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Resenha Cingapura Ilimitada por Felipe Nogueira

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	UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - UNESA
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Felipe Barbosa Nogueira da Silva
RESENHA
CINGAPURA ILIMITADA: CONSTRUÇÃO DA INFRAESTRUTURA NACIONAL DA INFORMAÇÃO
	Gestão do Conhecimento
Prof.:Gilberto Marques
Cabo Frio - RJ 
2017
	Felipe Barbosa	
RESENHA
	A Ilha Inteligente, assim chamada Cingapura. Conduzida por Lee Kuan Yew, a transformação de uma “ilha selvagem” em uma próspera economia mundial. Cingapura se tornou um país desenvolvido em menos de 30 anos após sua independência. 
	Após esse período de grande transformação, ficou com o primeiro-ministro Goh Chok Tong o desafio de manter o desempenho recorde com excelentes taxas de crescimento. Lançou o Plano Econômico Estratégico, que sintetizava a meta de tornar Cingapura um “país desenvolvido do primeiro time”, em termos de dinamismo econômico, qualidade de vida, identidade nacional e alcance global. Evoluir para o tipo multidimensional as estratégias econômicas e permanecer viável num ambiente cada vez mais complexo e aumentar o papel da Tecnologia da Informação (TI) no desenvolvimento.
	Foi publicado o Relatório IT2000: Visão de uma Ilha Inteligente. Preconizava a criação de uma Infraestrutura Nacional da Informação (NII –National Information Infraestructure) que seria alavancada para permitir que Cingapura competisse internamente e no exterior que transformaria o país num eficiente centro de troca de mercadorias, serviços, capitais, informações e mão de obra. O objetivo da iniciativa IT2000 era simples, porém, poderoso: sustentar aumentos substanciais de produtividade com recursos físicos e humanos limitados.
A NII foi definida em torno de três componentes fundamentais, canal conteúdo e computação. Que se referem a linhas de transmissão de dados e voz, celular e teledifusão (canal) que transportavam fluxos de informação ou conteúdo (por exemplo, instrução de pagamento, material educacional multimídia, programas de entretenimento, registros de bancos de dados governamentais, informações de preços e ações). Computação se refere ao processamento de conteúdo. A estrutura estratégica exigia a orquestração de redes de telecomunicações, serviços de rede comuns, padrões técnicos, projetos de aplicação de TI em nível nacional e uma política e estrutura legal de apropriadas.
Em meados da década de 1990, Cingapura estava pronta para se tornar a primeira sociedade totalmente conectada em rede no mundo. Uma sociedade onde todas as residências e escolas empresas e agências governamentais seriam interconectadas numa grade eletrônica
Nos anos de 1990 a 1994, o crescimento real do PIB foi em média 8,4%, com inflação de 3,1%, e o país ostentava um sólido saldo de conta corrente de US$ 2,82 bilhões. Os setores de produtos eletrônicos foram a área que mais demonstrou crescimento.   O serviço público fazia todo o diferencial, e era comprometido com o crescimento econômico, eram muito disciplinados, e eram motivados com bônus quando a economia crescia, a estratégia de crescimento era tida como simples, e objetiva, usando os recursos próprios, e os recursos de ilhas vizinhas, e o posicionamento geográfico privilegiado por estar no cruzamento de rotas do comércio.
A estratégia de Cingapura tinha sido simples e objetiva: alavancar sua única vantagem natural, ou seja, sua localização geográfica, estabelecendo instalações de manuseio de cargas e transporte de primeiro mundo; fornecendo serviços financeiros de apoio e outros através da implementação de uma sofisticada infraestrutura de TI e de comunicações, atualizando continuamente habilidades de sua força de trabalho e monitorando e absorvendo avanços tecnológicos globais de relevância. Particularmente, o governo tinha interesse no desenvolvimento econômico e de infraestrutura para que houvesse a criação de uma infraestrutura de negócios que permitisse atrair investimentos de corporações multinacionais.
O aeroporto de Cingapura foi classificado como melhor do mundo e operava um dos portos mais movimentados do mundo, quase todas as empresas de logística internacional estavam presentes. Estes avanços na infraestrutura seriam complementados pela instalação de sistema de intercâmbio eletrônico de dados, para tornar Cingapura um “Centro Logístico inteligente”.
Como disse o ex-chefe de planejamento urbano, Liu Thai Ker, Cingapura já provava o sabor do sucesso de investir em infraestrutura de deveria continuar a fazê-lo, com uma combinação de pragmatismo e paciência. O comprometimento com o desenvolvimento de infraestrutura não significou tinha sido simples. Os ganhos da produtividade tiveram que ser demostrados em termos de aprimoramento da qualidade de vida. 
As metas nacionais também orientaram o desenvolvimento da melhor infraestrutura de telecomunicações do mundo. Conduzida pela Singapore Telecom, era sistematicamente lucrativa ao oferecer serviços de alta qualidade e baixo custo, assim como investir em inovações.
Investir numa infraestrutura de primeiro mundo, com serviços públicos de alta qualidade e uma força de trabalho qualificada permitiu a Cingapura atrair e administrar investimentos, as tecnologias e as habilidades das multinacionais.
O conselho de de Desenvolvimento Econômico (EDB – Economic Development Board) era incumbido de promover investimentos estrangeiros. A atração de multinacionais no setor de TI, neste contexto, desempenhou um papel fundamental na estratégia de TI do país. Em 1992, as multinacionais foram responsáveis pela maior parte das unidades de disco, impressoras e outros periféricos fabricados no país. A maioria das multinacionais utilizou empresas subcontratadas locais. Os computadores e periféricos, por sua vez, foram responsáveis por mais de um terço do total das exportações de produtos eletrônicos de Cingapura e cerca de um quarto de seu PIB.
Cingapura apresentou-se como “Arquiteto de Negócios com Conexões Globais”, com o papel de ajudar empresas, nacionais e estrangeiras, a planejar suas estratégias de negócios e estruturar suas atividades para obter o máximo de retorno. Criaram uma espécie de “arbitragem de conhecimento global”, em informação e vantagens.
Em 1994, em colaboração com vários fornecedores de TI e instalação de pesquisas, o NCB, propôs um protótipo “Comprovação do Conceito” da NII. A NII foi definida como uma “plataforma eletrônica comum para o fornecimento eficiente de informações e de serviços”. Inicialmente, usaria a infraestrutura de telecomunicações atual, mas o máximo de flexibilidade seria embutido no Sistema para migração para tecnologias futuras. Ela forneceria um conjunto básico de serviços essenciais de NII como um ambiente de processamento distribuído, serviços de diretórios, groupware, e-mail com recursos multimídia e kits de ferramentas de desenvolvimento. Os serviços que poderiam ser realizados na NII seriam de caráter multimídia, fornecendo aos clientes uma experiência sensorial ao extremo. 
O NCB e seus 1.500 funcionários se sentiam preparados para cumprirem sua missão de conduzir Cingapura para a era da informação. Seu presidente, Tan Chin Nam, explicou que: “Em 1981, a mobilização original de informatização, que levou ao estabelecimento do NCB, exigiu o desenvolvimento de competência fundamental em tecnologia de software para computador. Em 1986, o plano nacional de TI começou a integrar essa competência de software embrionário com a tecnologia de comunicação para criar aplicação de TI de primeiro mundo. Em 1991, o Plano Mestre de TI [integrava] as tecnologias de computação e de comunicações para gerar uma visão de Cingapura como ilha inteligente com avançada infraestrutura da informação”.
O primeiro-ministro de Cingapura estava igualmente confiante: “O plano [IT200] reafirmou o papel estratégico que a TI ira desempenhar na etapa seguinte do desenvolvimento de Cingapura e mostrou que, pelo fato do país ter ousado sonhar, irá se tornar uma realidade. [...] Nosso destino é continuarmos a todo vapor para poder acompanhar as mudançasna nova economia mundial”. Em maio de 1995, neste sentido, a organização para o desenvolvimento e Cooperação econômica anunciou que Cingapura seria promovida à categoria de “país desenvolvido” em janeiro de 1996.

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