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CHOQUE TIPOS DE CHOQUE CHOQUE Choque Definição FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE Condição em que a pressão arterial sistêmica é inadequada para fornecer oxigênio e nutrientes para sustentar os órgãos vitais e a função celular. Fluxo adequado para os tecidos Bomba cardíaca adequada Sistema circulatório ou vasculatura efetiva Volume sanguíneo suficiente CAUSA PREDOMINANTE DO CHOQUE ↓ Volume sanguíneo circulante ↓ Débito cardíaco ↓ PA e ↓ Perfusão tissular Barorreceptores estimulados ↑ Estimulação simpática e sistema cardiovascular Constrição arteriolar ↑ PA ↑ FC e contratilidade ↑ Débito cardíaco ↑ Retorno Venoso Constrição Venosa CHOQUE Estágios do Choque Estratégias de tratamento Durante o estado de choque o organismo deixa de utilizar todos os mecanismos homeostáticos para restaurar o fluxo sanguíneo. As alterações acontecem desde o nível celular, sendo a mitocôndria a primeira organela afetada. COMPENSATÓRIO • PA normal • Aumento de FC e contratilidade • DC adequado • Desvio de sangue para órgãos vitais • Pele fria e pegajosa • Diminuição da peristalse e débito urinário • Alcalose respiratória compensatória PROGRESSIVO • PAM abaixo dos limites normais (PAS <90 mmHg) • Aumento da permeabilidade vascular • SARA ou “pulmão de choque” • Arritmias e isquemias cardíacas • IRA • Distúrbios neurológicos, do TGI, hepáticos, hematológicos, etc. IRREVERSÍVEL Disfunção orgânica progressiva e falência de múltiplos órgãos. Reposição de líquidos para restaurar o volume intravascular (soluções cristaloides e coloides; Medicamentos vasoativos para restaurar o tônus vasomotor e melhorar a função cardíaca; Suporte nutricional para abordar as exigências metabólicas. CHOQUE Classificação do Choque CHOQUE HIPOVOLÊMICO CHOQUE HIPOVOLÊMICO CHOQUE CARDIOGÊNICO CHOQUE DISTRIBUTIVO OU CIRCULATÓRIO Definição: caracteriza-se como um volume intracelular diminuído, em torno de 15% a 25%. Internos Hemorragia Queimaduras Ascite Peritonite desidratação Fatores de risco para o choque hipovolêmico Externos Traumas Cirurgias Vômitos Diarreia Diabetes insípido Diurese CHOQUE CUIDADOS DE ENFERMAGEM Monitorar rigorosamente os pacientes em riscos de déficits hídricos (prevenção primária); Administração segura de líquidos e medicamentos prescritos e registros; Identificar possíveis complicações da reposição hídrica; Posicionamento adequado (Tredenlembug); Observar os seguintes parâmetros: FC, ritmo cardíaco, pulso, PA, sons pulmonares e balanço hídrico. Volume sanguíneo diminuído Retorno venoso diminuído Volume sistólico diminuído Débito cardíaco diminuído Perfusão tissular diminuída FISIOPATOLOGIA Redistribuir o volume de líquidos Corrigir a causa subjacente da perda de líquidos Restaurar o volume intracelular TRATAMENTO CHOQUE CHOQUE CARDIOGÊNICO Definição: é a insuficiência aguda da perfusão tissular, causada pelo funcionamento cardíaco inadequado ou por qualquer causa que leve à diminuição do débito cardíaco. Critérios hemodinâmicos: ✓ Hipotensão contínua (PAS<90 mmHg/30 min); ✓ Índice cardíaco reduzido (<2,2 L/min/m2); ✓ Pressão capilar pulmonar elevada (>15 mmHg). ETIOLOGIA Infarto ou isquemia extensa do ventrículo direito e/ou esquerdo; Ruptura aguda do septo interventricular; Ruptura de papilas ou cordoalhas tendíneas com insuficiência mitral grave; Tamponamento cardíaco. FISIOPATOLOGIA Fator etiológico (Ex.: IAM) Necrose/isquemia do miocárdio Hipotensão Diminuição da perfusão tissular Hipotensão Comprometimento de diversos órgãos CHOQUE DIAGNÓSTICO Sindrômico • Volume urinário inferior a 20 ml/h • Pele fria e enchimento capilar diminuído • PAS < 90 mmHg • Acidose metabólica • Alterações do estado de consciência (agitação, sonolência, confusão e coma) • Pressão capilar pulmonar >15mmHg • Índice cardíaco <2,2 L/min/m2 Etiológico TRATAMENTO • Manter a PA suficiente para assegurar um volume urinário maior do que 50 ml/h e impedir acidose metabólica; • Manter volemia suficiente para permitir a contratilidade máxima do miocárdio; • Instalação de Balão Intra-Aórtico através de um mecanismo de deslocamento de volume de contrapulsão, pode contribuir com o aumento do débito cardíaco de maneira importante; • Medida de pressão na artéria pulmonar, cateterismo cardíaco/angioplastia coronária, agentes inotrópicos positivos e suporte ventilatório. DROGAS UTILLIZADAS INDICAÇÃO/EFEITO • Dopamina • Dobutamina • Noradrenalina • Adrenalina • Nitroprussiato de sódio • trombolítico • Inotropismo+; aumento do fluxo renal; • Melhor efeito inotrópico que a dopamina; menos taquicardizante; utilizada em casos de ICC sem choque; • Vasoconstrictor potente, pode necessitar da associação com vasodilatadores; • Cronotropismo +; elevação da PA; utilizada apenas em situações de PCR; • Vasodilatador; indicado em uso de BIA e situações de hipotensão associada a resistência periférica aumentada; • Utilizado no tratamento de IAM. CHOQUE CHOQUE DISTRIBUTIVO CLASSIFICAÇÃO PROGNÓSTICO ✓ Os índices de mortalidade correspondem a 50 a 60%; ✓ Alguns fatores de mau prognóstico incluem baixo débito cardíaco, pressão em cunha da artéria pulmonar elevada, idade avançada, oligúria, PA elevada, taquicardia e história de IAM prévio. CUIDADOS DE ENFERMAGEM ✓ Monitoração hemodinâmica e cardíaca do paciente; ✓ Administração segura e exata de líquidos e medicamentos intravenosos; ✓ Proteção da pele; ✓ Avaliação da função respiratória. Definição: síndrome de hipoperfusão tissular devidas a distúrbios do tônus e/ou da permeabilidade vascular, com redistribuição do fluxo sanguíneo visceral. Choque anafilático Choque séptico Choque neurogênico CHOQUE CHOQUE ANAFILÁTICO FISIOPATOLOGIA Reação de hipersensibilidade imediata, em indivíduos previamente sensibilizados, após exposição de antígenos. CHOQUE MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ✓ Manter VAS permeáveis ✓ Suplementar oxigênio ✓ Acesso venoso ✓ Monitorização hemodinâmica ✓ Administrar soluções cristaloides ✓ Uso de drogas vasoativas → ADRENALINA CUTÂNEAS Eritema Prurido Urticária Angioedema RESPIRATÓRIAS Asfixia após obstrução das VAS por edema e broncoespasmo RESPIRATÓRIAS Vasodilatação generalizada TRATAMENTO 0,3-0,5 ML a cada 15 ou 20 MIN, SC 0,1 ML+10 ML de SF 0,9% infundida durante 10-15 min, EV CHOQUE CHOQUE SÉPTICO CUIDADOS DE ENFERMAGEM ✓ Avaliar e comunicar a existência de alergias ou reações prévias aos antígenos; ✓ Orientar os pacientes quanto a “carteirinha de identificação de alergias”; ✓ Avaliar risco para reação alérgica a contrastes administrados durante realização de exames. Síndrome clínica ocasionada pela presença, na corrente sanguínea, de microorganismos ou seus produtos, e que envolve insuficiência circulatória e perfusão tissular inadequada. SEPSE Resposta sistêmica à infecção SEPSE GRAVE Disfunção de órgãos e sistemas CHOQUE SÉPTICO Sepse graveassociada a hipoperfusão tissular CHOQUE FISIOPATOLOGIA Microorganismo nos tecidos corporais Resposta imune Liberação de mediadores bioquímicos Reação inflamatória grave Aumento da permeabilidade capilar Diminuição da volemia Queda do débito cardíaco e da perfusão tissular A progressão da falência de múltiplos órgãos e sistemas segue a seguinte ordem: PULMONAR HEPÁTICA RENAL Manifestações clínicas: • Estágios precoces: paciente consciente e alerta; pele quente e ruborizada; pulsos amplos; hipotensão moderada; débito urinário diminuído; febre. Obs.: podem ser referidos cefaleia, prostração, mialgia, apreensão, agitação, anorexia. CHOQUE FASE INICIAL (Choque quente) ✓ Extremidades aquecidas; ✓ Diminuição da resistência periférica; ✓ DC normal ou elevado; ✓ Hiperventilação (alcalose respiratória); ✓ Débito urinário norma; ✓ Febre FASE AVANÇADA (Choque frio) ✓ Extremidades frias; ✓ DC reduzido; ✓ Resistência periférica; ✓ Hipotensão; ✓ Acidose metabólica (metabolismo anaeróbio e acúmulo de ácido lático). TRATAMENTO Reconhecimento do agente etiológico → ANTIBIOTICOTERAPIA Monitoração hemodinâmica Observar os seguintes parâmetros: nível de consciência, respiração, pulso, cor da pele, enchimento capilar, hidratação, PA, PVC, temperatura, diurese Reposição volêmica com soluções cristaloides Uso de vasoconstrictores, inotrópicos e vasodilatadores CUIDADOS DE ENFERMAGEM Monitorar sítios de punção arterial e venosa, incisões cirúrgicas, sondas urinárias e feridas traumáticas ou úlceras de pressão para os sinais de infecção; Realizar todos os procedimentos invasivos com técnica asséptica, após cuidadosa higienização das mãos; Comunicar as alterações da temperatura corporal; Administrar medicamentos com segurança. CHOQUE CHOQUE NEUROGÊNICO Corresponde a um desequilíbrio do tônus vasomotor com predomínio de vasodilatação e hipotensão. ETIOLOGIA Lesões da medula espinhal Anestesias peridurais ou raquidianas Drogas bloqueadoras autônomas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Diminuição da PA Extremidades quentes acima da lesão, e frias, abaixo TRATAMENTO Infusão de cristaloides para restauração do volume Tratar causa primária CHOQUE RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 1) (SESA/ES/CESPE). Com relação à descrição dos tipos de choque, assinale a opção correta: a) Choque anafilático é um estado de choque circulatório que resulta em reação alérgica leve, produzindo vasoconstrição sistêmica e hipovolemia grave. b) O choque resultante do volume intravascular aumentado em decorrência da perda de líquidos é o choque hipovolêmico. c) Choque cardiogênico é aquele decorrente do comprometimento ou da falência do epicárdio. d) O choque resultante da perda do tônus parassimpático que provoca hipovolemia relativa é denominado neurogênico. e) Choque séptico é um estado resultante da infecção grave que provoca hipovolemia relativa. CUIDADOS DE ENFERMAGEM Imobilização Aplicar meias de compressão elástica Administrar heparina de baixo peso molecular, conforme prescrição, para evitar a formação de trombos Elevar e manter a cabeceira do leito em 30° para evitar choque neurogênico quando o paciente está recebendo anestesia epidural CHOQUE 2) (FGV/RECIFE/ ENFERMAGEM/2014). O choque característico de uma lesão raquimedular em que o paciente apresenta hipotensão, bradicardia, bom nível de consciência e pele rosada no local da lesão, é denominado: a) Choque cardiogênico; b) Choque neurogênico; c) Choque hipovolêmico; d) Choque periférico e) Choque anafiláttico. Choque hipovolêmico: caracteriza-se como um volume intracelular diminuído, em torno de 15% a 25%. Choque cardiogênico: é a insuficiência aguda da perfusão tissular, causada pelo funcionamento cardíaco inadequado ou por qualquer causa que leve à diminuição do débito cardíaco. Choque distributivo: síndrome de hipoperfusão tissular devidas a distúrbios do tônus e/ou da permeabilidade vascular, com redistribuição do fluxo sanguíneo visceral. Choque séptico: Síndrome clínica ocasionada pela presença, na corrente sanguínea, de microorganismos ou seus produtos, e que envolve insuficiência circulatória e perfusão tissular inadequada; Choque anafilático: Reação de hipersensibilidade imediata, em indivíduos previamente sensibilizados, após exposição de antígenos; Choque neurogênico: Corresponde a um desequilíbrio do tônus vasomotor com predomínio de vasodilatação e hipotensão. Gabarito: E Gabarito: C O choque neurogênico corresponde a um desequilíbrio do tônus vasomotor com predomínio de vasodilatação e hipotensão. Que pode ser originado de lesões da medula espinhal, anestesias peridurais ou raquidianas, drogas bloqueadoras autônomas Gabarito: B CHOQUE 3) (Marinha/2015) O choque que tem como característica clínica a estimulação parassimpática e a hipotensão com bradicardia, é denominado: a) Neurogênico; b) Hipovolêmico c) Cardiogênico; d) Séptico; e) Anafilático. MATERIAL ELABORADO POR: Aline Santana Figueredo Enfermeira- Pós Graduanda em Saúde do Adulto (UFMA) O choque neurogênico é um tipo de choque distributivo, em que a vasodilatação ocorre como consequência de uma perda do equilíbrio entre as estimulações parassimpática e simpática. Gabarito: A
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