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ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
4º - CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
Profª Mayara L. Sestari 
 
FLUXO DE CAIXA 
 
INTRODUÇÃO 
Contextos econômicos modernos de concorrência de mercado exigem das 
empresas maior eficiência na gestão financeira de seus recursos, não cabendo 
indecisões sobre o que fazer com eles. Sabidamente, uma boa gestão dos 
recursos financeiros reduz substancialmente a necessidade de capital de giro, 
promovendo maiores lucros pela redução principalmente das despesas 
financeiras. 
Em verdade, a atividade financeira de uma empresa requer acompanhamento 
permanente de seus resultados, de maneira a avaliar seu desempenho, bem 
como proceder aos ajustes e correções necessários. O objetivo básico da 
função financeira é prover a empresa de recursos de caixa suficientes de modo 
a respeitar os vários compromissos assumidos e promover a maximização de 
seus lucros. 
É neste contexto que se destaca o fluxo de caixa como um instrumento que 
possibilita o planejamento e o controle dos recursos financeiros de uma 
empresa. Gerencialmente, é indispensável em todo o processo de tomada de 
decisões financeiras. 
 
CONCEITO E IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA 
Para Assaf Neto e Silva (1997, p. 35) “(...) o fluxo de caixa é um instrumento 
que relaciona os ingressos e saídas (desembolsos) de recursos monetários no 
âmbito de uma empresa em determinado intervalo de tempo”. 
O Fluxo de Caixa é indispensável para uma sinalização dos rumos financeiros 
dos negócios. Através de sua elaboração é possível prognosticar eventuais 
excedentes ou escassez de caixa, determinando-se medidas saneadoras a 
serem tomadas. Para se manterem em operação, as empresas devem liquidar 
corretamente seus vários compromissos, devendo como condição básica 
apresentar o respectivo saldo em seu caixa nos momentos dos vencimentos. A 
insuficiência de caixa pode determinar cortes nos créditos, suspensão de 
entregas de materiais e mercadorias, e ser causa de uma séria 
descontinuidade em suas operações. 
A manutenção de saldos de caixa propicia folga financeira imediata à empresa, 
revelando melhor capacidade de pagamento de suas obrigações. Neste 
posicionamento, a administração não deve manter suas reservas de caixa em 
novéis elevados como forma de maximizar a liquidez. Ao contrário, deve 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
buscar um volume mais adequado de caixa sob pena de incorrer em custos de 
oportunidades crescentes. É indispensável que a empresa avalie 
criteriosamente o seu ciclo operacional de maneira a sincronizar as 
características de sua atividade com o desempenho do caixa. 
Os fluxos de caixa costumam apresentar-se sob diferentes formas: restritos, 
operacionais e residuais, podendo ainda relacionar o conjunto das atividades 
financeiras da empresa dentro de um sentido amplo, decorrente das 
operações. 
É importante que se avalie também que limitações de caixa não se constituem 
em característica exclusiva de empresas que convivem com prejuízo. Empresas 
lucrativas podem também apresentar problemas de caixa como conseqüência 
do comportamento de seu ciclo operacional. Por outro lado, problemas de 
caixa costumam ocorrer, ainda, em lançamentos de novos produtos, fases de 
expansão da atividade, modernização produtiva, etc. 
 
ABRANGÊNCIA DO FLUXO DE CAIXA 
Foi comentado que o fluxo de caixa descreve as diversas movimentações 
financeiras da empresa em determinado período de tempo, e sua 
administração tem por objetivo preservar uma liquidez imediata essencial à 
manutenção das atividades da empresa. Por não incorporar explicitamente um 
retorno operacional, seu saldo deve ser o mais baixo possível, o suficiente para 
cobrir as várias necessidades associadas aos fluxos de recebimentos e 
pagamentos. Deve-se ter em conta que saldos mais reduzidos de caixa podem 
provocar, entre outras conseqüências, perdas de descontos financeiros 
vantajosos pela incapacidade de efetuar compras a vista junto aos 
fornecedores. Por outro lado, posições de mais elevada liquidez imediata, ao 
mesmo tempo em que promovem segurança financeira para a empresa, apura 
maior custo de oportunidade. Em essência, este é o dilema risco e 
rentabilidade presente nas finanças das empresas. 
Ao apurar o saldo líquido destes fluxos monetários, o instrumento do fluxo de 
caixa permite que se estabeleçam prognósticos com relação a eventuais sobras 
ou faltas de recursos, em função do nível de caixa desejado pela empresa. 
O fluxo de caixa não deve ser enfocado como uma preocupação exclusiva da 
área financeira. Mais efetivamente deve haver comprometimento de todos os 
setores empresariais com os resultados líquidos de caixa, destacando-se: 
- a área de produção, ao promover alterações nos prazos de fabricação dos 
produtos, determina novas alterações nas necessidades de caixa. De forma 
idêntica, os custos de produção têm importantes reflexos sobre o caixa; 
- as decisões de compras devem ser tomadas de maneira ajustada com a 
existência de saldos disponíveis de caixa. Em outras palavras, deve haver 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
preocupação com relação a sincronização dos fluxos de caixa, avaliando-se os 
prazos concedidos para pagamento das compras com aqueles estabelecidos 
para recebimento das vendas; 
- políticas de cobrança mais ágeis e eficientes, ao permitirem colocar recursos 
financeiros mais rapidamente à disposição da empresa, constituem-se em 
importante reforço de caixa; 
- a área de vendas, junto com a meta de crescimento da atividade comercial, 
deve manter um controle mais próximo sobre os prazos concedidos e hábitos 
de pagamentos dos clientes, de maneira a não pressionar negativamente o 
fluxo de caixa. Em outras palavras, é recomendado que toda decisão 
envolvendo vendas deve ser tomada somente após uma prévia avaliação de 
suas implicações sobre os resultados de caixa (exemplos: prazo de cobrança, 
despesas com publicidade e propaganda, etc); 
- a área financeira deve avaliar criteriosamente o perfil de seu endividamento, 
de forma que os desembolsos necessários ocorram concomitantemente à 
geração de caixa da empresa. 
Uma adequada administração dos fluxos de caixa pressupõe a obtenção de 
resultados positivos para a empresa, devendo ser focalizada como um 
segmento lucrativo para seus negócios. A melhor capacidade de geração de 
recursos de caixa promove, entre outros benefícios à empresa, menor 
necessidade de financiamento dos investimentos em giro, reduzindo seus 
custos financeiros. 
Dessa forma, o objetivo fundamental para o gerenciamento dos fluxos de caixa 
é atribuir maior rapidez às entradas de caixa em relação aos desembolsos ou, 
da mesma forma, otimizar a compatibilizarão entre aposição financeira da 
empresa e suas obrigações correntes. 
As principais áreas que podem contribuir para melhor desempenho do fluxo de 
caixa, acelerando os ingressos ou retardando os desembolsos, insere-se 
basicamente nas fases do ciclo operacional. É sabido que a extensão do ciclo 
operacional é o fator determinante das necessidades de recursos do ativo 
circulante; ele é administrado através de: 
- negociações com fornecedores e outros credores visando alongar os prazos 
de pagamento; 
- medidas mais eficientes de valores a receber, sem prejuízo de vendas 
futuras, objetivando reduzir o volume de clientes em atraso e inadimplentes; 
- decisões tomadas na área com intuito de diminuir os estoques e incrementar 
seu giro; 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
- concessão de descontos financeiros , sempre que economicamente 
justificados, na expectativa de redução dos prazos de recebimentos das vendas 
etc. 
Os sistemas de cobrança, por seu lado, devem ser avaliados com base em sua 
facilidade de pagamento e rapidez de emissão e entrega das faturas/duplicatas 
aos clientes. A agilidade do sistemarevela-se mais indispensável, ainda, no 
caso de clientes que pagam somente em determinados(s) dia(s) do mês, ou 
que apresentam um processo lento de pagamento. 
De maneira ampla, o fluxo de caixa é um processo pelo qual uma empresa 
gera e aplica seus recursos de caixa determinados pelas várias atividades 
desenvolvidas. Neste enfoque, ainda, o fluxo de caixa focaliza a empresa como 
um todo, tratando das mais diversas entradas e saídas (movimentações 
financeiras) de caixa refletida por seus negócios. 
 
O FLUXO DE CAIXA E OS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES DAS EMPRESAS 
As altas taxas de inflação e a excessiva interferência da legislação fiscal no 
principal sistema de informações das empresas, que é a contabilidade, impedia 
a até poucos anos, que os empresários dessem importância aos dados gerados 
por esses sistemas. 
Enquanto os profissionais da área contábil faziam grande esforço para gerar 
números sem distorções inflacionarias e discutiam o significado de lucro 
inflacionário, lucro inflacionário realizado, lucro inflacionário diferido, correção 
monetária pela legislação societária, correção integral e outros temas de difícil 
entendimento para o empresário, este, sabiamente, refugiava-se em alguns 
indicadores incompletos, mas confiáveis, como, por exemplo, quantidade de 
vendas no mês, o estoque e o dinheiro disponível. 
Estocar mercadorias e adquirir imobilizado significava proteger-se da inflação. 
A própria administração financeira das empresas foi confundida com 
administração das disponibilidades, somente. Era muito difícil pensar em 
investimentos que envolviam o longo prazo, já que o longo prazo da época era 
de 30 dias. 
Com a inflação debelada, ela deixou de ser um aspecto relevante. Isto permite 
o uso da moeda real para a apresentação das contas das empresas. 
A interferência da legislação fiscal no principal sistema de informações das 
empresas, a contabilidade, é um problema mundial, que se apresenta de modo 
mais acentuado no Brasil. 
As empresas buscam resolver esse problema de várias formas. Algumas 
mantêm registros paralelos à contabilidade oficial para obter informações 
gerenciais pelo regime de competência, eliminando parte das distorções 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
causadas pela legislação fiscal. É um trabalho difícil e nem sempre satisfatório, 
pois de um lado temos o contador e o advogado tributarista trabalhando 365 
dias por ano para fazer o planejamento tributário de modo a pagar menos 
impostos, e, de outro, algumas poucas horas para gerar as informações 
gerenciais. 
Outras empresas se voltam quase que exclusivamente para informações de 
caixa, criando um sistema independente, em que prevalecem critérios distintos 
dos estabelecidos pela legislação fiscal. 
O chamado “reprocessamento” dos dados para gerar informações ao Fisco, aos 
proprietários e administradores, às instituições financeiras, representa alto 
custo para as empresas. Reduzi-lo é um grande desafio. 
Se, por um lado, o Real, com a inflação baixa, trouxe facilidades aos 
empresários, aos contadores, aos financeiros e aos administradores, por outro 
lado, a abertura da economia brasileira trouxe novos concorrentes, exigindo 
das empresas competência maior. Além do aumento da concorrência, as altas 
taxas de juros têm penalizado empresas e pessoas físicas que precisam 
recorrer a empréstimos e financiamentos. A manutenção das altas taxas de 
juros levou associações como a FEBRABAN (Federação Nacional dos Bancos) a 
recomendar à população que não se endividasse com as taxas de juros então 
vigentes. Embora sensata, a recomendação foi seguida por poucos. Afinal, 
após muitos anos, estávamos diante de uma situação nova. Haviam caído as 
limitações de prazo para o crédito. O freio ao excesso de consumo passou a 
ser somente a taxa de juros alta. 
Gradativamente, a economia brasileira ficou com um comportamento mais 
próximo das economias desenvolvidas. Podemos aplicar aqui a maioria dos 
princípios financeiros utilizados lá fora. 
É importante conhecer os produtos e serviços do mercado financeiro, saber 
calcular a taxa efetiva de um empréstimo ou financiamento. 
Precisamos ter informações confiáveis, de fácil entendimento, que estejam 
disponíveis em tempo hábil. O feeling do empresário precisa ser completado 
com o que dizem os números gerados pelos controles. Precisamos acompanhar 
os acontecimentos no mundo e principalmente no Brasil, avaliando sua 
influência no segmento no qual está inserida a empresa e transformar essa 
visão em planejamento dos negócios e financeiros. Já podemos elaborar 
orçamentos de caixa para, pelo menos, três meses. Isto custa pouco e traz 
bons benefícios, por permitir visualizar com antecedência as necessidades 
financeiras. 
Há muitas empresas obtendo ganhos significativos de produtividade, mas 
perdendo todo esse ganho ao tomar dinheiro emprestado, a curto prazo, a 
taxas de 40,0 a 50,0% ao ano. Os “ralos financeiros” precisam ser fechados 
para que o empresário volte a ganhar dinheiro com seu negocio. 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
Vivemos uma nova realidade, na qual há espaço para o planejamento e 
controle dos negócios. 
 
AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE REGIME DE CAIXA E DE 
COMPETÊNCIA 
Regime de Competência 
- Reconhece a receita quando ocorre a venda, com entrega da mercadoria ou 
prestação do serviço. 
- Reconhece despesa quando incorrida, independente de ter sido paga ou não. 
Regime de Caixa 
- São as datas de recebimentos e pagamentos que determinam os registros. 
Se uma concessionária de veículos vende um automóvel por R$ 25.000,00, o 
regime de competência reconhece, hoje, a receita de R$ 25.000,00, embora o 
cliente tenha dado de entrada um carro usado avaliado em R$ 7.000,00 mais 
R$ 8.000,00 em dinheiro e o restante a ser pago em quatro prestações 
mensais de R$ 2.500,00: 
— Regime de competência – receita de R$ 25.000,00; 
— Regime de caixa - receita de R$ 8.000,00. 
No lado das despesas, essas diferenças entre caixa e competência também 
ocorrem. Por exemplo, o 13º salário é pago, geralmente, em novembro e 
dezembro de cada ano, mas as despesas são reconhecidas (1/12) a cada mês. 
Portanto, os números de caixa podem ser, e geralmente são, diferentes dos 
números de competência. 
 
MÉTODO DIRETO DA DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 
O Método Direto, que também é conhecido como a abordagem das contas T (T 
Account Approach), consiste em classificar os recebimentos e pagamentos de 
uma empresa utilizando as partidas dobradas. A vantagem desse método é 
que permite gerar informações com base em critérios técnicos, eliminando, 
assim, qualquer interferência da legislação fiscal. 
Uma das vantagens desse demonstrativo é facilitar a administração financeira 
das empresas. Com ele podemos saber se os problemas financeiros têm 
origem no Operacional, no Investimentos, no Financiamentos, ou ainda numa 
combinação dos três grupos. 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
 MÉTODO DIRETO x MÉTODO INDIRETO 
Na comparação entre os dois métodos, é importante irmos além dos aspectos 
técnicos e consideramos a realidade em que vivemos, principalmente a 
realidade brasileira. 
 
Método Indireto 
Vantagens 
1. Rresenta baixo custo. Basta utilizar dois balanços patrimoniais (o do início e 
o do final do período), a demonstração de resultados e algumas informações 
adicionais obtidas na contabilidade. 
2. Concilia lucro contábil com fluxo de caixa operacional líquido, mostrando 
como se compõe a diferença. 
Desvantagens 
1. O tempo necessário para gerar as informações pelo regime de competência 
e só depois convertê-las para regime de caixa. Se isso for feito uma vez por 
ano, por exemplo, podemos ter surpresas desagradáveis e tardiamente. 
2. Se há interferência da legislação fiscal na contabilidadeoficial, e geralmente 
há, o método indireto irá eliminar somente parte dessas distorções. 
 
Método Direto 
Vantagens 
1. Cria condições favoráveis para que a classificação dos recebimentos e 
pagamentos siga critérios técnicos e não fiscais. 
2. Permite que a cultura de administrar pelo caixa seja introduzida mais 
rapidamente nas empresas. 
3. As informações de caixa podem estar disponíveis diariamente. 
Desvantagens 
1. O custo adicional para classificar os recebimentos e pagamentos. 
2. A falta de experiência dos profissionais da área financeira em usar as 
partidas dobradas para classificar os recebimentos e pagamentos. 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
Quando falamos em informações para administrar os negócios, pelo menos 
duas condições devem estar presentes: 
- Essas informações devem representar 100% das atividades da empresa; e 
- As informações devem ser geradas por critérios técnicos e não por critérios 
fiscais, que visam pagar menos tributos. 
Para a realidade da maioria das empresas brasileiras, o método direto traz 
mais benefícios, principalmente para a redução dos custos financeiros. 
A escolha por um dos dois métodos deve ser analisada considerando a 
realidade de cada empresa. Há segmentos, o da construção civil, por exemplo, 
em que as vantagens do método direto são ainda maiores, porque os números 
de competência têm pouco significado para essa atividade. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A condição para que a empresa viva e ganhe dinheiro é ter recebimentos 
operacionais que superem os pagamentos operacionais. O Administrador se 
depara com o dilema do Risco e Rentabilidade, se por um lado ela precisa 
manter uma liquidez imediata essencial a manutenção das atividades, por 
outro lado, ele pode incorrer em riscos de custos de oportunidade, então o 
grande desafio para os administradores é buscar um volume adequado de 
caixa para empresa, de forma a incorrer o mínimo possível em riscos. A 
Demonstração de Fluxo de Caixa é uma importante ferramenta que auxilia na 
tomada de decisões e pode facilitar o trabalho dos administradores através das 
análises de fluxos passados e previsão de fluxos futuros. 
O objetivo da Contabilidade é produzir informação útil, confiável em tempo 
hábil para uma gama enorme de usuários que na grande maioria das vezes 
não possui, ou possui pouco conhecimento para análise de demonstrações 
mais complexas como a DOAR, por exemplo. Neste sentido a Demonstração de 
Fluxo de Caixa é ideal por ser de fácil entendimento pelos diversos tipos de 
usuários. Desde que seja elaborada adequadamente a DFC é um importante 
instrumento de análise financeira das empresas que permite à Contabilidade 
desempenhar mais eficientemente o seu papel de principal guia na tomada de 
decisões econômicas. 
Vale ressaltar também que as informações sobre fluxo de caixa são úteis 
porque além da facilidade de entendimento e ferramenta auxiliar na tomada de 
decisões econômicas, proporcionam aos usuários das informações contábeis 
como investidores e credores, uma base para avaliar a capacidade da empresa 
gerar caixa e valores equivalentes à caixa e, as necessidades da empresa em 
utilizar esses fluxos de caixa. 
 
ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 
 
REFERÊNCIAS: 
ASSAF NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração de 
capital de giro. São Paulo: Atlas, 1997. 
CAMPOS FILHO, Ademar. Demonstração dos fluxos de caixa: uma ferramenta 
indispensável para administrar sua empresa. São Paulo: Atlas, 1999. 
HORNGREN, Charles T.; SUNDEM, Gary L.; STRATTON, Willian O.; 
Contabilidade Gerencial. São Paulo: Prentice Hall, 2004. 
IUDÍCIBUS, Sérgio et al. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 
São Paulo: Atlas, 1980. 
NEIVA, Raimundo Alelaf. Valor de mercado da empresa. São Paulo: Atlas, 
1999.

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