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NEUROLOGIA SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA

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TERESINA - PI 
 
 
NEUROLOGIA – 1° AULA 
EXAME NEUROLÓGICO 
 
Depois da avaliação neuropsicológica, nós temos a avaliação do EQUILÍBRIO e da MARCHA. 
Na avaliação do equilíbrio, nós temos o equilíbrio estático e dinâmico: 
Equilíbrio estático: Paciente com os olhos abertos fica em pé com os pés juntos ou com um pé na frente do outro 
(prova sensibilizada); depois vc pede pro pcte ficar na mesma posição anterior e fechar os olhos. Quando oscilação 
do tronco ocorre ao fechar os olhos (alteração da propriocepção), ou seja, se o pcte cai, agente diz que o pcte tem 
o Sinal de Romberg presente. 
Ai vc vai continuar com exame da marcha. Vc pede pro pcte andar em linha reta, voltar com os olhos fechados, 
andar de marcha ré, andar com um pé na frente do outro encostando o calcanhar no hálux em cada passo (qdo há 
suspeita de ataxia). 
Nós temos alguns TIPOS DE MARCHA que são clássicos, mas que nem sempre nós encontramos na prática. Então 
quais são os tipos de marcha mais comuns? 
O pcte, por exemplo, tem um AVC – marcha ceifante. 
Se o pcte, por exemplo, tem uma neuropatia periférica, ele fica com o pé caído, arrastando a ponta do pé no chão 
– marcha escarvante – muito comum em lesão do nervo fibular comum, ou do nervo ciático ou lesão da raiz de L5. 
Se o pcte tem uma doença de Parkinson – marcha parkisoniana ou marcha em bloco. 
Se o pcte tem uma distrofia muscular, fraqueza proximal dos membros inferiores – marcha anserina ou do pato. 
Pcte por exemplo que tem um nódulo cerebelar, tem uma ataxia, ele vai ter uma incoordenação da marcha – 
marcha cambaleante, em zic zag – marcha ebriosa. 
ATAXIAS: Falha da coordenação muscular que se traduz na irregularidade ou incapacidade de realização correta e 
sincrônica de um movimento. Há 3 tipos: CEREBELAR, SENSITIVA E VESTIBULAR. 
Qdo agente pede pro pcte ficar em pé, juntar os pés e fechar os olhos, aí ele cai. Nós vamos ter lesão de qual via? 
Proprioceptiva e vestibular. 
Na ataxia cerebelar, o pcte vai ter sinal de romberg positivo? Não né. A lesão de cerebelo não causa sinal de 
romberg positivo. 
Quando o pcte tem sinal de romberg , ele vai ter uma ataxia sensitiva ou vestibular. Como que agente diferencia as 
duas? Na ataxia sensitiva, por perda da propriopercepção e sensibilidade profunda. 
Quais são as modalidades da sensibilidade profunda? É a artrocinética e a vibratória. Então a sensibilidade 
artrocinética é a propriopercepção que agente tá falando aqui. A noção de posição segmentar é saber onde está 
cada parte do meu corpo sem eu precisar olhar pra ele. 
 
TERESINA - PI 
 
Quando agente se equilibra, isso se dá através de 3 vias: propriopercepção, 
visão e o sistema vestibular. Se vc tem perda da propriopercepção vc não sente o pé tocar no chão, ai vc ainda 
pede pra ele fechar os olhos, ai ele cai. 
Romberg com queda sem lado preferencial é característico de ataxia sensitiva. Agora se o pcte cai sempre pro lado 
direito, então isso indica ataxia vestibular com lesão a direita e tb vai ter um nistagmo. 
 
Quais são as marchas da ataxia? 
Na ataxia cerebelar - vai ter a marcha ebriosa; 
na ataxia sensitivai - ele vai ter a marcha talonante 
na ataxia vestibular - em estrela. 
 
A marcha de pequenos passos agente vê na ataxia frontal, que é um tipo de ataxia mais rara. 
 
Agora vamos falar do exame da motricidade, que inclui o exame da força muscular. A 1ª coisa que devemos fazer 
é uma inspeção do corpo do pcte pq ele pode ter atrofia, tipo hipotrofia muscular. Vc vai testar a força do pcte e o 
grau de classificação de força que varia de 0 a 5. 
5=força normal; 
4=qdo consegue vencer alguma resistência; 
3=vence só a gravidade; 
2=só faz movimento á favor da gravidade; 
1=só tem a contração muscular que gera movimento e 
0=ausência de forca. 
Agente faz o exame da força comparando um lado com o outro. 
O tônus muscular vc testa com mobilização passiva mesmo. Vc pega o cotovelo mobiliza de um lado e do outro, o 
joelho de um lado e do outro, vc vê se tem alguma resistência ao movimento ou se está facilitado. Vc pode ter uma 
hipotonia, que é uma flacidez ou uma hipertonia, que nos casos das lesões neurológicas podem ser de 2 tipos: 
elástica ou hipertonia plástica. A hipertonia elástica seria piramidal e a plástica seria extrapiramidal. A elástica vc 
vai ter uma resistência contínua no inicio do movimento que é diferente da plástica que é uma hipertonia 
fragmentada, vc tem uma resistência, mas é intercortada parece uma catraca. 
Depois agente examina os reflexos. Nós temos os reflexos superficiais e os profundos. 
Os reflexos assim como a força também são graduados. Alguns neurologistas preferem graduar os reflexos usando 
as cruzes, eu prefiro usar o conceito mesmo (abolido, diminuído, normal, vivo ou exaltado). 
Explica figura dos slides.... 
 
TERESINA - PI 
 
No exame de força muscular, nós vamos definir onde está o déficit de força 
do paciente, vamos vê se ele tem uma monoparesia, paraparesia, hemiparesia, tetraparesia ou diparesia. Onde é 
que está o déficit de força, se é só no braço, na perna, corpo todo, como é que é a distribuição. 
Sempre lembrar plegia é força grau 0 e paresia é a fraqueza muscular. Se for parético, vc tem que especificar o 
grau de força que ele tem de 5-0. 
A hemiparesia após AVC pode ser completa ou incompleta. 
Quando que agente diz que é completa? Quando atinge tb a face (ex: hemiparesia a direta + paralisia facial central 
a direita), qdo poupa a face é incompleta. 
Quando é proporcionada ou desproporcionada? Dependo do grau de acometimento do membro superior e 
inferior. Se o pcte tem o mesmo grau de paresia do braço e na perna, tipo grau 3 no braço e tb na perna, então ë 
hemiparesia proporcional. Se o pcte tem hemiparesia grau 4 na perna e grau 1 no braço, hemiparesia 
desproporcionado com predomínio braquial, pq o déficit de forca é pior no braço do que na perna. Se o pcte tem 
hemiparesia grau 2 na perna e 3 no braço, ele vai ter uma hemiparesia desproporcionada com predomínio crural, 
pq o déficit de forca é pior na perna do que no braço. 
Tetraparesia: Agente fala em tetraparesia quando o pcte tem uma lesão que justifica déficit de força dos membros. 
Geralmente é uma lesão de medula espinhal ou tronco cerebral. Ela também pode ser assimétrica, ter uma 
fraqueza mais de um lado do que do outro, mas o pcte tem fraqueza nos 4 membros. 
 
Quando a pcte teve um AVE há 5 anos atrás, ele fez uma hemiparesia a esquerda e há 1 mês atrás ele teve outro 
AVE e fez hemiparesia a direita. Ele já tinha hemiparesia a esquerda e agora fez à direita, esse paciente tem uma 
tetraparesia? Não. Pq? Pq são 2 lesões . Então o q esse pcte tem? Ele tem uma dupla hemiparesia. Se vc falar que 
ele tem uma tetraparesia, as pessoas vão entender, mas tecnicamente está incorreto. 
TETRAPARESIA é qdo pcte tem uma lesão só, que leva ao déficit de força dos 4 membros. 
Eu tenho aqui a diparesia, que é um termo que agente usa cada vez menos, mas ela seria a paraparesia de um pcte 
com paralisia cerebral. Eles geralmente têm déficit de força de membros inferiores + paralisia cerebral. 
O exame do tônus muscular agente já falou né, compara um membro com outro com mobilidade passiva. Vc pode 
ter tanto uma rigidez extrapiramidal ou piramidal. 
Os reflexos: agente tem os reflexos profundos que agente conceituou anteriormente (abolido, diminuído, normal, 
vivo ou exaltado) e os superficiais, que é o sinal de babinski quando ele está presente. 
Se o pcte tem reflexo normal, que é em flexão, a resposta é normal. Vc faz o estímulo na borda lateral do pé, a 
resposta normal é a flexão do hálux e dos artelhos, se o pcte faz a extensão, agente diz que ele tem o sinal de 
babinski. 
 
TERESINA - PISempre em crianças < de 1 ano, vão ter sinal de babinski, isso não é 
patológico, isso acontece pq o trato corticoespinhal ainda não terminou a mielinização dele. Então abaixo de 1 
ano de idade é esperado o sinal de babinski. A partir de 1 ano, o sinal de babinski é sempre patológico. 
Pergunta: Prof qual aquele reflexo da barriga? É o reflexo cutâneo abdominal.Tb é outro reflexo superficial, mas 
agente usa muito pouco, pq é muito difícil, o pcte tem que ser mto magro. Vc só vê o reflexo quando ele está 
alterado. Em um paciente normal sem lesão medular vc não vê. Normalmente vc faz o estímulo na direção dos 
músculos reto abdominais superior, médio e inferior em direção a cicatriz umbilical. A resposta esperada é 
deslocamento da cicatriz para o lado do estímulo. Mas agente utiliza pouco na prática. 
 
Dos reflexos profundos, agente sempre utiliza: 
Membro SUPERIOR, agente utiliza 4 reflexos: BIcipital, TRIcipital, flexor dos dedos e ESTILOrradial. 
Membro INFERIOR, agente sempre pesquisa o aquiliano e o patelar. Agente tb pode pesquisar o adutor da coxa, 
mas o que vcs precisam saber mesmo é o aquiliano e o patelar. 
Vc vai testar os reflexos de um paciente e encontra que esse pcte tem os reflexos diminuídos. Os reflexos dele 
estão todos diminuídos. Vc vai se preocupar com isso? Isso é patológico? 
Vc consultou pcte, ele está com queixa de fraqueza e os reflexos dele estão todos diminuídos. Normalmente vc 
encontra isso, é mto difícil vc encontrar um pcte com reflexos normais. Normalmente eles estão vivos, mas estão 
simétricos nos 4 membros ou estão diminuído mas também simétricos. Isso não é patológico, isso constitucional. 
Então vc não vai se preocupar com isso. 
Agora, se o pcte tiver os reflexos diminuídos do lado direito e mais ou menos do lado esquerdo, ai vc vai se 
preocupar. Qualquer assimetria dos reflexos é patológico. Vc tem que ter mto cuidado com a técnica de pesquisa. 
Se vc deixar o martelo cair com mais força de um lado, claro que o reflexo vai ser maior. 
Se vc vai examinar o pcte, e ele tem os reflexos abolidos nos 4 membros. Isso é patológico? Sim. Porque já é ao 
extremo. Então reflexos abolidos, exaltados sendo simétricos ou assimétricos são sempre patológico. Agora 
reflexos diminuídos e vivos, só são considerados patológicos quando assimétricos. 
Explica a forma de testar os reflexos profundos de acordo com as figuras dos slides. 
Agente examinando a força, tônus muscular, o trofismo e o reflexo, agente já consegue dizer se esse paciente tem 
a síndrome do neurônio motor superior ou síndrome do neurônio inferior. Esse é o objetivo do exame da 
motricidade e da força. 
Então, 1º o que é um neurônio motor SUPERIOR? Onde é que ele começa e termina? Ele começa no córtex frontal 
motor, giro pré-central e termina na ponta anterior da medula espinhal, que é onde ele se encontra com neurônio 
motor inferior. 
O neurônio motor INFERIOR começa na ponta anterior da medula e termina na junção neural no músculo. 
 
TERESINA - PI 
 
Diferenciando a síndrome do neurônio motor superior do inferior, tem uma 
coisa importante, a gente consegue determinar se o pcte tem uma lesão central ou periférica. Então isso faz toda a 
diferença na conduta. Na maioria das vezes vc consegue determinar se ele tem uma lesão central ou periférica 
através da síndrome do neurônio motor superior ou inferior. 
Na síndrome do neurônio motor SUPERIOR o que a gente costuma encontrar? Tônus muscular e os reflexos 
aumentados ou vivos e assimétricos ou exaltados mesmo. Vc não tem alteração de trofismo muscular ou pouca 
alteração, não tem fasciculacoes e o reflexo de babinski está presente, em extensão. 
 
Na síndrome do neurônio motor INFERIOR, o tônus muscular está diminuído, vc tem uma flacidez, os reflexos 
profundos estão diminuídos ou abolidos, o pcte tem trofismo que pode ser leve a grave, o comprometimento do 
trofismo muscular já é mais pronunciado e as fasciculações presente. As fasciculações são aqueles movimentos 
finos, às vezes eles chegam dizendo Dr estou com minha carne tremendo e às vezes vc vê mesmo, a contração 
muscular fina. Reflexo de babinski (cutâneo patelar) vai está normal, em flexão. 
Então assim agente já diferencia. Agente consegue dizer se ele tem uma lesão central ou periférica. Nos dois casos 
o pcte vai ter a queixa de fraqueza muscular. 
Os reflexos tem 5 graduações (abolido, diminuído, normal, vivo e exaltado). Então quando vc percuti o patelar do 
paciente, a perna pula, dá um chute bem forte. Este reflexo está vivo ou exaltado? Vc não vai determinar se o 
reflexo está vivo ou exaltado através do grau de resposta. Se a resposta for acima do esperado ele pode está vivo 
como exaltado. O que vc vai fazer pra v se ele esta exaltado? Vc vai percuti um ponto a distancia, no patelar vc vai 
percutir mais embaixo na crista da tíbia, se ele tiver a mesma resposta de chutar, então o reflexo vai está exaltado. 
Tem um aumento da área reflexória, vc percutiu um ponto a distancia teve a mesma resposta. Se vc percutiu o 
patelar e tem aquela resposta exagerada, depois percuti o ponto a distância e não tem resposta, o reflexo está 
somente vivo. Quando vc tem aumento da área reflexógena vc tem um reflexo exaltado. 
A mesma coisa acontece no membro superior, vc percutiu o tricipital e tem aquela resposta exagerada, então vc 
vai percutir a linha média da clavícula. 
Agora para diferenciar o reflexo diminuído do abolido. As vezes vc vai testar o reflexo do paciente e não acontece 
nada, isso é mto comum nas aulas práticas. Então ele vai está diminuído ou abolido? É só examinando que agente 
vai saber. Então às vezes vc vai examinando o paciente e não tem a resposta, mas tem contração. Então se tem 
contração tem reflexo, nesse caso está diminuído e não abolido. O reflexo diminuído pode ser uma resposta débil 
ou vc pode não vê, mas vc sente na hora que vc esta pesquisando. O reflexo abolido é aquele que não acontece 
nada. 
Bom depois do exame da motricidade agente parte para o exame da sensibilidade. 
No exame da sensibilidade, agente tem duas modalidades, nós temos sensibilidade superficial e sensibilidade 
profunda. O exame da sensibilidade é um exame extremamente difícil de ser feito, por quê? Porque vai depender 
 
TERESINA - PI 
 
muito da colaboração do paciente. Se o pcte quiser simular um déficit 
sensitivo ele vai conseguir e vcs vão ter que confiar no que eles estão dizendo. Se ele disser que esta sentindo dor, 
não tem como vc saber se aquilo é verdade ou não ou se esta formigando ou adormecendo. Vc vai ter que 
acreditar no paciente. O paciente deve está em um ambiente tranquilo e o paciente tem está bastante 
colaborativo. 
A sensibilidade superficial, se divide em 3 modalidades: táctil, térmica e dolorosa. Como vc examina a sensibilidade 
superficial? Normalmente vc vai começar a testar a sensibilidade sempre pelos três territórios do trigêmeo 
(oftálmica, maxilar e mandibular). Então vc vai usar uma gaze ou algodão passando de um lado e do outro, 
perguntar se ele está sentindo e se está sentindo igual nos dois lados. Se ele sente tudo normal, vc vai para os 
braços, tronco e pernas. De uma forma grosseira mesmo, primeiro a porção proximal de um lado depois do outro 
lado e assim e diante. Com os olhos fechados de preferencia. Quando vc perceber que tem alguma alteração, vc 
vai se deter um pouco mais. 
Aqui no território oftálmico, vc examina o ângulo da mandíbula também. Porque às vezes o paciente diz, eu to com 
dormência no rosto, ai se vc vai testar o ângulo da mandíbula e se ele disser que também não esta sentindo , então 
ele está simulando um déficit. O ângulo da mandíbula é inervado pelo c2 e não pelo trigêmeo. Vc não tem fibras 
do trigêmeo no ângulo da mandíbula. 
Na sensibilidadedolorosa vc pode pegar uma agulha, mas se utiliza pouco hje em dia. Vc pode quebrar uma 
espátula e deixa-la pontiaguda , ai vc vai estimulo doloroso com ela. 
Na sensibilidade térmica, ninguém anda com água quente ou fria disponível. Então o que agente faz é pegar um 
algodão seco simulando o quente e um algodão molhado com álcool que fica gelado simulando o frio. Com os 
olhos do pcte fechado vc vai passar esses algodoes e vai perguntar pro paciente se está quente ou frio em pontos 
diferentes do corpo pra vê se ele identifica a sensação térmica. 
Na sensibilidade profunda, vc tem duas modalidades: palestesia e artrestesia. A palestesia é a sensibilidade 
vibratória, agente testa com diapasão nas eminencias ósseas. Agente coloca o diapasão pra vibrar nas saliências 
ósseas do corpo (clavícula, epicôndilo, processos estiloide raso, crista ilíaca, joelhos e maléolos tibiais) 
perguntando se o paciente sente vibrar igual de um lado e do outro. 
A sensibilidade artrocinética é que diz onde estão todas as partes do corpo sem agente tá olhando pra eles, ou 
seja, é a propriocepção ou sensibilidade cinético-postural (posição da articulação, coordenação e marcha). Como 
que agente testa essa sensibilidade? Agente pega o hálux do paciente e mobiliza pra cima e para baixo, ai vc 
pergunta pro pcte se está pra cima ou pra baixo. Agente vai alternando pra vê se ele acerta. Se ele errar, vc vai 
pegar o tornozelo dele alternando pra cima e pra baixo, se ele continuar errando , vc vai pegar o joelho e ficar 
alternado também pra cima e para baixo, se ele acertar vc não precisa continuar com o exame. No membro 
superior vc pega a falange distal do polegar mexe pra cima e pra baixo, depois punho, cotovelo e assim vai. 
 
TERESINA - PI 
 
Outra coisa importante ainda, por exemplo, chegou um pcte no pronto socorro 
devido a um acidente de moto, diz que está sem sentir as pernas, com uma paraplegia que vc vê logo na entrada. 
Então o que é importante para vc determinar para esse paciente que não tem sensibilidade? Se ele tem um nível 
sensitivo, vendo até que ponto a sensibilidade dele está preservada. Então quais são os níveis sensitivos que 
agente conhece? 
Cicatriz umbilical = T10; rebordo costal =T8; apêndice xifoide = T6 e linha mamilar=T4. Soa os níveis sensitivos que 
agente usa para essas situações. 
O exame do equilíbrio, da coordenação. Nas ataxias cerebelar agente pode ter apendicular, axial e global. A axial 
vai ser de tronco, uma assinergia de tronco. É aquele pcte que está na cadeira de rodas e escorrega. Ele não 
consegue sustentar o tronco dele. Ele não tem um déficit de força e sim de coordenação mesmo. A ataxia 
apendicular, ele vai ter algum déficit nesses exames que agente faz com ele, index-nariz de olho aberto e depois 
fechado ou index-nariz-index, ai vc fica movimentado o dedo indo e voltando. Quando o paciente tem alguma 
ataxia cerebelar ele não vai acertar. Ele pode ter dois tipos de erros nesse teste index-nariz, por exemplo, erro de 
alvo ou erro de medida, ele acerta o nariz, mas o movimento é decomposto. Ele faz com muita dificuldade. 
A prova calcanhar-joelho com o pcte deitado, ele levanta a perna coloca o calcanhar no joelho escorrega pela 
crista da tíbia até o hálux. Quando ele obedece a linha da crista da tíbia o exame está normal e quando ele 
escorrega pela crista da tíbia fazendo movimento de zig zag, o exame é considerado alterado. 
A diadococinesia é a capacidade para fazer movimentos rápidos e alternados. Você pede pro paciente virar a mão 
bem rápido, se o movimento é dissicronico, agente diz que ele tem disdiadococinesia. 
Outro teste da função cerebelar é do rechaço. Pedimos para o paciente vencer a resistência, sendo esta colocada 
contra seu próprio corpo, sempre colocando seu braço para proteger o rosto dele. Quando ele não consegue 
sustentar o braço, ele vai ter o sinal do rechaço presente, que indica disfunção cerebelar. 
Sinais de irritação meníngea, que são: Sinal de brudzinski , que é a flexão passiva do pescoço pelo examinador com 
leve flexão das coxas e joelhos pelo paciente (pernas). É muito raro esse sinal em adultos. É muito comum nas 
crianças. 
Os sinais de KERNING e LASEGUE são mais comuns em adultos. 
 
Sinal de KERNING: agente faz a extensão da coxa do paciente sobre o quadril e depois a extensão das pernas sobre 
a coxa. O paciente vai se queixar de uma dor que irradia para porção posterior da perna desde a lombar até face 
posterior da perna. Isso significa que o sinal está presente, podendo ser uma irritação meníngea ou radicular. 
Paciente com hérnia de disco tb tem esse sinal presente. 
Sinal de LASÈGUE, vc levanta a perna do paciente totalmente estendida até um ângulo de 30°, o paciente vai sentir 
uma dor lombar irradiada para região posterior do MI, quando este é elevado passivamente pelo examinador, que 
com a outra mão impede a flexão do joelho. 
 
TERESINA - PI 
 
Bom por fim o exame dos nervos cranianos, agente faz em ordem. 
Nós temos os 12 pares (I. olfatório; II. Óptico; III. Oculomotor; IV. Troclear; V. trigêmeo; VI. Abduscente; VII. Facial; 
VIII. Vestibulococlear; IX. Glossofaríngeo; X. vago; XI.acessório e XII. Hipoglosso). Então agente faz o exame de cada 
um separadamente. Vou falar rapidamente. 
I.OLFATÓRIO: é difícil agente avaliar na prática. Vc coloca uma substancia de odor forte no algodão (pode ser pasta 
de dente), pede o paciente para fechar os olhos, fecha uma das narinas e coloca a substancia na narina aberta e 
pergunta pra ele se está sentindo alguma coisa. Se estiver sentindo alguma coisa, vc pergunta qual é o cheiro que 
está sentindo. Se ele está sentindo algum cheiro, a via está integra até córtex olfatório. Se ele consegue 
reconhecer o cheiro o córtex também está integro. Sempre testando ambos os lados. 
Você pode ter uma anosmia que é ausência do olfato ou cacosmia que é perversão do olfato (pode está presente 
em uma crise epiléptica). A ANOSMIA é mais comum em um paciente pós TCE, fratura da lamina crivosa do 
etmoide, pode ser uni ou bilateral. Em pacientes que tinham olfato antes e perdeu olfato, qual é a queixa dele? A 
queixa dele é principalmente a alteração do gosto. A queixa do olfato não atrapalha tanto, é mais a perda da 
sensibilidade gustativa. Porque uma parte do gosto que agente sente vem pelo cheiro. As vezes tem gente que 
anosmia congênita, já nasce sem sentir cheiro nenhum, isso não atrapalha a vida da pessoa, ele leva uma vida 
normal. 
II. ÓPTICO, agente tem 3 modalidades para avalia-lo. Através da acuidade visual. 
A) acuidade visual, como que agente testa? Se o paciente usa óculos, vc faz o teste com o óculos. Vc fecha um 
olho do pcte e se posiciona na frente do pcte, aki vc pode usar qualquer coisa, usar cartão de snellen posicionando 
a 40cm do pcte, usar os dedos, pedir pra ele ler alguma coisa no jaleco. 
B) campo visual vc testa comparando o campo visual do pcte com o seu campo visual. Vc se posiciona na frente do 
pcte tentando ficar na altura dele, vai mudando o dedo de posição e vai perguntando pra ele se ele está vendo e 
se está parado ou mexendo. Vc testa os 4 quadrantes. 
C) Exame de fundo de olho, agente tenta vê a papila do pcte através de um oftalmoscópio. No fundo de olho 
agente vê a papila que é essa coisa brilhante no exame, vemos as artérias e a retina que é esse fundo 
avermelhado. Qdo vc vê a papila borrada é chamada de papiledema. Pergunta... resposta: pq causa 
desmielinizacao e hipertensão craniana. 
 
Nervos da MOTRICIDADE OCULAR: (OTA) - OCULOMOTOR, TROCLEAR E ABDUCENTE. 
O oculomotor inerva os músculos reto medial, reto superior, reto inferior e o oblíquo inferior. 
O troclear inerva o oblíquo superior e o abducente inerva o reto lateral. 
Na lesão do oculomtor agente tem um estrabismodivergente que é paralisia do reto medial, a elevação e o 
abaixamento oculares impossibilitados, midríase fixa e ptose palpebral. Na lesão do troclear agente tem diplopia. 
Na lesão do abducente agente estrabismo convergente. 
 
TERESINA - PI 
 
 
Resumindo: 
Na lesão do abducente - estrabismo convergente. 
Na lesão do oculomtor - estrabismo divergente 
 
Nervo TRIGÊMEO é um nervo MISTO, ele tem uma parte motora e uma sensitiva. A parte sensitiva agente falou 
que exame do território oftálmico e a parte motora esta associada à musculatura da mastigação, vc vai testar a 
forca da mordida do pcte. Vc coloca duas espátulas uma em cada lado da boca do paciente e pede pra ele morder 
e vc tenta puxar. Vc não vai conseguir puxar se ele estiver com a forca normal. 
O nervo facial, ele é praticamente motor, só uma pequena parte sensitiva. A função motora dele é mais 
importante. Ele esta associado a mímica facial. Paciente que tem lesão facial ele vai ter uma paralisia facial. A 
gente vai ter que definir se essa paralisia é central ou periférica. Na central, o pcte tem uma fraqueza no andar 
inferior da hemiface contralateral da lesão. Na periférica, ele vai ter paralisia de toda a hemiface. 
Se a lesão esta acima do núcleo causa uma paralisia facial central, abaixo do núcleo é periférica. Agora se a lesão 
estiver no núcleo ou no nervo antes dele sair do tronco cerebral é uma paralisia central facial tipo periférica. 
VIII. VESTIBULOCOCLEAR - ele tem 2 partes, a porção vestibular e uma porção coclear. A porção coclear esta 
associado a audição, o teste é com o diapasão, vc coloca o diapasão pra vibrar e pergunta se esta escutando nos 
dois ouvidos. Se lateraliza para um dos ouvidos, se é melhor de um lado que do outro, se diz que Weber está 
alterado. Outro teste que agente faz é de RINNE, colocando o diapasão pra vibrar na mastóide e pede pro pcte 
avisar qdo ele parar de vibrar. Qdo ele parar de escutar vc coloca o diapasão na frente do ouvido dele e pergunta 
se ele ainda esta escutando, se ele ainda estiver escutando, a resposta está normal, é a resposta esperada, pq 
normalmente a transmissão aérea é mais prolongada que a óssea (teste de Rinne positivo). Se ele escuta na 
mastóide e qdo vc coloca na frente do ouvido ele não escuta mais, o teste de Rinne será negativo, o pcte tem uma 
perda auditiva condutiva, onde a condução óssea é melhor que a aérea. Esse teste deve ser sempre acompanhado 
com teste de Weber para também detectar perda auditiva neurossensorial e desta maneira, confirmar a natureza 
da perda auditiva. 
A porção vestibular, agente avalia se o pcte tem nistagmo (movimentos oculares ritmados – um rápido e um 
lento), vc pede pro pcte acompanhar seu dedo pra cima e baixo, direita e esquerda e nas 4 diagonais. Vc faz o 
movimento completo e em cada posição e pára um pouquinho pra vê se surgi o nistagmo. 
Os nervos GLOSSOFARÍNGEO e o vago (tbm chamado de PNEUMOGÁSTRICO) são examinados juntos. São na 
verdade a via aferente e eferente do reflexo ansiógeno. Vc vai pegar o abaixador de língua e vai tentar induzir o 
reflexo do vômito. Se estiver normal vc consegue induzir o reflexo do vômito. Às vezes vc consegue identificar o 
sinal da cortina (desvio da parede posterior da faringe para o lado normal), qdo vc tem a queda do véu palatino. 
 
TERESINA - PI 
 
O sinal clínico é quando o pcte tem disartria ou disfagia é o que agente 
normalmente encontra nas lesões desses nervos. 
Nervo acessório, ele tem uma porção bulbar e uma espinhal. A porção bulbar inerva as cordas vocais. Se o 
neurologista estiver suspeitando de alguma lesão bulbar do acessório tem que encaminhar para o otorrino para 
fazer uma laringoscopia das cordas vocais pq ele não vai conseguir fazer o exame. Vc pode suspeitar naqueles 
pctes com queixa de disfonia, com uma voz mais anasalada. A porção espinhal inerva a musculatura do pescoço, 
então vc vai testar a força do pescoço pedindo pro pcte empurrar a sua mão para um lado e para outro, 
empurrando a cabeça para traz. 
Nervo hipoglosso esta associado a motricidade da língua, vc pede para o pcte movimentar a língua para todos os 
lados, estando a língua no interior da boca ou exteriorizada. Nas lesões unilaterais do hipoglosso vamos ter uma 
atrofia e fasciculação na metade comprometida. Ao ser exteriorizada. A ponta da língua se desvia para o lado da 
lesão. Quando ocorre lesão bilateral, o pcte vai ter fasciculação, paralisia, acentuada disartria e dificuldade pra 
mastigar e deglutir.

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