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Prof. Rodrigo Abreu - MSc Complicações Sistêmicas SEPSE A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. CONCEITOS 27/09/2017 SIRS = Síndrome da resposta inflamatória sistêmica 4 FOCO INFECCIOSO 27/09/2017 CT de Medicina de Urgência e Emergência CT de Medicina Intensiva - CREMEC/CFM 5 Quadro evolutivo infeccioso ASPECTOS CLÍNICOS • Encefalopatia Séptica; • Lesão pulmonar aguda • SARA • Insuficiência Renal Aguda • Hipotensão • Coagulopatia • Disfunção Hepática DIAGNÓSTICO Tratamento Ressucitação Volêmica / Suporte hemodinâmico Abordagem da infecção Antibioticoterapia Culturas com antibiograma Corticóides Ventilação Protetora Controle Glicêmico (80 -110 mg/dl) CHOQUE Anormalidade do sistema circulatório que resulta em perfusão orgânica inadequada para suprir às necessidades tissulares de oxigênio e nutrientes. • Falha no mecanismo que bombeia o sangue (coração); • Problemas nos vasos sangüíneos (alteração na resistência da parede vascular); • Baixo nível de fluido no corpo (sangue ou líquidos corporais). Causas • CHOQUE HIPOVOLÊMICO: perda de sangue, plasma ou líquidos extracelulares; • CHOQUE CARDIOGÊNICO: insuficiência miocárdica ; • CHOQUE DISTRIBUTIVO: diminuição do tônus vascular. Dividido em: – CHOQUE NEUROGÊNICO; – CHOQUE ANAFILÁTICO; – CHOQUE SÉPTICO. • CHOQUE OBSTRUTIVO: obstrução mecânica do fluxo sangüíneo. Classificação • hipotensão • taquicardia • pulso fino e taquicárdico • pele fria e pegajosa • sudorese abundante • Mucosas descoradas e secas • palidez • cianose • resfriamento das extremidades • hipotermia • respiração superficial, rápida e irregular • sede • náuseas e vômitos • alterações neurossensoriais. Sinais e sintomas gerais Ocorre quando o volume intravascular é depletado em razão de hemorragia, vômitos, diarréia, desidratação e perdas para o terceiro espaço. A principal causa é a hemorragia por trauma – as manifestações clínicas decorrem da perda > a 40% do volume plasmático. Choque Hipovolêmico Volume sangüíneo diminuído Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Débito cardíaco diminuído Perfusão tecidual diminuído Choque Hipovolêmico • Manifestações clínicas: Choque Hipovolêmico PAS < 90 mmHg História de vômito, diarréia ou trauma Hipotensão Taquicardia Palidez cutânea,enchimento capilar lento e pulsos finos Sudorese fria Taquipnéia → insuficiência respiratória Oligúria/Anúria Alterações do estado de consciência – agitação, confusão, sonolência ou coma. Choque Hipovolêmico ▪ Visa a reposição volêmica o mais rápido possível. ▪ Atenção para idosos e cardiopatas. ▪ Ringer lactato é preferível, pois em casos de grandes volumes o SF 0,9% pode causar acidose hiperclorêmica . Está contra-indicado o uso de soluções glicosadas. ▪ A expansão com colóides (albumina e hidroxietilamido) mostrou-se tão benéfica quanto os cristalóides, porém de maior custo. ▪ Sempre que possível deve-se usar sangue tipo específico, caso contrário usa-se tipo “O” negativo. ▪ Inicialmente estão contra-indicadas drogas vasoativas ficando reservada para os casos sem resposta a reposição de volume. Falência do coração como bomba devido disfunção do músculo cardíaco ➢ A principal causa é o infarto do miocárdio – estima-se que seja necessário a perda de 40% da massa ventricular pra a instalação do choque. ➢ Outras causas são miocardites, cardiomiopatias, doença de Chagas, doenças valvares, arritmias, etc. ➢ O tratamento da causa base é primordial e a correção do distúrbio deve ser feita tão logo haja condições clínicas. Choque Cardiogênico Contratilidade cardíaca diminuída Débito cardíaco e volume sistólico diminuídos Perfusão tecidual sitêmica diminuída Perfusão dimnuída da artéria coronária Congestão pulmonar Choque Cardiogênico • Manifestações clínicas: Choque Cardiogênico PAS < 90 mmHg Hipotensão Taquicardia Palidez cutânea, enchimento capilar lento e pulsos finos Sudorese fria Taquipnéia e insuficiência respiratória Sinais de Congestão Pulmonar – estertores pulmonares Turgência jugular Alterações do estado de consciência – agitação, confusão, sonolência ou coma. • Tratamento: vai depender do agente etiológico. * deficiência aguda do enchimento e esvaziamento cardíaco, por obstrução mecânica: cirúrgico; * comprometimento miocárdico: monitorização hemodinâmica e uso de drogas. Choque Cardiogênico Utiliza-se ainda: • Sedação; • Oxigênio; • Reposição de volume; • Correção das alterações hemodinâmicas, através do uso de: dopamina, dobutamina, associação de drogas inotrópicas e vasodilatadoras, agentes fibrinolíticos,bicarbonato de sódio, heparina, isoproterenol, adrenalina, amrinona; • Balão intra-aórtico. Choque Cardiogênico Os quadros distributivos são aqueles em que existe uma inadequação entre demanda tecidual e oferta local de oxigênio devido a alterações do tônus e/ou da permeabilidade vascular. Tem como seu exemplo clássico o choque séptico. Choque Distributivo Vasodilatação Má distribuição do volume sangüíneo Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Débito cardíaco diminuído Perfusão tecidual diminuído Choque Distributivo • Manifestações clínicas: Choque Distributivo Fase inicial ou hiperdinâmica (choque quente) ▪PAS < 90 mmHg ▪Extremidades quentes e ruborecidas ▪PA normal ou discretamente reduzida ▪Taquicardia e pulsos amplos ▪Febre e sintomas constitucionais gerais ▪Taquipnéia e alcalose respiratória ▪Confusão mental ▪Débito urinário normal • Definição: • Causas: * lesão da medula espinhal; * anestesia espinhal; * lesão do sistema nervoso; * efeito depressor de medicamentos; * uso de drogas e ainda estados hipoglicemiantes. Choque Neurogênico • Manifestações clínicas: * pele seca e quente; * hipotensão; * bradicardia; Choque Neurogênico • Tratamento: * restauração do tônus simpático, através da estabilização da medula espinhal, no caso de anestesia espinhal ou posicionar o paciente corretamente. Choque Neurogênico • Definição: • Causas: * alimentos e aditivos alimentares; * picadas e mordidas de insetos; * agentes usados na imunoterapia; * drogas como a penicilina; * drogas usadas como anestésicos locais (benzocaína e lidocaína); * vacinas como o soro antitetânico; * poeiras e substâncias presentes no ar (casos raros). Choque Anafilático Choque Anafilático • Manifestações clínicas: * sensação de desmaio; * pulso rápido; * dificuldade respiratória; * náuseas e vômito; * dor de estômago; Choque Anafilático • Manifestações clínicas: * Edema nos lábios, língua ou garganta (edema de glote); * urticária; * pele pálida, fria e úmida; * tonteira, confusão mental e perda da consciência; * pode haver parada cardíaca. Choque Anafilático • Tratamento: emergencial * Adrenalina; * Anti-histamínico; * Corticóide Em casos de paradas cardíaca e respiratória : RCP Caso necessário: intubação endotraqueal Garantir acesso venoso Choque Anafilático • Ocorre em situações em que existe obstrução mecânica ao enchimento ou esvaziamento do coração. ➢ Tamponamento pericárdico ➢ Embolia pulmonar ➢ Pneumotórax hipertensivo Choque Obstrutivo ▪O alívio da obstrução é o único tratamento possível. ▪A manutenção do volume intravascular é fundamental para o tratamento, podendo temporariamentemelhorar o débito cardíaco e a hipotensão. ▪As drogas inotrópicas e vasopressoras tem pouca importância no tratamento final. • Manifestações Clínicas Choque Obstrutivo O quadro é de instalação rápida e de extrema gravidade, cujas medidas devem ser tomadas de imediato, sem exames complementares. ▪Dor torácica ▪Dispnéia intensa e cianose ▪Desvio da traquéia a nível cervical ▪Desvio do ictus cardíaco ▪Murmúrio vesicular abolido ▪Hipertimpanismo à percussão ▪Turgência jugular ▪Hipotensão arterial e taquicardia ▪Ocasionalmente enfisema sub-cutâneo Obrigado....
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