes há alteração na bomba de sódio e potássio. Às vezes o paciente com desnutrição interna muito inchado, por causa de retenção de sódio aumentada e líquido extra celular e perda de potássio (que muitas vezes está associada a perda de massa muscular). A Insulina também é importante para o funcionamento da bomba de sódio e potássio e ela está baixa por conta do pouco substrato que temos disponível. No adulto o que chama atenção é o fígado, rim, sangue e coração. O cérebro é muito importante quando falamos de crianças. (porque não regenera) Com a redução de calorias, reduz o anabolismo (insulina) e aumenta o cortisol, as catecolaminas e o glucagon, ou seja, catabolismo em detrimento do anabolismo, gerando perda de tecidos corporais, particularmente gordura subcutânea (por isso que a dobra cutânea tricipital é marcador de depleção calórica, tecido adiposo). Também tem perda muscular (medida por CMB), a perda muscular, a mobilização de tecido magro é para liberar aminoácidos pra síntese de ptn importantes na homeostase como a albumina e para gerar glicose para alguns tecidos como medula óssea, tecido do sistema nervoso que “só se alimentam de glicose”. Já a gordura subcutânea é importante para a liberação de ác graxo que também vai ser usado na neoglicogênese para manter a homeostase e produção de energia. Déficit calórico é mais adaptativo que o proteico, pois com pouca ingestão eu consigo manter as ptn importantes na homeostase sanguínea. Outra forma de falar do mesmo esquema anterior Com a redução de ptn, diminui o suprimento de aminoácido como substrato para o anabolismo, diminuindo aminoácido plasmático, o que a longo prazo altera albumina, porque parte desse aminoácido vai ser usado pelo fígado para funções importantes e uma hora vai faltar para produzir ptn viscerais, reduzindo a albumina. Comum também a resistência à insulina, essa resistência é por uma causa desconhecida, mas quando o indivíduo tem ingestão calórica e falta ptn, gera aumento da glicemia pós prandial e esse aumento eleva a produção de insulina pelo pâncreas, o que, ao invés de aumentar o catabolismo que fazia para tentar adaptar, aumenta o anabolismo (é estranho mas acontece). Com esse aumento de anabolismo, baixo fornecimento de aminoácido e glicerol para o fígado, ele diminui a produção de ptn viscerais e tende a acumular lipídio, gerando fígado gorduroso (esteatose hepática). Quando acontece déficit proteico e calórico esse esquema não funciona da mesma forma. OBS: DEFICIT CALORICO PIOR VISUALMENTE, MAS MAIS ADAPTATIVO E DEFICIT PROTEICO MELHOR VISUALMENTE E MENOS ADAPTATIVO Igual ao outro esquema. Se eu tenho pouca lipase pancreática e to comendo lipídio, eu posso ter esteatorréia. Se eu estou produzindo pouca bile, eu vou ter baixa solubilidade micelar, que é o que acontece quando toma-se esses inibidores de absorção de lipídio, podendo ter esteatorréia. Se a minha mucosa intestinal está lesada, não tenho regeneração adequada de mucosa ou disbiose, má absorção. Se eu não estou produzindo as minhas dissacaridases pancreáticas adequadamente, não vou digerir o carboidrato que estou ingerindo, que tem alto poder osmótico. Diminui a imunidade e consequentemente aumenta a colonização bacteriana. Aumenta o risco de infecção. Desnutrição prejudica imunidade, imunidade favorece infecção e infecção altera tanto gasto energético corporal quanto apetite. Diminuindo o apetite e aumentando o gasto energético, você perde mais peso. OS OUTROS SLIDES NESSE MEIO TEM QUE OLHAR OS OUTROS SLIDES NESSE MEIO TEM QUE OLHAR Evitar síndrome de realimentação respeitando as etapas da evolução do paciente. Se o paciente está em desequilíbrio hidroeletrolítico não é hora de alimentar com o VET pleno (o exemplo do caso clínico onde o paciente inicia com 1/3 do VET). Abaixo de 60 mg/dL, ou seja, hipoglicemia, muitos pacientes podem estar em coma. O cálculo energético do harris feito com o peso ideal pode superestimar o VET do paciente, por isso se faz com o peso dele atual e acrescenta 500 a 1000 Kcal/dia. (Como cautela começa com o mínimo - 500) Mais usada é o método prático: 40-60 Kcal/Kg peso dia, ou seja, pega o peso atual e multiplica por um valor de 40 a 60 para achar o VET. ESSE CÁLCULO DA PTN É HIPERPROTEICO!!!! A enteral normalmente vem junto com a oral, só em casos específicos a enteral vem sozinha. Obesidad� Doença crônica que ainda não tem cura, gerada quando tem um balanço energético positivo crônico, que é quando o gasto de energia é inferior a ingestão calórica, que ocorre porque a pessoa ingere muito ou porque a pessoa é muito econômica metabolicamente falando, existe a predisposição, a pessoa tem a perda de gasto energético total devagar . Na maioria das vezes os dois podem ocorrer paralelamente. Quanto mais tecido adiposo o indivíduo tem, menos metabolicamente ativo ele vai ser. NÃO EXISTE PERDA DE PESO SAUDÁVEL SEM MEXER NO BALANÇO ENERGÉTICO!!!!! Redução das calorias na dieta, dieta hipocalórica, aumentar exercício físico, cirurgia bariátrica, tudo isso ajuda no balanço energético negativo para a perda de peso. Eficiência para armazenar, mais fácil de ganhar peso. O que mantém o peso adequado estável ao longo dos anos é o controle do gasto de energia corporal e mecanismo do sensor de estoque de energia (quando existe uma quebra nesse mecanismo sensor, não está funcionando adequadamente, posso continuar armazenando lipídio no tecido adiposo mesmo sem precisar). Esses sensores podem ser neurais, sinais denutrientes (alguns com “saciedade” maior que outros) e sinais hormonais. Dependendo do nutriente que estou ingerindo, por exemplo se for ptn, ele vai sinalizar pro núcleo arqueado que estou saciada muito mais facilmente do que a glicose e carboidrato. O tecido adiposo ele produz hormônios chamados de adipocitocinas, que são citocinas produzidas no tecido adiposo também chamadas de hormônio do tecido adiposo, o mais comum é essa, exemplo de uma bem conhecida é a leptina, que é um hormônio considerado anorexígeno que tem como uma das funções reduzir ingestão calórica e aumentar gasto energético. Quanto mais tecido adiposo, mais leptina, achavam que isso ia ajudar no emagrecimento de pacientes obesos, porém o tecido adiposo está relacionado a inflamação e quanto mais inflamação, mais resistente a insulina e a insulina é um hormônio que controla a leptina, ou seja, o que ocorre é que o paciente produz muita leptina, mas ela não consegue agir no córtex cerebral e exercer sua função. Outro hormônio importante é a adiponectina, que é uma adipocitocina que não está diretamente relacionada a saciedade, mas é antiinflamatória, age como fator protetor no risco cardiovascular. No pâncreas ocorre a formação de insulina, anilina e glucagon, sendo os dois primeiros anabólicos e o segundo catabólico, e polipeptídeo pancreático. Trato gastrointestinal que foi descoberto como um produtor de hormônios, como a ghrelina, que ao contrário da leptina, é orexígeno, então estimula ingestão alimentar; a colicistoquinina, que é um hormônio sacietógeno produzida na porção final do estômago e principalmente no duodeno, entre outras funções está envolvida na produção do bicarbonato, tendo essa função importante de basificar o ph do bolo alimentar que vai cair no duodeno, já que ele não tolera ph ácido, e outra função importante é que sinaliza o núcleo arqueado para avisar que o alimento já chegou lá. São raras essas anomalias. O hipertireoidismo promove redução de gasto energético. - Hipercortisolismo é o aumento na produção de cortisol que começa desde a infância, sendo bem característica da obesidade centrípeta, que é aquela em que a gordura está concentrada no tronco e pescoço, região central do corpo. Leva a distúrbios, hipertensão, risco cardiometabólico aumentado. A criança com essa síndrome tem um edema periorbital (os olhos bem edemaciados), chamamos isso de exoftalmia. Tem na parte de avaliação nutricional!!! Avaliação laboratorial - avaliar o colesterol total e as frações, HDL, LDL, VLDL, avaliar a glicemia, glicose em jejum, avaliar a hemoglobina glicada, avaliar hormônios tireoidianos, TSH, T3 e T4, avaliar enzimas hepáticas, ALT, AST e fosfatase alcalina, principalmente em pacientes com idade avançada avaliar provas de função renal uréia e creatinina. Dietética - com o paciente com obesidade o recordatório 24h não vai ter muita utilidade, pois a gente quer saber o hábito. Precisamos fazer 3 desses no mínimo ou registro dietético. 1. As doenças cardiovasculares estão ligadas a resistência de insulina e resistência a insulina tem relação com a gordura visceral. Quanto maior a quantidade de gordura intra abdominal, mais lipolítica é essa gordura, menos responsiva à insulina e quanto maior a quantidade de tecido adiposo maior a inflamação, mais resistência à insulina, mais inflamação, maior risco de aterogênese e doenças cardiovasculares. 2. Câncer de mama, útero, próstata, intestino grosso são mais comuns em pessoas com obesidade. 3. Gordura no fígado - resistência hepática à ação da insulina e o excesso de gordura visceral, que gera mais lipólise e maior geração de ácidos graxos livre, que o fígado começa a usar para gerar energia ao invés de usar a glicose, sintetizando mais lipídio na forma de lipoproteína de baixa densidade (VLDL) e vai acumular parte dessa gordura, desse triacilglicerol no fígado. 4. Osteoporose, osteoartrite que são mais comuns. 5. Devido a resistência à insulina. Subcutâneo é aquele presente no tríceps, bíceps, no quadril, na coxa e ao redor da cicatriz umbilical. Visceral - aquela chamada de intra abdominal, que envolve os órgãos internos, que conseguimos estimar pelo perímetro de cintura. (pior pensando em risco cardiometabólico). A gordura visceral é mais lipolítica, responde melhor às catecolaminas e por consequência é menos responsiva à insulina. A gordura visceral produz mais adipocitocinas pró inflamatórias quando comparada à gordura subcutânea. Esses dois fatores fazem com que a gordura visceral tenha mais efeito inflamatório e ela produz mais ácido graxo livre, poupando a utilização de glicose, o que agrava a resistência à insulina. Quanto mais gordura intra abdominal, como ela é mais lipolítica, ela gera mais ác graxo livre na circulação, quanto mais ác graxo livre, menor a resposta do fígado à insulina, ou seja, existe uma resistência hepática à insulina (resistência central), isso acontece porque o fígado está usando ácido graxo livre como fonte de energia, poupando glicose. Baixa supressão da lipólise pela insulina (a insulina é anabólica, ela poderia suprimir a lipólise, mas como a insulina não está tendo a sua porção satisfatória, ela não consegue exercer essa ação de supressão), o fígado vai captar ácido graxo livre, vai sintetizar lipoproteínas de baixa densidade liberando para corrente sanguínea, aumentando o risco de dislipidemia (alteração do lipidograma, aumento de colesterol total, aumento de VLDL, LDL, redução de HDL), que é fator de risco para infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico. Como o fígado está usando lipídio e não glicose, temos resistência à insulina que ocorre em um primeiro momento a nível central hepático e no segundo momento a nível periférico. Enquanto a resistência é só central, o indivíduo não tem diabetes, mas se persistir corre o risco de ter. Paralelamente a gordura intra abdominal tem uma modificação de adipocitocinas, então vai aumentar a produção de inibidor de ativação de plasminogênio, isso aumenta o risco de aterogênese, aumenta interleucina 6 e fator de necrose tumoral, além de diminuir a adiponectina que é antiinflamatório, então esse tecido adiposo tem um perfil mais pró inflamatório. QUANTO MAIS GORDURA INTRA ABDOMINAL, MAIOR A RESISTÊNCIA À INSULINA E MAIOR A INFLAMAÇÃO Mesma coisa da explicação acima. Quando o músculo passa a diminuir utilização de glicose devido a resistência periférica (músculo e tecido adiposo), tem aumento de glicose exacerbada. Quanto mais gordura intra abdominal, maior o risco da pessoa ter dislipidemia e maior o risco de ter diabetes, porque se tem resistência hepática e periférica a ação da insulina, o pâncreas continua produzindo insulina para dar conta daquela glicose aumentada, mas com a resistência vai chegar um momento que ele vai exaurir, tendo uma limitação da capacidade de produzir insulina. OBS: Periférica está falando de músculo e tecido adiposo. Central está falando de fígado. ★ PROVA - Por que a gordura visceral oferece maior risco cardiometabólico? É o fato da gordura visceral ser mais lipolítica e ter um perfil de adipocitocinas diferentes. Sendo mais lipolítico vai desencadear aquela cascata ali de cima, vai liberar mais ác graxo livre estando mais associada à resistência à insulina e a resistência vai predispor a alteração do lipidograma e deficiência na capacitação de glicose pelos tecidos tanto central quanto periférico. Quando eu acordo pela manhã, minha glicemia está estável porque fiz uma ceia ou jantei e eu tenho mecanismos (fígado) que retiram glicose do glicogênio hepático armazenado. Já que jantei a noite, tenho glicogênio, então o fígado vai produzir a noite glicose para manter minha glicemia normal. Acordei pela manhã, tomei café, eu tenho a sensação do fornecimento de glicose pelo fígado já que me alimentei, eleva o pico de insulina do pâncreas para dar conta daquela glicose e carboidrato que eu ingeri e o fígado ao invés de produzir glicose, vai captar a que eu ingeri via alimentação, tanto fígado quanto o músculo e se eu fizerum exame de curva glicêmica, veremos que a glicemia aumenta um pouquinho, mas volta ao normal, pois o carboidrato que ingeri foi captado pelos tecidos. No paciente que está com diabetes (???? não sei se já está ou se está começando PEASQUISAR) perde sua fase adaptativa e o fígado continua produzindo glicose porque não capta a que está sendo ingerida (nenhuma na verdade). VET raramente usa a fórmula de Harris, normalmente usa a fórmula da FAO, com o peso atual e fator atividade, entretanto pelo paciente ter obesidade, se faz uma restrição moderada subtraindo 500 a 1000 Kcal do VET (mas não pode ficar abaixo do gasto energético de repouso pois assim o paciente passará a perder massa magra e água, o que vai ser mais rápido, porém mais fácil de ganhar depois em massa gorda). VENTA = Valor energético do tecido adiposo, usado para estimar a perda de peso por mês. Cada kg adiposo oferece cerca de 7700 Kcal, então fazemos uma regra de 3. Se 1kg de tecido adiposo tem 7700Kcal, pra eu perder 1kg de tecido adiposo no mês, eu preciso dividir 7700 por 30 dias, que vai dar 256 mais ou menos (isso significa que se eu calcular o gasto energético com meu peso atual e faço uma restrição diária de 256 Kcal, eu tenho em média a perda de 1 kg de tecido adiposo por mês). Dica de consultório: Quer aumentar a restrição de calorias do paciente? Precisa aumentar o fator de atividade do mesmo, para que ele tenha maior gasto energético e, assim, você pode retirar mais Kcal do VET Outra opção para calcular VET é usar a espen, que é multiplicar 20 Kcal pelo peso atual. OBS: Se o paciente está hospitalizado por conta de um problema “leve” (insuficiência cardíaca) e tem obesidade, fazemos uma dieta hipocalórica, mas se o paciente tiver doenças pesadas como câncer grave, não é indicado fazer dieta para perder peso dentro do hospital, trabalhamos a obesidade apenas depois da alta hospitalar. Sobre os macros: ❖ Proteína - normo é de 15 a 20% e acima de 20% até 30% já se torna hiperproteica. (0,8 a 2,0 g/kg/dia) - Quanto maior o grau da obesidade, mais no limite inferior a gente trabalha, quanto menor o grau, mais você pode subir esse limite. Usamos a dieta hiperproteica normalmente para gerar um choque metabólico por 3 - 4 meses para fazer com que o paciente volte a perder peso, depois voltamos com a normo. ❖ Lipídio - Se for um paciente que já não consome muita fritura, massa empanada etc pode-se começar uma dieta hipolipídica (20 a 25%), porém se for o contrário, ele não vai se adaptar, então começa com normolipídica (25 a 30%). ❖ Glicídio - normo, olhando a qualidade desse glicídio, sempre dando preferência aos cereais integrais, frutas e legumes preferencialmente com talos e casca para ter o aumento de fibra e diminuir a carga glicêmica desse carboidrato. Glicídio simples é liberado, mas restringe o uso de açúcar a 10% do VET. ❖ Adequado em Fibras, mas na obesidade acaba sendo considerado rico em fibras porque o paciente come muito pouco normalmente. ❖ Suplementar apenas em caso de deficiência nutricional. Ficar de olho nas vitaminas lipossolúveis, principalmente a D e A, a B12 não é tão comum, ficamos mais de olho quando o paciente vai fazer bariátrica. A princípio consistência sólida, dependendo do caso uma pastora também é ideal. O volume depende do paciente, mas normalmente a gente fraciona mais a dieta e diminui o volume, principalmente no paciente que tem compulsão alimentar. Ao contrário do que ocorre na desnutrição, devemos priorizar preparações quentes pois dão sensação de saciedade. Ação vasodilatadora mais interessante, principalmente à noite. Em pessoas mais velhas (35, acima dos 40), a dieta hiperproteica junto com plano alimentar hipocalórico tem um efeito melhor. Se sua dieta hiperproteica for composta por muita carne gorda, leite integral, esse risco metabólico pode aumentar, pois muita gordura saturada. Por outro lado, se for com leite desnatado, ovo (Clara de ovo), esse risco pode diminuir. SEMPRE PENSAR NA QUALIDADE DA PROTEÍNA. Precisa tomar cuidado ao indicar uma dieta hiperproteica e muito hipocalorica, pois com pouco carboidrato, seu corpo vai passar a usar proteína como fonte de energia ao invés de usar proteína para manutenção da massa magra. Alimentos com muito lipídio tem densidade energética maior mesmo com a mesma gramatura, por exemplo. Em pacientes com obesidade, alimentos com lipídios tem sensação de menor saciedade, pois o coeficiente respiratório do lipídio é menor que o da proteína e do carboidrato, o efeito térmico do alimento, o gasto de energia corporal para metabolizar os nutrientes, no caso lipídio, é muito menor. Ou seja, quanto mais lipídio ingerir na dieta, mais tendência eu tenho de armazenar, mas isso varia dependendo do tipo de lipídio (saturados ou insaturados). Para pacientes não obesos, eutróficos, você reduzir o percentual de gordura da dieta, não varia tanto o peso da pessoa. Já para uma pessoa com obesidade, a partir do momento que você reduz a quantidade de calorias provenientes do lipídio, você aumenta a perda de peso. Se trabalhar com dietas abaixo e 20% e de lipídio, vai ter carência de ac graxos essenciais (queda de cabelo) e é muito difícil fazer o paciente aderir a uma dieta desse nível. O lipídio insaturado, seja mono ou poliinsaturado, tem uma tendência de oxidação maior e o saturado maior tendência a ser mais estocado no corpo. E o lipídio de cadeia média vs cadeia longa ???? AGS - menos oxidado, maior deposição e ligado a obesidade AGI - exemplos como óleo de soja, girassol, óleo de milho, da série n3 óleos de peixe, peixes de águas frias e profundas e lipídios monoinsaturados como por exemplo azeite de oliva extra virgem. Esses oferecem mais saciedade, mais termogênico, maior eficiência oxidativa, sendo menos depositado. Estudos mostram que quanto maior o consumo de oleaginosas, menor é o IMC. Tem mais lipídios poliinsaturados e monoinsaturados. Melhor do que usar o óleo, é usar a oleaginosas inteiras. O que importa na oleaginosa é a quantidade de fibra que causa saciedade, mas se a pessoa não tem dinheiro para isso, ela pode dar preferência a uma maçã com casca, folhosos em geral, pães integrais, arroz integral etc por exemplo. Carboidrato principalmente aquele que tem maior índice glicêmico, menos fibra, aumenta secreção pancreática de insulina e consequentemente poupa lipídios. Aumentam a perda de massa magra. Oxida muito rápido. Quanto maior o índice glicêmico, maior a redução da taxa metabólica de repouso, que faz o paciente recuperar o peso perdido mais facilmente. Já os carboidratos com menor índice glicêmico, faz aumentar massa magra e diminuir massa gorda. SEMPRE ABUSAR NA FIBRA!!!! CORREÇÃO: as setas devem estar em sacarina e ciclamato, que são os mais utilizados. Independente da perda de peso, ele melhora a circulação sanguínea, melhor controle glicêmico, diminui resistência à insulina e aí o paciente com obesidade,diabetes e hipertensão tem outros benefícios além da perda de peso. ❖ TRATAMENTO FARMACOLÓGICO Quando o paciente já tentou outras alternativas, como dieta, mas não obteve resultados, o tratamento farmacológico passa a ser uma opção. Não é pra qualquer pessoa, o paciente já deve ter tentado outras possibilidades. É recomendado para obesidade grau II ou grau I com complicações. Qualquer fármaco faz o paciente perder gordura, mas também perder parte protéica, para minimizar isso, deve-se fazer exercícios físicos. Sem isso, o paciente perde peso muito rápido, porém ganha com a mesma facilidade (reganho de peso). 1- Inibe a recaptação da serotonina, sendo um redutor de apetite. 2- Aumenta o gasto de energia. 1- Tem ação dupla, uma ação catecolinérgica e serotoninérgico. 2- Não tem ação sistêmica como a sibutramina, ele tem uma ação mais intestinal, por isso os efeitos colaterais são mais no trato digestório. Mecanismo normal: Ingestão de triacilglicerol, as lipases gastrointestinais (lipases pancreáticas) se ligam a essa gordura ingerida, formando micelas para serem absorvidas. Com orlistate:O orlistate vai se ligar apenas nas lipases intestinais para impedir que as lipases formem micelas, consequentemente absorvendo menos lipídio. OBS: Se a pessoa consome muito lipídio e toma esse medicamento, vai acabar gerando esteatorréia, então precisa tomar cuidado com esse consumo. 2- Aumenta GLP-1 que tem efeito sacietógeno. Ação semelhante ao de recaptação da serotonina, mas não causa a válvula cardíaca. ❖ VESICULOPATIA Tanto a vesícula, quanto o fígado e o pâncreas, secretam substâncias que caem no ducto comum, que é chamado de ducto colédoco. Na parte interna da vesícula temos o epitélio rugoso, temos a camada muscular externa, adventícia e o peritônio. Qualquer doença mais grave da vesícula que rompa essa camada, pode extravasar líquido para a extremidade peritonial (Raro), que pode causar uma infecção generalizada. Uma pessoa que retira a vesícula por algum motivo consegue viver normalmente, entretanto, se em algum momento a pessoa ingerir uma refeição hiperlipídica, ela poderá não ter a tolerância que uma pessoa que tem a vesícula, porque o fígado vai estar gotejando bile rotineiramente. O lipídio vai precisar ser distribuído durante o dia, não em uma refeição só, ou então a pessoa pode ter diarréia, flatulências e problemas digestivos como eructação e vômito. A bile é produzida no fígado e quando ela chega na vesícula, acontece uma reabsorção pela mucosa (parede da vesícula) dos eletrólitos e líquidos. Com isso, a bile vai ficando mais concentrada e se não é ejetada, ocorre a maior probabilidade de formação de cálculos. Ácidos biliares produzidos no fígado, fazem parte da bile e estão envolvidos nessa digestão e absorção de lipídios e parte deles é reabsorvida lá no intestino. Voltando pelo sistema entero hepático para o fígado. Um dos tipos de cálculo mais comum na população é o de colesterol. Quem tem colesterol sanguíneo elevado, normalmente são pessoas que têm uma bile mais rica em colesterol e, se essa pessoa se vier a ter um cálculo na vesícula, vai ser a base de colesterol. Os sais biliares têm a função de emulsificar lipídio, pois emulsificando lipídio as lipases pancreáticas conseguem digerir esse lipídio e mandar para dentro do enterócito os ácidos graxos. CORREÇÃO: Os números são direcionados para as palavras abaixo da posição de onde estão. (Exemplo pra lembrar: HCO3 - 28 e 10.) No geral, os eletrólitos vão diminuir porque estão sendo reabsorvidos e as moléculas orgânicas concentrando (aumentando). Dentro da bile os ácidos biliares estão na forma primária, quando essa bile é ejetada pela vesícula e cai no intestino na presença das bactérias intestinais, esses ácidos biliares são conjugados na forma secundária. Essa conjugação é feita na presença dos aminoácidos Glicina e Taurina (conjugação é IMPORTANTE, pois é nessa forma que ele estará melhor preparado para a emulsificação dos lipídios). A bilirrubina é conjugada no fígado e desconjugada no intestino, é uma das responsáveis pela coloração da urina e também é importante na coloração das fezes. Formação da bile, bile ejetada no colédoco, armazenada na vesícula, lá na vesícula os íons e a água são absorvidos parcialmente fazendo a concentração da bile, a bile concentrada fica armazenada quando eu to ingerindo lipídio por exemplo, o lipídio estimula a produção do hormônio colecistoquinina (que estimula saciedade e promove a contração da bile) e a vesícula contrai, ejetando a bile. A bile passa pelo colédoco, cai no trato digestório, particularmente no duodeno e na região do íleo parte dos ácidos biliares são reabsorvidos pela circulação entero hepática, retornando ao fígado para fazer parte da nova bile. Se a pessoa não consome lipídio ou muito baixo e tem a vesícula lentificada, pode acabar mantendo bile dentro e gerando o cálculo biliar, Fracionar as refeições durante o dia, o lipídio, vai garantir que sua vesícula está trabalhando (6 refeições no dia). Cálculo = pedra = litíase (que pode acontecer dentro da vesícula ou do colédoco). Lembrando que quanto mais tempo a bile fica na vesícula, maior é a possibilidade de cálculo biliar, pois ocorre a reabsorção de água e eletrólitos aumentando a concentração da bile. Motivos que podem levar a essa reabsorção de água: ➔ Não consumir lipídio, não estimulando a ejeção; ➔ Problema na parede da vesícula e a contração da musculatura lisa está prejudicada, consequentemente a bile vai ficar aí; ➔ Frequência de refeições muito longa e a bile fica ali muito tempo. Quanto maior o cálculo, mais difícil passar no colédoco. Porém por um lado é bom, pois o cálculo pequeno pode sair e obstruir o colédoco, que é mais grave e pode gerar uma pancreatite aguda por exemplo. A dor causada pela cólica biliar é mais pro diafragma pro lado direito, que é onde fica a vesícula. A dor não é muito específica, pois como ocorre obstrução e má digestão, podendo ser ocasionada tanto pelo próprio cálculo quanto pela flatulência (má digestão faz com que o alimento fique ali fermentando por bactérias etc). Causa aumento do abdome, inchaço e flatulência. A icterícia é principalmente causada se o cálculo obstruir o colédoco, obstruindo a passagem da bile, a bile volta para o fígado, que gera o escurecimento da urina, acolia fecal (fezes cor de argila) e conjuntivas amareladas. Se o cálculo fica apenas dentro da vesícula, não tem icterícia. (2) Pancreatite - Quando o cálculo é menor e passa pelo colédoco, obstrui ali perto da ampola, as secreções pancreáticas não vão cair no intestino delgado e duodeno, retornando para o pâncreas sendo ativadas lá e vão auto digerir o pâncreas. (4) Abscesso hepático - a vesícula fica tão edemaciada, inchada, que faz como se fosse uma ponte com o fígado, como se um órgão colasse no outro. Dieta hiperproteica não é recomendada a longo prazo, pois traz diversos problemas no futuro, uma vez que a maior parte das pessoas que fazem dietas hiperproteicas querem apenas aumentar o consumo da carne, o que é ruim. A qualidade da ptn é mais importante do que a quantidade, porém as pessoas não querem mudar seus hábitos. 1- O cálculo é mais amarelado e é grande. É mais frequente em mulheres depois dos 40 anos. 2- É mais rica em bilirrubina e é menorzinho o cálculo, podendo obstruir o colédoco. É mais raro. Litogênica é a bile que tem grande chance de se formar uma pedra. 2 - Tem a ver com as imunoglobulinas do muco e da parede interna da vesícula. Quanto mais escuro, mais bilirrubina tem presente. O castanho tem um pouco mais de colesterol que outros. Não tem ligação com a obesidade como ocorre na litíase de colesterol. Toda vez que o paciente tem uma doença hepática grave, ele tem uma produção de solubilizadores menor. Se a pessoa é assintomática, ela não necessariamente precisa retirar a vesícula, só de ter os cuidados dietéticos já vale. Se o paciente for muito idoso, é arriscado fazer a retirada da vesícula. Faz um tratamento paliativo Se estiver com febre ou infecção não tem como fazer cirurgia, tem que tratar com antibioticoterapia e dieta inicialmente. A conduta para os assintomáticos é apenas cuidados com a dieta. Já para os sintomáticos medicamentos, cirurgia e dietoterapia. Quando você tem uma característica de saturação desse colesterol (o mais comum), normalmente é caracterizado como uma deficiência nos fatores solubilizadores e, então, como tratamento, o paciente faz uso dos ácidos biliares. Pois esses ácidos biliares ajudam na emulsificação dos lipídios e parte dele vai ser reabsorvida pelo fígado como agente solubilizador. Isso ajuda bastante na digestão lipídica. OBS: Se o paciente abusa dos lipídios e usa esses ácidos, ele pode ter diarréia ou esteatorréia. Esses medicamentos não ajudam no problema, mas melhoram a dor e auxiliam nas flatulências, hipertimpanismo. Por que a qualidade do lipídio altera a bile (pra melhor)? Quando você aumenta o perfil de saturado, você aumenta também o colesterol. E quando você muda para o lipídio mono ou poli você diminui essa formação do colesterol, diminui a absorção de colesterol,a oferta de colesterol e também melhora o perfil lipídico do paciente com dislipidemia. Diminuindo gordura, colesterol, açúcar simples, aumentando fibras você diminui triglicerídeos e aumenta HDL. Fibras - Quanto mais fibras, melhora a microbiota intestinal, melhora os ácidos biliares que são reabsorvidos, aumenta o número de agentes solubilizadores na bile e diminui a excreção de colesterol. OBS: Pacientes internados não recebem dietas hipocalóricas para perda de peso, mesmo que sejam pacientes obesos, isso só ocorre depois da alta hospitalar. Isso porque se continuar dando a dieta, o paciente pode acabar desidratando. Pode começar com soro glicosado e sem via oral, entretanto se não tiver previsão de melhora, devemos colocar uma parenteral ou enteral (vai depender do caso). CORREÇÃO: No lugar de hipocolesteínica é hipocolesterolêmica. É como se a vesícula ficasse paralisada, sem contrações e evitasse a ejeção da bile. A icterícia é causada por causa da inflamação no colédoco, que deixa edemaciado, diminuindo a luz e impede a passagem da bile Retirar a via oral, pois se você mantém essa via, você continua estimulando a vesícula sem ela estar conseguindo ejetar bile. ★ PROVA: ORIENTAÇÕES EM CIMA DO PACIENTE, MAS TAMBÉM AS GERAIS Paciente fibrosado pode vir a ter deficiência de Cálcio. ❖ GASTROPATIA PEGAR NO RESUMO DA GLEI!!!!!!!! ❖ CIRURGIA BARIÁTRICA CORREÇÃO: Em vez de resolução é remissão a forma correta de se falar, pois o indivíduo pode voltar a suas comorbidades. A cirurgia não só leva a perda de peso, mas também a mudanças metabólicas importantes. 1- Gastroplastia Redutora em Y de Roux: No momento em que tira a grande curvatura do estômago, ocorre a diminuição do hormônio chamado grelina, que é o hormônio da fome, logo se eu tenho uma diminuição desse hormônio, eu não vou sentir fome de forma fisiológica . A colecistoquinina (CCK) é liberada em uma porção que fica exclusa do trato gastrointestinal, ou seja, não passa alimento, se o alimento não passa, não vai liberar a CCK que é o hormônio da saciedade. Mas ela é liberada pela fase cefálica e quando o alimento passa pela alça e toca no final do jejuno e início do íleo, eu tenho uma liberação de um grupo de hormônio chamado de incretinas (PYY, GIP - inibidor gástrico e GLPI - peptídeo semelhante ao glucagon), isso gera um aumento na saciedade, começo a ter melhora na sensibilidade à insulina e o PYY parece estar com a melhora do metabolismo. Com essa mudança na anatomia é como o indivíduo teria todas aquelas melhoras metabólicas. 2- Gastrectomia Vertical: Acontece a mesma coisa no estômago. Mas neste caso, o alimento toca mais rapidamente no duodeno, gerando a liberação de CCK não só na fase cefálica mas também pelo toque do alimento nesta região. Ocorre a mesma liberação das incretinas, pois quando eu tiro a grande curvatura do estômago e eu transformo esse estômago em um tubinho, eu aumento a pressão, eu aumento o trânsito duodeno jejunal, logo com esse trânsito mais acelerado a comida chega mais rápido no finalzinho do jejuno e íleo. 3- Gordura Corporal: Conforme o indivíduo vai perdendo peso, ele vai diminuindo gordura corporal, logo a leptina vai diminuindo também, que é um hormônio da saciedade, entretanto, quando eu tenho uma gordura corporal muito acima do ideal, eu começo a ter uma produção exacerbada de citocinas inflamatórias que podem a vir prejudicar e provocar resistência a esse hormônio. E a adiponectina, é uma citocina que no caso vai contra as citocinas inflamatórias, ou seja, promove sensibilidade a insulina, promove um estado mais adequado diminuindo a formação de placas de ateroma, diminuindo poder aterogênico das artérias, então é uma citocina do “bem” e só vai ser liberada se o tecido adiposo estiver fora de faixas da obesidade, ou seja, sem muitas citocinas inflamatórias circulando. Resposta imunometabólica, conforme o tecido adiposo aumenta, ele começa a liberar muitos macrófagos e começa a ter uma resposta imunológica mais exacerbada, o que prejudica a resposta imunológica do indivíduo (por isso que se fala muito de Covid-19 e obesidade). E quando esse tecido adiposo começa a diminuir, eu começo a ter uma resposta imunometabólica melhor. Óxido nítrico - Meus vasos sanguíneos, começo a diminuir o grau de inflamação, diminui permeabilidade, logo tem um aumento do óxido nítrico, promovendo um vaso relaxamento, o que melhora a hipertensão arterial. ❏ Complicações do pós operatório: 1- Fístula de anastomose gastrointestinal: Rompimento da costura da alça do jejuno com o estômago, podendo sair alimento para o meio, peritônio, o que pode causar até sepse. 2- Hematoma Seroma da incisão: Onde foram realizadas as costuras, ocorreu a formação de hematoma na região. 3- Hérnia incisional: O cirurgião não costurar direito e assim alguma alça intestinal sair por ali. 4- Embolia Pulmonar 5 - Atelectasia e pneumonia pós operatório (Ver os outros no slide, muito pequeno para ler aqui) ❖ ESOFAGOPATIA O esôfago está na parte de trás da traqueia. O alimento que está na boca tem que ir pro esôfago e não para traqueia (indo para o pulmão), isso é feito através do esfíncter superior e inferior (se eu estou respirando, preciso que meu esfíncter superior esteja retraído mas se estou deglutindo, o esfíncter superior tem que estar relaxado. No inferior quando o alimento é deglutido o esfíncter deve estar relaxado para ir pro estômago, mas se fica muito tempo relaxado, tem maiores chances de refluxo). Obs: tem alimentos que ajudam a relaxar ou contrair esse esfíncter. Em algumas patologias essas células modificam. Fase oral - mastigação, mistura do alimento com a saliva e enzimas (amilase salivar) Fase faríngea - objetivo fazer chegar a comida no estômago e não no pulmão OBS: EES = esfíncter esofágico superior. EEI = esfíncter esofágico inferior. Quando o esfíncter tá relaxado para ter a deglutição, não tem respiração. Aspiração pulmonar pode gerar uma pneumonia, têm bactérias no alimento. Passou do esfíncter esofágico superior já começa a disfagia baixa. Paciente que acabou de sair de uma entubação, precisa passar primeiro na fono para depois passar a dieta, por conta dessa disfagia orofaríngea que é comum nesses pacientes depois. Pirose = queimação - Perda de peso causada pela falta de vontade de comer do paciente; - Desnutrição com depleção da musculatura temporal e da bola gordurosa de bichart (comum também em pacientes com dieta líquida, pois quando você não mastiga, você não trabalha esses músculos); - Desidratação ver como foi ensinado em avaliação nutricional (pele, boca). Cianose = lábios, pontas dos dedos dos pés e mãos roxas, isso acontece porque não há oxigenação adequada nas extremidades. No nível 2 normalmente deve ser colocado uma enteral junto mesmo com uma suplementação nutricional. A inclinação do queixo é para ajudar na deglutição. “Líquidos com espessante” vai depender, se eu tenho uma disfagia a líquidos, vou usar com espessantes, mas se eu tenho disfagia a sólidos não. Frutas cítricas aumentam muito a salivação e o paciente disfágico já sofre disso. Lembrando: Nasogástrica - nariz e estômago. Deve ser realizada sentada ou encostada pra não ter risco de voltar. Nasoentérica - nariz e intestino. Normalmente passadas por endoscopia. OBS: É sempre importante ver se a sonda está bem colocada antes de iniciar a dieta, pois caso não, algo que seria para ajudar, vai acabar atrapalhando. Água também deve ser espessada para o paciente, fica meio turva. Na enteral precisa ficar muito de olho na quantidade de água para o paciente. As dietas com MAIOR densidade calórica, são dietas com MENOS água (exemplo: dieta de concentração 2.0, o paciente recebe menos água do que em uma dieta 1.0) O tabagismo promove uma diminuição da pressão do esfíncter esofágico inferior. Pressão abdominal aumentada pode ser relacionada a obesidade. Estômago cheio, em casos normais o esfíncter inferior fica fechado pra ocorrer a digestão, se esse esfíncter não fecha, o conteúdo podevoltar pro esôfago ácido por culpa do HCl presente, podendo causar esofagite. Causa gastrite, que pode promover refluxo gastroesofágico maior, Hérnia é o pedacinho do estômago que faz o deslizamento por meio do diafragma, que ocasiona a presença de alimentos no local, causando refluxos mais frequentes. Bem comum em pacientes obesos Fezes escuras = com sangue Por conta da grande quantidade de refluxos, as células peculiares do estômago vão para o esôfago, permanecendo lá, podendo, por conta da sua habilidade de multiplicação, se transformar em tecido maligno. Evitar alimentos que reduzem a pressão, pois se o esfíncter estiver, de forma errada, relaxado mais que o normal, não deve ajudar mais ainda esse relaxamento. Alimentos gordurosos, além de propiciar esse relaxamento do esfíncter, ainda retarda o esvaziamento gástrico. Se eu estimulo a secreção ácida, quando eu tenho o refluxo, terei um líquido muito mais ácido passando por esse esôfago, o que pode causar uma esofagite por exemplo. Por isso deve-se diminuir o consumo desses alimentos. Se é um paciente obeso eu vou fazer uma dieta hipocalórica, paciente eutrófico normocalórica e paciente desnutrido hipercalórica. OBS: Dietas hiperlipídicas promovem o aumento da colecistoquinina (CCK), o que provoca a diminuição do esfíncter inferior e retarda o esvaziamento gástrico. Alimentos com enxofre devem ser evitados para não causar desconforto abdominal, tipo melancia e couve flor. Muitas vezes é consequência do refluxo gastroesofágico por muito tempo. (1) Ingestão de alimentos que irritam a mucosa como por exemplo alimentos muito quentes que podem lesionar o esôfago. (8) Por exemplo, pacientes com bulimia. Sangramentos são causados por pequenas úlceras naquela região. (5) Agentes procinéticos tem objetivo de aumentar esse esvaziamento gástrico, fazendo com que tenha menos alimento no estômago, evitando o refluxo. Pouco usado. Apenas em casos mais graves quando o tratamento medicamentoso não funciona. Começa com deslizamento e se torna paraesofágica Pancreopati� As duas últimas setas se referem ao ducto principal. O quimo após passar pela exposição do suco gástrico vai chegar no duodeno e vai sofrer ação dessas enzimas digestivas que se encontram no suco pancreático. (1) Vão ter hormônios tanto para elevar a glicemia, quanto para reduzir a mesma. Células da parte exócrina do pâncreas. Células acinares que são responsáveis por produzir as enzimas que vão ficar armazenadas ali na parte de dentro do círculo (foto lado direito), essas enzimas, quando houver necessidade vão passar pelo ducto (células ductais) para entrar em contato com outras células, onde vai ser acrescentado o bicarbonato, depois o esfíncter de oddi relaxa para que esse suco pancreático somado ao bicarbonato seja eliminado no intestino. O suco pancreático age no duodeno. O suco pancreático tem a forma inativa, que é o quimiotripsinogênio e tripsinogênio, por que? Isso acontece porque ele quebra ligações pépticas de proteína e, se ele estivesse na forma ativa, ele ia digerir o próprio pâncreas, causando uma lesão nesse órgão. Essas enzimas só são ativadas no momento em que vão atuar para impedir que ocorra essa lesão. O pâncreas secreta esses precursores que vão ser ativados no duodeno e no jejuno por catalisadores. Ativação do tripsinogênio em tripsina, feita pela enteroquinase encontrada dentro do intestino. A tripsina tem o papel de ativar o quimiotripsinogênio, procarboxilpeptidase e proelastase para suas formas ativas correspondentes: quimiotripsina, carboxipeptidase e elastase, esses vão ter papel importante em cima do alimento digerido. Gastrina diminui o esvaziamento gástrico para não dar o quimo tudo de uma vez para o duodeno. Focar também em fibrose cística no lugar de litíase pancreática!!! Processo inflamatório que pode acarretar em algumas dessas alterações no órgão. Aguda - Algo pontual que o paciente está com inflamação, vai tratar e vai ficar tudo bem. Crônica - Quando não tem como reverter 100% (a aguda pode se tornar uma crônica). Podemos descobrir através da anamnese qual é a origem. Por que ocorre essa piora dos sintomas com a ingestão alimentar? Porque quando a pessoa come, ela estimula a secreção das enzimas pancreáticas, e, com isso, aquele órgão que está doente, afetado, vai ter dificuldade de secretar, fazendo com que o paciente sinta mais dor, mais distensão abdominal… Quem faz o diagnóstico é o médico, nutricionista só faz o diagnóstico NUTRICIONAL! Vai estar lá ocorrendo a inflamação, que vai ser aquele BUM e essas enzimas vão começar a sair dessas células e se espalhar pelo pâncreas e isso vai gerar a piora dessa inflamação. Icterícia - A gente tem uma proximidade do órgão pâncreas, vesícula biliar e fígado, assim, uma alteração do pâncreas pode influenciar nesses outros órgãos levando essa icterícia. (1) Tentar reduzir ao máximo o estímulo desse órgão. (2) Pode ter um problema para secretar a insulina, podendo desnivelar a glicemia. Suspender a alimentação oral é pensando no objetivo do tratamento de deixar o pâncreas em repouso, mas não vai ocorrer por muito tempo. OBS: a nasojejunal vai estar depois do esfíncter de Oddi, que é onde é secretado o suco pancreático. Vale lembrar também que a polimérica vai precisar de um processo digestório ali, da ação de algumas enzimas para poder quebrar e ser absorvida. Já a oligomérica não vai precisar tanto assim. Usar o TCM nesses dois casos específicos (sonda nasojejunal e esteatorréia) pois o TCM tem processo de absorção diferente dos demais tipos de triglicerídeos, os triglicerídeos de cadeia média são absorvidos diretamente sem precisar do processo de micelas e por esse motivo ele é mais indicado nesses casos (paciente não consegue digerir gordura). O paciente precisa ir voltando aos poucos para restabelecer seu organismo para a ingestão normal. Formação de elementos que vão causar lesões celulares e essas lesões para se recuperar, começa a formação de tecido cicatricial, que é um tecido mais rígido que não exerce a função que as células do pâncreas exercem, isso faz com que o paciente perca parte da função das células que foram perdidas. A desnutrição ocorre porque se o órgão não consegue funcionar muito bem, não consegue absorver os nutrientes. Além disso, esse paciente sente dor, ou seja, ele vai deixar de comer as mesmas quantidades para tentar evitar essa dor. (1) O órgão vai ficando mais rígido, isso pode comprimir o ducto biliar e também o duodeno por conta do inchaço. (2) Ruptura que começa a expor a cavidade abdominal e as secreções pancreáticas. (3) Barriga inchada, cheia de líquido por conta dessas alterações do pâncreas. Antiácidos - O paciente está com as enzimas pancreáticas comprometidas e também o bicarbonato, então não vai conseguir secretar direito essas enzimas e o bicarbonato, então o antiácido pode estar auxiliando no papel do bicarbonato para aumentar o PH que vem do estômago para o intestino. Reposição de enzimas pancreáticas - Como o suco pancreático contém enzimas que digerem proteína, carboidrato e lipídios, precisamos repor essas três enzimas (lipase, amilase e protease) pra ajudar nessa digestão do paciente. Com a redução da protease, ocorre uma diminuição de absorção da vitamina B12 (as fontes são animais). Fracionamento: Já que o paciente sente dor, não é ideal colocar tudo em só 3 refeições. Por isso deve-se reduzir o volume dessas refeições e ele comer mais vezes no dia para atingir as necessidades calóricas adequadas para evitar a desnutrição. SÓ UTILIZA A PARENTERAL EM ÚLTIMO CASO REAL!!! A má absorção tem a ver com a má digestão, então como não tem o pâncreas secretando de forma adequada as enzimas digestivas, teremos uma má digestão e o nosso corpo não absorve todos os nutrientes dos tamanhos que vem e gera a má absorção. Melhorar o estado nutricional principalmente na pancreatite crônica porque tem forte tendência à desnutrição. Diabetes - como estamos tendo o crescimento anormal de células nesseórgão, com isso, ela vai destruindo as células normais do órgão, tendo perda de função, podendo gerar diabetes. (1) Pela proximidade do pâncreas com o intestino, pode haver a necessidade de fazer a retirada do duodeno do paciente para impedir que o câncer se infiltre em outros órgãos. (3) Retira parte do pâncreas e o conecta diretamente ao intestino. A parenteral é indicada para aquele paciente que sente muita dor, está desnutrido, não consegue comer, está com muito enjoo e muita náusea. VET = Faz o cálculo e soma os 30% do VET em cima dele. Lipídio: Nunca vai aumentar a ingestão desse macro mesmo em situações de desnutrição por conta da digestão (o lipídio força muito o pâncreas). Insuficiência endócrina: Por meio da insulinoterapia e alimentação a gente ajuda o paciente a manter o equilíbrio da glicemia. ● Mas por que o paciente vai direto para insulina e não para medicamentos orais de glicemia? Porque ele está ali com um tumor que está crescendo em direção às células saudáveis do órgão, tendo perda de células que funcionam e perda de função que não tem como recuperar. Além disso, quando ocorre a cirurgia para retirada do tumor, não há retirada apenas de células ruins (margem de segurança), com isso, tem perda da função do pâncreas, tendo que suplementar, repor essas enzimas. (1) por conta da obstrução do ducto não vamos ter a saída do suco pancreático e, assim, esse suco vai extravasar para o próprio órgão, fazendo a auto digestão, levando a diabetes mellitus tipo 1 (que é o tipo que tem a perda de função das células e não tem como recuperar). OBS: A fibrose pode gerar a cirrose a longo prazo Por ser uma doença genética, geralmente a pessoa vai receber o diagnóstico nos primeiros meses de vida. Já inicia na infância. (4) A coloração amarelada das fezes está muito relacionada ao excesso de gordura nas fezes, indicando problemas no fígado, na vesícula biliar, pois são eles que produzem e armazenam os sais biliares que são responsáveis por ajudar nesse processo de absorção de gordura. E também pode estar relacionado com doença de pâncreas, se a gente não tem secreção adequada da enzima lipase, a gente também não consegue digerir essa gordura para que ela seja absorvida. (5) Baixo crescimento e ganho de peso por conta da má digestão e absorção dos nutrientes. (6) As vitaminas lipossolúveis tem afinidade com os lipídios, se eles não estão sendo absorvidos, elas também não serão. Fazer com que os nutrientes cheguem aos locais certos e cumpram o papel deles. OBS: Pode ter uso de duas vias juntas (oral e enteral). Hepatopatia� Está em uma posição estratégica pois drena tudo o que vem do intestino e do baço, ou seja, tudo o que comemos, medicamentos, vai ter passagem pelo fígado pela veia porta. Armazenamento de glicogênio para que durante o jejum a gente consiga manter nossa glicemia em equilíbrio. Síntese da bile - Sintetiza a bile e essa é armazenada na vesícula biliar, sendo liberada no intestino para emulsificação de gorduras. Apenas 20% é absorvido no estômago. Etilistas crônicos - Vai desenvolvendo uma capacidade adaptativa no seu sistema neurológico (parecendo que está bem quando bebe) porque ele está induzindo enzimas, enzimas secundárias, metabolização do etanol e isso faz com que tenha uma tolerância maior a ingerir mais bebida alcoólica. O importante não é só o consumo diário, mas sim a carga total ingerida (lembrar do exemplo do motorista de caminhão que não bebia durante a semana, mas chegava no final de semana e bebia muito durante os 3 dias, além do fato de ingerir álcool desde os 12 anos e, por esse motivo, agora com 36 anos está com cirrose hepática). As mulheres sentem mais os efeitos do álcool por conta das taxas de concentrações plasmáticas, que se elevam mesmo com menos quantidade de álcool no organismo. MEOS - via de tolerância que se desenvolve nos etilistas crônicos. O álcool chega praticamente intacto no fígado, vai ser metabolizado pela enzima álcool desidrogenase com a redução de um NAD e formação de NADH, gerando como produto final dessa via o acetaldeído (que é o responsável pelo rubor facial, calor). E então uma segunda enzima, que é a acetaldeído desidrogenase (ALDH), vai atuar gerando o acetato. Deficiência de ALDH - gera menor tolerância à ingestão de bebidas alcoólicas. Explicando a figura: Um fígado normal, quando o indivíduo começa a beber, quase todo mundo (80 - 90% das pessoas) vão ter acúmulo de gordura no fígado. Se ele persistir bebendo regularmente, uma parte vai desenvolver uma inflamação no fígado chamada de esteato hepatite alcoólica e em torno de 20 a 40% dos indivíduos vão desenvolver a fibrose (tecido cicatricial). Em torno de 8 a 20% das pessoas desenvolvem a cirrose, que é o grau irreversível da doença hepática. Desses indivíduos com cirrose, 3 a 10% vão desenvolver câncer de fígado (carcinoma hepático celular - HCC) Acetaldeído produzido, aumenta a produção de NADH, que aumenta a via da lipogênese, que aumenta a quantidade de gordura no fígado. Além de levar um estresse oxidativo importante, levando a uma injúria do hepatócito. Também leva uma peroxidação lipídica, que levando a injúria do hepatócito (levando a morte do hepatócito), começa a ter migração de células inflamatórias, começa a ativação das células de Kupfer que começam a produzir citocinas, dentre elas, o fator de necrose tumoral (TNF). Ela começa a se ligar aos receptores dos hepatócitos, ativar as caspases intracelulares, provocando degradação de DNA, morte celular (proteólise intensa) e morte celular apoptose. Álcool é importante para gerar resposta inflamatória! O álcool é um disruptor de membrana, de barreira intestinal, além de reduzir o tamanho das microvilosidades, causando absorção importante de algumas vitaminas essenciais até para o metabolismo do próprio álcool e havendo essa disruptura, começa haver a translocação de lipopolissacarídeos. Agrava e acelera a progressão da doença do indivíduo. Indivíduos com infecção por vírus de hepatite C: vão ter um dano extenso no fígado porque bebem e já junta a injúria do próprio vírus. Fazendo uma progressão mais rápida para esse indivíduo chegar à cirrose e depois carcinoma Hepatite B: A mesma coisa que a C. Indivíduos que têm a doença hepática gordurosa não alcoólica: aumenta progressão celular e o risco de câncer de fígado. Hemocromatose hereditária: Doença onde ocorre sobrecarga de ferro no fígado por questão hereditária e, com isso, o indivíduo vai progredir mais rápido para fibrose e os estados mais avançados da doença. COMO OCORRE A ESTEATOSE HEPÁTICA COM O CONSUMO DE ÁLCOOL? Ocorre um consumo muito grande de NAD para que receba o hidrogênio e forme NADH no metabolismo do álcool. Qual o problema disso? O problema é que a falta de NAD+ e excesso de NADH inibe o ciclo de Krebs, o que gera o desvio para a síntese de gordura. Lembrando: NAD+ é receptor no ciclo de Krebs, sem ele o ciclo não tem como rodar. Com a inibição do ciclo de Krebs, o acetil CoA é desviado para a síntese de ác graxos, formando triglicerídeos e triglicerídeos acumula no fígado, gerando o fígado gorduroso. Álcool fornece 7 Kcal/ml - Kcal vazias!!! Além de não levar nada de bom, aumenta o requerimento para a sua metabolização. ESTEATOHEPATITE ALOÓLICA DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA (DHGNA) (1) e (2) maior acúmulo de gordura central/visceral que está muito associada a estresse oxidativo (tudo o que já falamos sobre gordura visceral)... DESENVOLVIMENTO DA DHGNA Genética: OBS: A célula estrelada tem grande importância na fisiopatologia da evolução da doença hepática. Metabólica: Vias de acúmulo de gordura hepática: 1- Resistência à insulina: A preocupação é o fato dela ser silenciosa, não existe um exame para que você descubra isso. O indivíduo tem uma dieta muito rica em CHO, principalmente CHO simples, e também gordura saturada que tem papel muito importante em resistência à insulina e inflamação (estilo de vida da alimentação industrializada). Esse indivíduo ao longo dos anos vem a desenvolver
Compartilhar