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Questões discursivas Educação Especial

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1- Ana é uma aluna cadeirante que foi matriculada numa escola cuja biblioteca se localiza no segundo andar. Para o acesso a este pavimento existe apenas uma escada e isso, impossibilita Ana de se movimentar independentemente na escola. Por ser adolescente, Ana está se sentindo constrangida todos os dias quando quer usar a biblioteca e precisa da ajuda de terceiros para chegar até lá. A família pediu uma reunião com a direção e expôs a situação de constrangimento que é vivida por Ana, mas a escola não se mostrou solícita a mudar a biblioteca para o pavimento térreo e nem para construir uma rampa que facilitasse o acesso da aluna. O argumento usado pela direção foi: "Quando matriculamos Ana, sabíamos que ela teria dificuldades cognitivas provocadas pela condição da deficiência física. Lamentamos, mas não podemos mudar toda uma estrutura predial só pela sua filha. Vamos continuar dando apoio a ela todas as vezes que desejar usar a biblioteca, pois os inspetores foram treinados a manejarem a cadeira de rodas com respeito e cuidado". Mudar uma biblioteca e suas centenas de livros não é uma tarefa fácil, da mesma forma que também não é tão fácil construir uma rampa de acesso ao segundo pavimento. Entretanto, a fala da direção apresenta um erro no que se refere ao rendimento acadêmico de Ana. Qual foi esse equívoco? Justifique a sua resposta.
Gabarito: A diretora errou ao mencionar que Ana teria prejuízo ou dificuldades cognitivas por ser deficiente física. Não existe neste caso qualquer elemento que indique deficiência, atraso ou dificuldade cognitiva na aprendizagem de Ana. O problema é apenas de acessibilidade.
2- Ter um aluno portador de deficiência física mobiliza a ação e o cuidado de vários educandos na classe, mas deve contar também com uma intervenção objetiva por parte do educador que precisa saber de alguns dados para melhor educar seu aluno e acompanhar seu desenvolvimento. Relacione alguns desses conhecimentos.
Resposta: Saber que o aluno com deficiência física pode passar por uma fase de rejeição por parte dos colegas de classe é muito importante, pois, assim, ele pode preparar os demais alunos para receber esse colega, procurando mostrar-lhes que esse aluno também tem qualidades e defeitos como todos nós. Saber a causa da deficiência pode tornar a relação cotidiana entre a turma, esse aluno e o professor não traumática, um exemplo é evitar o assunto que causou a deficiência, se assim foi pedido por parte da família ou do próprio aluno. Saber manusear a cadeira de rodas, se for o caso de o aluno fazer uso de uma. 
 
Gabarito: A escola precisa, quando houver necessidade, providenciar adaptações curriculares e acessibilidade ao currículo, removendo os obstáculos que impedem a inclusão do aluno com deficiência física. É importante que o professor conheça algumas especificidades destes alunos, como: motricidade, linguagem e o desenvolvimento cognitivo, emocional e social.
3- A Declaração de Salamanca foi um documento assinado por vários países em ocasião de uma reunião na Espanha que se constituiu como um importante marco na luta pelos direitos humanos, pela igualdade de oportunidades para todas as pessoas e pela participação social efetiva da pessoa com deficiência como cidadão. Qual foi a principal premissa a ser defendida por essa declaração em relação ao sistema de ensino? 
 Gabarito: A educação deve se organizar de forma a atender a todos os alunos na rede regular. 
 
4- (Política Institucional para atendimento aos alunos com deficiência ou com dificuldades específicas de aprendizagem - de Vera Goffredo e Roberto Ramos, UNESA/2011 - questão adaptada). Fundamentado na pedagogia da inclusão, quais são os direitos que os alunos com deficiência, transtornos no desenvolvimento global e os com altas habilidades/superdotação possuem no contexto escolar, independente de nível de escolaridade? 
 
Gabarito: Na perspectiva da educação inclusiva, eles têm o direito de que suas necessidades educacionais especiais sejam atendidas através de um conjunto de atividades, de recursos de acessibilidade e pedagógicos de forma a complementar ou suplementar a formação desses alunos nos diferentes níveis e graus de ensino, sendo mantida a qualidade de ensino para todos e assegurando as condições necessárias para o seu pleno aprendizado. 
5- Ao ter um aluno identificado como portador de Altas Habilidades e Talentos, quais são os procedimentos legais que o professor pode ter para encaminhá-lo nos estudos?
Gabarito: No Brasil, a política educacional do Ministério da Educação aponta para duas alternativas: programas de enriquecimento curricular e programas de aceleração dos estudos (LDB 9.394 /96, art. 59, inciso II) ou uma combinação de ambos. A criança com altas habilidades/superdotação precisa de um programa específico baseado em suas características individuais, para suprir e complementar suas necessidades, favorecendo sua criatividade e seus interesses. 
6- Ana é professora do Ensino Médio de uma escola particular e está se sentindo insegura por ter recebido este ano em sua turma Stephanie, uma adolescente de 18 anos de idade que é cega. Ana ainda não tinha trabalhado com cegos e não sabia qual seria a postura correta em relação à metodologia, currículo e avaliação. Como Pedagogo desta escola, qual indicação você daria para Ana ser bem sucedida neste episódio e fazer a inclusão de Stephanie? 
 
Resposta: Preparar materiais pedagógicos adaptados pelo sistema Braille, oferecer uma forma de escrita de mesmo formato e organizar as aulas de maneira que o conteúdo e os incentivos fossem recebidos por meio do tato ou da audição.
7- A avaliação é um momento bastante discutido da prática pedagógica, pois com ele muitos objetivos podem ser contemplados: diagnosticar o que o aluno aprendeu, se o material e as estratégias pedagógicas foram adequados, entre outros. Em relação às crianças portadoras dos Transtornos Globais do Desenvolvimento, como podemos elaborar um PDI (Plano de Desenvolvimento Individual)? O que deve conter neste documento?
Resposta: As crianças portadoras de Transtornos Globais do Desenvolvimento devem ser analisadas em todos os sentidos no momento do ingresso na escola. Devem ser especificados os seus conhecimentos, as suas habilidades e as suas particularidades. Periodicamente, as crianças devem passar por uma nova avaliação semelhante, de forma a compreender o que ela absorveu naquele espaço de tempo. O ideal é que o Plano de Desenvolvimento Individual seja regular e flexível. Deve conter metas cognitivas, comunicativas e de inclusão. A elaboração de objetivos é essencial para alcançar bons resultados. 
 
Gabarito: Para elaborar o PDI, devemos realizar uma avaliação inicial, identificando as dificuldades e potencialidades do aluno. Realizar avaliações sistemáticas para verificar suas conquistas e dificuldades e elaborar relatórios sistemáticos, registrando o desenvolvimento e aprendizagem alcançada pelo aluno, que servirá de base para a continuidade do processo no ano subsequente. O PPI deve especificar qual é a metodologia de trabalho realizada, quais profissionais da saúde (fonoaudiólogos, fisioterapeutas, psicólogos, assistentes sociais, médicos) atuam integrados no caso e como está sendo realizado o trabalho junto com estes profissionais e a família.
8- O paradigma da inclusão das pessoas com necessidades especiais em todas as esferas da sociedade tem por base a ideia de direito à educação pública. A lei de Diretrizes e Bases 9.394/96 garante o acesso à escola para as pessoas com necessidades especiais, entretanto, ainda há dificuldades de aceitação dessa legislação por parte do próprio corpo docente. Faça uma relação entre inclusão e mudança de mentalidade para discutir a questão colocada acima. 
Resposta: A inclusão já esta mais que comprovado que é a melhor maneira de educar o aluno com deficiência dentro da sociedade, pois ele irá interagir com outras crianças, cada uma com sua dificuldade, formando assim uma escola para todos, colaborando comsua autoestima, comunicação e sociabilidade. Acho que a mudança de mentalidade por parte dos docentes vem por parte de dois argumentos. O primeiro a por parte de desconhecimento e despreparo do docente, que pode ser conseguido com cursos e pós-graduações. O segundo é a falta de incentivo do governo com relação a monitores auxiliando os professores na sala de aula, infraestrutura da escola e incentivo de cursos para os docentes. Mas esta realidade está mudando aos poucos 
dentro do corpo docente das escolas. 
 
Gabarito: Atualmente temos diversas leis e documentos oficiais, a nível internacional e nacional, que promoveram a ruptura com a ideologia da exclusão, desencadeando políticas públicas de inclusão em todo mundo. A lei aponta para a integração, mas temos resistências, o próprio corpo docente ainda decide sobre o aluno "em função das suas condições específicas", trazendo, ainda uma forte herança do modelo médico-clínico, matriculando os alunos em escolas e classes especiais, segregando-os.
9- O senso comum diz que a pior cegueira é a da alma. Certamente ele diz respeito às pessoas que não querem ou não podem enxergar algum conteúdo por este ser ameaçador. Situação diferente ocorre com o cego que procura enxergar com os elementos que têm a sua disposição. Liste e explique três elementos que ajudam o cego a perceber e a se orientar no mundo em que vive.
Gabarito: Sistema Braille, sorobã, lupa, reglete. Recursos de auxílio auditivo, como gravadores, livro falado ou gravado, bolas com guizo, sinais de trânsito sonoro etc. Recursos eletrônicos: calculadoras que falam, computadores com sintetizadores de voz, computadores com impressão aumentada gerada por hardware para aluno com baixa visão, programas e equipamentos atuais, o DOSVOX (decodifica a imagem visual em acústica).
10- Rafael tem 7 anos de idade e foi trazido para um posto de saúde para avaliação neurológica por insistência da mãe, que nunca considerou o filho normal. Desde que nasceu, Rafael só gostava de ficar no berço e passava muitas horas observando o movimento repetitivo das hélices dos ventiladores de teto. Sua mãe ficava muito triste porque ele não olhava nos olhos e, até hoje, não falava palavras claras e nem atendia pelo nome. Durante o atendimento com o médico, Pedro relutou em entrar no consultório, chorou muito ao ser examinado e ficava balançando os braços num movimento estereotipado que parecia imitar um pássaro. Muito ansioso e parecendo amedrontado, ficava gritando e se escondendo atrás da roupa da mãe. A mãe já tinha 
tentado colocá-lo numa escola pública, mas ele não se adaptou porque não falava e nem interagia com as outras crianças. Até que a mãe soube da escola Vila Cruzeiro que recebia e fazia um trabalho diferenciado com crianças que apresentam necessidades educativas especiais. Ao procurar a escola, a mãe foi informada que toda a rede pública regular de educação deve estar preparada para receber alunos como Rafael e desenvolver um trabalho com ele, sua família e toda a comunidade chamado de Inclusão, mas esta escola, em si, não teria condições de recebê-lo porque não tem professores especializados em deficiência mental. A mãe procurou o Ministério Público de sua cidade e foi orientada a escrever uma carta utilizando um dos princípios da Declaração de Salamanca (1994) para fundamentar sua queixa. 
Se você fosse ajudar essa mãe a escrever a carta, qual dos princípios abaixo poderia usar (escolha 1 princípio) e escreva um parágrafo em que usa a lei para exigir escolarização gratuita na rede regular para Rafael. 
Princípios: 
a)Toda criança tem direito fundamental à educação, e deve ser dada a oportunidade de atingir e manter o nível adequado de 
aprendizagem; 
b)Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas; 
c) Sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta variedade de tais características e necessidades;
d) Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades;
e) Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para todos; além disso, tais escolas provêem uma educação efetiva à maioria das crianças e aprimoram a eficiência e , em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema educacional.
Gabarito: Escolheria o princípio “Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, capaz de satisfazer a tais necessidades”. Carta: Rafael precisa, antes de mais nada, ser observado pelos profissionais de educação e, a partir disso, os profissionais devem tentar fazer um planejamento de como Rafael pode se beneficiar do espaço e das atividades educativas dentro de suas particularidades de desenvolvimento

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