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LICENCIATURA EM PORTUGUES INGLÊS
PRÁTICA DE ENSINO: INTRODUÇÃO À DOCÊNCIA (PE:ID)
POSTAGEM 3:EXAME (ATIVIDADE 1 + ATIVIDADE 2)
REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS E AO TEXTO SELECIONADO
Paola Pires Domingues RA:1740033
Polo São Roque
2017
Paola Pires Domingues RA:1740033
POSTAGEM 3:EXAME (ATIVIDADE 1+ ATIVIDADE 2)
REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS E AO TEXTO SELECIONADO
Projeto apresentado à Universidade Paulista – UNIP, do curso de Letras Português/Inglês, como um dos requisitos para a obtenção da nota na disciplina Prática de Ensino: Introdução a Docência, ministrada pelo (a) 
Prof. (a) Marcello . 
Polo São Roque
2017
 Sumário
REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS..............................................4 
Educação? Educações: aprender com o índio...............................................4
O faz do Nirso...............................................................................................5
A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do Lobo).........................5
Uma pescaria inesquecível............................................................................5
A Folha Amassada........................................................................................6
A Lição dos Gansos......................................................................................7
Assembleia na Carpintaria............................................................................7
Colheres de Cabo Comprido.........................................................................7
Faça parte dos 5%.........................................................................................8
1.10 O Homem e o Mundo..................................................................................8
1.11 Professores Reflexivos....................................................................8
1.12 Um Sonho Impossível.................................................................................9
 Pipocas da Vida...........................................................................................9
Referencias........................................................................................................10
INTRODUÇÃO......................................................................................11
Texto selecionado: Chico Bento em ... Problema de Acento...........................12
Reflexões referente ao texto selecionado.........................................................12
Um desafio para o educador..............................................................................14
5.1 Como trabalhar essas variações e o preconceito linguístico em sala?........14
Conclusão..........................................................................................................15
Referencias........................................................................................................16
REFLEXÕES REFERENTES AOS 13 TEXTOS
Neste trabalho contém as reflexões dos 13 textos, que está relacionado a disciplina de Prática de Ensino: Introdução a Docência.
EDUCAÇÃO? EDUCAÇÕES: APRENDER COM O ÍNDIO
Entendemos que cada ser humano é ensinado de maneiras diferentes, ele é educado a ter um comportamento a se portar de determinado modo. Existem várias culturas, várias tradições num só mesmo país, quando este sai de sua região e vai a outra região onde os costumes são totalmente diferentes, a sua maneira de agir ou o seu modo de se portar pode ser encarada como uma falta de educação. A expressão “falta de educação” em nossa sociedade refere-se à falta de modos de cada ser humano e não necessariamente ao grau de instrução escolar. Os índios não foram ingênuos em agradecer pela oferta de educação, eles viram a proposta de educar seu povo como um presente verdadeiro e que, ainda que cordialmente, deveria ser visto como um bom sinal de aproximação com as nações que a ofertaram. 
As diferenças entre nações são: as culturas, os modos, costumes e a educação, cada povo de cada nação é educado de acordo com suas necessidades sociais. Muitas vezes o que serve para a sobrevivência de um povo não serve para outro povo, foi o que aconteceu com os índios, que por mais que os brancos ensinasse a educação deles para o povo indiano ele seria inútil. A missão da educação é formar e desenvolver os talentos humanos, promovendo a gestão do conhecimento organizacional, por meio da aprendizagem ativa e contínua de seus colaboradores.
Por esse motivo o professor tem um papel cada vez mais importante na formação dos alunos, para que sejam levados a pensar analiticamente, para que sejam transformadores da sociedade em que vivem.
1.2 O FAX DO NIRSO
O texto nos mostra que um funcionário com pouca escolaridade pode se tornar um excelente profissional. A educação escolar é importante no mercado de trabalho, mas deve ser aliada à educação profissional. Num mercado competitivo, todo profissional precisa de um diferencial na carreira, este diferencial é representado por um ou mais diplomas. Alguns estudiosos afirmam que a educação evolui num ritmo muito lento em relação a outros elementos da sociedade.
1.3 A HISTÓRIA DA CHAPÉUZINHO VERMELHO ( na versão do lobo )
Não podemos ter somente a nossa opinião como uma verdade absoluta, todos tem o direito de pensar e refletir, pois, o pensamento é único. Temos que deixar os alunos optar sim, os deixar fazerem perguntas, argumentar dar a sua opinião o seu modo de pensar, isso faz abrir novos horizontes e pontos de vista interessantes. É necessário que o aluno interaja, pense, discuta e faça suas escolhas.
1.4 UMA PESCARIA INESQUECÍVEL
Complete a frase: “Ética é” a conduta de cada ser humano.
Neste texto o menino pensou em levar vantagem na pescaria, não tinha nenhum dos competidores por perto e seu peixe era grande que provavelmente levaria o prêmio, seria o vencedor. Mas seu pai o ensinou o que é certo é certo, e que devemos agir corretamente em todos os sentidos e que ele não poderia agir de maneira corrupta, trapacear. Hoje essa lição de vida foi muito útil, pois mesmo que a maioria faça o que é errado não devemos agir igual, temos que praticar uma simples ética a do CERTO e ERRADO. Com tudo podemos concluir que a ética é exatamente importante para que tenhamos um bom relacionamento social e pessoal no meio em que vivemos.
1.5 A FOLHA AMASSADA
 Professores precisam levar seu papel de educador muito a sério, exercer essa profissão ou essa função não é fácil, principalmente para quem não vivenciou ainda. Quanto a estar preparado somente saberei quando estiver em contato direto com a prática de ensino juntamente com os alunos, pois uma coisa é dizer estar preparado (teoricamente), e outro é se sentir-se preparado (prática). Sobre alunos explosivos eles provavelmente sofrem de algum trauma na infância e não sabe como lidar com os sentimentos de frustração. Mas, podemos tentar a ajudar esse aluno. Ensinar os alunos a reconhecer e expressar suas emoções de formas aceitáveis. Diga-lhes o que devem fazer quando sentirem raiva. Diga a eles para pensarem sobre suas ações e palavras antes de agir ou falar. Se eles ainda estiverem tendo problemas com o comportamento, converse com os pais do aluno para desenvolver uma estratégia de intervenção semelhante através deles. Discutir as emoções da criança com ele após a demonstração de um comportamento agressivo. Ajude-a identificar o que suas ações causaram. Diga a ele para lhe explicar o que estava sentindo no momento e o que causou suas ações. Faça ele se perguntar por que ele fez isso, após o fato. Ele vai começar a olhar com mais clareza as situações que causam sua raiva.
Não vejo alunos explosivos como um problema, até pelo contrário, se for bem trabalhado, o aluno pode trazer resultadospositivos que podem se traduzir em aumento de criatividade, em algumas situações podem ser utilizadas como estímulos para que o aluno melhore. Como professores temos que ter sinal de maturidade, disciplina e equilíbrio emocional, o autocontrole é muito importante para que você possa usufruir de bons relacionamentos no trabalho. 
 
1.6 A LIÇÃO DOS GANSOS
Se tivéssemos o mesmo sentido dos gansos, nos materíamos em formação com os que lideram o caminho para onde também desejamos seguir. Acredito que ainda me falta ferramentas para a execução da tarefa, mas é para isso que estou me preparando para a função de professor. É dever de o educador saber guiar e estimular os alunos a desenvolver um comportamento ético que beneficie e demonstre suas qualidades individuais e coletivas, e que cada um respeite as diferenças dos outros e que juntos possam crescer.
1.7 ASSEMBLEIA NA CARPINTARIA
Como o texto abordou, todo tem defeitos e também qualidades, temos que saber respeitar essas diferenças com o próximo. Muitas das vezes criticar o defeito dos outros e não paramos para nos analisar e tentar melhorar a nossa maneira de agir. O importante é trabalharmos unidos, em um conjunto, equipe, procurando sempre destacar as qualidades e habilidades de cada um, na medida do possível. 
Quando você demonstra que acredita no seu trabalho e na capacidade de seus colegas e que tem certeza da competência do grupo como um todo, você se torna uma pessoa que inspira confiança. 
1.8 COLHERES DE CABO COMPRIDO
Trabalho em equipe é quando um grupo ou uma sociedade resolve criar um esforço coletivo para resolver um problema. Os professores têm que acreditar na mudança, temos que saber que é possível, do contrário não estaria ensinando, pois a educação é um constante processo de modificação. 
 Devemos sempre ajudar uns aos outros.
1.9 FAÇA PARTE DOS 5%	
Não dá para discordar da avaliação que esse professor fez ao destacar que apenas 5% fará a diferença, pois à medida que as coisas acontecem essa porcentagem tende a diminuir. Muitas pessoas não sabe ao certo o que quer para o futuro. Porém, os 95% são pessoas que não tem a perseverança e o foco necessários para pertencer ao grupo que faz a diferença positiva. 
Portanto, a jornada para se tornar excepcional, realmente fantástico, aquele que faz a diferença é trilhado todos os dias, a todo instante.
Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é.
1.10 O HOMEM E O MUNDO
 Acredito que quando os homens conseguirem dialogar uns com os outros e respeitarem as suas diferenças, será mais fácil encontrar formas de solucionar os problemas entre o homem e o mundo.
As crianças têm mais para nos ensinar do que os adultos, elas tem uma visão mais inocente sobre as coisas que o cercam.
 
1.11 PROFESSORES REFLEXIVOS
Precisamos ser acolhedores com os novos alunos que chegarem a nossa escola, para que eles se sintam à vontade para interagirem e expressarem suas ideias e tirarem as suas dúvidas sem se sentirem rejeitados ou ridicularizados pela turma.
Isso será muito importante para seu desenvolvimento e adaptação na nova escola.
1.12 UM SONHO IMPOSSÍVEL?
Nas escolas de comunidades, temos um número grande de crianças e jovens carentes, não só financeiramente falando, mas também no real sentido ou significado da palavra, já que os pais são cada vez mais ausentes e não tem tempo para acompanhar o desenvolvimento escolar de seus filhos. O professor deve garantir que o aluno esteja aprendendo todo o conteúdo da disciplina. O educador precisa trabalhar com pensamento de formar profissionais críticos e de caráter. Cabe ao professor estimular os alunos aos estudos e fazer com que eles desejem aprender cada dia mais. Há muitos motivos que levam o aluno a deixar de estudar, a necessidade de entrar no mercado de trabalho, a falta de interesse pela escola, dificuldades de aprendizado que podem acontecer no percurso escolar, doenças crônicas, deficiências no transporte escolar, falta de incentivo dos pais, mudanças de endereço e outros. Para serem minimizados, alguns desses problemas dependem de ações do poder público. Outros, contudo, podem ser solucionados com iniciativas tomadas ao longo do ano pelos gestores escolares e suas equipes , que têm a responsabilidade de assegurar as condições de ensino e aprendizagem o que, obviamente, se perde quando a criança não vai à aula. 
1.13 PIPOCAS DA VIDA
Para você ser capaz de ficar satisfeito com sua vida, é preciso se adaptar às mudanças. O primeiro passo é sempre o mais difícil, mas com determinação e a mentalidade certa você pode superar qualquer coisa. Se você já está cansado de como as coisas estão agora, o que ainda está por vir pode ser completamente diferente.
 Tudo que você precisa para fazer alguma coisa é motivação, algo que você já tem! Quando você faz algo, coisas diferentes acontecem.
 Viver sempre com os mesmos hábitos e pensamentos, enquanto o mundo muda a cada dia, com certeza torna a vida mais difícil de ser digerida. 
Não podemos ser que nem o milho teimoso (piruá) e temos que aceitar as mudanças, encarar sem problemas e seguir em frente sempre para a melhor.
Referências 
ANTUNES, C. 10 Histórias Exemplares. In: Coleção Grandes Autores. São Paulo: Atta Mídia e Educação, 2004.
CRUZ, C. H. C. Competências e Habilidades: da proposta à prática. Coleção Fazer e Transformar. 2ª ed. São Paulo: Loyola, 2002. 
 ALVES, R. A pipoca. In: O amor que acende a lua. Campinas: Papirus, 1999. 
	
	
Introdução
Este trabalho visa fazer uma reflexão sobre a fala do personagem Chico Bento, onde vemos que a fala deste personagem é totalmente diferente da linguagem culta. A linguagem faz parte do nosso dia a dia, comunicamo-nos das mais diversas maneiras, por isso não há modelos definitivos de comunicação, ou seja, as pessoas usam a linguagem de maneiras diferentes em diferentes contextos.
Justifica-se a escolha deste tema pela riqueza cultural brasileira e as diversidades da fala no sentido regional e na forma culta e popular.
Quando Chico Bento se porta a alguém com um conhecimento mais culto chega até coçar a cabeça tentando entender a mensagem de seu interlocutor. Pode-se encontrar neste trabalho como aporte teórico a fala típica e as ações do cotidiano como: lazer, trabalho, estudo, convivência familiar, amizade. 
Outro elemento merecedor de ênfase nas histórias de Chico Bento é a presença da escola e o fato de o mesmo ser o único personagem de destaque de Maurício de Souza que a frequenta.
A visão de aluno demonstrada por Chico, a meu ver, não é positiva, ele não é um bom aluno, não se interessa pelos estudos, sempre tira notas baixas. Entretanto não se mostra o mesmo reprovado de ano ou sendo advertido e, 
Neste trabalho, observamos marcas gráficas que indicam uma sonoridade fortemente peculiar da fala interiorana.
Veja o exemplo a seguir com algumas fala de Chico Bento e sua Professora.
Texto selecionado: Chico Bento em ... Problema de Acento.
PROFESSORA: Bem, crianças... hoje vamos treinar o Português. CHICO BENTO: Quar, fessora? Seu Manuer, da venda ou seu Joaquim, do açogue? CHICO BENTO: Então, tem portugueis novo na cidade! PROFESSORA: Não! Eu estou me referindo à nossa língua. CHICO BENTO: Ah, bão! ZÉ LELÉ: Hum! PROFESSORA: Oh!!ZÉ LELÉ: Bleééé lelééé!! (mostrando a língua) PROFESSORA: Zé Lelé! O que significa isso? ZÉ LELÉ: Ara, fessora! Só tava treinando a língua, como a sinhora mandô! PROFESSORA: Nenhum dos dois, Chico! PROFESSORA: A língua a que me refiro é o nosso idioma, a Língua Portuguêsa. ZÉ LELÉ: Ah, bão! PROFESSORA: Bem, vamos lá! Quem soletra a palavra “Mãe”? CHICO BENTO: Essa é fácir! EME, A, E! MAE! PROFESSORA: Muito bem Chico, e o acento? CHICO BENTO: Ahm, fessora? Já tá bem mior, brigado! ( com vergonha ). CHICO BENTO: Só quiria sabe quem foi o fofoquero qui contô qui eu levei um coice no bum... no acento! ZÉ DA ROÇA: Calma Chico! A professora ta falando é do “til” ! CHICO BENTO: Anhé...
 (Souza, Maurício de. Chico Bento em... Problema de Acento – HQ nº 450, pág.29)
Reflexões referente ao texto selecionado
Quando as diferenças são numerosas e sistemáticas, e atinge não só a pronúncia e o léxico, mas também a gramática, podemos chamar as variedades regionais “dialetos”. Quando um dialeto e começa a ter autonomia (na imaginação popular), ele deixa de ser um dialeto e começa ser considerada uma língua. Do ponto de vista linguístico, todas as variedades de uma língua têm o mesmo valor; não existe uma variedade “melhor” que outra. Mas do ponto de vista político e social, uma variedade é considerada a melhor: a variedade padrão. Muitos fatores influenciam na maneira como determinado indivíduo fala: idade, sexo, grau de escolaridade, local onde trabalham, cargo que ocupa, local onde estuda, local onde mora, profissão, o caráter, a criação, as amizades, a família de modo geral. Vê-se que a língua, ao partir do social para o individual, recebe um estilo próprio, mesmo que este não faça jus à norma culta. Mesmo porque não há como julgar a fala como certa ou correta, somente a escrita, pois esta se trata de um acordo normatizado e documentado. A língua é a referência, e não a fala!
O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É frequente em ambientes que exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em sermões, apresentação de trabalhos científicos, em reuniões, etc. Logicamente, a escrita também seguirá padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor científico.
O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de regras, apresentam gírias, restrição de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos intimidade. É muito comum se ver o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet, como no MSN, no Facebook, blogs, etc.
Se formos escolarizados, temos um círculo social mais “culto” e vivemos em meio urbano relativamente desenvolvido, costumamos reputar nossos hábitos e tipo de vida como os únicos aceitáveis. Em paralelo, julgamos que nossa linguagem é a mais correta e que, em comparação a ela, os outros modos de dizer (principalmente de regiões interioranas) são incorretos, por exibirem concordância e termos discrepantes (“corruptelas”) frente ao falar culto. 
A gente ri de uma frase como “Cráudia fala ingrês e gosta de chicrete”, mas não ri de “A igreja de São Brás é perto da praia”, muito embora as palavras das duas frases tenham uma mesma explicação histórica. E por que a gente ri? Porque a segunda frase tem palavras que pertencem à língua literária, à língua escrita, à língua que se aprende na escola e é usada pelas pessoas importantes, ricas, poderosas, “bonitas”. Já a primeira frase, não. Ela tem palavras usadas por pessoas que [...] sofrem com as injustiças sociais, nunca puderam ir à escola aprender a língua literária, escrita, dos “ricos”, e falam um português diferente do nosso. Mas, como estamos vendo, a língua delas não tem problema nenhum: é coerente, segue as tendências naturais do português e tem uma lógica histórica.
A linguística tem mostrado que não existe língua homogênea, elas se diferenciam até mesmo em um mesmo país. Existe um conjunto de variedades que são resultados das peculiaridades das experiências históricas e socioculturais do grupo que a língua.
Um desafio para o educador
 5.1 Como trabalhar essas variações e o preconceito linguístico em sala?
Toda essa diversidade cultural brasileira e consequentemente a grande variação linguística existente podem gerar conflitos na sala de aula e no cotidiano dos alunos.
Primeiramente, é necessário entender que é pedagogicamente incorreto utilizar a incidência do “erro” do educando como uma oportunidade de humilhá-lo, e para conseguir lidar com essas situações é necessário utilizar-se da Pedagogia Sensível, que procura conscientizar o aluno para as diferenças nas variedades linguísticas, sem prejudicar seu processo de ensino\ aprendizagem. Diante de uma realização de regras não padrão, o professor deve: Identificar a diferença e conscientizar sobre esta diferença.
Quando o modo de falar da criança não é um campo de conflito, ele torna-se mais aberta à aquisição de estilos mais monitorados, ou seja, mais próximo à regra padrão da língua. O personagem Chico Bento da Turma da Mônica é um símbolo do multiculturalismo que pode ser um ótimo instrumento para ser utilizado em sala com o intuito de despertar a consciência da diversidade linguística, combatendo também o preconceito linguístico. 
A escola possui um papel importantíssimo na formação do aluno e principalmente da sua linguagem. Ela possui a função de ampliar a competência comunicativa de cada aluno, através de um ensino sistematizado, proporcionando a eles a capacidade de se comunicarem com adequação e segurança nas mais diversas situações e contextos sociais que estejam inseridos. Mas é necessário ter muito cuidado ao se trabalhar com a sociolinguística em sala, para não perder o sentido real da educação: formar indivíduos capazes de participarem de forma ativa na sociedade em que vivem, com competência de se comunicarem de forma adequada aos diversos meios sociais (grupo de amigos, trabalho, família, escola\faculdade e outros).
Conforme assegura Berger (1972, p. 11) “a vista chega antes das palavras. A criança olha e vê antes de falar”. Entretanto essa “visão” nasce espontânea e, somente com as experiências adquiridas ao longo do tempo, vai se construindo, permitindo que as pessoas visualizem as coisas conforme as suas crenças e conhecimentos adquiridos. De posse dessas informações, a meu ver, o professor precisa buscar educar seu olhar, aprender a ver, já que “o ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido” (ALVES, 2005, p. 23). A percepção de qualquer imagem que chega aos olhos das pessoas é construída pelo que se conhece ou acredita. Um olhar educado pode possibilitar ao professor desmitificar os diversos aspectos imersos nas nuances dos desenhos animados, e permitir, desse modo, a realização de uma prática pedagógica enriquecida com o uso de recursos midiáticos / imagéticos de forma sensata e coerente. Por essa via, não há o risco de deturpar a imagem que um aluno pode criar em seu imaginário do ambiente rural e das pessoas que o habitam, a partir, por exemplo, da exploração das histórias protagonizadas por Chico Bento e sua turma com o intuito de evidenciara vida no campo. 
O professor que tem um olhar especial com sua turma tem grande chance de ajudar os seus alunos a ter uma visão de futuro, formando não somente profissionais como também pessoas de caráter. 
Conclusão
Finaliza-se este texto esclarecendo que não existe a intenção de oferecer alguma resposta pronta e acabada, talvez sugerir alguns apontamentos. Assim, a grande e nobre missão do professor é contrapor-se às discriminações e ao mesmo tempo, ser democrático em esclarecer que o modelo padrão “culto” é o aceito pela sociedade em geral e que nas comunicações oficiais se deve usufruir desse modelo, porém, sem desvalorizar os variantes linguísticos presentes aquele grupo, mostrando também a importância e o porquê devemos ter o domínio sobre a norma padrão, no intuito de despertar no educando a aprendizagem e o senso de intervir na sociedade, não para adaptar-se a ela, mas entende-la melhor de forma argumentativa.
Enfim, é deixar claro aos seus alunos que existem modos diferentes de falar a língua e que isso é apenas diferente e não deficiente, levando o aluno a valorizar sua variação linguística apreendida junto à família, comunidade ou região. 
Referencias
ALVES, Rubem. Educação dos sentidos e mais...Campinas, SP: Verus, 2005. 
BERGER, John; BLOMBER, Sven; FOX, Chris; DIBB, Michael; HOLLIS, Richard. Modos de ver. São Paulo: Martins Fontes, 1972.
(Souza, Maurício de. Chico Bento em... Problema de Acento – HQ nº 450, pág.29)

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