CEPHAS Capas de Trabalho

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CEPHAS- Centro de Educação Profissional Hélio Augusto de Souza
Determinação do teor de Mg(OH)2 no Leite de Magnésia Phillips
Nomes: Jean Carlos N°24
 João Paulo Silva Moraes N°25
 Kelly França N°27
 Mayara Stephanie N°33
 Paulo Henrique de Alcântara N°37
 Samanta Raissa dos Santos N°40
 Tayná Gomes da Silva N°42
Professora: Vanesa Turma: 23 Turno: Noite
Curso: Química Data: 09/10/2017 Código: 1035
Componente Curricular: Análise Química Quantitativa 
 
Objetivo
O objetivo desse experimento é preparar e padronizar uma solução de ácido clorídrico a 0,1 mol/L e determinar a basicidade do leite de magnésia Phillips.
Introdução
O preparo de uma solução envolve o uso de uma outra solução, feita a partir de uma substância no estado sólido, de modo que se possa saber com exatidão sua concentração. Essa solução – chamada de padrão primário – é utilizada para a verificação da solução problema, ou seja, a que está sendo preparada (a de HCl nesse caso). A esse processo de verificação da concentração dá-se o nome de padronização.
Um padrão primário é uma substância empregada como titulante em uma análise volumétrica. Deve possuir uma concentração exata para que seja possível a determinação fidedigna da concentração de outras substâncias ou ainda para padronização de outras soluções titulantes, denominadas padrões secundários. Para uma substância ser considerada um padrão primário ele deve possuir algumas características, tais como: grau de pureza superior a 99,95% (obtida normalmente por recristalização); de fácil secagem (dessecação); estável tanto em solução como no estado sólido; não higroscópico, nem reagirem com substâncias existentes no ar; não reagir com a luz; elevado peso molecular; não volátil; baixo custo e fácil acesso.
Muitas vezes, a substância com a qual se pretende preparar uma solução padrão não é um padrão primário. Nestes casos deve-se preparar uma solução desta substância com uma concentração próxima da desejada e, em seguida, padronizá-la frente a uma solução-padrão. Utilizou-se nesse caso, o carbonato de sódio (Na2CO3) como solução padrão primário, que é comumente utilizado em titulações de soluções ácidas.
A titulação consiste no processo de se juntar – gota a gota – a solução a ser determinada à solução padrão primário até que seja identificado o momento em que a reação foi acusada pelo indicador (verde de bromocresol no caso), através de fenômenos físicos como mudança de cor, denominado ponto de viragem.
O volume usado da solução problema na titulação deve ser anotado para posterior uso em cálculos a fim de se determinar a molaridade da mesma solução, que por sua vez será utilizada em cálculos para determinação do teor de hidróxido de magnésio – Mg(OH)2 - no leite de magnésia Phillips após ter sido feita a titulação do leite com a solução de ácido clorídrico já padronizada.
Materiais utilizados
Ácido clorídrico (HCl);
Carbonato de Sódio (Na2CO3);
Amostra de Leite de Magnésia Phillips;
Verde de Bromocresol (indicador);
Fenolftaleína (indicador);
H2O destilada (pisseta);
Vidro de relógio;
Balão volumétrico de 500 mL e de 250 ml;
Espátula;
Bureta graduada de 50 ml;
Suporte universal;
Funil;
Balança analítica;
Erlenmeyer de 250 ml;
Proveta graduada de 50 ml;
Pipeta graduada de 25 ml.
Procedimento
Preparação e padronização da solução de HCl a 0,1 mol/L:
Primeiramente foi preparada a solução a partir do volume de cerca de 2,1 mL de HCl concentrado (volume calculado no item Resultados e Discussões a seguir, para a concentração desejada), pipetado e transferido para um balão de 250 mL; o volume foi completado com água destilada para 250 mL e homogeneizou-se a solução.
Obs.: HCl concentrado não é padrão primário. Trata-se de uma solução saturada de HCl que tem cerca de 37% em massa de HCl e densidade 1,19 g.mL – dados utilizados na determinação do volume necessário de HCl concentrado para preparação da solução com tal concentração desejada (0,10 mol/L).
Em seguida foi feita a padronização da solução recém preparada, pesando-se cerca de 0,10 a 0,12 g de Na2CO3(padrão primário, seco em mufla a 270 – 300 °C por 1 hora) e diluindo-se essa massa em 15 mL de água destilada medida em proveta. Agitou-se a solução no erlenmeyer até a dissolução completa do sal. Juntou-se 2 gotas de verde de bromocresol. Lavou-se a bureta com uma porção da solução de HCl para começar a titulação e foi transferida a solução de HCl para a bureta com o volume de 50 mL, tomando cuidado para não deixar bolhas na bureta que pudessem interferir nos resultados de volume utilizado. Começou-se a titulação, com a adição da solução gota-a-gota ao erlenmeyer sob agitação constante até o aparecimento de uma leve coloração esverdeada na solução do erlenmeyer que persistisse por mais de 30 segundos, que indicasse o final da titulação – ponto de viragem.
Importante: Na titulação de carbonato de sódio, devem ocorrer duas “protonações”:
CO3-2 + H+  HCO3-
e
HCO3- + H+  H2O + CO2
Mas o gás carbônico em solução leva ao estabelecimento do equilíbrio abaixo:
H2O + CO2  H2CO3 = HCO3- + H+
Isto representa a viragem do indicador verde de bromocresol com a adição de um volume de HCl menor que o necessário para reagir com todo Na2CO3. A fim de se evitar tal ocorrência, aqueceu-se a solução de modo a favorecer a eliminação do CO2. Quando isto ocorreu, o verde de bromocresol retomou a cor azul.
Obs.: A não-reversão da cor indica excesso de ácido adicionado, e logo que a titulação não foi interrompida no momento correto.
Desse modo, prosseguiu-se a adição de ácido após a eliminação de CO2 e protonou-se totalmente o carbonato, e o verde de bromocresol assumiu coloração verde definitiva. Assim, o volume da solução de HCl consumido foi anotado, com o devido cuidado de acertar a altura do menisco para melhor visualização. Esse volume será usado a seguir para calcular a concentração da solução, que posteriormente será utilizado para calcular o teor de basicidade do leite de magnésia, que por sua vez será também o titulante da análise.
Resultados e discussões
Em primeiro lugar, explica-se o motivo de se utilizar de 2,1 mL de HCl concentrado para preparação de solução a 0,1 mol/L. Tem-se que:
M= = =. = 0,9125 g
T = = 
0,37% = = MT = 2,46 g
D = =1,19 = V = 2,06ml.
Para Preparar uma solução de 250ml de HCl 0,1mol/L o V = 2,1ml/L.
Titulação com carbonato de sódio:
Amostras 1º 2º 3º 
 M(g)Na2CO3 0,1126 0,1036 0,1154
V(ml)HCl Bureta 20,5 18,8 21,0
Média = 20,1 ml HCl
Obs.: o peso molecular do carbonato de sódio é 83.
Cálculo da molaridade HCl:
PM (Na2CO3) * V(L) HCl
1º Titulação= = M= 0,1036 mol/L
2º Titulação= = M= 0,1040 mol/L
3º Titulação= = M= 0,1037 mol/L
Média: 0,1038 mol/L.
A realização de titulação nos mostrou o teor de concentração do HCl que sua média foi de 0,1038 mol/L, sendo assim aceitável em 0,1 mol/L.
Titulação com Biftalato de Potássio
 M = NaOH 0,1 mol/L em 250 ml
Padronização da solução. Padrão primário de Biftalato de Potássio C8H5KO4- 0,4 – 0,5(g).
Obs.: O peso molecular do biftalato de potássio é 40.
Amostras 1º 2º 3º
M(g) C8H5KO4 0,4003 0,4021 0,4019
V(ml)HCl Bureta 27,1 27,3 26,9
Média = 27,1 ml HCl
 Cálculo da molaridade NaOH 0,1 mol/L.
PM (C8H5KO4) * V(L) NaOH
1º Titulação = = = 0,0723mol/L
2º Titulação = = = 0,0721mol/L
3ºTitulação = = = 0,0731mol/L
Média: 0,0725mol/L.A realização de titulação nos mostrou o teor de concentrado NaOH foi próxima a 0,0725mol/L , sendo assim aceitável em 0,1mol/L.
Titulação com leite de magnésia:
Foi usada a mesma solução de HCl preparada anteriormente, então os dados a seu respeito são os mesmos.
Amostras do Hidróxido de Magnésio.
1º 0,4003 (g)
2º 0,4009 (g)
3º 0,4015 (g)
Média = 0,4009 (g)
Teor: 
 Titulação : 1º 2º 3º
M(g) Leite de Magnésia: 0,4003 0,4009 0,4015
V(ml):NaOH Utilizado: 24,6ml 24,5 ml 24,4ml
1ºTitulação Teor:= = = 1.288,50mg
2ºTitulação Teor:24,5*0,0721*29*100 == = 1.277,80mg
3ºTitulação Teor:24,4*0,0731*29*100=== 1.288,30mg
Média do MgOH2 é=1.284,86mg.
O Teor no Hidróxido de Magnésio é = 1.284,86mg.
Apresentação de Leite de Magnésia de Phillips
A embalagem informa haver 1.282,50mg (1,2g) do hidróxido de magnésio em cada 15g do leite de magnésia (uma colher de sopa). Se a embalagem comporta 120g do produto no total, acha-se o total de gramas de hidróxido na embalagem e sua porcentagem na composição final do produto:
15g _____ 1,28g x = = = 8 =mMg(OH)2  =  8% 
120g _____ x m total g Figura: Leite de Magnésia Phillips
Conclusão:
Conclui-se que os resultados previstos na teoria para a concentração desejada de HCl são bem próximos daquele encontrado na prática, pois há pouca diferença entre 0,100 e 0,1038 mol/L. Então, constata-se a eficácia da análise titulação para padronizar soluções, pois é um procedimento de fundamental importância na busca de resultados como o do teor básico do leite de magnésia aqui constatado. E que sempre deve ser feito o cálculo de molaridade da solução padrão secundário pelo fato de a mesma variar a cada vez que é feito, de acordo com as condições as quais são submetidas cada análise.
Em relação ao teor de hidróxido de magnésio encontrado no leite de magnésia da marca Phillips, pode-se dizer que há uma diferença bem pequena entre aquela porcentagem indicada pelo fabricante na embalagem do produto e a encontrada nessa análise, pois no rótulo do medicamento há a informação de que em 15g do leite contém cerca de 1,2 g de Mg(OH)2, ou seja, 8%. A porcentagem encontrada no experimento também foi de aproximadamente 8%.
Bibliografia
Anotações e discussão do grupo em laboratório;
http://www.itapeva.unesp.br/docentes/claudio_caraschi/ApostilaQuimicaExperimental.pdf